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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Do baú das memórias: um dia de festa

Vamos de férias, mas antes quero ainda partilhar convosco 7 fotos (talvez com mais de 30 anos) cedidas pelo Sr. João Albuquerque, do tempo em que os andores eram bem conseguidos e fazê-los era um acto criativo e de convívio, pois nesse tempo todos ajudavam. Já escrevi sobre o primeiro ano em que os andores passaram a ser transportados por tractores (2.ª postagem que fiz). Ver aqui: 1977-AGO-15 - A Mudança:

N.S. de Fátima

Santa Rita
S. Mártir Sebastião
Sagrado Coração de Jesus
N.S. dos Verdes


Estaremos de regresso assim que as férias terminem com as foto-reportagens que forem possíveis e outras novidades.
Até à volta...

sábado, 26 de julho de 2014

Curiosidades ligadas aos nossos rios


Em todos estes rios, a água era aproveitada, mediante represas (açudes ou levadas), para regar, tanto de verão como de inverno.
Anda na tradição que este rio (ou ribeira) tem ali junto aos moínhos (do Bombo) um grande açude e neste uma "recolhenta" (termo que não achei no dicionário) a que chamam "Poço do Carro". Contavam-me que um lavrador se deixou afogar no pego, para onde os bois, junguidos ao carro, se precipitaram, levados pela sede e picados da mosca, desaparecendo tudo no turbilhão das águas. 
Desde os meus mais tenros anos, que a caminho da Santa Eufémia ouvia contar a história do afogamento dos bois com o carro, que tem a sua origem na fronteira da Matança, freguesia vizinha de Forninhos.
No entanto, o Sr. Pe. Luís Lemos evocando a imagem que se venera na capela de Santa Eufémia, no lugar da Fonte Fria, freguesia da Matança, concelho de Fornos de Algodres, transcreve no seu Livro "Penaverde - Sua Vila e Termo" que "...o Bombo, arquiavô do actual moleiro, correu em auxílio do naúfrago, de nada valendo os seus abnegados esforços. Apesar de bom nadador, sumiu-se também no mistério das águas. Que acontecera? Tendo-se metido na gruta, encontrou pé seco, mas perdeu a saída. Ali esperou horas sem fim aguardando a morte, sepultado como estava já em vida. Recorreu então à Milagrosa Santa Eufémia e viu, muito tempo depois, um raio de sol iluminar a profundeza das águas, podendo assim vencer a sepultura."
Como muitos de vós sabereis existem documentadas várias santas Eufémias, sendo que a mais conhecida é a de Braga ou Ourense. Segundo a lenda, esta santa Eufémia foi uma das nove gémeas santas (Basília, Eufémia, Germana, Genebra, Liberata, também conhecida como Vilgeforte, Marciana, Marinha, Quitéria e Vitória), mas com isto já me ia a esquecer dos rios.
Enquanto houvesse água no açude, também os moínhos não descansavam, nem eles nem o ti Bombo. Com o burro ajoujado transportava as sacas de centeio, milho e algum trigo . Depois, grão a grão...as mós faziam o resto.
De volta transportava as taleigas com farinha para as mães de Forninhos, cujos filhos haveria de ajudar a sustentar com os saborosos pães de centeio e de milho saídos, a escaldar, dos fornos comunitários.
E a roda só parava nos meses quentes e secos de verão, quando o açude esgotava a força que alimentava os velhos moínhos do Bombo. Mas tal como a roda do moínho, também a roda da vida, quando caíssem as primeiras chuvas invernosas, haveria de ditar o início de um novo clico: da semente, ao fruto...à mesa.

mós do tempo

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Uma malha

...E antes que Julho finde, toca a malhar, "quem malha em Agosto, malha com desgosto", é que no dizer do povo que às vezes sai certo, "o primeiro dia de Agosto é o primeiro dia de Inverno".

Foto, ano 1980, cortesia da família Carau.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Valagotes em festa!

Divulgamos o cartaz da Festa em honra do Santo António, embora a sua homenagem festiva venha arredada da data da celebrações históricas pelo país fora, no mês de Junho, certo que a população dos Valagotes não o esquece e o celebra alegremente em sã convivência com os que estão; e de braços abertos recebe os que nestes dias visitam esta bonita aldeia.


De destacar no cartaz, apesar de simples, a rica variedade atractiva, música moderna, celebração religiosa, afamado rancho folclórico de Trancoso, mas aqueles desafios do jogo da sueca, imagem de marca da festa  esperado na desforra de quem não ganhou o torneio no ano anterior, faz furor que apenas se acalma em volta da febras assadas e bem regadas.
E, de certeza que vão aparecer aqueles "vagabundos" de concertina a tiracolo que batem todas as romarias da região,  tocando e cantando  à desgarrada.
Acreditem que vale a pena visitar!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Padroeira S. Marinha - o presente e o passado

Como a nossa padroeira "veste" desde 2013 cor diferente, a si leitor deixo o presente e o antes para, se souber, nos explicar/informar o porquê desta transformação, o porquê de pinturas diferentes, o porquê da não manutenção da cor...de gerações.

O presente...


O antes, bem próximo no tempo...


No entanto, em Agosto do ano passado, disse-me uma pessoa, em Forninhos, que a imagem restaurada ainda será alvo de mais um aprimoramento, com a aplicação de umas pedrinhas brilhantes no manto. Acredito que seja verdade, todavia nunca se sabe...pois ainda estão por aplicar!

***
Para melhor conhecer a história e vida desta virgem nascida em Braga visite o post: Memórias 1965: Procissão de Santa Marinha. Vá lá, seja curioso(a). É só clicar  aí no azulinho.

domingo, 13 de julho de 2014

Até à Estrada dos Valagotes...

"Tão antigos como o homem devem ser os caminhos do mundo. Nas suas andanças da caverna para a fonte ou para o poiso de caça, para o açude que lhe dava os peixes ou mesmo para a floresta, à cata do pomo e amora silvestre, lá teria sua vereda esconsa o nosso avô troglodita, alongada séculos depois pelos seus filhos e netos, vasconsos, iberos, celtiberos, e lusitanos até à orca, ou a trepar os alcantis dos montes, até aos castros, ou ramificando-se até mais longe à procura de mais peixe, de mais caça, de mais fruta ou mesmo de lenha. Deviam ser escusos e meandrosos esses caminhos, quem sabe mesmo se cobertos em grande parte pela ramaria das matas e giestais". O Pe. Luís Lemos faz assim uma bela apresentação das vias de comunicação da região.


Povoado dos Valagotes

De realçar a "invasora" cultura romana que fez com que as gentes dos povoados castrenses, tal como o de S. Pedro, descesse para o vale e assim foram abrindo caminhos, primeiramente para as fazendas e de seguida outros mais largos que o corpo do homem que permitiam a circulação, embora penosa, de carros de bois, calcorreando encostas e ladeiras, permitindo durante séculos o comércio entre as comarcas vizinhas, ao mesmo tempo em que se mantiveram as poldras de granito assentes sobre o leito dos riachos e ribeiras.
Como fazendo jus ao ditado de que todos os caminhos vão dar a Roma, seria por estes caminhos onde entroncavam as vias de Viseu à Guarda e da Guarda a Lamego e uma via que vinha de Linhares. Segundo alguns investigadores, o cruzamento da procedente da Insua, dava-se em Forninhos, passando pelo Castro de S. Pedro e mais tarde foram utilizados para a invasão dos árabes, dos franceses e castelhanos. 
Depois o mais perto que houve em Forninhos, respeitante à evolução das vias de comunicação, parece foi a feitura da estrada distrital entre Fornos de Algodres e Aguiar da Beira, determinada por Legislação Régia em 1880. http://legislacaoregia.parlamento.pt/V/1/54/36/p363. É só clicar aí no azul e ver e, depois de ver, clique na setinha lá em cima à esquerda e volta outra vez para este texto:é assim que isto funciona...
E, durante séculos, a nossa terra, tal como outras  aldeias do interior do país, esteve votada ao abandono e ostracismo, num atraso e miséria atroz, sendo disso exemplo o povoado dos Valagotes, anexo da freguesia de Forninhos, em que ainda no Séc. XX as crianças para irem à escola, calcorreavam montes e vales pela serra, sujeitos a nevões e todo o tipo de intempéries e outros riscos. Os próprios falecidos eram carregados aos ombros da Irmandade por carreiros escombrosos para o distante cemitério da freguesia.
Com a revolução do 25 de Abril, criaram-se expectativas com novos horizontes e caminhos, tal como veio a acontecer então com os Valagotes que graças ao Movimento das Forças Armadas na sua campanha de dinamização rumo às aldeias, rasgou com meios militares e trabalho dos soldados, a primeira estrada, partindo da Senhora dos Verdes e onde existiam umas simples poldras centenárias na Ribeira de Carapito, à saída do povoado e no limite com Penaverde. Junto ao moinho do Bombo, foi construída uma ponte que veio permitir a circulação rodoviária e trazer uma nova esperança. 

Foto:  Povoado dos Valagotes, obtida através da pág. facebook da A.R.C.D. de Valagotes.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Carregando o mundo...


Às costas.


Recebi da amiga Anajá do blog Minha vida de campo! um tag para completar; brincadeira séria e lisonjeira. Este tipo de solicitação pretende partilhar pontos de vista dos mais variados quadrantes sobre o mundo actual e Forninhos não foi esquecido. Trago aqui as perguntas com as minhas respostas, para quem quiser seguir e conhecer e partilhar. 


O mundo seria muito mais feliz se...
Cada qual carregasse o seu quinhão de sofrimentos e alegrias, de riqueza e de pobreza ...e deixassem de andar com os camelos às costas.


Uma amizade é realmente importante quando...
Quando solidários e unidos, seguimos em frente no caminho, indiferentes às agruras.


Paciência e tolerância são para mim...
O não chegar ao extremo de rezar e suplicar para que o mundo acabe, tais são as guerras e ódios e as vítimas inocentes.


Algo que me irrita profundamente é...
A mentira, inveja, cobardia, orgulho, arrogância e o "cheiro" nauseabundo desta mistura fascista, na alma de alguns da minha aldeia.


Acho que as pessoas mais humildes...
Agradecem as dádivas do fruto do seu trabalho. São ricas e felizes por ver o fruto crescer.


Quando o dia amanhece nublado eu...
Digo que o anterior estava pior e logo o tempo estará melhor.
Bem vindo novo dia, tiro-te o chapéu!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Provérbios da Vinha e do Vinho


Não sei bem porquê, mas tenho fascínio por provérbios, talvez porque foram criados há tanto tempo e ainda hoje se repetem de pais para filhos. Em Forninhos e em cada terra. Para recordar ou ficar a conhecer recolhi da boca das pessoas meia dúzia de ditos ligados ao "Fruto da videira e do trabalho do homem":

Pela Santa Marinha (18 de Julho) visita a tua vinha, tal a acharás, tal a farás
No S. Tiago (25 de Julho) pinta o bago
Em dia de S. Lourenço (10 de Agosto) vai à vinha e enche o lenço
Chuva de Agosto apressa o mosto
Vinho e linho é frio no corpo um bocadinho
Nunca ao bêbado faltou vinho, nem à fiadeira linho
No S. Martinho (11 de Novembro) vai-se à adega e fura-se o pipinho

Toda a gente sabe que cada sociedade tem os seus próprios provérbios, então fica aqui um desafio: quem souber algum sobre esta matéria, deixe-nos aqui em comentário esse contributo. Agradeço em nome de todos os que gostam destas coisas.

sábado, 5 de julho de 2014

Dia da Paróquia de Forninhos, 18 de Julho


Chegaram-nos por correio mais 4 fotografias, do álbum da Natália 'Cavaca' para, refere ela: os forninhenses recordem pessoas que já não se encontram entre nós.


Dei um leve tratamento para se conseguir ver melhor (mais perto) as pessoas.


Estas fotos servem também para recordar um pároco pouco dado a festas e homenagens, pouco ou nada interessado nas intrigas políticas, marcou com a sua maneira discreta de ser a nossa comunidade cristã ao longo de 1/4 de século, resistindo sempre aos interesses e pressões dos autarcas, já que soube muito bem distinguir o "poder religioso" do "poder local" - Sr. Padre António Soares Flor. 


Para manter VIVA A MEMÓRIA:
Todos os anos pelo dia 18 de Julho, a paróquia de Forninhos celebra o Dia da Nossa Padroeira - Santa Marinha - cujas origens da festa perdem-se no tempo.
No entanto, no ano de 2010, a Junta de Freguesia de Forninhos, sem levar e tratar o assunto em Assembleia de Freguesia, numa reunião extra-Junta, criou o "Dia da Freguesia de Forninhos" e decidiu que seria no mesmo dia da paróquia de Santa Marinha. Na altura chamei à atenção no 'post' Memórias: 18 de Julho - Dia de Santa Marinha que o dia 18 não era um dia feriado e disse que seria preferível uma data civil, uma data importante para a história da terra, e não um dia dedicado aos santos. Todas as terras têm pelo menos uma data civil importante a que poderiam dedicar um dia, Forninhos não é excepção. Só que as sumidades da santa terrinha, de imediato, vieram defender que os forninhenses arranjam sempre o seu "feriado" para festejar o dia da sua padroeira, também agora dia da freguesia e que quem tem vontade de lá estar (no dia 18 de Julho, claro) arranja um feriado ou um dia de férias. (Hipocrisia). 
Eu o que escrevi naquela altura, mantenho!
Mais disse, que o normal seria propôr, no mínimo, 3 datas alternativas e então decidia-se em Assembleia que esse dia (18 de Julho ou outro) passaria a ser "O dia da Freguesia de Forninhos", tendo a sua celebração lugar no próprio dia ou no Sábado ou no Domingo próximo da data em questão
Escusado será dizer que desde então não festeja a Junta "O Dia da Freguesia" no dia 18 de Julho. 
Talvez as mesmas sumidades saibam responder-me de uma forma séria e plenamente justificada:
Porque é que o dia da freguesia se não faz no dia 18 de Julho, se até sabiam que o dia da paróquia de Forninhos não é um feriado? 
Porque é que este ano o dia da freguesia é celebrado no dia 13 de Julho (num Domingo. Acho que é mesmo caso único em Portugal festejarem "o dia" ainda antes do dia!) na povoação anexa (Valagotes) e não na Sede da Freguesia (Forninhos)? 
Será porque afinal o símbolo do "Dia da Freguesia" já não é a Santa Marinha, mas a Nossa Senhora de Fátima ou quiçá o Santo António, padroeiro dos Valagotes? 
Em tempos recuados sei que os dos Valagotes quiseram festejar o Santo António no dia 18 de Julho, mas diz a história que os de Forninhos "bateram-lhe o pé!" e fizeram muito bem! 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

"O segredo do nosso amor"

O programa "A Tarde é Sua", emitido de segunda a sexta-feira na TVI, encontra-se a preparar a seguinte temática: "O segredo do nosso amor". A sua pesquisa passa pela tentativa de entrar em contacto com casais bem-dispostos, que partilhem uma bonita história de amor já há alguns anos. 
Ao efectuar a pesquisa, encontrou a produção do programa o seguinte post d'O Blog dos ForninhensesBodas de Ouro - 26.Out.1963 - 26.Out.2013. E, através de email, escreveram-nos: "Pelo que percebemos o casal, Ana e Zé Coelho, partilham uma interessante história de amor já com mais de 50 anos de vida em comum. Por isso mesmo, vimos por este meio solicitar a vossa ajuda no sentido de obter o contacto do casal ou de algum familiar que nos ajude a chegar à fala com eles, para averiguar se estão disponíveis e interessados em partilhar o respectivo testemunho connosco. ".
Claro que, com muito gosto, eu e o XicoAlmeida nos prontificamos a ajudar e ficamos contentes por o casal Ana e Zé Coelho, naturais de Forninhos, aparecer na televisão.
«A TARDE É SUA» é o programa em directo nas tardes da TVI, apresentado por Fátima Lopes, tomando como referencial, a surpresa e emoção da natureza humana. Este programa enquadra-se na linha dos grandes talk-shows, promovendo conversas, momentos muito marcados pelo drama e emoção.
Nas entrevistas de Fátima Lopes pretende-se, sobretudo, que o desfecho de cada conversa faça emergir o lado positivo da experiência de cada convidado, assumindo-se esta como uma lição moral, um exemplo de vida ou um modelo a seguir.
Após o primeiro contacto, foi o casal entrevistado e...SELECCIONADO! 
Ainda não sabemos qual o dia que o casal terá a honra de aparecer na TV... mas previamente avisamos e nós lá estaremos nos estúdios (situados em Queluz de Baixo = sede da TVI) para os cumprimentar e registar, com agrado, o momento, tal qual o fizemos aquando da celebração das Bodas de Ouro.


Post Scriptum: Como a história da vida deles dá para inserir em diversas temáticas, assim que fôr oportuno a produção do programa entrará em contacto. Nessa altura teremos todo o gosto em avisar-vos.

terça-feira, 1 de julho de 2014

A enxerga de palha


Assim eram as camas nesta aldeia nos tempos dos meus avós, como em tantas da Beira Alta.
O centeio dava o pão para comer, mas também a palha para mais comodamente descansar e dormir nas enxergas, assentes sobre travessas de ferro ou de madeira. Eram as camas que se podiam ter e "ai...ai...".
Já havia notícias de colchões de mola que iam aparecendo, mas andavam arredados destas vidas.
O tecido de que eram feitas era resistente, tipo lona, por norma com padrão de riscas grossas e pouco claras, comprado para o efeito. No centro tinha um buraco através do qual seria cheio, sempre pela altura das malhas do pão e a sua palha fresca iria substituir a velha e moída do ano anterior.
Havia para o efeito que lavar o pano, secar e voltar a lavar e com a ajuda do sol quente de verão, libertá-lo do cheiro das mijadelas das crianças e das marcas repelentes dos percevejos que nas noites quentes por vezes apareciam sem terem sido rogados.
Com pequenos fachos de palha centeia escolhida, através do buraco e de modo meticuloso, esta era introduzida e espalhada no seu interior, com a ajuda de uma pequena forquilha de madeira em forma de fisga para encher bem os cantos e finalmente o buraco cozido com uma agulha grossa e curva e linha grossa.
E estava pronta a enxerga, apesar de inicialmente dura, a receber os lençóis e mantas; com o tempo e o peso iria amaciando, sendo que todos os dias de manhã, haveria que remexê-la para não ficar acamada e pronta para à noite acolher aqueles corpos que vinham de um dia de lavoura, "moidinhos que nem palhas".
Coisas que agora na distância do tempo se "enxergam" com nostalgia.