Seguidores

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Mocidade, mocidade! Porque fugiste de nós?

As fotografias do Post de hoje fazem parte do albúm de memórias da minha mãe, foram tiradas na década de 60 e referem-se a umas raparigas, de Forninhos, que frequentavam naquela época “o Curso” que terminava com uma festa de encerramento, durante a qual eram entregues diplomas às alunas e era realizada uma exposição dos trabalhos.

Posam para a fotografia com a sua Professora

Perfiladas para a fotografia, atrás: a Mabília (residente nos EUA) e a minha mãe, Ema
Frente: a minha madrinha, Natália (residente nos EUA); a Darcília e a Sra. Prof. Mariana


Esta casa foi um centro de vida. Hoje é uma Capela Mortuária!

Pares do Rancho em actuação

As raparigas estão vestidas de rapazes, todas a dançar, pelo que também devem estar a cantar alguma cantiga, se calhar: “Viva Forninhos, cheio de saudade, a aldeia pequenina, onde reina a mocidade”. Já foi assim, mas cada vez tem menos gente...mocidade então....
O par da frente são a minha mãe (que olha para trás) e a Lurdes Rebelo. Atrás reconheci a tia Odete.
A paisagem também mudou. A casa fotografada foi restaurada e ficou diferente e no adro também se notam sinais de mudança.


Entrega dos Diplomas

Nesta fotografia estão muitos populares e está a minha mãe a receber o seu Diploma de final de curso (curso que durava 2 anos e onde aprendiam um pouco de tudo, desde cozinhar, costurar, bordar, enfermagem, tratar de recém-nascidos, aulas de religião).

Quem viveu esta época

No adro da Igreja a presença de crianças, reconheço a Síl…(?). Não, não pode ser a Sílvia! É a mãe da Sílvia: a Júlia!

Para mais tarde recordar

No final  ainda havia o “copo d´água”, nas instalações da Casa Paroquial, para toda a comunidade, que assim provava as iguarias e miminhos confeccionados por estas moças.
O Sr. do chapéu parece-me o ti Venâncio.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Feira Nova e 28.ª Feira do Queijo, Mosteiro/Penaverde

Dedicamos este Post à história da Feira Nova e Feira do Queijo que se realiza no Mosteiro, Penaverde. Até 1941 a Feira Nova era apenas mensal e realizava-se na 1.ª Quarta-Feira de cada mês. Daquele ano em diante, passou a realizar-se duas vezes por mês, no dia indicado e 15 dias depois. Desde 1983, faz-se também, proposta pela Junta de Freguesia de Penaverde e apoiada pela Câmara Municipal de AGB, a Feira do Queijo.
Inaugurado na Feira do Queijo de 2000 existe agora um mercado fechado. As fotografias que se seguem mostram o pavilhão do mercado onde decorreu a Feira/Festa do Pastor e do Queijo da Serra desse ano:


Este ano a XXVIII edição da Feira/Festa do Pastor e do Queijo da Serra, realiza-se no dia 02 de Março. Para além de degustar e comprar o nosso afamado Queijo da Serra, também poderá provar outros produtos da região. Tentei junto da página da Câmara Municipal de Aguiar da Beira obter outra informação, mas como é useiro e vezeiro, nada ali consta, mas de certeza que para além das delícias da gastronomia local não vai faltar o toque das concertinas.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Forninhos - II Arrematação de Carnes e Enchidos

Domingo Gordo - 6 de Março de 2011, pelas 14H00 Um evento que vai fazendo o seu caminho
e vai para o II encontro
As pessoas que estiverem interessadas em contribuir, oferecendo carnes e enchidos diversos, devem fazê-lo no decorrer do leilão. Esta é uma iniciativa da Irmandade de Santa Marinha, organizada pelos Juízes da Irmandade, pelo que, a receita reverterá para este nosso património humano, que não se sabe ao certo a data da sua fundação, mas que, acho, não andará longe dos 100 anos. Para saborear recordando, eis alguns momentos do I encontro/convívio, no Largo da Lameira:
Esta iniciativa é uma mais valia no convívio e valorização da Freguesia
Num bom local e com uma ementa muito apetecível, desejamos um muito bom apetite e melhor convívio.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ROCHEDOS FANTÁSTICOS

Hoje trago até vós, fotos de penedos graníticos de Forninhos que, pelo seu tamanho, pelas posições curiosas e pelas suas figuras que o tempo moldou, me parecem dignos que os olhamos e não os esqueçamos, como acontece actualmente.

O Vigilante da Serra pronto a saltar por ali abaixo

Rochas que formavam a defesa do castelo dos mouros.
Na maior é visível a lendária Cadeira do Rei.

Esta parece domada

será que o interior é alimento das aves?

ou foi moldada para abrigo de namorados?

Seria abrigo dos nossos antepassados?

Ou, demonstração da sua imponência?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Fotos do Incêndio ocorrido em Forninhos - 2011-02-11

Chegaram-nos estas imagens, enviadas pelo Colaborador João Seguro, para Vos dar a conhecer o que restou das 2 casas:






sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Medidas preventivas para defesa da floresta

As Nações Unidas declararam 2011 como o Ano Internacional das Florestas.Entre 1999 e 2010, a área ardida no nosso país foi de cerca de 1.696.390 hectares (fonte: ANF).
Segundo a Quercus “A falta de conservação da floresta portuguesa tem sido a grande falha no combate aos incêndios dos últimos anos”.
A primeira razão por que ocorrem fogos de grandes dimensões e consequências catastróficas é porque não se limpam as matas e devido à existência de uma excessiva concentração de biomassa que é altamente inflamável. Nós temos como exemplo disso, a Serra de S. Pedro/ou/Castelo, que devido ao facto daquele lugar não estar devida e cabalmente limpo o fogo progrediu de forma galopante e incontrolável, queimando todo o património arbóreo, flora e fauna.
Porque o lugar continua por reflorestar, podemos apreciar uma paisagem com pedras, que também tem a sua beleza e permitiu-nos até melhor conhecer a história das pedras deste lugar tão cheio de mistério.
Talvez fosse bom aproveitar este Ano Internacional das Florestas para pensar melhor sobre o que se pode fazer para reflorestar esta zona. Ou, pelo contrário, o lugar é belo como está? A Junta de Freguesia de Forninhos possui um kit de primeira intervenção de combate a incêndios e, por isso, tomou há uns anos uma decisão corajosa: comprou uma carrinha mista (corroçaria e cabina) para combater um incêndio nos primeiros minutos. Foi importante esta compra porque somos a freguesia mais distante do concelho e os bombeiros por mais rápidos que sejam, não chegam à nossa aldeia em 5 ou 10 minutos.

Por último, a figura do tanque que constitui “um ponto de água” que permite abastecer os meios de combate a incêndios de “primeira intervenção” e os meios aéreos, nomeadamente, os helicópteros.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Velharias: Livro aberto sem letras

Hoje trago até vós, fotografias de coisas simples de Forninhos, que ainda se podem encontrar por aqui e que eram utilizadas no dia-a-dia das pessoas. São ferramentas usadas pelos artesãos, nas artes, na agricultura, na cozinha, ect., etc. Podem achar estas coisas simples, até banais, mas são coisitas como estas e muitas mais, que marcam uma geração que está a desaparecer sem deixar registado o testemunho vivo nesta aldeia, duma Era que marcou uma reviravolta nos modos de viver.
Bem sabemos que para surdos, não há berros que se façam ouvir, mas quem sabe!.. Os olhos não façam despertar consciências?

Ferramenta do tosquiador para tosquiar as ovelhas, feita com um aço muito fino. O corte da lâmina era direito, mas as costas era abaulada para facilitar os cortes, mais fundos ou mais leves. Para amaciar o trabalho de horas, dias e semanas, na zona dos dedos colocava-se pedaços de lã. Esta tesoura pertenceu ao meu sogro, tio Armando Castanheira, que a manobrou com muita destreza.

Coleira de ferro com bicos, usada nos cães de guarda, para protecção contra os lobos, quando estes acompanhavam os rebanhos.

Havia candeeiros a petróleo apropriados para usar na rua ou em palheiros. Eram feitos de lata e tinham uma pega para transporte. Com a mesma finalidade usavam-se as lanternas, em que quatro vidros laterais protegiam a chama. As lanternas eram muito usadas para deitar comer ao gado, à noite, bem como para a ordenha das ovelhas. “Candeia que vai à frente alumia duas vezes” – esta alumiava mesmo, porque quando dependurada numa das mãos, alumiava para frente e para trás.

Este tipo de balança era muito usada para pesar carne que os matadores vendiam, principalmente na véspera das festas de Forninhos. A balança de braços requeria pesos de um dos lados.

Havia também outro tipo de balança, a chamada balança romana que não precisava de pesos.

Para além dos pesos, havia as medidas para líquidos. Um cântaro, correspondia a 15 litros; Um almude, dois cântaros, isto é, 30 litros; Um litro, dois quartilhos. Estas medidas eram muito usadas pelos taberneiros e pelos feirantes para medirem o vinho.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Merujes (Montia Fontana)

Hoje, volto para mostrar outra planta comestível, muito vulgar na nossa terra. Esta planta tem o nome científico montia fontana, mas por nós é conhecida pelo nome de merujes,

cresce nas nascentes e ribeiros onde há água corrente e fica comestível no começo da Primavera.

É um vegetal muito tenro, muito parecido com os agriões, mas a folhagem é mais diminuta. Esta plantinha tão delicada e saborosa, em Forninhos é aproveitada para salada.

Acho que não existe comercialização desta planta, mas se fosse possível a sua produção e a sua comercialização de certeza que seria uma novidade nos supermercados do país. Eu seria uma consumidora imediata, pois tenho saudades de uma boa salada de merujes.

Por isso, se queremos uma saladinha de merujes, temos de as ir apanhar, tal como fez o João. Perguntem às pessoas mais idosas onde se podem apanhar em Forninhos as merujes e peguem numa tesoura, saco, balde ou cesta e... bora lá.

Fotos: merujes. Cortesia do João Seguro.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

As farinheiras

farinheiras


Feitas com pão, cortado aos pedacinhos, um caldo de carnes bem apurado, as carnes, diversas, bem desfiadas, sendo as carnes do porco as que mais se salientam e com os temperos especiais que cada dona de casa tem para equilibrar os paladares, segundo o seu costume. Bem fritas ou grelhadas, seja sobre uma fatia de pão ou a acompanhar umas batatas cozidas com grelos, acompanhadas pelo tinto da adega, são as farinheiras um petisco de comer e "lamber os beiços".

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

EM BUSCA DO PASSADO...


Aguiar da BeiraForninhosReferência: PT/ADGRD/PAGB07

Titulo: Paróquia de Forninhos [Aguiar da Beira]

Datas: 1634 - 1911

História Administrativa: Povoação e freguesia de Santa Marinha, concelho de Aguiar da Beira.
Por decreto do Rei D. Carlos, de 26 de Junho de 1896 foi anexada ao concelho de Trancoso, pois o concelho de Aguiar da Beira foi suprimido pelo mesmo decreto. Mais tarde, com a restauração do mesmo, por decreto de 13 de Janeiro de 1898, Forninhos passou novamente ao concelho de Aguiar da Beira.

Dimensão e suporte: 164 liv; papel e mf

Nível de descrição: Fundo

Nome do produtor: Paróquia de Forninhos

Fonte de aquisição ou transferência: Documentação (originais) proveniente da Conservatória do Registo Civil de Aguiar da Beira e incorporada neste Arquivo Distrital em 17 de Abril de 1986, 04 de Março de 1992 e 7 de Junho de 2002. Os duplicados foram incorporados no Arquivo em 2 de Novembro de 1992 e a 30 de Junho de 1994, provenientes da Conservatória do Registo Civil da Guarda.

Âmbito e conteúdo: Constituído por livros de registo de baptismos, casamentos e óbitos.
Condições de acesso: Comunicáveis, excepto os documentos em mau estado de conservação

Instrumentos de Descrição: Inventário toponímico por freguesias; Inventário Colectivo dos Registos Paroquiais, vol. I, AN/TT, Inventário do Património Cultural Móvel, 1993, p. 186 – 260; calm

Sistema de organização: Ordenação cronológica por série documental

Existência e localização de originais: Os livros de Registo de Baptismos (1634 - 1696, 1699 - 1847); Registo de Casamentos (1635 - 1849) e Registo de Óbitos (1635 - 1760) encontram-se no Arquivo Distrital de Lisboa.

Existência e localização de cópias: O Arquivo Distrital da Guarda possui o rolo de microfilme nº 623/004, no qual se encontram os Registos de Baptismos (1634 - 1696, 1699 - 1847); Registos de Casamentos (1635 - 1849) e Registos de Óbitos (1635 - 1760).

Originais U. I. Duplicados U. I.

Registo de Baptismos 1627 – 1899 02 liv/mf 1864 – 1910 34 liv/mf

Registo de Casamentos 1626 – 1911 03 liv/mf 1860 – 1910 46 liv/mf

Registo de Óbitos 1633 – 1911 03 liv/mf 1860 – 1910 50 liv/mf


Consulte o inventário para esta freguesia.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Andor: N. Senhora de Fátima (Procissão 1977-AGO-15)

Hoje voltei à minha pasta de memórias e de lá retirei 3 momentos de um dia de festa, 15 de Agosto de 1977, do tempo em que os andores eram bem conseguidos e fazê-los era um acto criativo e de convívio, pois nesse tempo todos por ali cirandavam a ajudar.

Houve uma época, em que os andores da Senhora dos Verdes e da Senhora de Fátima, eram decorados apenas com verdura.

Lindo, com a sua aparência leve, a dar o devido destaque à figura da Nossa Senhora, que parecia ter acabado de ali pousar.

As pastorinhas são a Alzira e a Céu e o pastor é o Quiel. Na foto está ainda um menino da Cruzada, o meu primo Miguel, que está com ar de quem observa atentamente o que se vai passando.

Fotos: Festa N. Sra. dos Verdes, 15.AGO.1977, 1.º ano que foram os tractores, Cortesia da família Guerrilha.