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domingo, 25 de abril de 2021

47 anos depois...

Tinha já um post alinhavado sobre o Dia da Liberdade que Portugal deu ao Mundo como exemplo há 47 anos, quando recebi uma triste notícia: faleceu o meu Grande Amigo Tónio Joaquim. "Então Paulinha". "Então Quinzinho". Era assim que nos saudávamos quando nos encontrávamos em Forninhos ou na Amadora. Não sei de quando ficou o hábito, mas era assim e eu guardo comigo essa saudação sorridente e bem-disposta, pois assim foi sempre que nos cruzámos.
Com tristeza, deixarei de ouvir a sua voz alegre e com ele dançar.
Será justo? Acreditemos em Deus...



Os cravos que hoje estão em lugar de destaque na nossa casa são para o António Joaquim porque sei que também ele acreditava nos ideais de Abril.
Bom descanso, Tónio Joaquim. 
A vida terminou, mas a memória não apagará a imagem abaixo, imagem recorrente ano após ano, em dia de festa sempre dançávamos uma moda. Pode não ser a sua melhor fotografia, mas é a dançar que gosto de o lembrar.

Até Sempre Amigo!

sábado, 17 de abril de 2021

Evolução demográfica de Forninhos

O Instituto Nacional de Estatística, I.P. (INE) vai realizar o XVI Recenseamento Geral da População e o VI Recenseamento Geral da Habitação - Censos 2021.
Em Forninhos já foi entregue em todos os alojamentos, pelo recenseador, a carta contendo um código e uma palavra passe necessários para responder aos Censos 2021.
Assim, a partir do dia 19 de Abril e, preferencialmente, até ao dia 3 de Maio, toda a população deverá responder via internet, acedendo ao sítio https://censos2021.ine.pt/e, depois de colocar o código e a palavra passe constante da carta e responder a todas as questões, deverá escolher a opção "entregar" quando terminar, sendo este o procedimento mais fácil, simples e seguro.
Não obstante, o recenseador prestará apoio a todos os respondentes que não possuam condições de responder através da internet.
Censos 2021: Contamos todos. Contamos com todos. Sem ti, não estão todos!


E agora relembramos os dados conhecidos relativos à demografia de Forninhos ao longo dos séculos, com ou sem erros, justificações plausíveis ou não,  foram os números que chegaram aos nossos dias e que nos ajudam a conhecer um pouco mais da nossa história:

1527 Forninhos (dantes Fornos) contava com 22 famílias e ainda não existia a quinta dos Valagotes (anexa de Forninhos) ou o local ainda não era habitado. 


1675: 215 habitantes
1708: 300 habitantes e 126 fogos 
1732: 243 habitantes. Este censo ficou conhecido por "Censo do Marquês de Abrantes".
A dimunição da população pode ter uma justificação. Estamos numa era em que a nossa região atravessou um período de fome, já que foi invadida por uma praga de gafanhotos que comiam as culturas.
1758: o Cura Baltazar Dias refere que Forninhos tem 270 habitantes (230 pessoas maiores e 40 menores) e 96 fogos e que "Nam padeceu ruínas no terramoto de 1755"
Mas perdeu 30 fogos!?!
1766: 242 habitantes e 87 fogos 
1801: 356 habitantes e 94 fogos (este censo ficou conhecido pelo "Censo do Conde de Linhares").
1829: 370 habitantes
Curiosamente entre 1807 e 1813 e 1832 e 1834, durante as Invasões Francesas e a Guerra Civil Portuguesa, em Forninhos não houve decréscimo de população, mas sim o seu aumento.
Em 1849 existem dados de outro recenseamento. Nesse ano Forninhos tinha 434 habitantes e 111 fogos  
1862: 486 habitantes e 120 fogos 
Mas foi em 1864 que se realizou o primeiro recenseamento geral da população, em que os dados obtidos são mais concretos e têm já um grau de confiança razoável.
Assim, em 1864 Forninhos tinha: 451 habitantes e 120 fogos 
1878: 489 habitantes e 136 fogos. Segundo o Dicionário Chorographico de Portugal, Forninhos tem escola do sexo masculino.
1890: 524 habitantes e 140 fogos 
1900: 502 habitantes e 134 fogos 
Esta foi uma década em que começou o surto emigratório com destino ao Brasil.
1911: 555 habitantes e 150 fogos. Relativamente à instrução, 524 eram analfabetos e 31 sabiam ler (21 homens e 10 mulheres)
1922: 523 habitantes e 131 fogos
Da análise deste censo constata-se que a população diminui um pouco, talvez devido à "pneumónica" ou "febre espanhola" e ao surto emigratório para os EUA (só em Março de  1916 8 forninhenses chegam ao porto de Nova York).
Na década seguinte, comparativamente ao censo de 1922, confirma-se a tendência significativa do aumento da população.
1930: 640 habitantes e 154 fogos 



Com base no "Senso da População por Paróquia" 
1936: 660 almas e 161 fogos
1937: 689 almas e 163 fogos
1938:737 almas e 171 fogos
1939: 695 almas e 164 fogos
Com a criação do INE em 1935, os recenseamentos passaram a ser realizados por este Instituto, o primeiro dos quais em 1940.
O VIII Recenseamento Geral da População, realizado em 12 de Dezembro de 1940, refere que Forninhos tinha: 647 habitantes
No pos-Guerra Mundial (II) Forninhos perde "uns" habitantes.
1950: 662 habitantes e 175 fogos 
Na década de 60 a população diminuiu e o número de fogos também. A emigração para França, não esquecendo a Guerra Colonial, determinou um decréscimo da população de 84 pessoas e o número de fogos decresce em 41. Números que previam que Forninhos poderia perder ainda mais população até ao fim do século XX.
1960: 489 habitantes e 134 fogos 
1970: 405 habitantes
Com o objectivo de harmonizar o calendário censitário da UE, o recenseamento de 1980 foi transferido para 1981.
1981: 389 habitantes e 240 fogos, no total foram contabilizadas 130 famílias residentes em toda a freguesia, com referência a 188 homens e 201 mulheres.
1991: 320 habitantes e 237 fogos 
2001: 272 habitantes. A diminuição da taxa de natalidade, a emigração e as migrações para os centros urbanos do país foram factores que estiveram por trás do acentuado decréscimo populacional.
Em 2011 Forninhos tinha mais fogos que habitantes: no total foram contabilizados 222 habitantes e 228 fogos em toda a freguesia.

Fontes: Cadastro da População do Reino de 1527, Memórias Paroquiais de 1758, Dicionário Chorographico de Portugal, INE, Recenseamentos da população portuguesa, bem como dos Censos da População por Paróquia e Revista da História da Sociedade e da Cultura N.º 18, 2018, artigo de João Nunes.

sábado, 10 de abril de 2021

As árvores morrem de pé

Queria aqui tratar dum assunto sério. O Nemátodo da Madeira do Pinheiro (NMP), uma praga, uma doença que causa o amarelecimento e murchidão das carumas dos nossos pinheiros e que "desde há uns anos para cá" está a pôr em risco a nossa floresta do pinheiro bravo e, consequentemente o nosso futuro (como diz o lema de Forninhos).



Cada vez que vamos à nossa terra vemos mais um bom número de pinheiros secos, o que quer dizer que o nemátodo da madeira anda por lá e não perdoa.
O que é o nemátodo? Para informaçao dos leitores deixo aqui um link que encontrei sobre o assunto:
Resumindo
- O nemátodo não se transmite diretamente de árvore a árvore, é transmitido às árvores através dum insecto-vector, o longicórnio do pinheiro. A dispersão do nemátodo está limitada ao período de voo desse insecto, de Abril a Outubro.
- As árvores atacadas apresentam uma copa cada vez mais seca e o seu declínio é evidente (pode demorar algumas semanas e vários meses, até que acaba por morrer). Permanecem, no entanto, de pé. Já mortas, mas de pé, posição nobre das árvores e também dos seres humanos!
- Único meio de controlo 
Corte e remoção/elimimação das árvores atacadasjá que controlar o insecto-vetor durante o período de voo (Abril a Outubro) é praticamente impossível.
A quem compete a remoção das árvores e sobrantes?
Estas acções são da responsabilidade dos proprietários e constituem uma obrigação legal. Através do site do município pode comunicar e identificar a queima de sobrantes:
O pinheiro é uma árvore com história, foi introduzido em Portugal no século X (ainda Portugal não o era) e teve grande expanção no século XIII, sob o rei Dom Dinis, serviu de matéria para caravelas, para escorar terra, para suster o vento...será capaz esta praga de o abalar?

sábado, 3 de abril de 2021

Hoje é Sábado de Aleluia


Porque procurais entre os mortos aquele que está vivo? 
Não está aqui; Ressuscitou!

Fica aqui uma descrição que retirei da Wikipédia:

"Sábado de Aleluia (em latim: Sabbatum Sanctum), também conhecido como Sábado Santo ou Véspera de Páscoa, é uma festividade religiosa que celebra o aguardo pela ressurreição de Jesus após a sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento. É o último dia da Semana Santa, na qual os cristãos se preparam para a celebração da festa da Páscoa. Nele se celebra o dia que o corpo de Jesus Cristo permaneceu sepultado no túmulo.
(...)
Em termos litúrgicos, o Sábado Santo vai até às 18:00 (crepúsculo), quando se celebra a Vigília de Páscoa e se inicia oficialmente a Época da Páscoa. As rubricas afirmam que a Vigília deve acontecer depois do anoitecer e terminar antes do amanhecer. O serviço pode começar com fogo e o acendimento do novo Círio Pascal. Na observância católica e em algumas anglicanas, a missa é a primeira a ser realizada desde a Quinta-Feira Santa e nela, o "Glória" - que permaneceu ausente durante toda a Quaresma - volta a ser utilizado e é durante o canto que as imagens e ícones, que estavam cobertos de mantos púrpuras fora do coro e do altar durante a Época da Paixão, são novamente revelados para alegria dos fieis. Algumas igrejas anglicanas preferem celebrar a Páscoa e o acendimento do novo Círio ao amanhecer da Páscoa. É comum que se realizem batismos ou renovações de votos batismais nesta missa."

Boa Páscoa a todos, com responsabilidade para vencermos o vírus!