Divulgamos uma iniciativa da Câmara Municipal de Aguiar da Beira, a XI Feira de Actividades Económicas que acontece nos dias 19, 20, 21 e 22 de Julho. Em termos de atracção musical destaca-se no Sábado, dia 21, David Carreira. Outra atracção será o Cortejo Etnográfico que se realiza na tarde de Domingo, dia 22, no qual se exibirão diversas freguesias que desfilarão nas ruas da Vila de Aguiar da Beira.Tanto quanto sei, a nossa freguesia vai estar representada com a "Virgem Santa Marinha" padroeira da paróquia de Forninhos.
Já no âmbito da IX Feira, em 2010, Forninhos desfilou em representação com a Senhora dos Verdes e a procissão de ladainhas, o Voto.
Eu não tenho nada contra a N.S. dos Verdes, N.S. de Fátima, Santa Marinha ou outros santos e santas, mas era uma caridade que alguém explicasse a certas pessoas da minha terra e ao Sr. Padre também, que existe no nosso país a Lei da separação entre a Igreja e o Estado, onde este não se deve meter na Igreja, nem esta nele e alguém lhes diga, sff, que os santos são para estar nas Igrejas ou Capelas e só devem sair para ir em procissão em dias religiosos próprios e Santa Marinha sai em procissão no seu dia, que é o dia 18 de Julho e então aí o povo entoa os cânticos "Ó Virgem Santa Marinha" "Salva Nossa Padroeira". E que a Irmandade de Santa Marinha é um património importante e que impõe respeito na celebração de festas religiosas em honra dos santos, ladaínhas e funerais e não deve desfilar em Cortejos!
A freguesia de Forninhos lamentavelmente já se apresentou na IX Feira com o "Voto a N.S. dos Verdes" e acho que não tem necessidade de em tão curto espaço de tempo fazer outra vez "figurinha" num Cortejo Etnográfico!
Gostava muito mais de voltar a ver a minha terra homenagear pessoas que deram algum contributo para o progresso da nossa terra com as suas artes e ofícios, muitos em complemento dedicavam-se ao cultivo agrícola, pelo que das actividades agrícolas temos muitas tradições extintas ou em vias de extinção, que o difícil é escolher uma! Porque não apresentar o linho, por exemplo?
A Feira de Actividades Económicas é uma ocasião especial para visitar e conhecer o concelho de Aguiar da Beira. VENHAM ATÉ CÁ!
O cara amiga, sabe cada vez gosto mais de ler o que escreve, pois esta em sintonia comigo, quase sempre!
ResponderEliminarQuanto a estas coisas de se misturar a religiao com a politica e governos locais, tambem ja tenho falado nessas coisas, que a ninguem lhe interessa! O que interessa e conseguir com estas misturas, mais uns votitos dos velhotes, que por estarem mais para la que para ca, andam com o "credo na boca"!
No Municipio de Fornos de Algodres, tambem todas ou quase todas as freguesias, tem o seu monumento a Nossa Senhora de Fatima, e na vila um a esta Santa, outro ao Coracao de Jesus. Na minha freguesia de Infias, um a Santa Luzia outro a Cristo Redentor etc, etc.
Em todas estas construcoes, todas feitas em lugares publicos, estou convencido que cem por cento ou quase, foram nelas gastos dinheiros publicos. estes podiam muito bem ser colocados noutras iniciativas, como por exemplo colocar monumentos a gente ilustre e que contribuiu para o bem publico! Mas como disse atraz, isso nao da votos, ou se da sao pouquitos!
Nao vale a pena perdermos tempo com estas coisas, porque se calhar a maioria ainda vai dizer, que nos e que estamos errados!
E se calhar estamos. Um abraco de amizade.
Olhe, na volta…
ResponderEliminarMas decerto haverá alguns que concordam connosco, pois até já soube que depois da publicação deste ‘Post’, o por mim escrito foi tido em consideração e parece que já não vão cantar “salva nossa padroeira”, ainda bem. A nossa aldeia, em 2007 ou 2008 desfilou com a faina das Vindimas e em 2009 o Retratista foi o tema, agora "andam de cavalo para burro" quando ainda há tanta coisa da tradição para mostrar a quem nos visita! Se não têm melhores ideias, acho que é preferível ficar em casa!
E também eu gosto de ler tudo o que aqui escreve e nos seus blogues. Em Forninhos também ainda andaram com a ideia de meter uma santa ou santo numa fonte antiga de pedra que mudaram para uma rotunda, mas felizmente não o fizeram.Só faltava lá um santo!
E sobre este assunto (religião vs política) nem me admira os velhotes, coitados deles, as pessoas que lhes fazem a cabeça é que deviam ter vergonha, mas sabe como é, a vergonha quando se perde dificilmente se volta a encontrar! E depois o que me “choca” é ver pessoas jovens a entrarem nestes esquemas que, como bem diz, só interessam por causa dos votitos e então quando têm ao seu lado gente melada que sabe “levar ao rego” os velhotes, é a cereja no topo do bolo!
Mas há mais:
Numa altura que os Municípios deviam poupar e cortar, o Município de Aguiar atira-se para a frente e agora anda a pagar sardinhadas e não só…aos utentes dos Centros do Dia, autocarros para cima e para baixo, quando a maior parte das pessoas que andam para cima e para baixo (só por causa dos comes e bebes e passeios), têm boas reformas, bons rendimentos e contas mais bem recheados que os Contribuintes que trabalham para sustentar isto!
Estou mortinha para ler a Acta da última reunião da Assembleia Municipal para saber se algum Deputado Municipal ou Presidente de Junta denunciou esta situação V-E-R-G-O-N-H-O-S-A. Metam uma coisa no cérebro: os Centros de Dias têm de sobreviver por eles próprios! Há pessoas em Forninhos com boas reformas e outros rendimentos a pagar por uma refeição o mesmo que um “velhote” com uma pensão mínima de sobrevivência! E ainda pagam por um passeio a Fátima o mesmo que aquele que recebe menos de € 200,00! Revejam estas situações porque não têm de ser os Contribuintes a pagar passeios nem o resto a gente com boas reformas e rendimentos acima da média!
Aquele abraço.
O Google acabou de me dizer que “Juridicamente, o Centro Social Paroquial está equiparado às IPSS, mas tem estatutos próprios aprovados pelo bispo diocesano.”
ResponderEliminarE que:
“O Centro Social e Paroquial de Forninhos é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, erecta canonicamente pelo Bispo da Diocese Viseu.".
Pelo Bispo da Diocese de Viseu e não por um governante local (entenda-se Presidente da Câmara de agb)!
Mas é tal como diz caro Al, falar destas coisas a ninguém interessa!
Paula é o que te tenho dito, politica e igreja andam de mão dada, uma faz e outra apoia, mas para isso já não estou nem aí, os pobres velhotes é que na sua santa ignorancia vão sendo enganados pelos políticos para atingirem os seus fins, eu como militar que fui durante tantos anos, sempre assistir à mudança de comandantes, dos velhos pelos mais novos, pensava eu que alguma iria mudar uma vez que esses mais novos tinham outra maneira de pensar e agir, pura ilusão, tudo continuava na mesma, por isso quer seja novo ou velho nos destinos das nossas terras o rumo tomado é sempre o mesmo, com pequeno desvio aqui outro acolá, mas no fundo continua tudo na mesma, isto porque quem manda não está lá, faz-se representar por alguém eleito pelos habitantes da terra, essas idas e vindas de um lado para o outro, não passa de manter uma imagem politica de mostrar e ser visto, temos eleições há vista.
ResponderEliminarPaula, ainda não consegui ver nas vossas terras, uma rua com o nome de um natural dessa terra, mas sim nomes do próprio lugar ou bairro, mas de pessoas nada.
Que me lembre João algumas ruas de Forninhos até receberam nomes de acordo com alguns naturais, por exemplo: “Rua dos Sapateiros”. Nessa rua viveu o tio Joaquim Matos, sapateiro. Pelo que ficaria melhor uma placa: Rua Joaquim de Matos (sapateiro). Mas esta ainda vá que não vá.
ResponderEliminarAgora a colocação da placa “Rua de S. José” e “Rua de S. Martinho”é que não faz sentido nenhum! A razão da existência da primeira foi o nome do Sr. José Matela e porque tinha também por cima da porta de entrada da sua taberna um azulejo alusivo a S. José; a razão da existência da segunda deve-se ao Martinho Lopes. O nome destas 2 Ruas são as que me ocorrem no momento, mas decerto há mais exemplos. E com isto os jovens e os vindouros acabam por não ter referências locais de figuras do nosso passado, quando não havia necessidade.
Mas voltemos ao princípio.
Sejam velhos, sejam novos, nada mudou, nem muda, porque os políticos cada vez mais estão cientes da importância que a religião tem para as pessoas idosas, por isso, usam os líderes dos Centros Paroquiais (Centros de Dia) para levar as pessoas com falta de escolaridade e de cultura a agir de acordo com os seus interesses. A nossa freguesia é o exemplo, até os ensinam onde pôr a [X]. É uma autêntica vergonha, mas é a pura verdade! E, quanto a mim, mais vergonhoso é, porque o pároco que é o líder da comunidade cristã e é uma pessoa jovem tem conhecimento do facto e nada faz! Era muito importante para Forninhos que, pelo menos, o Padre conseguisse resistir aos interesses e pressões que os políticos fazem, já que bem se sabe que a razão porque oferecem passeios, almoços, etc. etc. são os votos aquando das eleições autárquicas. Mas o que se pode esperar quando permite que levem a N. S. dos Verdes, capas da Irmandade e tudo o que é sagrado [e nem me lembro se levaram lanternas ou não] para um Cortejo Etnográfico?
Eu acho que quando tal é permitido é porque têm esperança de virem a receber “presentes”. Mas não lhes fica nada bem! Já há 2000 anos Jesus estava ciente que era preciso distinguir estes dois tipos e poder: “A Deus o que é de Deus e a César a que é de César”.
Da nossa história antiga, figuras do nosso passado histórico e cantigas da tradição há tanto por onde escolher, qual foi a ideia de levar para um Cortejo, onde com certeza desfilarão outras freguesias, os cânticos à padroeira Santa Marinha que até é uma Santa demasiado lendária para ser crível a sua existência?
Até imagino de onde surgiu tal ideia!!!
Felizmente já soube que na reunião da tarde de Domingo, realizada muito depois de publicar este artigo, houve mudanças! Mais não digo por causa do factor surpresa…pois sei que sou lida em todas as freguesias do concelho e já chega de “bater mais no ceguinho” e o sucesso da nossa aldeia, é também o nosso sucesso.
Eu não tenho esperança que no futuro alguma coisa mude, porque está visto que a campanha eleitoral já começou e como há muita falta de princípios e aqui, sim, é que reside o maior problema, mas pelo menos sinto-me bem porque consegui com este artigo mudar alguma coisa!
O medo de falar é que faz que nada mude na minha terra, essa é que é essa!
Pois entao dou-lhe os meus parabens, gracas a D*us alguem ainda lhe da ouvidos. Ja a mim (deve ser por estar mais longe) ninguem me ouve, mem me liga patavina!!! lololololo.
ResponderEliminarE eu ralado, pelo menos digo o que penso, gostem ou nao!
Às vezes até vão pelo que eu digo, mas nem sempre…eu diria que, no caso, algumas pessoas já eram contra levar a Santa Marinha para uma marcha e este ‘post’ só ajudou. Além disto, a dizer sempre o que penso, gostem ou não gostem, já consegui algumas coisitas e quanto a ninguém lhe ouvir por estar mais longe, não creio que assim seja! Bem vistas as coisas o que acontece é o mesmo que acontece comigo, apropriam-se das nossas ideias, pelo menos, aquelas fáceis de concretizar.
EliminarContinue a escrever os seus bons artigos, quer gostem ou não, como você eu tbm não quero saber se não gostam do que eu escrevo, como se liz lá nas nossas terras ‘quem não gosta põe à beira do prato’.
Este artigo, tal como todos os outros que a Paula escreve, são todos sentidos.
ResponderEliminarPois ela escreve o que sente e que por mim, muitas verdades, apoio politico é o que mais se sente nestas idas e vindas de uns lugares para outros, desde que haja festa lá vão eles, se calhar nem veem que estão a ser levados para mais uma campanha partidária.
E ainda dizem que não há dinheiro, e que os Municipios estão sem verba; Pelo que se pode ver pelo presente cartaz...
ResponderEliminarÉ verdade serip, como constatas só escrevo o que sinto, quem não gostar passe adiante, a lei da net dá para todos!
ResponderEliminarE neste momento estou a pensar que tbm devia ter escrito na entrada que alguém igualmente explicasse aos utilizadores do facebook da jf Forninhos que existe a Lei da separação entre a Igreja e o Estado e, portanto, não devem publicar no mural da Junta de Freguesia fotos de procissões que são realizações da Igreja e não da Junta de Freguesia; e que não devem publicar tbm as actividades do Centro Paroquial. E esta parte, confesso, que ainda não entendi, pois o 'Centro de Dia' até tem a sua página no facebook!
Quanto às festas em cartaz, olha, andamos nós a descontar taxas extraordinárias para pagar tudo isto…