Forninhos foi sempre uma terra de mulheres bonitas. Desculpem-me as pessoas da Cortiçada e Dornelas, mas até se cantava:
Cortiçada é terra boa
Para dar as melancias
Dornelas para as cebolas
Forninhos para as raparigas
Mas os homens de Forninhos também sempre foram muito bonitos e temos a prova disso. Estamos no dia 15 de Agosto:
Da esquerda para a direita: António Carau, com a sua boina à espanhola que usou até morrer, ficava-lhe muito bem e era a sua imagem de marca, diga-se. De camisa branca, o Samuel Cavaca (que veio a ser o meu pai), António Moreira, de fato e gravata, ao centro o Vasquinho Baptista, à esquerda o Tónio Chispas, o Amaral (dos Valagotes) e o Américo (da tia Purificação).
Os pequenitos, o meu pai acha que são: o Zé (filho da tia Isaura) e o que não se lhe vê a cara é um filho do Vasquinho. Já se não lembra bem do ano deste feliz instantâneo, mas julga ser de 1967, o ano antes de ele ir para o Ultramar ou depois de voltar da Guerra, em 1969.