Em Forninhos o dia 29 de Junho já foi "dia santo de guarda", se calhar porque estava ainda na lembrança do povo que S. Pedro foi o nosso primitivo padroeiro. Pelo menos o catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros do reino de Portugal e Algarves dá-nos conta que em 1320-21 todas as igrejas que tinham S. Pedro por padroeiro estavam sob o patrocínio do Apóstolo e consta que a Igreja de São Pedro, de Penaverde ao tempo, foi taxada por D. Dinis em 150 libras portuguesas para ajudar a guerra contra os ouros, embora in memórias paroquiais de 1758, o Padre de Penaverde informe que a festa era no dia S. Pedro de Verona e no dia da Ascensão.
Seja como fôr, sempre se diz que entre santos de nome popular nem sempre o povo sabe distinguir-lhes a identidade; há casos em que os fiéis celebram a festa de S. João Baptista em capelas cujo titular é, segundo a imagem, o Evangelista. Por exemplo.
A capela de S. Pedro ruiu, mas no século XX no dia 29 de Junho, da parte da manhã, ainda havia missa em honra de S. Pedro Apóstolo e durante a tarde a mocidade montava o pinheiro para arder à noite no largo da Lameira ali junto ao café do Sr. Virgílio. E havia bailarico, claro, pois havia um altifalante por cima da porta da entrada do café, que se ligava ao rádio e, mais tarde, a um gira-discos.