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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

2022 está a chegar

E tinha de partilhar e chamar a vossa atenção para as belezas das cores e os frutos mais fantásticos da época que simbolizam prosperidade, sucesso e também uma vida longa cheia de felicidade.



Então...Votos de um Bom Ano com Saúde, muitas Alegrias e Paz para Todos!!
A Natureza segue o seu curso...

domingo, 19 de dezembro de 2021

Nesta Noite Branca

Nesta noite branca...
Aqui estou eu para te dizer: Feliz Natal...🎁🎅
É o que eu desejo com todo o coração💗 


Fiquem com os "Anjos"😇😇...Festas Felizes🌲🌟🔔🎅🎁🌲
Beijos&Abraços😘😘🤗🤗Bem-hajam pela vossa presença ao longo de 2021 e...que 2022 intensifique a amizade que nos une!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Balada da Neve

A exemplo do que fiz por esta época no ano passado, publico aqui a página dum livro de leitura da antiga "instrução primária" com um poema que, pelo menos a primeira parte todos conhecem. É uma forma de o BlogDosForninhenses entrar no espírito de Natal, um tempo fértil em tantas e boas recordações de tempos passados, especialmente aqueles em que éramos crianças e vínhamos para a rua atirar neve uns aos outros, numa euforia e alegria imensa.

clicar na imagem para ler melhor

Mas as crianças, no caso, não estão a brincar, estão a sofrer por caminharem sobre a neve com os pés descalços...

Cai neve na Natureza
- e cai no meu coração.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Os Pregões ou Denunciações

Os pregões ou Denunciações faziam-se em três domingos ou dias santos de guarda contínuos. Os que pretendiam casar informavam o pároco, antes da celebração do matrimónio, para os denunciar. O pároco, primeiramente, anunciava a intenção de contrair matrimónio dos noivos; após anunciar a futura união, o sacerdote conclamava os fiéis a que denunciassem qualquer impedimento ao casamento. 
Deixo aqui alguns exemplos dessa prática na nossa terra que obedecia às constituições do Bispado. Apesar de anos diferentes, os documentos são testemunhos dos mesmos rituais.


"O primeiro dia do mês de Dezembro de mil seis centos e sessenta e oito, feitas as denunciações conforme o Sagrado Concílio e Constituições deste Bispado recebi em face da Igreja Pedro Fernandes filho de Nicolau Fernandes e Maria João e Ana Fernandes filha de António Gonçalves e Paula Fernandes, todos deste lugar. Testemunhas Pedro Vaz e João Fernandes e por ser verdade fiz este termo e assinei, dia, mês e era ut supra."
Feitas as denunciações, faz hoje 353 anos, foi o casamento de Pedro Fernandes e Ana Fernandes. 


Mais um exemplo com 349 anos!!
"Aos cinco dias do mês de Dezembro de mil seis centos e setenta e dois annos, feitas as denunciações conforme o Sagrado Concílio e Constituições deste Bispado recebi em face da Igreja Pedro Vaz com Isabel Andrade. O Pedro Vaz eh filho de Domingos Vaz e Maria João e Isabel Andrade eh filha de Pedro Lopes e Pascoa de Andrade, todos moradores neste lugar de Forninhos. Foram testemunhas presentes desta união Manuel Dias e Silvestre João. E por ser verdade fiz este termo e assinei, dia, mês e era ut supra.
O Pároco Manuel Moreyra"


Domingo, 17 de Fevereiro de 1692, celebrou-se o casamento do Domingos e da Domingas. Já passaram 329 anos!!

"Aos dezassete dias do mês de Fevereiro de mil seis centos e noventa e dois, feitas as denunciações como manda a Constituiçam deste Bispado recebi em face da Igreja Domingas Fernandes com Domingos Gonçalves. Foram testemunhas Pedro Vaz e João Vaz com mais povo e por ser verdade fiz este termo e assinei, dia, mês e era ut supra.".

Factos reais de famílias forninhenses.

sábado, 27 de novembro de 2021

Míscaros, 2021

Tenho notícia que está a decorrer o VIII certame gastronómico do míscaro, na Vila de Aguiar da Beira, mas não tenho imagens, por isso uso duas de anos anteriores, com Forninhos representado com os seus produtos agrícolas à venda.



Às 22h00 vai atuar a artista Rosinha
A apanha dos míscaros é amanhã, 28 de Novembro, pelas 10h00 e parece que a animação vai continuar com a atuação de grupos de concertinas: "Clave Sol" "Grupo da Farra" "Os Abadenses". Também há magusto, patrocinado pela Associação de Produtores de Castanhas AguiarCast e o grupo "Raízes da Terra" encerra o dia.
Ainda bem que este ano o certame voltou, mas temos de nos acautelar, se não corremos o risco de voltarmos a não poder ter um Natal em família. 
Mas digam lá se não há fins-de-semana saborosos?

sábado, 20 de novembro de 2021

Na terra do tio Sam

A pesquisar sobre soldados de Forninhos que foram à Guerra, encontrei mais um combatente da Primeira Guerra Mundial que terá nascido em 1890, em Forninhos, Bispado de Vizeu, que se alistou no Exército Americano a pedido do tio Sam. Assina António Francisco de Figueiredo.
Na pergunta n.º 4 ele responde que é estrangeiro. Natural que fosse assim. A história diz que um terço da população da América nasceu no exterior ou os pais nasceram, pelo que quarenta e três línguas eram faladas em uma divisão do Exército criada em Nova York. Impresso na parte inferior dos cartões de pré-alistamento militar estavam as seguintes palavras: "Se a pessoa é de ascendência africana, rasgue este canto".
Olhem o cartão de registro:


Do que consegui perceber, trabalhava numa pedreira de pedra britada "Pacific Portland Cement Company Quarry, Fairfiel, Solano Co., Califórnia, EUA" e tinha experiência militar (assim responde à pergunta 11). 
Na pergunta 9 ele declara a esposa e uma criança de 2 anos como dependentes e Jwo ? e no n.º 12 ele solicita suporte de Jow ? e família.
Jwo será de Jeová? 
Na minha terra não sei se houve outra religião, mas no Livro dos Batismos da Paróquia de Forninhos, referente a 1890 não encontrei o registo deste António, apenas consegui saber através da pesquisa feita em  https://www.familysearch.org/pt/ que faleceu em Agosto de 1970, tinha 80 anos e deixou descendentes.
Sendo natural de Forninhos, fica a dúvida se o nome "Figueiredo" é do ramo dos Fernandes Figueiredo de Forninhos, ou dos Figueiredo originários da Moradia (nesse caso, talvez o registo conste no Livro das Antas) e que casaram em Forninhos, entre eles Francisco de Figueiredo e o irmão Augusto Figueiredo, pai de Felisbela Figueiredo Saraiva que emigrou para os EUA e foi lá que faleceu.
Assim se presta homenagem a estes homens e se vai fazendo história...

terça-feira, 9 de novembro de 2021

12 Anos de Pedras Pequeninas

Saudamos o passar de mais um ano de Blog, este ano, por alturas do Cristo-Rei inaugurado a 17 de Maio de 1959, dia de Pentecostes e seu significado. Discursou o Cardeal Cerejeira, que proferiu a frase: "Este será sempre um sinal de Gratidão Nacional pelo dom da Paz".

Cristo Rei em 1959

Imagem retirada do Blog "Restos de Colecção"

A ideia de erguer o Santuário Nacional de Cristo Rei surgiu em 1934 durante uma visita do Cardeal Cerejeira, Patriarca de Lisboa, ao Brasil. Depois de ter visitado o imponente Cristo Redentor do Corcovado no Rio de Janeiro, quis construir figura semelhante a admirar Lisboa.
O despotelar da II Guerra Mundial acabou por impulsionar esse desejo.
A 20 de Abril de 1940, em Fátima, os bispos portugueses reuniram-se e formularam este voto: "Se Portugal fosse poupado da Guerra, erguer-se-ia sobre Lisboa um Monumento ao Sagrado Coração de Jesus, sinal visível de como Deus, através do Amor, deseja conquistar para Si toda a humanidade"
Em 1941 o terreno foi comprado e a primeira pedra foi lançada a 18 de Dezembro de 1949 e a construção demorou 10 anos, de 1949 a 1959.
As crianças portuguesas participaram amplamente na campanha de angariação de fundos, numa iniciativa denominada "Pedras Pequeninas"
Esta campanha durou entre 1939 e 1958 e supunha que os mais novos iam guardando, ao longo do ano, o dinheiro que lhes era oferecido, para depois o ofertarem no Presépio das respectivas paróquias, a 28 de Dezembro.
O Órgão de Propaganda do Monumento Nacional a Cristo Rei noticiava que Aguiar da Beira e Forninhos, da Diocese de Viseu fizeram um cortejo infantil, de géneros, rendendo o leilão na primeira 355$00 e na segunda 370$00.
Parabéns a Nós!

Clicar para ler


Perto de nós, Dornelas no Natal de 1954 contribui com a quantia de 365$00 e Penaverde 50$, etc...

Fonte: "O Monumento" II Série, N.º 19, Dezembro de 1955, páginas 3 e 4.

Mesmo em tempo Covid e de condicionamentos vários, este espaço continuou na demanda de que para compreender o presente é preciso primeiro conhecer o passado.

Viva o BlogDosForninhenses!

sábado, 6 de novembro de 2021

Velhos são os trapos

Na economia doméstica antiga, nada se perdia, tudo se criava..."No aproveitar é que está o ganho" - dizia-se. Os farrapos, os restos de tecidos, reaproveitados foram uma das primeiras formas de reciclagem...
Reduzidos a tiras, mandavam-se tecer, em arcaicos teares manuais e saíam mantas que serviam para a cama, para o berço dum filho e até para apanhar a azeitona!

novelos feitos de trapos/farrapos

Tear

Manta de farrapos

Mais alguns exemplos do que se podia e pode ainda fazer com os velhos trapos:

Passadeira de farrapos

Tapete feito com trapos

O mesmo tapete, mas virado ao contrário

Clicar nas imagens para ampliar.

E como esta é a altura do ano em que mais lembramos e honramos os que já partiram, aproveito para lembrar que ligada à fiação Forninhos teve fiadeiras e, pelo menos, uma tecedeira, chamada Nazaré Esteves. Penso que era avó da Luzia, pois casou com Daniel Almeida, no dia 11-01-1897, conforme registo:


Podia confirmar com a minha tia Margarida, como era costume, se houve mais tecedeiras, mas a minha tia deixou-nos ontem e o funeral foi hoje ao início da tarde, no cemitério de Forninhos. Tinha 85 anos. 
A minha tia ajudou-me a construir a história do BlogDosForninhenses e eu não esquecerei as conversas que tínhamos ou a sua admiração, o apoio, por quem se dedicava ao conhecimento do passado. Ganhei dela uma visão do mundo e da vida que não tenho.
Obrigada tia Margarida pelo que nos deu. Será sempre lembrada.

Tia Margarida

Será rezada a missa do 7.º dia, na igreja de Forninhos, dia 13/11, pelas 16h00.

domingo, 24 de outubro de 2021

À memória de António Almeida

Datado de 05-Jan-1917, publico aqui mais um boletim de pré-alistamento militar na Grande Guerra de um soldado de raça caucasiana (diz o campo 10), nascido em Forninhos (diz o campo 3), no dia 01 de Janeiro de 1896, chamado António Almeida
Como do ano de 1896, não foi encontrado (por mim) o registo de batismo, que pudesse acrescentar alguma informação sobre quem eram os seus pais e avós, aos meus olhos pode ser o filho de Rosa Fernandes e do tio Augusto "ferreiro" nascido em Forninhos no ano de 1893 e assasinado nos Estados Unidos da América no dia 17 de Abril 1927 pelo David Ribeiro, filho do António Ribeiro, de Forninhos e Maria Quitéria, de Esmolfe.
O cartão do Francisco Mehr também diz que nasceu em 1890 e o registo de batismo refere que nasceu em 08-01-1889. O ano do nascimento é muitas vezes estimado e também incentivados pela propaganda do "tio Sam", crianças e jovens mentiam sobre a idade, na hora de se alistarem e as autoridades responsáveis pelo recrutamento deixavam-se "enganar".


Aproveito a ocasião para informar que com a ajuda da GenRegis, descobri que o Francisco Mehr e o nosso soldado Floriano Cardoso eram dois dos cinco filhos de Maria Amália, natural do Tojal, Satão, que era a criada do Senhor António Saraiva e Senhora Rita de Jesus, de Lusinde  (Senhora Ritinha).

Filhos de Maria Amália

1- Ventura (Amália), filha de pai incógnito; veio a ser a mãe de José Saraiva Ventura (marido da tia Felisbela);
2- Duartefilho de pai incógnito; foi padrinho de batismo do sobrinho acima identificado e o seu sobrenome era "de Mello";
3- Francisco, filho de José Caetano, de Dornelas;
4- Natividade, filha de pai incógnito, que eu ainda conheci.
5- Floriano, filho de pai incógnito, mas consta no seu boletim individual do CEP que era filho de Agostinho Cardoso.

Vamos continuar a pesquisar e quem sabe chegamos aos 8, 10, 12, 15...20 forninhenses que participaram na Primeira Grande Guerra. Se calhar toda a gente teve um familiar na guerra. Para já fica aqui mais um contributo do BlogDosForninhenses para memória e homenagem a quem tanto sofreu.

sábado, 16 de outubro de 2021

Os Saraivas

O berço da família Saraiva foi sobretudo Colherinhas, Dornelas.

1. José Ferreira e Ana Saraiva, eram de Colherinhas, Dornelas e tiveram um filho a quem chamaram José Ferreira Saraiva (nesta família há uma sucessão de membros do século masculino como nome de José Saraiva que chegou à actualidade).

2. João da Fonseca, de Forninhos e Ana dos Santos (minha tetravó), da Quinta Ponte, Sezures, tiveram uma filha a quem chamaram Maria dos Santos ou Maria dos Santos Fonseca (era irmã da minha trisavó Ana dos Santos) vide família Marques

3. José Ferreira Saraiva e Maria dos Santos (Fonseca) casaram na Conservatória das Antas (Penalva do Castelo) e tiveram pelo menos três filhos: 

N.º1 José (30-06-1860) herdou o nome do pai e do avô
N.º2 Ana (13-04-1862) 
N.º3 Joaquim (05-06-1864)
José Saraiva faleceu a 17-06-1897, tinha 82 anos
O registo de óbito indica que residia na Moleira, Forninhos e deixou filhos. Maria dos Santos era falecida à data.
O filho José (N.1) casou a 17-04-1882 com Maria de Andrade. Era conhecida como Maria Mello e era filha de António Esteves da Fonseca e Maria de Andrade e Mello .  
Avós maternos: José Ferreira de Mello e Brites de Andrade. 
Avós paternos: José Esteves da Fonseca e Antónia Marques
Curiosidade:
 (o registo de batismo de Maria de Andrade, em 16-06-1857, indica que foi batizada em perigo de vida).

Casamento 17-04-1882 JoséF. Saraiva e Maria Andrade (Mello)

José Ferreira Saraiva e Maria Mello tiveram os seguintes filhos:

- Adelaide (nascida a 06-01-1884), não teve filhos. Casou com Manuel da Cruz Ribeiro, de 23 anos, natural de Casal Vasco, Fornos de Algodres, filho de António Augusto de Albuquerque e de Maria Josefa, em Forninhos, no dia 09-07-1903. 
Casou pela segunda vez com Abel Dias Sobral, natural de Forninhos. Este faleceu em 23-05-1945. Ela faleceu em 27-02-1968.

- Maria (dos Santos) (06-01-1887) só com mais investigação e sobretudo informações dos familiares poderei completar.

- Ana dos Santos (14-10-1889), casou com Francisco Almeida em 1911 e assinava Ana dos Anjos. 
Francisco Almeida era filho de António Almeida ferreiro e Maria Antónia. Tiveram 5 filhos: José, António, Alfredo, Augusta e Teresa.

1- José Almeida casou com Maria das Mercês, de Maceira, Fornos de Algodres (da família do  José Mercês, exposto). Tiveram 2 filhos: Júlio e Fernando.

2- Alfredo Almeida (Saraiva) casou com Maria Augusta Guerra da Fonseca, filha de António Guerra, natural de Forninhos (filho de José Dias Guerra e de Madalena Fernandes) e de Maria dos Prazeres conhecida por Maria da Lameira (filha de José da Fonseca Tavares e Helena de Jesus, de Souto de Golfar, Romãs). Este faleceu em 09 de Agosto de 1943 e ela faleceu em 03-02-1965.
Alfredo e Augusta tiveram 4 filhos: Lurdes, Francisco, Helena e João.

3- Augusta Saraiva. Não casou, nem teve filhos.

4- António Almeida casou com Maria Helena de Cabra, agora Ribamondego, Gouveia. Não tiveram filhos. Maria Helena faleceu no passado 5 de Outubro. Paz à sua alma.

5- Maria Teresa de Jesus Saraiva, nasceu em 1932 e casou com António de Almeida Carreira que nasceu em 1929 filho de António de Almeida e Albertina da Silva Carreira. Tiveram 2 filhas: Lúcia e Zita e emigraram para o Brasil.
Curiosidade:
Este ramo familiar tinha ligações com o Sr. Luís Baptista, da Quinta da Fonte Fria, Matança. Albano da Silva Carreira, casou com uma sua filha, Emilia Andrade, em 04-09-1904. Tiveram um filho a 03-02-1908 a que deram o nome do pai, Albano. Foi padrinho de batismo Fernando da Silva Laires, solteiro de Aguiar da Beira, o autarca Fernando da Silva Laires, principal comerciante em Aguiar da Beira no principio do séc. XX e fundador das Termas da Cavaca.
A família Silva Carreira é originária de Aguiar da Beira.

1917: Publicidade de Fernando S. Laires

- Joaquim (12-05-1892) Saraiva casou com Filomena, filha de Francisca Amaral (a Xiquinha) e Joaquim Moreira e tiveram uma única filha: Maria José Saraiva. 
Na 1.ª República, Joaquim Saraiva foi membro da governança, isto é, pertenceu ao grupo de pessoas que participavam no governo da freguesia de Forninhos (1922-1923, pois os cargos eram quase todos anuais e rotativos). Depois foi para a argentina em busca do eldorado e não mais voltou....

(Deste ramo descenderão os filhos da D. Maria José Saraiva, pelo que fica aqui ainda muito trabalho por fazer...)

- José (20-04-1894) que terá morrido ainda criança (?) porque anos depois nasceu outro José...

- António nasceu a 16-10-1898 e morreu com a pneumónica, segundo informação dos familiares.

- José Maria (nasceu 08-04-1902). Foram padrinhos de batismo a Dona Laura de Almeida Pais, de Forninhos e Jose Maria de Andrade Saraiva, da Quinta de Colherinhas.
Casou com Luísa de Almeida no Posto Civil de Forninhos em 27-02-1935. Esta faleceu em 30-01-1947. Tiveram 4 filhos: Lucília, António, José, Augusta.
(Deste ramo descenderão os filhos da Lucília, António, José e Augusta). 
E, como prometera ao Sr. José Saraiva o ramo materno, sobretudo a naturalidade da sua avó Antónia Lemos, aqui vai:
Luísa de Almeida era filha de Albano de Almeida, de Forninhos (filho de Luís de Almeida e Maria do Patrocinio) e de Antónia de Lemos, da Quinta da Ponte, Sezures, filha de José Ribeiro do Boco, Sezures e de Ana de Lemos, Ponte, Sezures.
Agora é só acabarem esta genealogia...

- Laura, que faleceu a 20-07-1905, tinha 7 meses.

-/-

A filha N.º2 Ana (Santos) casou a 20-11-1878 com António Maria de Almeida Pais, de Demercilo, Sátão, filho de António Maria de Almeida Pais e Dona Maria Augusta de São Bento.
Desconheço se tiveram filhos. A única coisa que sei é que o marido desta Ana era irmão de João Augusto de Almeida Pais, que era o pai da Dona Laura que casou com Luís Fernandes Abrantes (Sr. Luisinho), natural de Figueiró da Granja, Fornos de Algodres.

Casamento Ana e António Maria Almeida Pais

O filho Nº 3, o Joaquim foi baptizado no dia 19-06-1864. Foram padrinhos José António da Silva e Dona Maria Eduarda da Fonseca e Silva, ambos de Aguiar da Beira.

Batizado do Joaquim -19-06-1864

Fico com uma dúvida que se me pudesem esclarecer agradecia: o que aconteceu a este Joaquim Saraiva?

sábado, 9 de outubro de 2021

Mais Meninos Expostos

Surpreendentemente foram mais os meninos colocados na roda. O nome "Exposto" ou "Enjeitado" aparece muitas vezes na identificação das crianças desamparadas e sem família. Foi assim durante séculos, mas é do século XIX que existem mais documentos.

Registo do Casamento de Caetano Silva: 23-11-1839

Este menino enjeitado, chamava-se Cateano da Silva e era filho de pais incógnitos. 
Como recebeu o nome de família "da Silva"?
Ainda não tenho a resposta.
Infelizmente falta coragem para criar um grupo de trabalho para se realizar um estudo mais aprofundado!
Caetano da Silva casou na Igreja de Forninhos no dia 23-11-1839 com Luísa da Fonseca, filha de Manuel Dias, da Matela, Antas e de Maria da Fonseca dos Valagotes.

Registo de Batismo de Maria Piedade - 13-09-1864

Maria do Carmo é mais um exemplo. Foi exposta na Roda de Aguiar da Beira. 
Casou com José de Almeida Esteves, filho de António Esteves de Forninhos e de Maria Almeida, da Moradia, Antas. O casal teve uma filha de nome Maria Piedade, que nasceu a 02-09-1864 e foi baptizada na Igreja de Forninhos no dia 13-09-1864.

Registo Casamento de José Mercês: 30-11-1889

José Mercês terá nascido em Forninhos no ano de 1861. 
Segundo o registo do seu casamento, de 30-11-1889, foi exposto na Matança. Tinha 28 anos e era alfaiate quando casou em Forninhos com Maria de Jesus de 24 anos, filha de José Nunes, moleiro, da Matança e Maria da Fonseca, natural de Forninhos. 
Faleceu em Maceira em 06-04-1938.
Como recebeu o nome de família "Mercês"? 
Segundo anda na tradição, o apelido "Mercês" era do seu pai biológico, um padre-cura da Silvã de Baixo que se chamava Manuel das Mercês e por isso ficou com esse nome.
O nome deste padre cura, aparece em muitos registos de baptismo com ligações a "Rosa Fernandes".
Que relação existiria entre os dois? Talvez um padre e uma criada de servir e um filho abandonado na Matança e que, por descargo de consciência, lhe terá dado o nome à hora da morte?
Registo de Batismo da Umbelina: 05-03-1866

Da mesma altura, em 05-03-1866, o padre Mercês baptizou com a licença do pároco de Forninhos, Francisco de Almeida Coelho, uma criança de nome Eubelina (Umbelina), filha de Manuel Fernandes e Maria Fernandes. Foi madrinha Rosa Fernandes, solteira.
Umbelina, uma pastora, teve no dia 13-01-1888 uma filha que se chamava Deolina (Deolinda) e foi baptizada no dia 12-04-1888. O pai era desconhecido.
Umbelina Faleceu em 16-11-1935.

Registo de Baptismo da Deolina (Deolinda): 12-01-1888

Segundo consta no registo de baptismo, o padrinho de Deolina foi o José das Mercês, alfaiate, natural de Forninhos e residente em Maceira e a madrinha foi a sua mãe Rosa Fernandes, proprietária, natural e moradora na freguesia de Forninhos.
Em 1888 Rosa Fernandesera proprietária e mãe do José das Mercês, natural de Forninhos.
José das Mercês e sua mãe, no mesmo dia 12-04-1888, também foram  os padrinhos de uma menina de nome Rosa, filha de Manuel de Almeida Pimpão, jornaleiro, de Forninhos e Rosa de Jesus, fiadeira, natural do lugar e freguesia da Silvã.

Ligações de parentesco:

→ Rosa Fernandes, era irmã de Maria Fernandes esposa de Manuel Fernandes (pais da Umbelina, afilhada do padre Mercês da Silvã).
→ Manuel Fernandes era filho de António Fernandes e Rosa Ferreira, ambos de Forninhos.
→ Rosa Fernandes e Maria Fernandes eram filhas de João Ribeiro de Forninhos e Maria Fernandes de Moreira, Pena Verde.
→ João Ribeiro e Maria Fernandes também eram os pais de Mariana Ribeiro (não herdou o nome "Fernandes") que casou em 18-01-1863, com Manuel Fernandes, que era pedreiro; vieram a ser os pais de Palmira Fernandes que casou com o  Manuel Ferreira Urbano (eram 4.ºs primos) e da Rosa Fernandes que casou com o José Augusto de Almeida (dos ferreiros), os pais da tia Etelvina Fernandes.
→ O padre Francisco de Almeida Coelho foi o padrinho de baptismo de Palmira Fernandes. A madrinha foi a Rosa Fernandes. Data do batizado: 20-06-1876.
→ O padre Manuel das Mercês foi o padrinho de baptismo da Rosa Fernandes. A madrinha também foi a Rosa Fernandes. Data do batizado: 25-01-1870.

sábado, 2 de outubro de 2021

Genealogia dos Vaz Bernardo

Geneologia dos Vaz, em Forninhos (tinham uma forte ligação com a família mais rica de Forninhos, os Fernandes de Figueiredo)

Os avós mais velhos

Francisco Esteves, de Forninhos e Maria do Patrocínio, de Tamanhos (Trancoso), Bispado de Pinhel, eram os pais de Luís Esteves Vaz. Ele faleceu com 93 anos no dia 25-12-1879. Ela com 83, no dia 18-09-1883.
José Diogo e Francisca Alves, eram os pais de Isabel Alves

→ Nos registos de batismo dos netos, Francisca Alves também aparece com o nome de Francisca Figueiredo, da Moradia, Antas de Penalva.
→ José Diogo aparece como sendo natural de Dornelas e de Pena Verde.

Casamento de Luis Esteves Vaz e Isabel Alves

1. Luis Esteves Vaz viúvo de Josefa Marques casa no dia 07-06-1855 com Isabel Alves, de Forninhos e tiveram um filho no dia 21-10-1859, a quem chamaram Augusto Esteves Vaz. Afilhado de José Fernandes de Figueiredo e Luís Fernandes de Figueiredo (bapizado a 01-11-1859), foi sapateiro e casou com Maria da Conceição da aldeia de Castelo de Penalva, filha de Maria Mota e de pai desconhecido. Tiveram uns 8 filhos

1. Hircolana (Herculana) nasceu no dia 23-12-1882 e foi baptizada no dia 11-02-1882 (foram padrinhos Dona Escolástica e José Maria Alvares Moreira), mas faleceu no dia 13-01-1884.

2. Herculano, nasceu a 06-04-1884; baptizado a 12-05-1884 (foram padrinhos Jose Maria Alvares e sua esposa Dona Prazeres).

3. José, nascido a 25-11-1887; baptizado a 08-02-1888 (foram padrinhos Jose Maria Alvares e sua filha D. Prazeres). Casou com Ana dos Anjos, que faleceu em 16-10-1956 e ele faleceu em 28-07-1965.

4. Augusto, nasceu a 30-10-1889 e foi baptizado a 01-12-1889; Faleceu a 05-10-1892.

5. Mário, nasceu a 06-11-1891  e foi baptizado a 17-12-1891; Faleceu a 29-09-1893 (foram padrinhos José Maria Alvares Moreira e Albina Cardoso, da Matela, criada de servir (diziam no povo que foi amante do Sr. Álvares!!).

6. Augusto (2.º do nome), tinha 32 anos quando casou com a Dona Júlia (Maria Júlia), em 27-07-1921. Faleceu a 09-01-1960, em Santo António dos Olivais, Coimbra. Ela faleceu em 24-03-1969.

7. Tibério, nascido a 07-11-1896; baptizado no dia 06-01-1897 (foram padrinhos José Maria Alvares Moreira, viúvo, e Albina Cardoso, da Matela, criada de servir).

8. Olímpia, nasceu a 29-11-1898, foi baptizada no dia de Natal (25-12-1898). Foram seus padrinhos José Maria Alvares Moreira, viúvo, e Albina Cardoso, da Matela, criada de servir .
Ainda a conheci; casou com António Bernardo (conhecido por Antoninho do Aníbal); Olímpia da Conceição Vaz faleceu no dia 21-09-1981

Luís Esteves Vaz faleceu a 27-03-1898, tinha 77 anos. Isabel Alves já era falecida à data. 

Olímpia da Conceição Vaz e Antonio Bernardo

→ O ramo destes Bernardo tem origem em Vila Longa e Dornelas.

António Bernardo Augusto, era filho de José Bernardo, de Vila longa e de Antónia Jesus, de Forninhos. 
Casou no dia 28-09-1873  (tinha 21 anos) com Josefa Antunes Pires, de 20 anos, filha de José Pires, de Forninhos e de Margarida Antunes, da Matela, Antas. 

Casamento em 28-09-1873

Tiveram os seguintes filhos:

1. Aníbal, nasceu a 16-09-1874; baptizado a 18-10-1874 (com 27 anos casou com Maria da Fonseca, de 23 anos,filha de António Luís da Fonseca e Maria José, de Rio de Moinhos). 
Data do casamento: 20-10-1901.

Família de Maria da Fonseca:

 Em 08-10-1871, António Luís da Fonseca, com 27 anos casou com Maria José, de 28 anos, de Rio de Moinhos. 

Casamento em 08-10-1871

Segundo a informação deixada no registo de casamento, os pais de Maria José, de Rio de Moinhos, eram António Nunes, de Pindo e Ana Gomes, de Rio de Moinhos. Os pais de  António Luís da Fonseca eram José Luís da Fonseca, de Forninhos e Engracia Maria, de Mesquitela de Azurara. 

Engracia Maria, era filha de Manuel Marques e Maria da Conceição, ambos de Mesquitela de Azurara.
→ José Luís da Fonseca era filho de João da Fonseca e Luisa Maria, ambos de Forninhos. Era viúvo de Ana de Albuquerque ou Ana Rodrigues quando voltou a casar em 14-05-1896. 

Casamento em 14-05-1896

Faleceu a 12-08-1900, tinha 55 anos. Fez testamento a favor da sua 2.ª mulher, Luísa Nunes, de 50 anos, natural da Quinta da Ponte, Sezures. 
→ A sua 1.ª mulher era filha de José de Albuquerque Marques, de Forninhos e Rita Rodrigues, de Penaverde. Quando casaram, em 06-08-1866 ele tinha 25 anos e ela 23 anos. 

(Genealogia de Maria da Fonseca inseriada/atualizada a 03 de Outubro de 2021)

Batismo de Anibal Bernardo

2. Herminianasceu a 08-11-1876; baptizado a 07-01-1877
3. Celestinanasceu a 01-07-1879; baptizada a 10-08-1879; faleceu 14-10-1879.
4.Esperançanasceu a 24-06-1881; baptizada a 10-07-1881 (casou com António Paulo Craveiro, que faleceu a 24-04-1924 e ela faleceu a 07-09-1964).
5. Auroranasceu a 07-02-1884; baptizada a 09-03-1884 (casou com José de Mello que faleceu em 13-11-1948 e ela faleceu em 07-04-1964).
6. Marianasceu a 18-01-1888; baptizado a 08-12-1887 (foram padrinhos António Tavares, tendeiro, de Vila Franca e Maria Pires de Forninhos)
7. Cecílianasceu a 30-03-1891 e foi baptizada a 07-05-1891 (foram padrinhos o casal Maria Pires de Forninhos e António de Almeida Violeiro, do Casal Vasco).
8. Glória do Céunasceu a 04-07-1894 e foi baptizada a 04-09-1894; faleceu a 09-10-1899 (foram padrinhos o casal Maria da Piedade de Forninhos e Francisco Martins de Sezures).

Nota:
Quer o registo de casamento, quer os registos de baptismo da Aurora, Maria, Cecília e Glória do Céu, dá-nos a informação que António Bernardo era taberneiro, natural de Dornelas. 

Os avós mais novos


O 1.º filho do casal, Aníbal Bernardo e Maria da Fonseca, tiveram 3 ou mais filhos:

1. António Bernardo, nascido a 29-12-1901 e baptizado a 19-01-1902 (foram seus padrinhos o casal António Maria de Almeida Pais e Ana dos Santos). Casou com Olímpia da Conceição Vaz. Deste ramos descenderão os filhos, netos, bisnetos...
2. Ana, nascida a 27-12-1903 e baptizada a 27-12-1904 (foram  padrinhos António Maria de Almeida Pais e Ana Saraiva). Faleceu a 12-10-1907.
3. José, nascido a 06-01-1906 e baptizado a 02-02-1906 (foram seus padrinhos os seus avós paternos António Bernardo Augusto e Josefa Pires).  Faleceu a 28-01-1911.

Fica o principal...

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Forninhos Vivo

Em Forninhos as eleições tiveram um resultado diferente do habitual. Uma Vitória com sabor a derrota e uma pequena derrota com sabor de Grande Vitória 

Assembleia de Freguesia

PPD/PSD - 52,54% 93 votos (4 mandatos)
UPNT - 45,76% 81 votos (3 mandatos)
Em branco 0,56% 1 votos
Nulos-1,13% 2 votos


O Partido Social Democrata ganhou as eleições, mas quem ganhou verdadeiramente foi um afirmar da desconfiança.
Parabéns Forninhos e Valagotes!! A vitória do PSD vale o que vale e é pouco significativa porque no concelho, à excepção da nossa terra e da vizinha Penaverde, ganhou o Movimento Independente Unidos Pela Nossa Terra e esta realidade, nenhum forninhense independentemente do local onde vive, da sua cor partidária ou outra,  a pode ignorar.
No Concelho de Aguiar da Beira o UNPT Vence para a Câmara e Assembleia Municipal e conquista 8 das 10 Assembleias de Freguesia. PARABÉNS!

Ver todos os resultados do concelho em: 

sábado, 18 de setembro de 2021

Forninhos vai a Votos

Estamos em plena campanha eleitoral para as eleições autárquicas e que culminarão a 26 de Setembro.
Na freguesia de Forninhos concorrem duas listas à autarquia local, que se anunciam nos placardes e que aqui divulgamos.
E, embora eu ache que alguns já lá andam a tempo a mais e com confiança excessiva, saúdo todos pela sua postura cívica em concorrer a um acto eleitoral para servir Forninhos e Valagotes, com a certeza de que serão sempre os forninhenses a ganhar.


Os cabeças de lista (o Tónio Lopes e a Neves Rodrigues) são dois jovens-adultos, trabalhadores e responsáveis. Pelas palavras dirigidas já à comunidade nos Comícios de ontem, sexta-feira 17/9 (Independentes) e de quarta-feira 15/9 (PSD), acredito que desta vez, juntos e unidos por Forninhos vão conseguir trazer outro desenvolvimento para esta terra. O entusiasmo e as promessas que agora os faz mover não pode, depois das eleições, terminar.
Ajudaria os que ganharem e os que perderem, se pudessem complementar na mesma causa. É preciso, no futuro, abandonar o caciquismo habitual e, em equipa, trabalhar na defesa das necessidades da população e interesses do futuro da freguesia de Forninhos.
Há muitos jovens nas listas e muitas são mulheres (acho que as normas a isso obrigam) o que é óptimo! É muito importante que os mais velhos integrem esses jovens e os chamem a projectar o futuro, que já é mais deles do que nosso. 
Eu não voto em Forninhos, mas apoio o Tónio Lopes, porque o conheço desde que nasci e considero-o dinâmico e capaz de saber como "agitar as águas" e ao propôr que as pessoas comprem/restaurem casas e se mudem para Forninhos parece querer inverter o ciclo de declínio a que temos vindo a assistir nas últimas décadas. 
A Neves também é dinâmica, só não apoio o seu programa por o mesmo ser a continuidade de políticas anteriores, políticas que não fixaram, nem trouxeram gente, embora esteja rodeada de muita, só que muitos não moram em Forninhos e os que moram, mostraram na última década que não têm disponibilidade para o trabalho que uma freguesia exige ou, simplesmente, não querem trabalhar. 
A política é a ciência de governar a comunidade e não a sua própria casa.