Seguidores

terça-feira, 29 de maio de 2012

Festa Divino Espírito Santo 2012

E, mais uma vez, os devotos vieram cumprir a tradição na forma de promessa ou de simples participação. Ficam algumas imagens tiradas na Segunda-Feira do Espírito Santo como mostra da fé das gentes das nossas aldeias:

Devotos de Dornelas no adro da nossa Igreja
A Procissão de Esmolfe voltou a estar presente
e isso deixa-nos contentes

Procissão de Stª Marinha de Forninhos rumo à Sr.ª dos Verdes
Já vemos aqui a Procissão no Santuário
em romaria à volta da Capela de N. S. dos Verdes
Dizem que este ano esteve mais gente 
É verdade...de Dornelas vieram muitas pessoas
estas fotos são reveladoras do grande número de irmãos
E... a fé deste maravilhoso povo de Esmolfe:
não diminui e, mais uma vez,
repetem e cumprem o Voto
Veio também em romaria 
o Grande Povo de Penaverde

cerca de meio-dia celebrou-se a missa
no terreiro de N. Senhora e muitos

assistentes procuraram a sombra das árvores
O almoço/pic-nic do Centro de Dia


e de várias famílias aconteceu à volta duma mesa

todas bem recheadas de coisas boas






que mostram ser deliciosas
E...no final, aconteceu o habitual bailarico


Bem Hajam a todos pela visita.
Agradecimento também à Comissão de Festas por ter-nos permitido este ambiente de festa e tradição...a Capela estava linda...e acho que todos ficamos satisfeitos com o trabalho realizado. 
Estão de PARABÉNS!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Divino Espírito Santo é já dias 27 e 28 Maio/2012

Para os que devido à distância têm menos possibilidade de ir a Forninhos, aqui está o Cartaz da Festa do Divino Espírito Santo, em Forninhos, nos dias 27 e 28 de Maio:


Serve também esta entrada para informar que foi "nomeada" nova “Comissão de Festas de N. S. dos Verdes” para que a nossa festa do Espírito Santo continue a correr de feição, bem assim a da Nossa Senhora dos Verdes, no dia 15 de Agosto. Que tudo corra bem e um Grande BEM-HAJA a todos os voluntários, sem esquecer que a maioria são mulheres, atenção! É assim mesmo o dinamismo e o gostar desta terra!

E ainda:
Um agradecimento ao Ricardo Guerra pelo envio do Cartaz.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Por Terras de Algodres: IV Fim de Semana da Urtiga e VII Jornadas de Etnobotânica

A Confraria da Urtiga e a Câmara Municipal de Fornos de Algodres pretendem nesta quarta edição do “Fim-de-Semana da Urtiga” e sétima edição das “Jornadas de Etnobotânica” promover o património natural e cultural e divulgar os produtos locais e a gastronomia regional, dando particular enfoque à Urtiga. 
Embora haja na nossa zona agrícola urtigas e outras ervinhas do monte e baldios, em quantidade apreciável, elas não chegam "para as receitas", assim sendo foi alterada a saída de campo para recolha e observação de plantas e o almoço/piquenique partilhado deste evento de época que era para acontecer na nossa freguesia, mais propriamente nos Valagotes: “Parque de Merendas da N.S. de Fátima”, irá  realizar-se antes no Parque de Merendas da Mata Municipal.
Aqui podem ver o programa completo:http://www.cm-fornosdealgodres.pt
Fico com pena que o almoço não aconteça na nossa freguesia, de qualquer modo os que estiverem por esta região aproveitem e vão participar num fim-de-semana bem original em Fornos de Algodres nos dias 1, 2 e 3/Junho/2012, onde terão ocasião de conhecer as melhores receitas à base de urtiga, que embora sendo considerada, uma planta infame, salvo seja, devido à ardência/comichão que produz a quem a toca por descuido, dela podem produzir-se produtos de qualidade e alimentos saborosos. Só para mostra, retirei do blog "Aqui d´Algodres" a imagem da “Sopa de Urtigas”,  que ganhou o primeiro prémio de sopas da Serra da Estrela:


sábado, 19 de maio de 2012

O raminho da "espiga"

Para complementar o Post anterior fotografei a banca onde comprei o meu colorido raminho, que decerto nem todos sabem como é,



e para completar pedi à minha prima Maria se podia enviar o dela, que eu gostava de ver o pão atado:

Tradicionalmente o ramo deve ser apanhado pela manhã e depois pendurado atrás da porta e durar até ao dia da Espiga seguinte, para termos fartura durante todo o ano,

mas como andei arredada muitos anos desta tradição arrumei-o na minha lareira.
*** *** *** ***

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Uma flor deste tempo

Recordo-me em criança ver por este tempo na minha terra os campos e todos os montes pintados de amarelo dos malmequeres e das giestas, o roxo dos rosmaninhos e outras flores selvagens de múltiplos tons, no entanto, papoilas havia poucas. 
Já por aqui, o vermelho das papoilas sobressai no fundo verde dos “semi-campos” e no “Dia da Espiga” é prática colher pela manhã espigas, ramo de oliveira, papoilas, malmequeres e com elas formar um raminho, que é vendido para guardar dentro da casa ao longo do ano até ao Dia da Espiga, do ano seguinte. O costume em Forninhos é a bênção dos primeiros frutos e não é prática apanhar “a espiga”, mas como alguns forninhenses residem em municípios portugueses e países como França, Alemanha, Suíça, onde Quinta-Feira da Ascensão é feriado, achei interessante escrever sobre a tradição do ramo a que se chama de “espiga” e fotografei a flor que representa o sangue das 5 chagas de Cristo, para todos os amigos bloguistas que nos visitam aqui.

Boas Colheitas.

sábado, 12 de maio de 2012

História Antiga: O NOSSO VINHO

A produção de vinho é em Forninhos uma arte secular, se não mesmo milenar. Querem saber porquê?


Temos desde épocas muito remotas alguns exemplos de lagaretas/lagares talhados em rochas graníticas, que se destinavam provavelmente à pisa da uva pelo pé do homem. Estes lagares constituídos por piso pouco profundo (pia rectangular) e pio (orifício ou bica que deixa escorrer o mosto) devem ter sido o modelo base.
E, já há mais de meia dúzia de séculos, a produção do vinho nas nossas terras era referida a par de outras produções, isto escreveu o principal informador das Inquirições de D. Afonso III (1258) no seu relatório.
F. Dominici disse darem de jugada uma taleiga de trigo e três de centeio os homens de Fornos, de Dornelas, Casais de Moreira, Mosteiro e Fim de Moreira e Queiriz que eram aldeias de Penaverde. E quem tivesse vinhas e colhesse delas cinco moios devia dar um puçal; se não tivesse cinco moios nada pagaria.

Et homo qui haberet vineam et colligeret de ea quinque modios debeat dare I pugal et si non haberet quinque modios nihil debate dare.

Mas Forninhos é, ou, não é, terra de produção de vinho, de boa pinga? Não haverá agora ninguém dos da "velha guarda" que não recorde aquela cantiga da nossa terra:

No concelho é a primeira
Na produção de bom vinho
É uma terra hospitaleira
Tem de tudo um bocadinho


Em qualquer aldeia da nossa região, a vindima era uma das tarefas que com mais prazer se fazia, diria mesmo que o dia da vindima era um dia de festa em cada casa. Mas desde o cultivo à ingestão do próprio vinho, muito trabalho há que fazer e os que me estão a ler melhor do que eu sabem como se faz toda a faina do vinho. Plantar videiras; tratar delas; podar com sabedoria (são poucos que a sabem fazer mesmo a sério); atar; descavar, a cava, que era feita no dia 25 de Abril, porque no S. Marcos os bois não trabalhavam e escolhia-se este dia para cava das vinhas; enxofrar/sulfatar com a enxofradeira, lembro-me falarem do míldio como uma verdadeira praga; espoldrar; curar. Depois parece que até à vindima não se "toca" mais na videira a não ser, se calhar, para tirar alguma folhagem para facilitar o trabalho aos vindimadores.


A uva dantes era colhida para os cestos/canastros e daí para a dorna e para o lagar, mas num passado recente podia ser pisada só na dorna, com os pés descalços e bem lavados (digo eu).


Em todo o caso, o vinho depois disso ferve e limpa tudo. 


De seguida era metido nos pipos e nas pipas e assim ficava nestas vasilhas por umas semanas. Mas regra sagrada:no dia de S. Martinho, vai à adega, fura o pipinho e prova o teu vinho.


O que sobra é o canganho, que vai servir para fazer no alambique a aguardente bagaceira. Esta tarefa cada vez se faz menos, mas ainda se vai fazendo.


E não podia terminar este artigo sem me referir à ASAE, uma polícia que tanto tem destruído e continua a destruir o que sempre foi feito com sabedoria - fazer boa aguardente, por exemplo.


Lembrete:
Vai acontecer em Forninhos, no dia 12 de Agosto de 2012, a "Rota do Azeite e do Vinho Dão" inserida na actividade denominada "Caminhadas na Natureza". 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Memórias de outros tempos: As Excursões III


Esta geração vivia com muitas limitações e as excursões serviam de bálsamo para estes homens e mulheres que todos os dias trabalhavam as terras, tratavam dos animais, cuidavam dos filhos e da casa. Noutra excursão aqui já editada a Yayá disse-nos que as pessoas antigamente não sorriam em demasia nas fotos. Esta tirada em Braga (numa excursão) confirma bem esse detalhe, mas conhecer um lugar diferente certamente era muitíssimo agradável e dentro do autocarro os momentos eram de muita reinação como ilustra a fotografia seguinte:


Diz a minha tia Margarida que a foto tirada ao meu avô Cavaca e à Rosinha (de Dornelas) foi dentro do autocarro em andamento. A Rosinha está com o casaco e chapéu do meu avô e ele está com o casaco e acessórios dela. A minha tia ajudou-me a reconhecer a Rosinha, mas da foto a Braga pede-nos ajuda para identificar as pessoas. Eu reconheço algumas mulheres, mas não consigo identificar nenhum homem, mas reparei que apesar das apertadas liberdades da época, o sexo feminino estava em vantagem.