Hoje é assim: "A escolha do nome próprio e dos apelidos do filho menor pertence aos pais; na falta de acordo decidirá o juíz, de harmonia com o interesse do filho" - artigo 1875.º, n.º 2, do Código Civil".
Ao que apurei, outra gente se metia nesse assunto, pelo menos os padrinhos de baptismo, o pároco e o delegado da Conservatória do Registo Civil. Por exemplo, o delegado chegava a impor que o filho mais velho levava o primeiro nome próprio do pai. Dou um exemplo bem real da minha família, pela via materna:
Pai
António Rodrigues Ferreira
Filho mais velho
António Augusto Rodrigues (o nome real do meu avô era António Augusto Rodrigues, mas desde pequeno que era conhecido por "Antoninho Matela"). Nasceu a 27-10-1906 e foi baptizado no dia 13-01-1907.
Mãe
Maria dos Santos Marques
Os filhos por vezes só levavam o apelido do pai e não tinham direito a qualquer apelido por parte da mãe.
Pela via paterna:
Pai
Eduardo Albuquerque
Mãe
Teresa de Jesus
Filhos:
António Albuquerque
Maria dos Prazeres (uma pessoa podia receber apenas dois nomes próprios comuns e nenhum nome de família).
José dos Santos Albuquerque
Clementina Albuquerque
Rita Albuquerque
Ilídio Albuquerque
Eu também herdei o "Rodrigues" pela linha materna e o "Albuquerque" pela via paterna, mas gostava de ter herdado o nome de família da minha avó paterna, que já vem desde pelo menos os meus trisavós: "José Dias de Andrade" e "Carolina de Andrade".
Gosto da combinação "de Andrade Albuquerque", que o meu pai, José Samuel, herdou. Mas o meu pai podia ter-se chamado "José Samuel Coelho Albuquerque" pois "Coelho" era o último apelido da minha avó Maria, que não aparece no nome de ninguém lá de casa...Neste caso a minha avó Maria, Maria de Andrade Coelho, conhecida por "Maria Coelha" não herdou o Albuquerque do pai "António Coelho de Albuquerque" e note-se que à excepção do tio Zé Carau, todos os seus irmãos tiveram direito ao "Albuquerque". Mas a geração dos meus avós não foi a última "marcada" por estas anomalias. Acho que só a partir da minha geração as coisas entraram mais nos eixos.
Outra disparidade e irregularidade, que podiam bem ter-se evitado, se o tal delegado não se metesse no assunto, é o do registo da data do nascimento. O meu registo é um bom exemplo. O meu documento oficial diz que nasci a 4 de Janeiro, embora tenha nascido a 29 de Dezembro e não foi porque houve atraso no meu registo de nascimento. Contam-me os meus familiares que o Sr. da Conservatória do Registo Civil achou que a menina (eu) devia ficar registada no ano novo e assim foi. Fiquei registada num dia, mês e ano diferentes!
Sempre festejei o meu aniversário a 29 de Dezembro e só uso o nome próprio e o último apelido, que é o Albuquerque que herdei por via paterna, do meu avô paterno, José dos Santos Albuquerque, mas o meu pai e o seus irmãos nunca foram conhecidos pelo apelido Albuquerque, mas sim pelo apelido que a aldeia os rotulou - "Cavaca", sem que eles se importassem com isso.
Isto porque os avós paternos do meu avô Cavaca chamavam-se "António Albuquerque Janela" e "Maria Fernandes Cavaca". Os sobrenomes do meu avô até podiam ter sido "Cavaca Janela" e termos perdido o Albuquerque.
Curioso é que o nome de família do avô e bisavô maternos do meu pai era também Albuquerque (José Coelho de Albuquerque e António Coelho de Albuquerque: avô e pai da minha avó "Coelha" respectivamente.).
Nota: as fotos que publicam são do meu baptizado, porque antes do delegado da Conservatória do Registo Civil, eram os padres quem registava os nomes.
Pai
António Rodrigues Ferreira
Filho mais velho
António Augusto Rodrigues (o nome real do meu avô era António Augusto Rodrigues, mas desde pequeno que era conhecido por "Antoninho Matela"). Nasceu a 27-10-1906 e foi baptizado no dia 13-01-1907.
Mãe
Maria dos Santos Marques
Os filhos por vezes só levavam o apelido do pai e não tinham direito a qualquer apelido por parte da mãe.
Pela via paterna:
Pai
Eduardo Albuquerque
Mãe
Teresa de Jesus
Filhos:
António Albuquerque
Maria dos Prazeres (uma pessoa podia receber apenas dois nomes próprios comuns e nenhum nome de família).
José dos Santos Albuquerque
Clementina Albuquerque
Rita Albuquerque
Ilídio Albuquerque
Eu também herdei o "Rodrigues" pela linha materna e o "Albuquerque" pela via paterna, mas gostava de ter herdado o nome de família da minha avó paterna, que já vem desde pelo menos os meus trisavós: "José Dias de Andrade" e "Carolina de Andrade".
Gosto da combinação "de Andrade Albuquerque", que o meu pai, José Samuel, herdou. Mas o meu pai podia ter-se chamado "José Samuel Coelho Albuquerque" pois "Coelho" era o último apelido da minha avó Maria, que não aparece no nome de ninguém lá de casa...Neste caso a minha avó Maria, Maria de Andrade Coelho, conhecida por "Maria Coelha" não herdou o Albuquerque do pai "António Coelho de Albuquerque" e note-se que à excepção do tio Zé Carau, todos os seus irmãos tiveram direito ao "Albuquerque". Mas a geração dos meus avós não foi a última "marcada" por estas anomalias. Acho que só a partir da minha geração as coisas entraram mais nos eixos.
Outra disparidade e irregularidade, que podiam bem ter-se evitado, se o tal delegado não se metesse no assunto, é o do registo da data do nascimento. O meu registo é um bom exemplo. O meu documento oficial diz que nasci a 4 de Janeiro, embora tenha nascido a 29 de Dezembro e não foi porque houve atraso no meu registo de nascimento. Contam-me os meus familiares que o Sr. da Conservatória do Registo Civil achou que a menina (eu) devia ficar registada no ano novo e assim foi. Fiquei registada num dia, mês e ano diferentes!
Sempre festejei o meu aniversário a 29 de Dezembro e só uso o nome próprio e o último apelido, que é o Albuquerque que herdei por via paterna, do meu avô paterno, José dos Santos Albuquerque, mas o meu pai e o seus irmãos nunca foram conhecidos pelo apelido Albuquerque, mas sim pelo apelido que a aldeia os rotulou - "Cavaca", sem que eles se importassem com isso.
Isto porque os avós paternos do meu avô Cavaca chamavam-se "António Albuquerque Janela" e "Maria Fernandes Cavaca". Os sobrenomes do meu avô até podiam ter sido "Cavaca Janela" e termos perdido o Albuquerque.
Curioso é que o nome de família do avô e bisavô maternos do meu pai era também Albuquerque (José Coelho de Albuquerque e António Coelho de Albuquerque: avô e pai da minha avó "Coelha" respectivamente.).
Nota: as fotos que publicam são do meu baptizado, porque antes do delegado da Conservatória do Registo Civil, eram os padres quem registava os nomes.
Mas que belo pedaço de memórias...
ResponderEliminarNa altura, era uma confusão no registo, as coisas andavam conforme a disponibilidade de uns e dos outros, como no meu caso em que quem fazia o papel do actual Registo Civil na aldeia, era o Sr.José Bernardo, o mesmo que recebia o correio e um pouco de tudo, até de médico!
Sobrevivi treze dias após o nascimento, sendo que quase dado coo morto, entenderam da para mim o nome dos meus dois avós, paterno e materno - Francisco António, nome próprio, em homenagem a ambos, mas e agora, em vez de Fonseca de Almeida no apelido, poderia ter outra coisa, como Guerra e Saraiva.
Mas estou feliz com o que tenho sobre as nossas origens.
Boas gentes e referenciadas pela sua honradez, exemplares.
Este Post, tem quanto a mim, a mais genuína homenagem aos nossos, quem somos e donde vimos - gente do povo!
Do nosso e de todos.
Sim,é uma homenagem a todas as famílias!
EliminarPela parte paterna, linha dos "ferreiros" nós também temos laços parentescos, mas por parte da minha mãe também podia ter herdado o apelido "Guerra" ou "Almeida".
A minha bisavó Casimira, chamava-se Casimira de Almeida. E o meu avô Maximiano chamava-se Maximiano Guerra.
Minha mãe herdou o Guerra e o Almeida perdeu-se, talvez porque a minha avó Maria de Jesus era filha única.
Acrescento só mais uma situação, ainda da família dos "ferreiros", que não é apelido de família, mas mais um nome que o povo se encarregou de dar às famílias: o teu avô Francisco foi tutor de pelo menos duas filhas da tia Etelvina (também da família dos ferreiros) e consta na identificação delas "Filiação (nome de pai e mãe) Francisco de Almeida e Etelvina Fernandes". Exactamente assim. (Não inventei nada).
A identificação da Maria Adélia até está no post "forninhenses em terras do Brasil".
Ora isto para os filhos faz confusão. O filho da Alzira pensava mesmo que o avô dele tinha o nome de Francisco de Almeida (o teu avô). O ridículo é que já foi a Forninhos saber das suas raízes e as pessoas foram incapazes de dizer-lhe que a sua mãe e tias eram filhas de pai incógnito e que o Francisco de Almeida (o teu avô), tio da Etelvina, foi somente o tutor.
Mais, toda a gente sabe - só não quer falar - quem era o pai da Alzira.
Forninhos e as suas mentalidades!
Ah! Da parte paterna também outros familiares podiam ir a Almeida, mas a minha bisavó Teresa (irmã do teu avô Francisco) ficou com o nome "coxo", sem nenhum apelido de família, o seu nome era "Teresa de Jesus".
EliminarBem interessante esse post. Sabem, que na Itália, quando Franco foi batizado, todos padrinhos podiam dar um nome pra acrescentar ao nome de batismo. Resultado: ficou um enorme nome,rs.. beijos, lindo fds!chica
ResponderEliminarFranco também devia ter muitos padrinhos!
EliminarEm Portugal mandam as boas normas cada criança ter um padrinho e uma madrinha.
O meu primeiro nome próprio (Paula) foi escolhido pelo meu padrinho e o segundo nome (Maria) pela minha avó paterna.
Minha avó não gostava do nome "Paula", dizia que paulas eram as tolas, então para amenizar a sua "ira" herdei o nome dela "Maria".
Mas se o meu nome não fosse Paula Maria podia ser "Maria João" (escolha do meu padrinho também) o que não desgostava.
Bom fds/beijinhos.
Muito interessante.
ResponderEliminarMeu pai era filho de pai incógnito, foi registado com o nome de Manuel e o sobrenome da mãe, que era Ferreira. Nasceu em 1918.
Minha mãe era a 6ª filha de um casal que teve treze filhos. Nasceu em 1926, segundo a minha avó dizia a 16 de Julho, data que festejou até 1962. Casou-se com meu pai em 1946, e segundo o BI Chamava-se Gravelina da Silva, nascera em Penude, freguesia de Lamego, a 16 de Julho de 1926, filha de Manuel Varandas e de Maria do Carmo da Silva.
Teve três filhos, que receberam no registo os sobrenomes de Silva, dela, e Ferreira do marido.
Em 1962, em Santa Apolônia quando iam apanhar o comboio para o norte, roubaram-lhe a carteira, como dinheiro e documentos.
Pede a Penude uma certidão de nascimento para tirar o BI, e surpresa.
A certidão diz que se chama, Gravelina do Carmo Baranda, solteira, nascida a 8 de Junho de 1926, filha de Manuel Varandas e Maria do Carmo da Silva. Desloca-se a Lamego, com uma cópia do registo de casamento, em que constava outro nome e outra data, e depois de um dia inteiro de busca, informam-lhe que não há mais nenhum registo em nome dela, e que se havia na altura em que tinham feito os documentos anteriores se tinha extraviado, por isso a partir daquela data, era por aquele registo que tinha de se regular. Depois de uma data de burocracia, conseguiu que lhe averbassem o casamento com o meu pai, mas não conseguiu alterar o nosso registo de nascimento pelo que ainda hoje somos filhos da Gravelina da Silva que segundo dizem nos registos de Lamego não existe.
Outra coisa, é que todos os irmãos eram Varandas, nome recebido do meu avô e a minha mãe é Baranda.
Como vê faziam-se coisas muito engraçadas ao registarem os bebés.
Um abraço e bom fim de semana
Elvira, bastava o padre ou o delegado da Conservatória ouvir mal e Varandas virou Baranda!
EliminarNão conhece a história da Prantelhana?
Ninguém se preocupava em olhar para os registos de pai ou mãe. Ninguém, nem mesmo o pároco, sugeria aos pais que os apelidos deviam ser escolhidos entre aqueles que eles, pais, usavam!
Mas também estamos a falar de há uns 80/90 e tal anos!
Por tal fico sempre muito espantada quando ouço dizer que dantes é que era bom...
Era tão bom que o delegado nem autorizava a criança levar duas vezes o nome do pai e, assim, alguns ficaram com o apelido do avô e parte do nome do pai (o próprio); nem autorizava certos nomes, principalmente femininos, como Gina! A criança podia chamar-se Georgina ou Virgínia, mas nunca Gina!
Os exemplos que aqui trouxe são da minha família, mas se fosse falar d'outras famílias...há por lá pessoas que toda a gente chama por fulana e no registo é sicrana, ou seja, tal nome próprio sequer consta dos papéis da Conservatória!
Bom fim de semana.
Abraço.
....
ResponderEliminar....
Tenho pena que no meu nome não conste Lourenço do meu avô paterno e Vieira da minha avó materna.
Meu pai quando conhece a minha Mãe, ambos, com Gouveia como apelido facilitou tudo o resto .
Poucas dores de cabeça a registar os filhos. Do passado só mesmo a memória e muito respeito....( para alguns , claro )
Abr
MG
Lourenço também é nome próprio e Vieira não é só nome de família, é nome de terra também, assim como Gouveia.
EliminarEm Forninhos não conheço pessoas com esses apelidos, mas o que sabemos nós sobre os nomes de família? Uma minha trisavó chamava-se Dulce do Carmo...donde terá vindo o "do Carmo"? Não conheço em Forninhos pessoas com o apelido Carmo.
Agora deu-me mesmo vontade de tirar a pontuação e dar uma de Saramago. Escrever assim: "Em Forninhos não conheço pessoas com esses apelidos mas o que sabemos nós sobre os nomes de família uma minha trisavó chamava-se Dulce do Carmo donde terá vindo o do Carmo não conheço em Forninhos pessoas com o apelido Carmo".
Abraço.
Bom domingo!
.....
Eliminar.....
Queria ser também Lourenço pelo meu avô Francisco pai
do meu pai.
Discreto,baixote, homem que adorava flores e galinhas mesmo vivendo na cidade ,tinha-as á meia dúzia. Nunca lhe vi um excesso . Nunca lhe vi uma intriga. Gostava de saber das "coisas " discretamente sem comentários ou discórdias. Foi um homem de familia.
Mesmo que os netos lhe partissem as orquídeas na Noite de Natal defendia-os perante os castigos das filhas ou noras. Bem sei quanto me defendeu .
Na miséria dos anos da Segunda Gerra atravessava a Ilha para transportar sustento para os filhos.
Dizia que limpava o rabo no mesmo sitio, perto do
Poiso ,onde pernoitava , com a mesma pedra e de tanto o fazer que a pedra se desgastou...!!!
Trabalhou na moagem ,e, por isso tornou-se conhecido pelo "mandioca" ,milho que trocava por outros bens essenciais ao sustento dos quatro filhos.Dois homens e duas milheres Mais tarde nasceu um quinto.
Pena meu pai não lhe ter herdado o estilo.
Vi a Meia Final de França , em 84, em sua casa na sua
companhia .Morreu em 88.
Obrigado ,Francisco.
Vieria,da Maria Do Espirito Santo ,Mãe da minha Mãe,
uma avó presente, da casa, que nos cuidava da "alma"
e do corpo.Ponha-nos a rezar o "terço" e encaminhava os assuntos dificeis para o " castigo" da Mãe.
Nunca nos batia. Maria era fina .
Livrou as filhas e os genros das misérias gerindo de forma milimétrica a pequena "fortuna" que meu avô João de Gouveia ganhou no Curaçao. Como mineiro onde morreu.
Maria "tirava" sempre pelos genros.
Não teve tanta sorte com a segunda filha,menos calada e resignada , ao contrário de minha Mãe .
Meu pai bem teve sorte também nesse aspecto.
Queria fazer .Fazia .A sogra dava-lhe "carta branca".
Maria E.S. Vieira , Obrigado.
Resta o " Ferreira " de minha avó Bela que não teve
nem Lourenço ,nem Gouveia do marido. A Mãe de meu pai
a resistente, rebelde , muito critica e objectiva.
Não perdoou(?) a quem não a visitava na velhice .
Eu safei-me.Enquanto me alienavam os filhos em Loures
eu visitava a Ti Bela . Aos Sabados .Ri-me muito com ela e com as coisas que me contava do tempo do namoro com Francisco.
Bela ( hoje tenho uma cunhada Bela ) morreu a 7 de
Abril. de. 2009 , com todas as suas propriedades intelectuais intactas.
Meu pai herdou -lhe a " rebeldia" ...
Mas Bela e Francisco conseguiram a proeza de deixar cinco filhos amigos uns dos outros.Apesar da ganância
quase estragar tudo nos anos 90.
A partir de então a lama nunca mais parou.
Também uma consequência de Abril. Todos somos filhos,
todos somos iguais . Será ?
Conclusão : tenho um nome pequeno e vulgar para tão rica história de Familia .No lugar mais pobre deste
país na Ditadura. A Ilha da Madeira.
Hoje tudo se queixa. Ninguém é feliz ...
Que ingratidåo !!
Bom 1 de Maio
Abr
MG
Gostei muito de saber dessas coisas. Você fala em apelido, correspondendo a sobrenome aqui no Brasil. Pra a gente apelido é tipo "Juca" p o meu marido. Rsss!
ResponderEliminarMuito interessante o que contou, Paula. Na minha família minha mãe quando casou deixou seus sobrenomes/família e ganhou o do meu pai. Tanto é, que antes de casar eu só tinha Vasconcelos. Depois ganhei Marques do marido... Detalhes, não é mesmo?!
Fotos bem legais...
Aguardo o dia 06 c alegre expectativa...
Bjs
Anete apelido pode referir-se a sobrenome e alcunha também.
Eliminar"Juca" para nós é mais alcunha = designação informal para identificar uma pessoa.
Aqui aquando do casamento podem ambos colocar o sobrenome de cada, mas normalmente são as mulheres que acrescentam ao seu nome o último apelido do marido. Só que em caso de divórcio, se o quiserem manter, têm de ter autorização expressa do mesmo.
Beijinhos e até breve :-))) dia 6...lá estaremos!
Do meu nome próprio conheço a história que já algures por aqui contei; fui acometido por aquelas "maleitas" e quase dado como morto fui baptizado durante a noite para no outro dia ter um funeral condigno e ir para os anjinhos e por tal, o senhor padre sugeriu que em homenagem aos meus avós paternos, ficasse o registo do Francisco e do António, sendo que ainda por cá ando...
ResponderEliminarComeço pelo meu avô António.
Não o conheci com pena minha, menor que porventura a de minha mãe que o perdeu por volta dos nove anos de idade.
O seu pai (meu bisavô), tinha por nome, José Guerra e teve duas mulheres, falecendo a primeira, acabou por casar com a irmâ desta, sua cunhada, daí nascendo uma Adelina e este meu avô. de nome oficial, António Guerra Fernandes, sendo que os apelidos que perduram até hoje sejam mais os "Guerras" por parte dele.
Depois e quanto me foi dado saber, uma panóplia de irmãos, primos e primas do que "Fernandes" por parte dela.
Pela parte do meu falecido pai, sempre me relacionaram com os "Saraivas" em vez do "Almeida", oficial.
Curioso que o meu querido avô Francisco, filho de José Saraiva, tenha o registo oficial de Francisco de Almeida Andrade e todos os seu filhos, tirando a minha tia Teresa que ficou com o apelido "Saraiva", os restantes três com o apelido de "Almeida".
Coisas a que por vezes tomavam culpas ao sr. Zé Bernardo que fazia de tudo na aldeia, até registos, certidões e óbitos.
Certo é a saudade que sinto dos meus avós, fosse qual fosse o apelido ou alcunha. Ana dos Anjos, Maria Lameira, Xico Ferreiro, assim os conheci e assim os lembrarei sempre, sem esquecer o nome do meu outro avô, António Guerra.
O Sr. José Bernardo não é o culpado de todos os registos, pelo menos os dos nossos avós, pois nasceu em 1898!
EliminarPara mim, as grandes discrepâncias entre os nomes de irmãos em várias casas, são mais culpa dos padres, os responsáveis por essa tarefa.
Uma pessoa recebia dois nomes próprios e nenhum apelido de família e o padre, representante da igreja católica, não se importava? É que a tarefa de registar os nascimentos cabia à Igreja, só depois coube à Conservatória.
Na Conservatória é sabido que muitas vezes não era o pai ou a mãe que iam ao registo, pediam a alguém que se deslocava à vila para o fazer e o resultado é o que está à vista: uns vão ao nome do pai, outros ao da mãe e muitos ao dos avós!
E quando a Igreja registava os nascimentos? Eu pelo menos não acredito que com Igreja situada em Forninhos, podendo ir a pé, o pai ou mãe pedisse a alguém para o fazer!
Os nomes de família dá pano para mangas...
No post de "Forninhenses em terras do Brasil,notei o nome de meu primo Antônio Vaz de Melo,que infelizmente faleceu em 2016,era filho de Américo dos Santos Melo e de minha tia ,irmã do meu pai,Ermelinda da Conceição Vaz TB já falecidos. Os meus avós paternos eram Antônio Bernardo e Olímpia da Conceição Vaz..tiveram 6 filhos ..o Tibério a Ermelinda o Herculano a Maria, a Prazeres que faleceu neste dia 25/04/2017 e meu pai José Bernardo TB já falecido. A minha tia Ermelinda veio para o Brasil com meu tio Américo e meu primo Antonio ainda criança; depois meu pai veio sozinho e minha mãe Maria Augusta Baptista de Dornelas ,veio alguns meses depois com meus três irmãos mais velhos Antônio,o Carlos e o Luiz TB já falecidos.Aqui no Brasil,tiveram mais dois filhos ,eu e meu irmão José. A filha de meu tio Tibério, a Maria José Bernardo há muitos anos atrás ( uns 40 anos) esteve aqui no Brasil ,mas não consegui encontrar com ela porque na época eu trabalhava..mas me lembro que a tia Ermelinda a trouxe em casa de minha mãe. Eu perguntava ao meu pai por que minha tia Ermelinda não tinha o sobrenome Bernardo e ele me dizia que antigamente as mulheres eram registradas com o sobrenome da mãe e os filhos com o do pai,mas eu acho que o meu tio Herculano é Bernardo Vaz..primeiro sobrenome do meu avô e depois o Vaz de minha avó.. Fiquei então sem compreender. Aqui no Brasil temos primeiro o sobrenome da mãe e depois o do pai.Quando nos casamos colocamos o sobrenome do marido,podendo inclusive serem excluídos os de batismo.Um pouco da historia de minha família, por parte de pai que a maioria está toda aí em Portugal.
ResponderEliminarAbraços
Sonia Maria Bernardo
O post "Forninhenses em terras do Brasil" foi publicado em Fev/2016 e seu primo António falece nesse ano. Sua tia Prazeres faleceu na semana passada, dos seis filhos estão então vivos apenas sua tia Maria e tio Herculano.
EliminarA sua prima Maria José Bernardo, filha do seu tio Tibério é n/ seguidora, quem sabe através desta página mantenham contacto?
Já quanto à maneira como as mulheres antigamente eram registadas para mim é um mistério. As filhas mais velhas dos meus bisavós, por exemplo, apenas foram registadas com o nome "Maria dos Prazeres". Acho que nenhuma delas adoptou o nome do marido (antigamente não adoptavam), repare que a sua avó Olímpia não vai a Bernardo.
Não conheci o seu avô, conhecido por Antoninho do Aníbal e mal conheci a sua avó Olímpia, mas agora tenho oportunidade de conhecer pelo menos as suas netas, netas de Forninhos. Que bom. Encher esta página de história e estórias tem sido uma aventura interessante que me tem permitido alargar horizontes de conhecimento e contactar com pessoas que de outra forma dificilmente conheceria!
Sei que a Sónia já visualizou o post "Costureiras e Alfaiates", abra também o post "Os Regedores". o Seu avô foi Regedor de Forninhos e é mencionado lá.
http://onovoblogdosforninhenses.blogspot.pt/2013/06/a-figura-do-regedor.html
Um abraço de amizade.
Sónia Bernardo, Sim, há cerca de 38 anos fui de férias ao Brasil e tentei encontrar os meus tios e primos. Encontrei a tia Ermelinda que me levou a casa do tio José, mas não conheci
Eliminara prima Sónia Bernardo. Entretanto a minha tia Ermelinda veio de férias a Portugal e ficou uns tempos na Matela, na casa que os meus pais lá têm. O meu primo seu filho, também veio de férias a Portugal, mas depois da morte dos meus tios, apesar das minhas tentativas, nunca mais soube nada dele e agora fiquei chocada por saber que já morreu... A minha tia Maria do Prazeres faleceu no dia 23 de Abril/2017 e foi a enterrar em Forninhos no dia 25 de Abril, onde nós a fomos acompanhar à sua última morada. Dos seis irmãos já só restam dois o tio Herculano e a tia Maria da Conceição... Mas primos ainda somos bastantes e costumamos fazer encontros familiares pelo menos uma vez por ano. Gostava de conseguir o contacto da prima Sónia Bernardo que tem o mesmo nome da minha sobrinha, Sónia Bernardo, filha do meu irmão Lino Bernardo. Deixo aqui o meu e-mail para o caso de ler este poste: mzitabernardo@gmail.com
Visualizei o post e gostei muito de saber que meu avô Antoninho do Anibal, que era como o chamavam, foi Regedor.Contava o meu pai, que meu bisavô Aníbal que era sapateiro, tinha joanete nos pés; e quando ele acabava de fabricar seus próprios sapatos,fazia um buraco com o canivete para que não lhe machucasse os pés.Essa é uma das histórias que me lembro.
EliminarAbraços
Sonia Maria Bernardo
Querida Maria José .vou lhe mandar um email..
EliminarPaula.. Muito obrigada por ter intermediado este contato
Abraços
Sonia Bernardo
Foi com muito gosto, Sónia! É até um estímulo para que continue levar Forninhos a todos os seus netos.
EliminarE, bem-haja por compartilhar connosco essa história/informação acerca do seu bisavô Aníbal.
Ambas têm bons motivos para se orgulharem da V/ família paterna.
Abraços p as duas.
Uma excelente postagem e gostei de ver as fotografias do baptismo da minha amiga.
ResponderEliminarUm abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Curiosamente do dia que recebi o meu baptismo guardo 22 fotografias!
EliminarJá havia prometido publicar algumas, calhou agora abrir o baú, onde guardo as coisas de valor. Anda bem que o Francisco gostou de ver.
Por aqui também aconteceu com meus pais e avós!!!
ResponderEliminarEu tenho o nome da minha avó paterna e madrinha de batismo!!!
bj e que lindas recordações!
Lembrei agora que meu pai fotografou-me inúmeras vezes e no dia do batismo ... esqueceu!!!=(
Noutros tempos, eram frequentes as homenagens aos padrinhos e madrinhas, os pais até davam a honra de os padrinhos escolher o nome dos afilhados e estes por vezes em jeito de homenagem também escolhiam o nome dos seus avós. Conheço alguns casos.
EliminarE se há uns anos atrás alguns nomes pareciam antiquados, certo é que agora os nomes da moda são alguns do passado: Maria, Mariana, António, Henrique, Francisco são apenas alguns exemplos.
.....
ResponderEliminar.....
" Montinho "
Quando um está sozinho no seu monte
Bem no meio da Natureza
Escutando a água a correr na Fonte
É dono de uma riqueza
Aí que saudades eu tenho de outr'ora
Quando a vida me obrigou
A deixar o meu Montinho a ir embora
O meu coração chorou
Já não oiço os passarinhos
Já não me sento á lareira
Já não bebo os copinhos
Já não vou Domingo á Feira
Só não perco o meu cantar
Está dentro de mim
Não me conseguem tirar
O meu Montinho é assim
Apaguei o candeeiro fechei a porta
Disse adeus ao cão pastor
Pus a manta ao ombro
E fui pela estrada fora
Procurar vida melhor
Já corri o Mundo inteiro a trabalhar
Para ganhar o meu pão
Esqueço sempre quando mudo de lugar
Só o meu Montinho é que não ..
Já não oiço os passarinhos..
.....
.....
Jota Mendes
Em homenagem aos que partiram para trabalhar
E hoje sofrem e temem pela vida sobretudo em
Venezuela.
1 de Maio 2017
Abr
MG
...
ResponderEliminar...
" Montinho" , começa assim :
" Quando um HOMEM está sozinho no seu monte
........
........."
Cantado por Grupo Banza
Abr
MG
Em setembro nasce mais uma bisneta de Etelvina Fernandes. Ana Clara Pereira Spuras minha primeira filha.
ResponderEliminarGosto muito do nome "Ana Clara".
EliminarParabéns Aurélio e que seja uma hora pequenina, veja se me entende.
Bom domingo e um abraço.
Boa tarde Paula, um relato muito interessante. No tempo em que meus pais nasceram ficavam com o apelido da mãe apenas, o caso da minha mãe. O meu pai ficou com dois apelidos do pai. Acho que variava muito. Lembro-me de pessoas com o nome como o da Prantelhana. Registavam conforme pronunciavam os nomes. No meu caso e irmãs já ficámos com o apelidos do pai e da mãe.
ResponderEliminarTudo faz parte das memórias de então que é sempre bom recordar.
Adorei ver as fotos do seu baptizado.
Beijinhos e até dia 6:)).
Ailime
É, variava muito, e as crianças por vezes não recebiam os apelidos da família, mas os de origem religiosa, como "de Jesus", "dos Anjos".
EliminarA propósito de pronuncia, vale a pena referir um apelido introduzido pela mistura emigrante: "Dominiqui", Domingos em português.
A emigração também trouxe novos nomes e apelidos.
Beijinhos e foi muito bom o nosso encontro de ontem :-)))
eu não conheci minha avo ela chamava honorata maria dos prazeres
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