A pesquisar sobre soldados de Forninhos que foram à Guerra, encontrei mais um combatente da Primeira Guerra Mundial que terá nascido em 1890, em Forninhos, Bispado de Vizeu, que se alistou no Exército Americano a pedido do tio Sam. Assina António Francisco de Figueiredo.
Na pergunta n.º 4 ele responde que é estrangeiro. Natural que fosse assim. A história diz que um terço da população da América nasceu no exterior ou os pais nasceram, pelo que quarenta e três línguas eram faladas em uma divisão do Exército criada em Nova York. Impresso na parte inferior dos cartões de pré-alistamento militar estavam as seguintes palavras: "Se a pessoa é de ascendência africana, rasgue este canto".
Olhem o cartão de registro:
Do que consegui perceber, trabalhava numa pedreira de pedra britada "Pacific Portland Cement Company Quarry, Fairfiel, Solano Co., Califórnia, EUA" e tinha experiência militar (assim responde à pergunta 11).
Na pergunta 9 ele declara a esposa e uma criança de 2 anos como dependentes e Jwo ? e no n.º 12 ele solicita suporte de Jow ? e família.
Jwo será de Jeová?
Na minha terra não sei se houve outra religião, mas no Livro dos Batismos da Paróquia de Forninhos, referente a 1890 não encontrei o registo deste António, apenas consegui saber através da pesquisa feita em https://www.familysearch.org/pt/ que faleceu em Agosto de 1970, tinha 80 anos e deixou descendentes.
Sendo natural de Forninhos, fica a dúvida se o nome "Figueiredo" é do ramo dos Fernandes Figueiredo de Forninhos, ou dos Figueiredo originários da Moradia (nesse caso, talvez o registo conste no Livro das Antas) e que casaram em Forninhos, entre eles Francisco de Figueiredo e o irmão Augusto Figueiredo, pai de Felisbela Figueiredo Saraiva que emigrou para os EUA e foi lá que faleceu.
Assim se presta homenagem a estes homens e se vai fazendo história...
Não é fácil fazer história.
ResponderEliminarApanham-se bocados daqui e de acolá mas as coisas devem encaixar, registar e escrever história, tem o dever da consistência moral e documentada, tal aqui manifesta, não obstante hipotéticas dúvidas inerente por normal por serem lugares distantes e até e ao que presumo, relegiões de novos credos.
Este Senhor deve ter sido mais um de entre milhares de tantos convocados para a guerra da terra do Tio Sam.
Uns ficaram, mas ao que parece o "nosso" Figueirdo safou-se!
Não é fácil, porque existe um campo imenso de informações ainda não tratadas, por culpa de quem? Talvez da nossa tacanhez!
EliminarEstes cartões sabe-se que estão relacionados com o tio Sam, que chamou os jovens ao alistamento no Exército para a I Guerra Mundial (1914-1918), quem não conhece o icônico poster do "Uncle Sam" com o lema "I want YOU for U.S. Army" ("Eu Quero Você para o Exército dos EUA")?
Este Figueiredo foi um dos muitos estrangeiros a viver nos EUA que se alistaram. Sobreviveu, faleceu tinha 80 anos de idade, mas quem serão os descendentes?
E os ascendentes? O sobrenome Figueiredo aparece nos registos de casamento de Forninhos desde 1692, no entanto, perdeu-se na sequência genética de Forninhos.
Temos de procurar documentos...por eles se fará a história desta guerra.
Boa Noite
ResponderEliminarImagino a dificuldade em encaixar este bocados de história. No nosso tempo : Sec. XX e XXI são tantos os equívocos , os erros , estórias e lobyes , erros e atropelos .
Ora como seria há 200 anos ??
Mas neste empenho por FORNINHOS lá se vão descobrindo caminhos,pessoas aventuras , guerras e seus heróis .
A minha vénia mais uma vez .
Bom fim de semana
Abraço
Antonio Miguel Gouveia
Obrigada Miguel,
EliminarTem-se sabido muito mais sobre nós, nos últimos anos, do que em todas as décadas anteriores! Graças ao nosso empenho (desculpe a imodéstia). Acho que nestes doze anos de Blog aprendi mais sobre a gente de Forninhos do que no resto da minha vida.
Da Grande Guerra. Pensávamos que pouco passariam de meia dúzia, para aí uns oito combatentes, afinal podemos descobrir mais de uma dezena!
A este combatente e emigrante aqui fica o nosso louvor!
Bom domingo.
Um abraço.
Pode e deve mesmo ser muito difícil revolver memórias e histórias. Mas vocês o fazem sempre muito bem e com interesse demais! beijos, linmdo domingo! chica
ResponderEliminarAo não termos as pessoas da Grande Guerra connosco torna-se muito díficil, mas é muito interessante quando encontramos um documento sobre o tema. Devia também ser interessante para quem representa Forninhos, todos juntos podiamos abraçar um projecto de descobrir e honrar os nossos combatentes na Grande Guerra. Era bom!
EliminarA nova Junta de Freguesia começou com uma certa animação, um magusto, ainda bem que voltaram as festas, embora o covid não nos largue, mas é tempo de mudar de política...quatro anos de iguais políticas não é viável para Forninhos.
Bjs, bom domingo!
Trabalho louvável que aplaudo e elogio. Os portugueses a fazerem história em outros países. Muito bom este trabalho que aqui nos oferece.
ResponderEliminarCumprimentos poéticos
Desde a Guerra Luso-Holandesa que os portugueses fazem história nos quatro cantos do mundo e os forninhenses em particular. Temos na história um soldado forninhense embarcado nas guerras luso-holandesas que se seguiram à Restauração da nossa Nação em 1640. Um orgulho saber que também a nossa pequena aldeia esteve presente no mundo nos meados do século XVII.
EliminarCumprimentos forninhenses.
Boa tarde Paula. Não conhecia essa parte da história. Obrigado pela maravilhosa matéria e excelente aula de história. Bom início de semana.
ResponderEliminarBoa tarde Luiz. As propagandas de recrutamento com a imagem do tio Sam são conhecidas em todo o mundo, mas se os emigrantes portugueses se alistaram voluntariamente através da publicidade, não sei...nas frentes de batalha, milhares de soldados morriam a cada dia e era preciso substituí-los. Acredito mais que foram obrigados.
EliminarBoa semana.
A passar por aqui para conhecer mais umas histórias!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Obrigada. Vale a pena conhecer um pouco da história, cultura e tradições dum povo.
EliminarMais uma curiosa e interessante história de vida! Boa semana!
ResponderEliminarPena que não se conheçam os descendentes e o nome dos pais, que viram o seu filho partir.
EliminarBj
Boa tarde Paula,
ResponderEliminarMais um belo trabalho de pesquisa! E assim a Paula vai fazendo a história de Forninhos prestando homenagem aos vossos antepassados.
É de louvar!
Um beijinho e continuação de boa semana.
Ailime
Obrigada Ailime,
EliminarJá consegui encontrar os familiares dos irmãos Floriano e Francisco "Mehr" que nem as pessoas mais idosas ouviram falar! Continuo a pesquisar sobrenomes... quem sabe encontro outros porque, têm iguais direitos aos da Guerra do Ultramar!
Beijinhos.
Meus aplausos 👏 novamente pelo interesse constante em pesquisar a história de Forninhos. Creio que a recompensa é tamanha no seu coração.
ResponderEliminarO meu carinho nesta terça-feira...
😳
EliminarSim, não há palavras que descrevam a alegria que sinto!
Um abraço carinhoso.