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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Uma lembrança da tia Isaura

fotografia tirada na N. Senhora da Saúde, Moradia

Imagem que nos traz à memória um tempo que muitos recordarão. A tia Isaura, no dicionário da minha infância, teve como sinónimos "santinhas de açúcar", "beijinhos multicoloridos", "cavacas", "Doce Teixeira", "balões" "vai-vem" (bola/rebuçado suspensa por um elástico), "brinquedos" e "bugigangas" que ficavam tão bem nos pulsos e orelhas :))
Era costume a tia Isaura deslocar-se às festas e romarias das localidades circunvizinhas vender guloseimas e brinquedos que davam um colorido à banca e faziam as delícias da garotada.
A evolução dos tempos acabou com estas vendas.

Foto cedida pela Aurora, que publicamos com muito gosto.

20 comentários:

  1. Bonita foto da tia Isaura a vender as guloseimas onde eu comprava beijinhos era o que mais gostava ,mas também era peixeira pois quando passava aporta da tia Julia poisava a caixa da sardinha em cima doma pedra i ali riamos com ela , foram bons tempos por hoje e todo.

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  2. Boa tarde.
    Verdade, penso que os mais velhos, ainda se lembraram da tia Isaura, não só pela sua banca de guloseimas em dias de festa.
    Tambem, porque era uma mulher de armas, adaptava-se a tudo o que lhe aparece-se, quando não havia festas ou romarias, para ali instalar a sua banca; dedicava-se á venda de peixe, muitas correrias esta Senhora fazia, quase diáriamente, entre Dornelas, Valagotes e Forninhos, na sua azafama de quém " quer um peixinho", isto e sempre com a caixa á cabeça.
    Tempos dificeis para esta mulher, muitos Km percorridos.
    Um bem haja á tia Isaura.

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  3. Boa noite,
    Gostei de ver esta fotografia e recordar a tia Isaura. Apesar de eu já ter vindo com 14 anos de França, lembro-me muito bem desta SENHORA que apesar das muitas dificuldades com que de certeza passou para criar os seus filhos, a recordação com que fiquei foi de uma mulher sempre muito alegre, que nunca virou a cara à luta, que gostava de ajudar as pessoas e lembro-me de ter participado com ela em algumas jornadas de "arranca de batatas", isto no tempo em que Forninhos era um povo que se entre-ajudava muito. Claro que ainda está muito viva a recordação que tenho dela a vender brinquedos e guloseimas numa banca no terreiro da Nossa Sra dos Verdes e como eu gostava de brincar com aqueles aviões de lançar com elásticos. Onde que que estejas Tia Isaura, Obrigado e descanse em paz.
    Rui Miguel ("gigas" mais novo);

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  4. Obrigada pelo comentário Rui Miguel. É isso mesmo, a tia Isaura ainda está muito viva na nossa memória porque deixou boas recordações de amizade e de dedicação à nossa terra e de alguma forma contribuiu para o bem comum de Forninhos. Sabes, diz-se que os antigos imaginários portugueses punham as estátuas que faziam em altos pedestais para não lhe serem notados os defeitos, talvez por isso na nossa terra ainda seja hábito colocar em alto pedestal certa gente e esquecer a gente comum e trabalhadora, como a tia Isaura, que não têm, nem tiveram, problemas em mostrar os seus defeitos.
    Certamente quando vieste de França já a tia Isaura não vendia sardinha e chicharro, mas como diz o nosso Colaborador serip413, quando não havia festas e romarias era a sardinheira da terra e terras vizinhas, Matela, Moínhos, Moradia, Quinta da Ponte e por aí fora. Com a canastra/caixa da sardinha à cabeça, tendo como único apoio a rodilha, para ajudar, parecia que não aguentava, mas suportava bem o peso, porque era uma mulher cheia de força e a vender sardinha ao quarteirão, brinquedos e guloseimas, criou sozinha os seus 5 filhos. Acho que toda a gente gostava de comprar sardinha à tia Isaura, era uma pessoa muito generosa, quando media o quarteirão metia sempre mais umas poucas; 10$00 de beijinhos, não sei bem, mas se dava 10 beijinhos, a tia Isaura oferecia mais meia dúzia. Era assim esta boa mulher.
    Estamos sempre a tempo de encontrar algo que nos agrade...e se isso acontecer com o nosso blog sejam todos bem-vindos, como bem vindo é o Rui Miguel (“gigas” mais novo). Colaborem na divulgação e promoção de Forninhos sendo sinceros e se possível identifiquem-se.
    O meu email é: aluap_a@hotmail.com
    Boa Noite

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  5. Nao sei se essa se outra ou outras "doceiras" me lembra de ver nas romarias de Na. Sa. dos Milagres na Muxagata e na santa Eufemia da Matanca!

    Era so acucar, se fosse hoje era contra todos os canones de saude!!!

    Mas que bom era quando nossos pais nos compravam essas goluseimas.

    Bem haja por partilhar mais uma tradicao em desuso.

    Um abraco dalgodrense de amizde.

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  6. Recordo a tia Isaura como ela está na foto.
    Quando chegava a festa da Moradia e Dornelas lá ia eu e mais um grupo de raparigas com ela, com a cesta dos doces á cabeça, pelos caminhos batidos dos rebanhos. Era uma mulher que gostava das crianças, ela mesmo com as dificuldades que havia gostava de convidar as crianças, tanto com doces como com a sardinhita.
    Não se podem esquecer estas pessoas . Fazem muitas saudades.

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  7. Bom dia, não me lembro dessas vicissitudes que essa senhora tinha, pois só a conhecia muito tarde, mas agora que esta foto foi publicada e quando a vi, quem estava junto de mim disse logo que era a mulher dos rebuçados, não assisti a essa sua fase da vida, mas por aquilo que me apercebi foi uma mulher para a vida, ainda a conheci com aquela alegria que a todos contagiava, pois essa mulher partiu mas a sua memória ficou nas saudades de quem ficou.

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  8. É pena ter-se perdido um dos encantos que as festas e romarias tinham, que eram os vendedores desse tipo, guloseimas e brinquedos, hoje com o evoluir das coisas, foi-se perdendo a tradição dos doces caseiros e optar pelos industriais pois estes vêm em embalagens mais apelativas e coloridas, é o marketing a funcionar, o que é uma pena.

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  9. Boa tarde.
    Assim é, hoje, como diz o colaborador João, hoje em dia, todos estes artigos vem embalados e devidamente selados, é a inovação dos tempos de hoje, que nada nos trazem de novo, mas.... á alguem que se vir algo fora das embalagens, estamos tramados!, só que esses "miminhos", pelo que sei, e que eram vendidos na banca da tia Isaura, nunca fizeram mal a ninguém.
    Mas enfim, vieram os entendidos, não devo dizer mais nada, o crucifixo espreita a toda a hora.
    Mas para finalizar, Seguro, a tia Isaura, era uma excelente pessoa.

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  10. Como digo, esta fotografia foi tirada na festa de Nossa Senhora da Saúde, Moradia, onde quase toda a gente de Forninhos se deslocava a pé, pelos atalhos. Para a Santa Eufémia, Matança, também ía muita gente a pé. A tia Isaura foi uma das doceiras da Santa Eufémia, da Nossa Senhora do Ouvido, Colherinhas, S. Miguel, na Quinta da Ponte, Santa Bárbara, Dornelas, mas todos melhor lembramos da tia Isaura é na banca da Senhora dos Verdes, Forninhos.
    Em muitas terras, as doceiras tinham lugares/bancas de pedra, também o terreiro da Senhora dos Verdes as teve. Muitas pessoas podem confirmar isto.
    Alguém sabe quem mandou tirar e onde estão essas bancas de pedra?
    Se calhar as pessoas que podem responder a isto, são as mesmas pessoas que, por puro preconceito, esqueceram da tia Isaura no dia 17 de Julho de 2011. Talvez agora percebam porque há eventos que não deixam de causar alguma sensaboria.
    Há pessoas que devem ser sempre lembradas, a tia Isaura é uma dessas pessoas.

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  11. Neste como noutras postagens que parecem querer dar valor ao que melhor forninhos tem que é o patrimonio e as suas pessoas, e muito bem, depois parece que são utilizados para atacar outros. a sua responsavel não tem necessidade de estar sempre a criticar outros, parece que as outras pessoas, que não aquelas que ela entende, são todas más e alvo da critica facil. criticar a ação dos outros é facil, mas devemos também olhar para as nossas ações e ver o que realmente fazemos. penso que os restantes contribuidores não veêm nisso uma coisa positiva, porque não dão seguimento a certos exageros.

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  12. Boa tarde.
    È neste tema que nos devemos debruçar, elogiar quém merece, pedir que se faça o melhor por estas pessoas, " Tia Isaura", não deixar criticas a quém se interessa pelo povo de Forninhos, a quém por este meio o " Blog de todos", se propõe enaltecer a nossa terra.
    Não será com cometários futeis como este, último, que se pode contar com todos os colaboradores deste Blog, para engrandecer a nossa terra.
    Palavras, para mim como estas são palavras ao vento, nada tem de inovador, de prestigio, mas em vão, irão denegrir a imagem de quém trabalha em prol do património e suas gentes, FORNINHOS.

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  13. Obrigada Ana pelo teu 3.º comentário neste espaço. Já em resposta ao teu 2.º comentário neste blog fiz questão de explicar que não é uma questão de criticar, é uma questão de liberdade de expressão. Um blog é um espaço de opinião e há pessoas que para dar a sua opinião mostram a cara e não têm receio de dizer o que pensam, como é o meu caso; outros, identificam-se, mas têm receio de dizer o que pensam; depois há pessoas como a Ana, que para dizerem o que pensam preferem não se identificar. Portanto, não concordo com a Ana quando diz que criticar a acção dos outros é fácil, se assim fosse ninguém precisava se “esconder” para escrever 1 simples comentário e a Ana já fez 3!
    Mas concordo quando nos diz que devemos também olhar para as nossas acções e a acção/contributo da Ana neste espaço tem sempre como objectivo defender não sei quem e o quê, nunca foi para dar valor ao que melhor Forninhos tem, que é o património e as suas pessoas, como refere. Ora este Post recorda a tia Isaura, e sobre esta pessoa, nem 1 linha.
    Obrigada serip pelas tuas palavras e por não teres dado seguimento “a certos exageros”. Exagero no dicionário de algumas pessoas deve significar: VERDADE!

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  14. Boa noite a todos.
    Eu fico impressionado com a manifestação de carinho aqui demonstrado pela figura simples que foi a tia Isaura de Forninhos.
    São manifestações como esta, que engrandece, não só quem é homenageado, como quem homeneja.
    A minha admiração para esta mulher, a quem a vida não foi fácil, mas encarou-a com determinação.
    E já agora, também adoçou a boca a muitas crianças.

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  15. Haverá sempre pessoas que quando falamos de coisas de facto feitas, hão-de sempre entender que ambições de melhoria são críticas. Esquecem-se, é que se não fosse este blog, se não fossem os comentários de aluap ainda hoje não se tinha homenageado um carpinteiro, um pedreiro, um resineiro, etc. Ah! Pois é!
    No Post “Ainda as Vindimas”, no meu 1º comentário escrevi:
    “Embora todos os artífices de todas as áreas mereçam a maior consideração, certo é que são pouco lembrados. Não me lembro, por exemplo, na nossa aldeia alguma vez ter sido homenageado um Carpinteiro, um Pedreiro, um Sapateiro, um Resineiro, etc…pelo reconhecimento do seu trabalho, que foi de grande utilidade para a região e muito se lhes deve.”. Isto foi escrito por mim em 04 de Outubro de 2010.
    Como temos memória pomos no arquivo e é só clicar lá e rever sempre o que quisermos, portanto, não venham para aqui com recadinhos porque este comentário de 4 de Outubro de 2010, é só um pequeno exemplo daquilo que aqui vêm buscar. É a minha criatividade, as minhas ideias, os meus recados, as minhas cantigas, que aqui vêm ler e usam como bem entendem! (Desculpem a imodéstia). Mas ainda bem que as coisas aos poucos e poucos lá vão mudando e já vi, em 17.07.2011, homenagear o carpinteiro, o pedreiro, o resineiro, etc., etc. mas a verdade é que não lembraram desta mulher, a tia Isaura de Forninhos.

    Cumprimentos, aluap

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  16. Hoje quando se cozem os bolos de azeite coloca-se um papelinho na pá, mas noutro tempo, colocava-se farinha.Um dia na sementeira das batatas, na Ribeira, na hora da piqueta o meu pai, na brincadeira, pega num bolo de azeite: “Ó tia Isaura olhe este bolo de azeite. Eu é que varro bem o forno, nem um cisco.”
    A tia Isaura era pessoa muito simples e ainda desconhecia o uso do papelinho, isto deve ter sido no ano em que pela 1ª se cozeram os bolos com o papel, acreditou nas palavras do meu pai e disse:
    - Sim, Sr., para o ano, quero que tu me cozas os bolos.
    Este episódio é lembrado todos os anos no forno Grande e, claro, vêm mil e uma recordações da tia Isaura porque a tia Isaura era muito simpática, a sua doçura contagiou-nos e adoçou mesmo a boca a muitas crianças. Mesmo quando íamos a casa dela dar um recado, vínhamos com os bolsos cheios de “beijinhos”.

    Bom FDS

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  17. Paula,

    Como é lindo lembrar essas coisas. Eu também tenho lembranças de uma mulher como ela que vendia cocada na rua. Mas essa colocava um tabuleiro na cabeça e gritava "olha a cocadinha"! Cocadinha é um doce feito de coco, muito tradicional no Brasil.
    Foi muito bom conheer tia Isaura, que me levou há um tempo atrás em minhas lindas lembranças.
    Tenha um lindo Domingo. Beijos

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  18. É bom saber que esta fotografia da tia Isaura fez reviver saudosas lembranças.
    Penso que todos nós vivemos de recordações, daí ser sempre emocionante para nós visualizarmos como era o nosso Forninhos, amigos e familiares, através de fotografias antigas. Obrigada à Aurora e a todos os outros que contribuem com fotos antigas, porque só assim podemos a continuar a retratar e recordar Forninhos antigo, para mim, é a melhor forma de dizermos que gostamos de pertencer a este lugar e que gostamos do novo blog dos forninhenses.
    Entretanto, continuo a torcer para que a prometida monografia ou publicação sobre a memória e história de Forninhos se materialize, pois estou muito curiosa para ver o que é publicado.

    Aquele abraço forninhense à moda antiga

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  19. Cidalia Pimpao Silva9/26/2011

    Os meus sinceros agredecimentos, a todos os partecipantes deste Blog.
    Fiquei extremamente emocionada, ao saber que a minha MAE que já faleceu á cerca de 15 anos, ainda tem tanta gente que lhe queria tao bem, foi uma
    homenagem lindissima á sua memória.Que descanse
    em PAZ.
    Os meus sentidos agredecimentos a todos,desta filha que nunca a esquece.
    Bem haja.
    Cidália Pimpao Silva.

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  20. Olá Cidália,
    Bem vinda ao nosso blog.
    Esta fotografia trouxe-nos boas recordações e saudades da tua mãe. Para nós é uma honra homenagearmos os filhos da terra e que tão bem dela trataram.
    Desejo que continues a aparecer e partilhes também connosco as tuas memórias.

    Um abraço de amizade,
    Paula

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