O 1.º de Maio é o dia do trabalhador, e para o comemorar escolhi um "textosito" dum Livro que aprecio muito, em homenagem aos trabalhadores do campo, que dele(s) tira os miminhos que todos apreciamos:
"Romperam há semanas as batatas na leira estrumada e pedem monda e logo rega, murchas ao primeiro aperto da canícula, enquanto ao lado, as fêveras do milho grosso, já saído, vão crescendo com as lufadas do suão...E é o tempo das sachas. Andam ranchos, em tapadas e cerrados, vergados para a terra a mondar os milhos entre cantigas em côro ou à desgarrada (...)
"Romperam há semanas as batatas na leira estrumada e pedem monda e logo rega, murchas ao primeiro aperto da canícula, enquanto ao lado, as fêveras do milho grosso, já saído, vão crescendo com as lufadas do suão...E é o tempo das sachas. Andam ranchos, em tapadas e cerrados, vergados para a terra a mondar os milhos entre cantigas em côro ou à desgarrada (...)
enquanto as cerejas coram, às meiguices do sol de Junho.
E, num ai, as ceifas à porta. Não há mãos a medir. Ao domingo se combina o serviço entre todos, para todos se ajudarem, porque todos se devem favores: - tal dia para fulano, tal dia para cicrano, outro para beltrano, e fica a semana encarrilhada. Mal se dorme, que as noites são pequenas e o trabalho não dá sesta."
Que todo o trabalhador seja recompensado pelo esforço continuado de manter o mundo alimentado e farto.
Que viva pois, o Dia do Trabalhador.
"Penaverde Sua Vila e Termo, Pe. Luís Ferreira de Lemos
Que todo o trabalhador seja recompensado pelo esforço continuado de manter o mundo alimentado e farto.
Que viva pois, o Dia do Trabalhador.
Gostei do texto e coube bem pra lindamente homenagear a data! Bjs chica
ResponderEliminarTambém gostei, por reflectir muito daquilo que é a nossa agicultura e as minhas memórias.
EliminarBjs, bom domingo.
Boa noite de esperança, querida amiga!
ResponderEliminarAdoro o campo. Tanta coisa singela e,na simplicidade, vamos homenageando aos que nos alimentam.
Linda postagem!
Tenha uma noite abençoada!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
É homenagem possível ao trabalho dos nossos agricultores que nesta pequena aldeia fizeram o seu mundo e também às gentes que levaram um pouco deste mundo para o sítio onde estão hoje.
EliminarBjs&Abraço.
A agricultura é m pouco desvalorizada....e uma profissão muito mal paga...infelizmente.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Verdade. No campo nem tudo são rosas!
EliminarÉ preciso valorizar mais o trabalho dos agricultores.
Bom domingo!
Cheguei neste domingo e leio um texto muito bonito da sua homenagem ao Dia do Trabalho! Parabéns p você também, Paula, aplausos dobrados!...
ResponderEliminarNo campo!!! A palavra campo soa dentro de mim de uma maneira calmante e suave...
Bom domingo... Abçs
Obrigada Anete. Eu farei todas as propagandas que puder sobre a obra do Padre Lemos. São pág. e pág. a descrever-nos, com grande sensibilidade, o que era a ruralidade, o viver e o sentir das pessoas da sua terra e do seu tempo.
EliminarBom domingo.
Bjs/Abçs
Uma data que não se pode esquecer e o trabalho do campo não é "pêra doce"!!!
ResponderEliminarBj
Ainda assim os trabalhos não são tão duros como no passado!
EliminarBj
Boa tarde Paula,
ResponderEliminarTão bonito e tão verdadeiro o texto do Padre Luís de Lemos.
Ao lê-lo imaginei-me na infância atrás do meu avô vendo-o a fazer esses trabalhos do campo. Tenho tantas saudades dele!
Que viva o Dia de todos os trabalhadores que se esforçam por nos proporcionar uma vida melhor.
Beijinhos e continuação de boa semana.
Fiquem bem.
Ailime
Ailime, o livro deste Padre é como um filme do Vasco Santana, lê-se hoje e volta-se a reler daqui a algum tempo.
EliminarEu penso muito no meu avô paterno, porque viveu numa época que esta data não era comemorada em Portugal, viveu até morrer sob o jugo do regime fascista!
Dizem que nunca mais houve um 1º de Maio igual ao de 1974, pois foi a primeira vez que se celebrou o dia do trabalhador em liberdade.
O meu avô faleceu em Novembro de 1973 :(
Bj, tudo de bom.
"...tal dia para fulano, tal dia para cicrano, outro para beltrano, e fica a semana encarrilhada. Mal se dorme, que as noites são pequenas e o trabalho não dá sesta".
ResponderEliminarQuem diria que anos mais tarde, o Povo iria mostrar que a sesta era coisas de ricos, acordados em sobressaltos por uma orde de semi-mortos, míseros comedores de fome...
E um dia, o povo saíu à rua de barriga vazia mas alma cheia.
Estive no segundo Maio e vi que o campo tinha vindo à cidade.
Só quem esteve, pode ter a noção, de norte a sul do país, carregaram um pouco do tudo, da adega à arca salgadeira, as vozes e cantorias das ceifas, milhos espalhados das eiras, era tudo o que cabia na bagagem das carreiras.
Tudo fazia sentido, o povo desceu à cidade, trazendo sementes de Maio.
Parabéns pelo post que me traz um pouco do "meu" Maio!
Fizeste-me recordar "A Batalha do Picão" e a correria da aldeia para festejar e os foguetes pelo ar, mandados pelo tio Zé Carau (a seguir ao 25 de Abril, no calor da Revoluçao dos cravos).
EliminarE agora...um campo vazio do muito que poderia ter!