VAMOS AGORA, ENTRAR NA REALIDADE

ATRÁS DUM MITO, DUMA LENDA, PODE SEMPRE HAVER UMA HISTÓRIA

O que vemos nesta foto, já não é fantasia, é real, uma realidade amarga, eu diria, mesmo cruel.

Há umas dezenas de anos atrás, quando uma retroescavadora procedia à abertura de um caminho, foram levantadas algumas urnas, que ninguém sabia que ali estavam, algumas ainda com ossos que se desfizeram com o movimento, e foram dali levadas para servir de bebedouros a animais.Há quantos séculos lá estavam, não se sabe, sabe-se, isso sim, que uma retroescavadora, de um momento para o outro, remexeu e violou um cemitério que guardava os restos mortais dum povo que possivelmente deu origem às lendas que mantém este local, para mim, com um encanto misterioso.

Forninhos: 18-JULHO-2010

Ontem, dia 18 de Julho, festejou-se mais uma festa, no dia que pertence, no calendário litúrgico, a Santa Marinha, Padroeira da aldeia de Forninhos. Este dia começou por ser assinalado, por volta das dez horas, para dar início à missa em honra de Santa Marinha e festa da catequese, que se realizou na Igreja Matriz da nossa paróquia.

Vamos mostrar alguns momentos da Procissão de Santa Marinha a percorrer as ruas da aldeia:

Está pois iniciada a Procissão que vai percorrer as ruas que ligam a aldeia e volta ao ponto de partida:

A tradição leva a reviver com a noção de que sempre foi assim...e o andor da Virgem Santa Marinha voltou a ser transportado pelas raparigas solteiras, tal como manda a tradição.

Neste dia as colchas derramam a sua brancura como bênção fresca nos passeantes.

Regressa-se ao ponto de partida, a Igreja que hoje abriu as suas portas para que a festa se fizesse, como sempre se fez, com o Povo e a Santa que adoptou para sua Padroeira.

A Junta de Freguesia de Forninhos, levou a efeito também neste dia 18 de Julho um evento/comemoração/convívio, comemorando-se, assim, pela 1.ª vez o "Dia da Freguesia de Forninhos":

Na melhor “sala” da Freguesia, com uma tarde muito quente, começaram a aparecer as pessoas e o Largo da Lameira voltou, mais uma vez, a encher-se de gente e de vida. Pela "reportagem" se vê a qualidade da organização e da gente que aderiu com entusiasmo, tudo isto, para além do convívio, teve o propósito de angariação de lucros para as diversas Instituições e Associações da nossa aldeia, apenas com excepção da Comissão de Festas da Nossa Senhora dos Verdes.

Também este grupo de "jovens" do Centro Social e Paroquial de Forninhos decidiu “pôr mãos à obra” e ensaiar algumas cantigas populares “para ver o que aquilo dava” e não se saíram nada mal, não Sr. ;) Com instrumentos populares, bombos, pandeiretas e ferrinhos, começaram as cantigas:

E quem disse que não há bons vinhos em Forninhos?

Os provadores provaram e decidiram que o prémio de melhor vinho da aldeia vai para o Agostinho Lopes; seguiu-se o do tio António Cavaca (2.º Lugar) e o do Sr. Adriano Moreira (3.º Lugar). Esta prova de vinhos foi iniciativa da A.R.C.Forninhos.

E a festa continuou... este pequeno registo foi feito até às 18h30 e com o intuito de chegar a quem não pôde estar presente neste dia tão nosso.

Procissão da Padroeira, Ano 1987-JUL-18

Encontramos no baú este belo momento da saída do andor da nossa Padroeira, do tempo em que era sempre transportado por raparigas solteiras, tal como manda a tradição, que já vem do Século passado. É claro que dantes a Virgem Santa Marinha era transportada por quatro Irmãos da Irmandade, mas porque a história/lenda de Santa Marinha foi de grande importância para o povo de Forninhos, pode dizer-se que com o decorrer dos anos começou a transformar-se em tradição.

Ainda na senda dos mistérios...

…E foi assim, que em tempos já há muito idos, o velho ancião ladeado de seus homens de confiança, o General de boina e sem nariz, (à sua esquerda) o D. Beiçudo, Sr. Abade, (também à sua esquerda) e o seu Ministro das Finanças, a quem nesta altura, não confia o baú do tesouro, que segura muito bem no seu regaço, mandou chamar o velho moleiro, (parte superior direito), para lhe comunicar que iriam partir, não por causa dos archotes em chifres de bois, mas porque este era o seu destino. Deixavam ficar a princesa encantada, mas muito bem guardada pelos seus monstros sagrados para que, nada, nem ninguém, venha um dia, tentar desvendar os seus mistérios...
Este humilde homem, não hesitou, e prestou homenagem a tanta nobreza dum povo que ali tinha vivido durante, não se sabe se, séculos ou milénios...

Cada vez há mais encanto, nesta serra de mistérios

Hoje voltamos com mais um capítulo da caminhada pelo Reino Maravilhoso. Lançamos de novo o desafio a todos, que esperamos vejam nele a magia das pequenas coisas numa simples fotografia e deixem a imaginação voar.

Mas que grande confusão!!!! Quem sabe explicar?

Também temos os vigilantes de passagem...

hooooo !!! que é isto??? uma gárgula? um monstro a sair das entranhas da Serra?

Retomamos a nossa viagem pela Serra Encantada

Primeiro o Santo António,

Depois o São João,

E já foi o São Pedro,

Cumprimos a tradição.

e…acabou!

Vamos retomar o nosso passeio pela serra encantada que, cada vez mais, nos seduz com o seu encanto.Quanto mais avançamos, mais a nossa mente se baralha: A lenda, os mitos, estas formas representadas em calhaus não estarão mesmo carregadas de mistérios?

Vamos então começar pela lenda da grade e cambão de ouro transmitida ao longo dos séculos:

Desde o penedinho do ouro

até ao Alto de Moleão

Está uma grade e um cambão

Só encontra menina em guedelha

ponta de relha

ou unha de ovelha

Pela energia que brota deste poderoso rochedo, pode levar-nos a pensar que está lá guardado o tesouro...

Aqui, no cimo, vejo a cabeça de uma enorme serpente, será?

Agachado, também vemos a cabeça de um porco, ou será de um cão? Logo atrás, também parece a cabeça de um tubarão.

E como estamos na senda dos mistérios, quem me sabe dizer, como é que uma tartaruga está incluída nos guardiões da princesa Moura Encantada? Ou será um lagarto, daqueles que há por lá na serra? Mas este é gigante.