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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Viagem à Lameira

É provavelmente a foto mais antiga que se conhece da aldeia de Forninhos. O seu autor permanece uma incógnita e apenas se sabe que foi tirada nos anos 20 do século XX, na agora chamada Rua de S. José.

Zé Cavaca e Zé Ferreiro

Na imagem pode descortinar-se uma acácia que havia na Lameira e também a antiga casa altaneira que tinha um pátio interno onde faziam aguardente num alambique artesanal e que na época a taberna/venda do Sr. José Matela não existia sequer.
No entanto, a Rua de S. José apresenta nos dias que correm um figurino bem diferente daquele que aqui vemos.


Olhar para o passado ajuda-nos a compreender o presente. É essa a nossa proposta de hoje, com a publicação destas fotografias da Lameira de antontem e de hoje.

30 comentários:

  1. Esta foto, tem quase cem anos. Foi tirada ao tio Ze Cavaca e o seu primo, grande amigo Ze Ferreiro, ainda quando eram solteiros e eram vizinhos.
    Curiosamente, a silhueta desta rua mantem ainda alguma identidade desse tempo longinquo, apesar de ja nao existir parte do casario do lado oposto e mesmo o reconstruido, acredito que por debaixo mantem as suas pedras de granito.
    Mas se tiverem tempo e paciencia, podem perfeitamente observar la no fundo e depois de atravessar o largo da Lameira, uma enorme acacia e um carro de bois. Dessa imagem quase igual me recordo quase cinquenta anos depois, em que os rapazes, na sua sombra se desafiavam ao jogo da malha que combinavam ir buscar ao tio Augusto Marques ou Ze Matela. Quem facultasse, tinha garantido o pagamento das rodadas de meios quartilhos de vinho.
    Agora neste lugar, nem o cheiro a terra bafia, nem o ruido dos carros de bois, substituidos pelos tratores.
    Esta mais bonito o local, sem duvida, como se pode ver na foto actual. Mas olhando a foto dos dois rapazes que com orgulho chamo de parentes por tal serem, recordando estorias deles, conhecendo alguns dos seus descendentes, o que diriam, vindos dos ceus (que merecem) e vissem tamanha mudanca?
    Acho que pelo modo de vestir, aqueles belos coletes antigos, camisas imaculadas e relogio de bolso, sem vivalma nas ruas nem criancada a brincar, apenas olhariam um para o outro e diriam...
    Belos tempos os nossos, anda dai, primo!

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    1. É verdade, depois desta foto com quase cem anos, muito já mudou, as casas foram reconstruídas e as do lado oposto foram demolidas para alargar a rua, ainda assim a rua mantém alguma identidade.
      Até da(s) acácia(s) existe um rebento. Digo isto porque, como bem sabes antes de ser construído na Lameira o armazém havia por ali árvores e ainda hoje no pátio do armazém se encontra lá uma, como se pode ver na imagem actual, possivelmente rebento das que lá havia antigamente.
      Se os antigos cá viessem fugiam?
      Pelas mudanças em termos urbanísticos que foram para melhor, acho que não, agora devido às mudanças verificadas no carácter das pessoas, que foram para pior, acho que sim, os antigos fugiam a sete pés por não se identificarem com as novas pessoas.
      Quanto ao modo de vestir e uma vez que vê-se bem que o meu avô tem um relógio de bolso, o que me contaram é que na época era costume os pais oferecerem ao filho um relógio/corrente e às filhas um cordão, de ouro claro, já que de fantasia não havia naquele tempo.

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  2. É legal mesmo fazer esse olhar...O antes e o depois! Lindo post! bjs praianos,chica

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    1. Também era interessante ver uma fotografia desse tempo da mesma rua mas no sentido contrário para ver as diferenças. Pode ser que essa foto ainda apareça para fazer esse olhar ;-)
      Beijos.

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  3. Ao passar pela net afim de encontrar novos amigos e divulgar o meu blog, me deparei com o seu que muito admiro e lhe dou os parabéns, pois é daqueles blogs que gostaria que fizesse parte de meus amigos virtuais.
    Pois se desejar visite o Peregrino E Servo. Leia alguma coisa e se gostar siga, Saiba porém que sempre vou retribuir seguindo também o seu blog.
    Minhas cordiais saudações, e um obrigado.
    António Batalha.

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    1. Obrigada.
      Não costumo dar atenção a quem apenas põe a foto na lista de seguidores e nunca escreve alguma coisa ou então escreve qualquer coisa só para ter comentário depois, mas visitarei o Peregrino E Servo e se gostar segui-lo-ei.
      Cumprimentos.

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  4. Apesar de modernizada, mantiveram um pouco da rua de antanho.

    Beijinhos.

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    1. O desenvolvimento é assim, mesmo nas aldeias do interior, para ter-se com algumas coisas desaparecem outras. Apesar das muitas diferenças é curioso que progresso avançou sem que se tivesse destruído completamente o passado.

      Beijinhos e bom domingo.

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  5. Excelente post, Paula!
    Gosto de ver o passado com lindas esperanças para o hoje, presente!! Fotos ótimas!
    Conservou, creio, a essência!
    Viva Forninhos!!!
    Um SuperAbraço neste belo domingo...

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    1. As fotos antigas são uma autêntica viagem ao passado e ainda servem para os mais novos o compararem com o presente e que não devem ter vergonha desse passado, mas sim orgulho das gerações que os antecederam que mesmo sem saber ler, nem fazer contas, construíram Forninhos!
      Grande abraço.

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    2. Querida Paula, vi o seu comentário no Ciranda sobre a internet...
      Ela tem ótimas oportunidades, uma delas foi conhecer você ao vivo... Valeu d+++!
      Um beijo e boa semana...

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  6. Navegando aqui na internet me deparei com este brilhante blog. Uma linda e bela semana.

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  7. A Lameira, o que foi e o que é! E o que ainda, será? O tempo dirá.
    As acácias com sua vagens floridas que nós em pequenos, mastigava-mos, mas os ramos, tinham picos e por vezes éramos vítimas.
    Do Ti Zé Cavaca, lembro-me bem, dele e da sua casa com o seu cabaniço mal fazado, frase esta, que um dia pronunciei, em pequeno, quando estava na sua lareira ao lume e que a Tia Maria Coelha, sua esposa, sempre que nos víamos, me lembrava dela.
    Do Tio Zé Ferreiro, já não tenho recordação, vaga memória onde vivia, mas ver a pessoa que era, nada.
    A foto indica-nos os trajes Domingueiros ou de festa da altura. Em pequeno, lembra-me de ver, alguns homens, só com o colete, sem casaco. Ainda tenho um fato com colete com os mesmos pormenores da altura, mas claro, encolheu com o tempo. E também punha o relógio de corrente de prata, oferta do meu Sogro há mais de trinta anos, ainda o tenho. Gostava de ver, nas pessoas, a traseira do colete com a fita ajustadora e excesso dela ao pendurão.
    Por curiosidade, a estátua que o Laiginhas me fez, tem esse pormenor.
    A foto, antiga e muito bonita, mas sei de uma ainda mais antiga do meu bisavô Serafim, pai do meu avô Ismael Lopes, esteve muitos anos, pendurada na parede de sua sala. Não sei quem a tem, mas vou indagar.

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    1. Estás a referis-te ao combarro?
      Tenho fotos da festa do meu baptizado na casa do meu avô Cavaca onde se vê o combarro. Um dia publico algumas.
      O meu avô nasceu a 19 de Abril de 1906 e faleceu com 67 anos. Não me lembro do meu avô porque eu ainda não tinha completado 3 anos quando faleceu, mas cresci a ouvir falar dele e depois como tenho tantos registos fotográficos deste meu avô ele acabou por estar sempre presente na minha vida.
      Do tio Zé Ferreiro, marido da tia Santa, ainda me lembro vagamente. A casa deste casal também tinha um combarro virado para a taberna/venda do tio Zé Matela. Foi uma das casas que foi demolida para alargamento da rua, isto já nos anos 90 do Séc. XX.
      Ainda sobre este rua. Não sei se sabes, mas a mãe do meu avô Cavaca (minha bisavó Teresa) era irmã do pai do Zé Ferreiro (António Ferreiro). O meu avô, enquanto solteiro, vivia na casa dos seus pais que era onde é hoje a casa da Augusta Rita e havia nesse tempo ali uma passagem directa para a casa dos pais do Zé Ferreiro, só que essa passagem hoje não existe, mas ainda estão lá indicadores de que tal existiu!
      Procura essa foto antiga Henrique. Tenho para mim, que se mostrarmos as gentes da nossa terra e ao falarmos delas, não as deixamos cair no esquecimento.

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    2. Paula, quando era pequenito, brincava muito com a minha prima Zita e íamos muitas vezes para casa dos avós dela, também teus. Na altura, parte da casa de teus pais, não existia, antes era um pátio onde havia uma escadaria para a entrada de casa de teus avós. Num dia, um pouco frio, fomos para a lareira aquecer-nos e por cima estava o "caniço, ou cabaniço" onde se secavam os enchidos e eu comentei "ai que caniço tão mal fazado" as varas transversais eram onduladas talvez fossem de castanho ou carvalho. Já adulto, sempre que ia a Forninhos e encontrava a tua Avó Maria Coelha, ela dizia sempre, lá vem o caniço mal fazado. Encontrava-a mutas vezes junto à escadaria da Tia Felisbela ao soalheiro com minha mãe. Retifica-me, se estiver enganado. Tua avó era irmã do meu avó Zé Carau e minha avó Maria, esposa deste meu avõ era irmã do teu avô José Cavaca e estes, irmãos da Tia Rita que morava na tal casa que falaste atrás.
      Combarro, não faço ideia e que seja, mas vou já a seguir, pesquisar na net. Quanto à foto, já estou a sondar. Assim que tenha novidade, comunico. Inté.

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    3. Ah, caniço!
      Como escreveste cabaniço pensei que te referias ao combarro!
      Combarro era um modelo de uma casa com as paredes de madeira.
      Eu ainda me lembro como era a casa dos meus avós e mais porque tenho algumas fotografias da época. Vou um dia publicar algumas.
      E estás certo, a minha avó Coelha era irmã do teu avô Zé Carau e o meu avô Cavaca era irmão da tua avó Prazeres, da tia Rita e da tia Clementina também.
      Casou o meu avô com uma irmã do teu e este casou com uma irmã do meu. O tio Agostinho 51 até costuma dizer que é primo-irmão do meu pai ;-)
      Da parte dos "Cavacas" os nossos bisavós chamavam-se Eduardo e Teresa.
      Da parte dos "Coelhos" os nossos bisavós chamavam-se António Coelho de Albuquerque e Emília de Andrade e os nossos trisavós eram José Coelho de Albuquerque e Carolina de Andrade e José Dias de Andrade e Dulce do Carmo.
      A avó Dulde morava na casa que é hoje da tua tia Emilinha e a avó Emília e avô Coelho moravam na casa que é hoje da Juvelina.
      O avô Eduardo e avó Teresa moravam na casa que é hoje da Augusta Rita.

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    4. Dos bisavós do lugar, tinha conhecimento e até conheci a bisavó Emília," virava o bucho às crianças". Do bisavô Eduardo, já não me lembro mas da bisavó Teresa ainda me lembro das palavras que me disse quando faleceu a minha avó Maria dos Prazeres, sua filha, "filho perdeste uma grande avó" isto ao fundo da rua da venda do Sr. José Matela, Hoje Rua de S. José. Mas deixa dizer-te uma coisa, apesar de mais nova que eu, estás muito bem informada sobre os nossos antepassados, eu desconhecia os trisavós, ouvia falar em nomes mas locais das suas moradas, não. Parabéns.
      Nota: ainda me lembro da quelha que dava da casa de nossos bisavós Eduardo e Teresa para a Rua de S. José. Julgo que ficou tapada com a segunda casa que fez o Tio José Matela feita pelo meu pai. Hoje só uma casa e penso que os donos ainda têm acesso pelas traseiras.

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    5. Foram as minhas pesquisas sobre o passado de Forninhos, factos, pessoas, estórias e história que me levaram a querer conhecer melhor as minhas origens e fui ouvindo as pessoas da família e assim reunindo "material".
      Quanto à passagem tens razão, com a construção da 2.ª casa a passagem ficou quase tapada e com o decorrer do tempo desapareceu, embora ainda dê acesso à casa.
      Será que tal passagem foi comprada à Junta em mil novecentos e muitos?
      Não sei.
      O que sei é que a Rua ficou com o nome "S. José" porque por cima da porta da venda do meu tio Zé Matela havia um azulejo de "S. José".
      Havemos de falar melhor sobre este lado da nossa família, mas pessoalmente, porque há muitos curiosos que acerca da família "Cavaca" e "Coelhos" já tiveram acesso a muita informação e fotos através d' O Forninhenses e nem "burra tu queres água".

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    6. P.S: Mas adianto-te que o avô Eduardo e avó Teresa ainda tiveram mais 2 filhos, portanto, irmãos do meu avô Cavaca e tua avó Maria dos Prazeres. Emigraram para o Brasil nos anos 30, do Séc. XX, chamava-se um António e outro Ilídio.

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  8. Pena tenho de nao ver na foto o meu avo paterno, Francisco "Ferreiro", a alcunha de uma familia numerosa.
    Mas muito bom estarem dois dos seus sobrinhos, Ze Cavaca e Antonio Ferreiro e outros poderiam estar como o tio Daniel (pai da Luzia).
    Mais proximo e assim foi toda a vida o tio Ze Cavaca, nao fora ele seu padrinho de batismo.
    Porventura andaria pela America nesses tempos, nao sei, mas que eram unidos e respeitadores, isso sim...
    Lembro muito vagamente que quem entrava em Forninhos vindo dos Valagotes, a seguir ao agora cafe Coelho, da casa do tio Antonio Ferreiro e pouco mais. Dizem que pegada estava uma do tio Serafim.
    O nosso apanagio por aqui, tem a obrigacao de ir atras das estorias para a historia e nada melhor que perguntar a quem tem memorias antigas, fiaveis e generosas que contadas parecem renascer nos tempos.
    Tal a mim me empolga e fico rendido no fervor do modo simples e proprio do narrar. Daquele dizer "cala e escuta, quem sabe sou eu que por tal passei...".
    Gente que passou por esse tempo e autoridade para tal!
    " O que saberieis vos da terra, se a gente nao contasse. Fostes de comboio ainda mal desmamados...".
    "Nesta terra, cinco filhos nao era muito, muitos era a partir dos oito, que quereis, e nessa rua a que chamam S. Jose, agora e nem sabemos nos velhos a que proposito (nem temos direito a Rua dos Velhos), quem vinha do lugar do Porto, nao havia casario nenhum, ate chegar junto onde era a casa dos Xispas e se virava a esquerda para a casa do Braganca, pai da Mariana, conhecida por professora (sem catedra claro, mas no linguajar antigo e subserviente).
    Nessa esquina, a casa do tio Malanga, comprada pelo tio Graciano, agora esborralhada e a quem segundo dizem ofereceram bom dinheiro para ser demolida, aquando "comecaram a deitar o chao as ruas", para o saneamento.
    As outras duas foram aniquiladas e porventura bem, em favor dos novos tempos que por imperativos modificaram a parte visivel da freguesia e dos seu herdeiros, mas as ruelas e ruas internas, moribundas nao soltam um ai.
    Afinal a quem?

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    1. Pois, assim era. Baseados nessa realidade, nesta terra de poetas anónimos, fizeram-se até quadras, como esta:

      Adeus lugar de Forninhos
      bem bonito e airoso
      à entrada mora o Rei (Pedro)
      à saída o Raposo.

      O Raposo era o ti Malanga. Viveu nessa casa comprada pelo tio Graciano dos Valagotes.

      A casa do "ti Rei Pedro" acho que era a casa que é hoje do Simão Peleira e da Teresa do ti Ismael.

      Quanto à casa que pegava com a do ti Zé Ferreiro era do ti Serafim. Lembras-te do Artur, bisneto de Adelino Esteves, que visitou Forninhos em Agosto de 2013? Era da família dos Serafins. Não lhe pudemos mostrar essa casa porque a mesma já não existia, mas explicamos porquê.

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  9. O largo da Lameira tinha encanto , tal como ainda agora, apesar de um seculo passado.
    Por tal nao resisto em aqui repetir o que por ele sinto, vendo as personagens que a "vestiam".

    "Pudera voltar a ti
    E ouvir o teu cantar
    No arrastar dos tamancos
    Com a lama das courelas
    Cantando ao chiar dos carros
    Das vacas, pois evidente
    Tanto fervilhar de gente
    Que te pintava nas telas
    Desse espaço esburacado
    Sempre de todas mais bela
    De ti sempre enamorado
    Sem outra coisa na ideia
    Como é bom estar encostado
    No meu Largo da Lameira.".

    (28 de Março de 2014
    inédito - XicoAlmeida)

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  10. Muito interessante estes trabalhos fotográficos comparando o passado com o presente.
    Um abraço e boa semana.

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    1. Penso muitas vezes nesse tempo longínquo comparando-o com o presente.
      Por mera curiosidade Forninhos nos anos 20 do Séc. XX, embora com umas 130 casas, tinha para cima de 500 habitantes; Em 2011, ano do último Censo à população, Forninhos contava com 228 fogos, mas apenas 222 habitantes!
      Abr/boa semana tb.

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  11. Um belo registo fotográfico!
    Por aqui existem inúmeras fotos bem antigas...e a ver se um dia as publico!
    É bom observarmos a mudança nas nossas aldeias! Bj amigo

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    1. Não sei que tipo de foto a Graça tem, mas nas aldeias é raro encontrar uma foto antiga tirada apenas a uma rua, porque noutro tempo as fotografias que se tiravam era às pessoas e não a ruas ou paisagens, mas é sempre bom recordar pessoas que conhecemos e conhecer outras de quem sempre ouvimos falar. Publique-as, porque eu vou gostar de ver :-))
      Bj amigo tb.

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  12. Boa noite Paula, adorei ver essas fotos num Antes e Depois.
    Sou e sempre fui a favor do desenvolvimento das nossas terras e muito se fez nesse sentido depois do 25 de Abril.
    Para mim e talvez pela forma abrupta como fui arrancada das minhas raízes quando observo fotos de tempos antigos e as de hoje , identifico-me mais com as antigas. Talvez porque deixei o meu coração preso no tempo.
    Para concluir: são momentos assim como o que partilhou que também fazem a História de Forninhos.
    Beijinhos,
    Ailime

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    1. É verdade Ailime, quando fazemos uma viagem no tempo é que reparamos como as mudanças que aconteceram nas nossas aldeias devem-se ao 25 de Abril e Poder Local pós-25 de Abril e tudo isto em boa hora aconteceu, mas eu também me identifico mais com as fotos antigas e, por exemplo, as mudanças que aconteceram em Forninhos depois de 1990 (altura que saí da aldeia para a cidade) nada me dizem!
      Gosto de lembrar o Forninhos perdido.
      E o sentimento que uma foto antiga pode despertar em nós?
      Esta foto antiga a mim deixou-me os olhos cheios d´água.
      Beijinhos.

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  13. É um exercício interessante ver fotos dos locais cem anos atrás e imaginar como viviam as pessoas nessa época.
    Um abraço

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    1. É sempre muito interessante a ginástica histórica que faço ao observar uma fotografia antiga. Imagino (só imagino) como era Forninhos na 1.ª metade do século XX e que a vida por “estas paragens” não era fácil, pelo que os meus avós viveram tempos muitos difíceis.
      Abraço tb.

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