Para Fernando Pessoa, o mito é o nada que é tudo. Para Almeida Garret, trata-se de uma palavra grega que em tudo se mete e com a qual se procura explicar o que não tem explicação.
Os dicionários, consideram-no um feito fabuloso atribuído a divindades ou personagens desfiguradas; para ensaístas, trata-se de narração de factos ou tempos que a história não esclarece e contendo ora um facto real convertido em noção religiosa, ora a invenção de um facto com o auxílio de uma ideia.
Chegados a este ponto, afinal o que é o "Castelo"?
Simplesmente um monte alto, o monte mais alto da minha aldeia, onde está a cadeira do rei.
Hoje sei que foi um lugar fortificado das épocas pré-romanas e romana, na Penísula Ibérica, que era um povoado permanente e um refúgio das populações circunvizinhas em caso de perigo, também designado de castro, citânia, civita, forteleza, etc.
Mas vão lá vocês dizer isso a uma criança de oito anos nas décadas de 60 e 70 ou a jovens de 18 dos anos 40 e 50?
foto de Ilídio Marques, no Castelo-Forninhos |
Como se fosse uma espécie de chamamento acima do real...
O "Castelo" era uma das maiores atrações da nossa meninice e como tal, ligado a uma época de juventude; gerações e gerações imaginaram ali encontrar o tesourou do Ali Babá e daqui gritaram o"abre-te-sésamo", embevecidos pela lenda da grade e cambão de oiro por ali enterrados que encantava as crianças que nós éramos ou da moira encantada que numa noite especial penteava os seus longos cabelos ao luar.
Era a nossa maravilhosa cultura popular a impressionar-nos...
A gente desta foto (Adriano Moreira, Zé Pina, Samuel Cavaca...rapaziada agora para os 80, 75 e 65 e mais) "viveu" de certeza o encanto do "Castelo".
É nós hoje?
Fico muito feliz quando vejo promoções de caminhadas pela nossa Serra (esta e outras) para apreciar as suas belezas, mas será o suficiente?
O "Castelo" era uma das maiores atrações da nossa meninice e como tal, ligado a uma época de juventude; gerações e gerações imaginaram ali encontrar o tesourou do Ali Babá e daqui gritaram o"abre-te-sésamo", embevecidos pela lenda da grade e cambão de oiro por ali enterrados que encantava as crianças que nós éramos ou da moira encantada que numa noite especial penteava os seus longos cabelos ao luar.
Era a nossa maravilhosa cultura popular a impressionar-nos...
A gente desta foto (Adriano Moreira, Zé Pina, Samuel Cavaca...rapaziada agora para os 80, 75 e 65 e mais) "viveu" de certeza o encanto do "Castelo".
É nós hoje?
Fico muito feliz quando vejo promoções de caminhadas pela nossa Serra (esta e outras) para apreciar as suas belezas, mas será o suficiente?