Em Abril de 2010 lembrámos os naturais do nosso concelho que "pagaram" com a vida a sua participação na "Guerra do Ultramar" aqui. Porque em 2011 se comemora os 50 anos do início desta ofensiva militar e sempre achamos ser facilmente exequível, voltamos a lembrar o assunto aqui apelando aos membros do executivo e deliberativo da JF de Forninhos que considerassem este assunto, ainda este ano, de forma a honrar a memória daqueles que morreram na Guerra e dos que de lá vieram e assim o fizeram no passado Domingo, dia 17 de Julho de 2011. A história deste dia nas imagens que eu e o Colaborador serip413 recolhemos, aqui ficam, para todos os filhos desta terra que não puderam estar e todos os ex-Combatentes que não foram convidados, sentirem este momento como Vosso:
Painel que recorda aqueles que foram obrigados a ir
para uma guerra que não era a deles
Boa tarde, é com algum entusiasmo que vejo que os homens, que pelo nosso país lutaram, uns regressaram outros por infortúnio por lá ficaram, foram homenageados por aqueles que não os esqueceram, o monumento está bonito, pena mesmo são aqueles quatro nomes inscritos num dos lados.
ResponderEliminarEste é um monumento que faz lembrar de que na guerra não há vencedores nem vencidos, porque muitas das vezes o que a origina não passa de um protesto para fazer impor uma ideia ou uma vontade e quando tudo acaba o que é que se ganhou? Porque é que os homens que foram hoje lembrados lutaram? O que é que se ganhou com isso? Absolutamente nada, apenas dor por parte dos familiares que por lá perderam os seus ente queridos.
ResponderEliminarBoa noite, caros leitores.
ResponderEliminarFoi com bastante agrado que compareci e presenciei tão epulgante homenagem aos que pereceram e áqueles que por Deus conseguiram regressar á sua terra natal, sãos e salvos.
Que Deus a todos abençoe.
Mais tenho a dizer:
ResponderEliminarEstou de completo acordo com o J Seguro, quando diz, porquê? lutar por uma "terra que não era nossa", quantas vidas se perderam, quantas famílias ficaram sem pai, filho e esposa, para quê? Para alguns Senhores agora dizerem, que foi por uma causa justa que se combateu? durante quantos anos estes "nossos" estiveram no sofrimento? Digam-me agora, para quê?
Passados alguns anos, o que se dizia ser Portugal, não passava de uma aproquisia.
Tanto é, que por alguém, foram aquelas terras entregues aos seus, sem qualquer contra-partida.
Mais, o que foi feito, pelos que ali combateram, pelos que regressaram á sua terra Natal, com problemas vários. Hoje, já pouca gente se lembra deles. Por isso, e com muito agrado felicito a Junta de Freguesia de Forninhos, pelo evento; pena não ter sido, esta homenagem lembrada mais cedo, ou foi por ser o 50º aniverssário.
ResponderEliminarPor hoje me fico.
Muito boa tarde a todos.
ResponderEliminarGostaria de enviar um grande BEM HAJA a junta de freguesia por esta homenagem.
Felizes daqueles que hoje podem agradecer e recordar, como sou eu, e todos aqueles que estiveram presentes que, como se vê atrás do monumento, ainda somos bastantes, todos eles de uma aldeia tão pequena como ´e Forninhos, todos de, e outros ligados por laços familiares a esta bonita terra, como ´e o meu caso.
Quatro deles deixaram lá a vida, o que para uma aldeia pequena como a nossa, ´e muito duro, dois deles já eram pais.
De salientar, que um deles veio do estrangeiro onde já estava radicado, para cumprir o seu dever de cidadão e foi morto já depois da revolução de Abril, e ´e com muito pesar que verifico, que as autoridades politicas nunca tenham olhado para esta geração que contribuiu com o melhor da sua juventude e alguns com a própria vida; e alguns até olharam para nós como criminosos.
Muita coisa há para dizer, mas a historia deste período negro, ainda não está bem esclarecida, por enquanto está entregue aos demagogos que vão contando conforme as conveniências políticas de ocasião.
Diz J.SEGURO diz: o que se ganhou com isto?
Eu digo: ganharam mais um peso na consciência, se ´e que têm, de mais uns milhares de mortos após a entrega, daqueles cujo crime foi o de serem fieis ´a bandeira portuguesa.
Enfim, muita coisa gostaria de dizer, mas hoje fico-me por aqui.
Os membros da JF de Forninhos com esta homenagem, com este monumento, louvaram e honraram os nossos gloriosos jovens, suas famílias e amigos e honraram também o cargo que ocupam.
ResponderEliminarO monumento é bonito, condizente, o Sr. Presidente da JF fez um discurso simples, emotivo, referindo até que as palavras não eram fáceis de dizer. Esteve muitíssimo bem, não só aqui, mas durante todo o dia, agindo sempre de forma discreta, tal como a situação o exigia.
Já o discurso de um outro Sr., “Meu Deus”, além de demasiado longo, este Sr. quis ser ele o “herói do momento”, referindo que também esteve na “Guerra”. Ora, atendendo à idade deste Sr., das duas, uma, ou foi para lá quando a Guerra estava a acabar, ou, quando acabou! E quando disse que o governante da altura, ou seja, Salazar, tinha de fazer o que fez, porque não era fácil, mostrou bem o que pensava, e tratou a Guerra Colonial como um episódio histórico. Depois ainda teve “a lata” de falar em discriminação racial! Nesta parte, devia ter concluído: “Façam o que eu digo, não façam o que eu faço!”. Muito mais tinha a dizer sobre este discurso, mas há meios, há pessoas, e todos acabarão por dele ter conhecimento.
Neste dia tive o prazer de conhecer e ouvir a viúva do Daniel Esteves (vidé 5.ª foto, cemitério, junto à campa). Foi para mim o momento mais comovente deste dia. Esta Sra. com as lágrimas nos olhos, relatou-me o conteúdo da única carta que o marido lhe escreveu, pois como podem ver, o Daniel faleceu no dia 22.08.1961. “Só teve tempo de escrever uma” disse. E, a chorar, mais disse: “Eu é que devia ir lá falar, não eram os grandes”. “Eu é que sei o que sofri, com uma menina de 3 meses, sozinha, a trabalhar na resina” “Eu é que devia lá ir falar, não eram os grandes” (repetia). “A minha filha é que não deixou”.
ResponderEliminarDesde sempre, e assim continuará a ser, os “heróis” das comemorações e celebrações serão sempre os mesmos, são para esses que vão as palmas e elogios.
A vida do Daniel, do Carlos, do Viriato e do Ilídio, foi-lhe ceifada muito cedo, morreram porque a ganância é insaciável. Muitos dos que de lá vieram, ainda que em corpo, deixaram lá muito da vida deles, tudo em defesa dos interesses puramente políticos.
É sempre triste lembrar de guerras, e de tantos que se foram deixando familias, sonhos...e estes indo para uma guerra que nao era deles, obrigados!!!! Merecem mesmo homenagens, e lembranças...
ResponderEliminarabç
Tina (MEU CANTINHO NA ROÇA)
É de justiça lembrar, os esquecidos daquela Guerra maldita. Foi uma homenagem merecida.
ResponderEliminarComo acima disse ed santos, ainda são bastantes os que estiveram presentes, outros não puderam estar, homens que ainda podem deixar o testemunho de como viveram a Guerra. Porque penso que também facilmente exequível, apelo, de novo, à JF de Forninhos, para que não deixem morrer este assunto e ouçam estes homens, de forma a registar como “aquilo” foi naquele tempo, para memória futura. Ninguém melhor que aqueles que viveram este período para contar as “Memórias Coloniais”.
Boas.
ResponderEliminarÉ sempre com grande prazer e devoção que revejo esta simbolica homenagem, dos que pereceram nessa Guerra que em todo não era nossa, aos que por Deus conseguiram regressar saos e salvos; são ESTES que hoje nos podem contar como foi aquela "maldizente" guerra, para onde foram enviados; Para quê? todos hoje, sabemos, para dar a quem nunca mereceu que se fizesse algo por esses Senhores.
Recordo com eterna saudade o ex-alf. miliciano Viriato Baptista que pereceu na guerra colonial. Fomos "camaradas" nessa maldita guerra (Estima - Tete - Moçambique). Era um Jovem de pequena estatura mas com um grande Coração.
ResponderEliminarLouvo os Forninhenses por terem a coragem de homenagearem os seus mortos e lembrarem os ex -combatentes.
Olá O.Cardoso. Bem vindo.
ResponderEliminarEntão esteve nesta maldita Guerra, cujo início exacto deu-se a 4 de Fevereiro de 1961, e conheceu o “camarada” Viriato, um jovem que a sua família e amigos guardam no coração.
É com prazer que registamos a visita ao nosso espaço e a este Post que recorda todos, mortos ou vivos, que foram para uma guerra “movida” pela ganância, cujas consequências foi milhares de mortos, feridos e deficientes, famílias destruídas pelas consequências, filhos órfãos de pai, além de elevadas despesas.
Perante isto, como foi possível, neste dia, um Sr. dizer que para o governante da altura, Salazar, não era fácil aceitar a descolonização! Pelos vistos só não foi fácil para Portugal, pois países europeus como: França, Inglaterra, Holanda cederam independência à maior parte das suas colónias depois da 2.ª Guerra Mundial e Portugal continuou a manter territórios em África e na Ásia. E Salazar, mesmo quando a ONU, isto em 1955, lhe recomendou a descolonização das colónias portuguesas, RECUSOU, dizendo que Portugal não tinha colónias, mas sim províncias ultramarinas, e que os seus habitantes eram portugueses. Porque não reconheceu nesta altura a independência ao povo africano? Se o fizesse, teria evitado FACILMENTE esta Guerra, ou não?
Só quem lá andou é que o sentiu verdadeiramente na pele e sabe o que se passou. Estes jovens eram drogados, para que na partida nada sentissem. Em Lisboa, do barco, avistavam famílias e amigos a chorar, a sofrer, e eles já nada sentiam! Isto não se faz! Porque nada disto esse Sr. mencionou no seu longo discurso, já que nos disse que também andou lá?
Insistir em mentiras não é viável…
Boas.
ResponderEliminarNeste dia, a população acorreu, a esta mais que merecida cerimónia, dos que morreram numa guerra que não era deles.