Os míscaros são uns cogumelos amarelos, comestíveis, que nascem nesta
altura nos pinhais de Forninhos (e arredores), criam-se dentro da terra nas
zonas húmidas de musgos e por baixo da caruma dos pinheiros e são denunciados pelas “gretas” reveladas no local onde eles
estão. Deve-se, no caso, remover com cuidado a terra à superfície,
pois onde está um, pode lá estar outro, ou vários.
Depois arrancam-se inteiros com um pau afiado.
De certeza que se recordam que nascem sempre aos pares
Regalem-se com a visão destas fotografias tiradas hoje de manhã nas androas e quem puder vá para as matas que é lá que está a promessa de um simples guisado, uma açorda ou um delicioso arroz de míscaros.
Que lindos.Beleza de fotos!!beijos,linda semana.Estavas sumida!! beijos,chica
ResponderEliminarPelo que vejo encontrou muitos, e coisa que eu gostava muito de fazer; ir aos miscaros!
ResponderEliminarBom proveito minha amiga, eu fico-me so com a lembraca!
Um abraco de amizade.
Os miscaros já chegaram e bem bonitos, Aqui nos Estados Unidos a Bella já os apanhou e comeu e são iguais a esses,Eu também ia a eles mas não tinha muita sorte. A minha irmã Júlia que Deus já la tem apanhava muitos, sempre o cesto cheio. Davam bastante trabalho para ficarem prontos a cozinhar. Iamos limpalos para a fonte Miguel porque la havia agua com fartura. cozinhavam-se de muitas maneiras. Cuidado com outras variedades porque morrem pessoas por não os conhecerem.
ResponderEliminarEu não ía aos míscaros há muitos anos e quando comecei a ver ‘magotes’ deles, fiquei tão animada que não me contive e por isso os fotografei para todos os meus leitores verem que os que comemos na nossa terra são bons, pois em Forninhos só se apanham os míscaros, amarelos, e tortulhos que também têm uma cor inconfundível, entre os tons brancos e os castanhos; noutros lugares apanham as sanchas, de cor alaranjada, mas para nós forninhenses as sanchas e outras espécies esponjosas não são comestíveis.
ResponderEliminarDepois é claro que nestas coisas primeiro é preciso conhecer as matas, saber ser paciente e é preciso alguma experiência também, por isso há quem apanhe mais míscaros do que outros. A seguir à apanha é como diz a Natália, há que rapá-los e lavá-los em muitas águas, agora em casa e não na 'fonte do Miguel', e deixá-los escorrer bem e estão prontos a ser cozinhados.
Eu já os comi guisadinhos com batata cozida e vou comê-los outra vez logo à noite…pensei convidar-vos para um repasto, mas sei bem que os meus amigos estão longe, só que pensei especialmente em vós quando aqui os publiquei na página dos forninhenses. Sempre dá para vê-los.
Um abraço forninhense p/ todos.
Nota:
ResponderEliminarHavia mais fotos de míscaros que podiam ser seleccionadas para este 'Post', escolhi só 10 (dez) da apanha.
Aluap, maravilha vc ter voltado e no meu Green day onde postei vários frutos e lá tem a foto de um que eu não sabia o que ele seria. Pois bem, voltei lá e perguntei ao senhor que plantou e ele me disse ser uma castanheira. O fruto lembra o ouriço da castanha - do- pará e ele disse ser a mesma, mas eu achei a árvore pequena. A folha é parecida. Tenho dúvidas, porém. Agora os seus míscaros devem ser deliciosos, e a maneira de como eles surgem é muito bacana! tantas palavras que desconheço e são novidades para mim! Um grande abraço por partilhar umas fotos tão bonitas e de cogumelos tão interessantes!
ResponderEliminarSão os nomes que nos diferenciam de outras regiões do país. Enquanto na nossa terra chamamos a esta iguaria MÍSCAROS, noutras terras são conhecidos por sanchas amarelas, canários e outros nomes...
EliminarObrigada pelo comentário.
Amiga Maria Luiza. o castanheiro é uma árvore que como todas começa como uma simples e frágil planta, mas com o passar do tempo se torna uma árvore imponente chegando a alcançar vários metros de altura e uma copa muitos e vários metros de diâmetro.
EliminarUm braço.
Os míscaros tal como a caça dão muita alegria e prazer a quem os encontra e apanha e tal como os caçadores costuma-se dizer que dão mais prazer encontrá-los e apanhá-los, do que propriamente comê-los. Podem ser confeccionados de muitas maneiras como disse a minha irmã Natália, sendo os mais usuais com batata, caldeirada, arroz, massa e ensopado de pão.
ResponderEliminarNo meu tempo de jovem íamos em grupo à procura dos míscaros, umas tinham sorte em encontrá-los, outras não tanto e como se usa na linguagem corrente “p´ra tudo na vida é preciso sorte” até para encontrar míscaros e às da sorte chamávamos-lhe MISCAREIRAS.
Desde muito novas as pessoas da nossa terra se habituaram a ir procurar esta iguaria e sabem bem distinguir os comestíveis dos não comestíveis, a que a estes lhes chamávamos de “diabo” e lhes dávamos pontapés, por isso, muito cuidado, nada de facilitações em apanhar e depois cozinhar os míscaros para além dos conhecidos vindos de geração em geração dos nossos antepassados, nunca confiando quando nos dizem que esta e aquela variedade é comestível, para que não se tenha de ir parar ao hospital ou pior: ao cemitério.
Em Forninhos e arredores não há memória de mortes derivado dos míscaros e outros cogumelos, pois tal como digo desde muito novas as pessoas sabem conhecê-los, prepará-los e confeccioná-los.
Abençoada seja a terra que nela se criam coisas tão boas!
Margarida Albuquerque
No entanto, há (des)informação lançada na wikipédia e propagada a partir da mesma, em que segundo estudos feitos, o nosso míscaro tem uma toxina que se vai acumulando no organismo e quando comidos em demasia pode provocar a paralisia dos músculos!!!
ResponderEliminarEu só posso dizer que só se forem “resmas” de quilos e quilos de míscaros, pois na nossa terra as pessoas comem-nos “há séculos” e todos sabemos que nunca houve um envenenamento! Eu sempre comi, os meus irmãos, pais, avós, bisavós…
Paula, dividi com você o Prêmio Dardos 2012, para honra minha. Está lá no Espaço imaginário.
ResponderEliminarAbraço.
Gilson.
Paula, muita gente gosta de cogumelos por aqui. Eu não os tinha visto ao vivo e à cores, valeu! Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarEu a partir de agora talvez repita a viagem a Forninhos no tempo dos míscaros, só para ter o prazer de os apanhar. Só tenho pena que em Forninhos não se saiba aproveitar as mais valias que esta terra tem, pois esta freguesia podia bem organizar uma actividade na natureza diferente.Abr./Paula.
ResponderEliminarTambém gostava de apanhar míscaros, gostava mais de apanhar os fechados que ainda estavam debaixo da terra, achava graça ver o montinho da terra gretada esgatanhava com o pau aguçado e por baixo lá estava o míscaro.
ResponderEliminarHá muitas maneiras de cozinhar os míscaros, alguns anos atrás também se curtiam não sei se hoje ainda alguém os curte, os mais pequenos e fechados depois de serem raspados e bem lavados eram postos em frascos com vinagre para depois serem comidos durante o ano.
Se havia alguem que adora ir aos miscaros era eu,tive um bom professor que foi o meu tio LUIS (mudo)que conhecia e conhece mais do que ninguem as matas onde eles se escondem,ainda não se falava em miscaros,jà ele vinha com 1kg ou 2 no saco,guisados com umas batatinhas cozidas à parte é como eu os prefiro,sei que hà pessoas que não querem là carne com os miscaros,eu jà não digo isso,gosto deles mas uns bocadinhos de carniça não ficam là mal,curtidos são tambem muito bons,como diz a Maria e muito bem têm que ser fechadinhos.
ResponderEliminarMas longe vão os tempos dessa imagem da terra gretada, meninos. Na verdade o pau aguçado/ou/afiado, ele que foi durante décadas o auxiliar n.º 1 na apanha, tende em cair em desuso. Se querem que vos diga, só a nossa memória torna possível visualizar as gretas dos míscaros.
ResponderEliminarNo resto, os míscaros continuam a ter o mesmo sabor do passado e fico admirada, positivamente, que a apanha desenfreada praticada por algumas miscareiras não tenha conseguido ainda destruir este património que a floresta nos dá!
Também prefiro os fechadinhos, necessários para curtir em vinagre e os mal abertos. Esses, sim, são fundamentais para um guisadinho. Para mim, guisados com batata cozida, a substituir a carne é como sabem melhor; com arroz gosto deles, mas misturados com pedaços de frango caseiro; d´outras maneiras e congelados, dispenso-os na minha casa.
Bom dia, este ano tive o prazer de apanhar um pouco de míscaros na vossa terra, as matas nestes tempos têm um cheiro diferente porque o chão é remexido e então o aroma exalam pelas folhas e pelos cogumelos invadem o ar dando-lhe o seu inconfundível cheiro a matas e bosques, foi bom andar na apanha, mas com tantas pessoas a apanhar, torna-se difícil de encontrar uma vez que quando lá estive, já outros tinham apanhado a maioria, mais sorte teve a Paula e a mãe dela que saíram num domingo de manhã e encontraram um autentico filão, e aproveitou de duas maneiras, em foto para mostrar a quem nunca tenha visto e recordar para aqueles que residem em locais onde não existam, e para comer.
ResponderEliminarBom proveito, Paula não ofereças muitas vezes é que moro perto de ti e posso aceitar.
Hoje dá mais trabalho a encontrar os míscaros, porque os terrenos não são limpos como antigamente, por isso os montículos e a terra gretada é mais difícil de encontrar, porque ficam tapados pela folhagem que cai das arvores, para o ano se lá voltar levo um ancinho ou uma forquilha para desviar essas folhas que na sua maioria é a caruma, para então poder ver esses montículos, espero bem que sim.
ResponderEliminarMORAR JUNTO AO MAR COMO O MEU CASO, SENTE O CHEIRO A MARESIA
ResponderEliminarMAS EMBALA NO SONHO A SAUDADE DO PASSADO.
ABALAR COM O CACHORRO, CARREGAIS, ZANDROAS OU VALONGO, DE CESTO DE VERGA NA MAO, COMO CONVEM,PARA DEIXAR CAIR A SEMENTE,
TAL QUAL O PESCADOR, ANSIOSO PELO PEIXE,ASSIM SE FISGA COM A MESMA EMOCAO ESTE BALSAMO DOS DEUSES, OU MAIS.
O CHEIRO A TERRA GENUINA, O EMBALAR DOS SENTIDOS, ALGO SAGRADO QUE TODOS DEVEM PERSEVAR PORQUE ALEM DE ANCESTRAL TEM A HISTORIA DOS POVOS.
A GANANCIA DESENFREADA, ESTA A DESVIRTUAR TODA UMA TRADICAO.
DA MANEIRA DE APANHAR, QUAL PESCA DO ARRASTO.
CHEGAR A CASA E LIMPAR, FRIGIDEIRA, CEBOLA E AZEITE, BATATA AFERVENTDADA,UM SONHO.
TRRRIIIMMMM.....
TRRRRIIIIMMM....
MALDITO DESPERTADOR QUE ME FEZ DESPERTAR DO SONHO
È com grande exatidão que este anónimo, nos revela a apanha dos míscaros.
ResponderEliminarQual pesca de arrastão ou outra qualquer, no meio de um pinhal com a digna gentilesa de esquadrinhar alguns montinhos de terra gretada, e ali com um pequeno pauzinho levantar aquele que nós bem adoramos e apreciamos, bem riginho e de sabor inagualavel, um míscaro.
Bom apetite.