Não era só limpar - era uma limpeza geral. A Páscoa era a altura em que tudo em casa tinha de ficar a brilhar. O balcão (escadas) de madeira ou de pedra, o soalho da casa toda, bancos, cadeiras, a loiça, a roupa, as cortinas...nada escapava. Era uma lavagem geral e que durava quase toda a semana.
Com água e sabão amarelo e escova na mão esfregava-se com força o soalho de madeira todo e o balcão se fosse de madeira. Aquela mistura de água, sabão e madeira molhada, era um odor inesquecivelmente bom.
Eram tarefas feitas exclusivamente por mulheres e que as deixava exaustas, mas ao mesmo tempo satisfeitas por poderem usufruir daquele cheirinho e limpeza únicos!
Eram tarefas feitas exclusivamente por mulheres e que as deixava exaustas, mas ao mesmo tempo satisfeitas por poderem usufruir daquele cheirinho e limpeza únicos!
Aqui, lembro que certas mulheres usavam por baixo dos joelhos um objecto feito de madeira chamado "tacoila", para que não se molhassem os joelhos, quando se lavava o soalho de madeira da casa.
Tacoila |
Apresentavam-se os trapos todos a limpeza geral também. Lá diz o rifão popular: na semana dos Ramos lava os teus panos que na da Paixão lavarás ou não. Era preciso lavar tudo, cortinas, rendas e linhos, pôr tudo ao sol a corar, as colchas de dias de procissão também eram retiradas das arcas/malas e arejadas nessa semana.
colchas em dia de procissão |
No que toca aos homens, havia sempre uma preocupação especial nesta altura do ano que era caiar as paredes da casa, principalmente as da sala do folar. No dia do folar o padre entrava em casa com a sua comitiva, benzia a casa e na sala do folar desejava as Boas Festas, Aleluia, Aleluia.
Essa divisão tinha de ser especialmente preparada, com todos os pormenores. A última coisa que passava pela cabeça de uma dona de casa de Forninhos era receber o padre sem ter tudo limpo e sem ter preparado o folar (oferta da casa ao pároco). Antes do meu tempo, ofertavam queijo, ovos, bolos de azeite, pão-leve, pão-trigo.
Eram tempos bem diferentes dos de hoje.
Na igreja matriz também: limpava-se chão, escadas, altares. Areavam-se castiçais, lanternas, o turíbulo, etc. para no sábado da Aleluia, tudo brilhar e se encher de flores e de vida, pois durante a quaresma tudo devia estar despido e pobre nos altares da igreja.
Para si e para a sua Família votos sinceros de que passem bem a Páscoa.
Eram e em parte continuam a ser aqueles dias em que ate o cheiro nauseabundo do estrume "fugia" para a serra. Uma verdadeira "barrela" a casa , sendo que ate no dia de Pascoa, os pateos eram cobertos de giestas floridas e alecrim para receber a visita pascal.
ResponderEliminarMas pegando na limpeza que era exclusiva das mulheres, recordo ainda a tacoila. Era de facto um instrumento que resguardava o corpo de quem esfregava e gastava o soalho de tanto o esfregar com agua e sabao amarelo.
De joelhos como que cumprindo a penitencia do auge da Quaresma!
Tambem aqui os homens por vezes ajudavam, mas tal ficava em segredo, tal como o ajudar a amassar os bolos de azeite, por ficar mal saberem que quem andava com uma aguilhada nas maos a frente das vacas, fazer trabalho de mulheres...
Numa destas alturas, a minha avo e a minha mae, estavam acamadas com uma forte gripe e sendo nos pequeninos, sobrou para o meu pai a tarefa de esfregar. Diz a minha mae que gastou tres barras de sabao amarelo, mas que nunca a casa ficou a brilhar tanto!
Devia ser de raiva, penso eu...
Nem imagino os improperios que diria em tais preparos, coitado!
Na missa de domingo de Pascoa, toda a gente cantava a plenos pumoes "...ressuscitou como disse, aleluia, aleluia...", numa vertigem de alegria e celebracao, comungada pelas mais belas colchas nas janelas para verem a procissao passar e que se iria consumar durante a tarde em que o ajudante da missa tocava desenfreadamente a sineta a anunciar a visita em cada casa.
Na frente o sacristao com a cruz, seguido do padre e por detras os mordomos com as cestas para a recolha dos ovos, queijos e mais que fosse...
O meu pai tal fez, tal como o tio Jose Cavaca, tio Ilisio e outros. Tinham de ser varios pois havia que ir descarregar as oferendas no Passal, casa do padre.
E a aldeia tinha um cheiro tao bom que parecia outra, embora fosse o mesmo mas como era um dia especial, tinha Ressuscitado.
Era dia de Pascoa!
Boas Festas!!!
Já Aquilino Ribeiro, escritor nascido na nossa região, dizia que para o beirão «A casa pouco mais representa do que ponto de passagem, abrigo para a noite, compasso de espera para a cova». No fundo, a casa era apenas a residência da noite, pois as famílias desde o nascer do sol até as estrelas aparecerem no céu, passavam o dia no campo e por não ligarem muito à casa, certamente também por isso é que só uma vez por ano, na Páscoa que ou é em Março ou em Abril, a casa era toda passada a pente fino.
EliminarHoje, as pessoas não passam o dia no campo, mas sim na sua residência e a prioridade é a limpeza e sua comodidade.
Mas ó Xico, coitado do teu pai! Só que não concordo contigo, a casa ficou a brilhar não foi por a ter esfregado com raiva, foi das três barras de sabão amarelo! Por mais detergentes e desinfectantes que haja, o sabão amarelo era único!
Muito interessante, os costumes antigos, nesse período de Páscoa. Gostei da imagem da "tacoila"...inimaginável! Um perfeito ritual, a limpeza (purificativa?) dos cômodos das casas: belo ritual! Do meu tempo de criança, lembro-me bem que as famílias trocavam "o jejum", ao se visitarem, que era sempre composto de "pão de coco", peixe seco e frutas da época, como ata e manga. Não existiam ainda os "ovos de páscoa" que hoje assolam quase todas as lojas.
ResponderEliminarO que eu mais gostava de assistir, quando criança - e ainda gosto - era o "lava pé" da quinta-feira santa, e de ouvir a um "Canto Chão" com a sua beleza triste...
Desejo a todos uma Feliz Páscoa!
Se calhar, o dia mais marcante para muitos era a cerimónia do lava-pés. Eu nunca assisti ou talvez tenha assistido em Forninhos, pois sei que no passado na quinta-feira santa o pároco lavava os pés aos homens da terra, mostrando que era uma pessoa humilde, uma pessoa como as outras, mas não consigo recordar-me...
EliminarQuanto ao jejum e limpeza penso que as sete semanas da quaresma eram um tempo de limpeza geral interior e exterior!
Uma Feliz Páscoa para a Lúcia também.
Oi Aluap, vim fazer uma visita e me deparei que esta linda e original postagem, que gosto muito, pois se assemelha as minhas origens.
ResponderEliminarAmo a religiosidade do povo português, que é a minha também, e como neta de portugueses, aprendi a amar muito esta terra!
Te desejo uma abençoada e Feliz Páscoa!
Abraços,
Mariangela
Ainda bem que a Marinagela gostou do 'post'.
EliminarApenas me lembrei das coisas da minha infância:das limpezas das casas pela Páscoa, mas muito do que aqui escrevo não o vivi.
Feliz Páscoa para si e todos os seus.
___!!!///.
ResponderEliminar__( ô ô )
oO-(_)-Oo
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█░░█ .......O░ Saludos ¡Feliz Día!.. ★MaRiBeL★
Olá!
EliminarFeliz dia também para si ★MaRiBeL★
Que lindo ler e ver as tradições, os trabalhos, a dedicação que tinhas para uma data especial. Hoje, tudo tão mudado! Linda e feliz Páscoa pra vocês também! bjs, chica
ResponderEliminarComo já o referi, muito do que aqui escrevo não o vivi, chica! Mas foi porque quase tudo mudou que criei este blog, para retratar de uma forma simples um pouco da história dos usos e costumes da nossa terra e das nossas gentes.
EliminarBjos/Boa Páscoa.
Oi Paula!
ResponderEliminarGostei muito de saber dessas tradições, realmente era outra época, tudo era levado mais a serio, e se cumpria à risca todo o ritual de pascoa, cada lugar com seus preceitos acatados e por aqui também, era uma páscoa cheia de respeito e tradições, isso podia, isso não podia e todos obedeciam, o jejum, o comportamento das pessoas, tudo era diferente, depois o feriado da semana santa foi ficando mais voltado para o comercio e encarado como qualquer feriado, onde as pessoas vão viajar e se divertir por ai, e poucas, bem poucas famílias ainda conservam as antigas tradições.
Uma feliz páscoa pra você também, beijos!
Sempre concordo com o que a Fátima diz. Já no 1.º trimestre d' O Forninhenses dizia isso. Há tradições que tendem a acabar sobretudo, porque vida das pessoas corre a outro ritmo e há novas modas…são muitos já os que aproveitam a Quadra Natalícia e os feriados da Páscoa para férias e escolhem outros destinos, para se divertir longe da sua família.
EliminarBeijos, Boa Páscoa.
Fantástico post!
ResponderEliminarNunca tinha ouvido falar da tacoila, mas mesmo em madeira, e para que os joelhos não se molhassem, deveria ser um verdadeiro martírio para os joelhos.
Interessante esse ritual de limpar a casa toda para receber a visita do padre, no fundo uma representação da recepção a Cristo ressuscitado. Eu que não sou crente, fico verdadeiramente maravilhada com estas vivências que acrescentam algo a quem as viveu.
Até estou a imaginar o retirar das mais belas colchas, para pendurar nas janelas no dia da procissão...algo que se tem vindo a perder.
Quanto ao pai do Xico, decerto que não foi de raiva, ou poderá ter sido (não conheço muitos homens que gostem de limpar, muito menos esfregar chão), no entanto o que interessa é que ficou um trabalho bem feito e sem reparos. É que a força do braço de um homem acompanhado de sabão amarelo faz milagres! ;-)
Uma bela Páscoa para todos!
xx
Como era em madeira os joelhos sofriam um pouco, sim, mas acho que para amenizar colocavam por baixo deles um trapo velho, talvez de lã...
EliminarEstes rituais que marcaram uma época, a meu ver, até alegravam as pessoas, mesmo que deixassem as mulheres (e alguns homens) exaustas, porque a Quaresma era tempo de jejum (comer pouco) e de abstinência (não comer carne) e em toda a quaresma cessavam quaisquer manifestações de alegria (não se cantava, nem se dançava), pelo que chegada a semana das limpezas, com o retirar das colchas para a procissão acho que eram já dias de alguma alegria.
Boa Páscoa, Laura!
Voltando aos dias alegres, esqueci-me de dizer que sendo a Páscoa, em Março ou em Abril, quase sempre está ainda frio e muitas vezes é pelos Ramos que está bom tempo, dias bonitos, daí se lavar as cortinas, rendas e linhos, e se retirar as colchas de dias de procissão das arcas para arejar, pois Abril já é o mês da chuva e do frio, assim diz o rifoneiro popular: Abril, águas mil.
EliminarE diz também:
Em Abril queima a velha o carro e o carril, e dá a filha por pão a quem lha pedir.
Ou este outro rifão popular:
Não deixes para amanhã, o que podes fazer hoje.
Por aqui...amiga...ainda há quem faça essa limpeza pascoal!
ResponderEliminarNunca tinha ouvido falar na tacoila!
Uma Páscoa bem tranquila e um belo Domingo de Ramos!!!
Nesta altura em Forninhos também todas as famílias primam por ter tudo limpinho, mas o que eu aqui digo é que dantes a limpeza geral era feita uma vez por ano e sem repetição.
EliminarHoje até a autarquia faz regularmente limpezas nas ruas e nos espaços públicos, coisa que dantes parecia estar longe de chegar à nossa aldeia.
Boa Páscoa!
Em minha casa havia uma coisa dessas, mas não me lembro de como minha mãe lhe chamava. Nós morávamos num barracão de madeira,com 4 quartos e um salão de 11 metros por 4. Eu adorava o cheiro do sabão amarelo e mal tive forças para esfregar a casa, nunca mais minha mãe o fez que era muito doente. Mas eu nunca usei essa peça. Dobrava sempre um trapo para por debaixo dos joelhos, que era bem mais macio. Também me lembro quando éramos bem pequeninos, minha mãe esteve no hospital algum tempo e meu pai lavou a casa derramando baldes de água no chão, e depois com uma escova de cabo alto como as vassouras esfregou o chão e voltou a derramar baldes de água limpa, e por fim pôs os trapos velhos debaixo dos pés e foi secando assim o chão. Nós vivíamos na Seca do Bacalhau da Azinheira, Barreiro mas meu pai era de Carvalhais, S. Pedro do Sul, e minha mãe de Penude, Lamego.
ResponderEliminarUm abraço e uma Santa Páscoa
Eu também nunca usei a tacoila e nem sei como tinha utilidade no passado! Está bem que evitava molhar os joelhos, mas a locomoção acho que não era fácil, sendo preferível, a meu ver, o uso de um trapo por debaixo dos joelhos.
EliminarO comentário da Elvira comoveu-me e, ao mesmo tempo, traz-me algumas recordações, porque esfreguei algum soalho também, nomeadamente o da Igreja da terra, pois com 16 anos de idade fui nomeada "mordoma da Igreja" e durante um ano ajudei na limpeza e enfeites florais, sendo que na semana da Páscoa era feita uma limpeza geral. Aí tínhamos de esfregar o chão de joelhos, lavar as escadas, carpetes, limpar os altares, bancos, castiçais e tudo o mais.
Também me lembro da escova de cabo alto, que cheguei a usar, mas não era a mesma coisa.
Um abraço beirão e uma Santa Páscoa também para si.
Cuidados e dedicações bem investidos, Paula... Gostei de saber!
ResponderEliminarAgora já de volta das férias lindas... Certamente, as próximas também serão ótimas! Gostei do comentário que fez a respeito do nosso encontro, vamos programar sim... Tomara mesmo que aconteça... Aos poucos conversaremos... Tá?!
Abraços e bom domingo!
Ok, gostaria muito de conhecê-la pessoalmente.
EliminarUm abraço, boa semana.
Paula, que linda reportagem!
ResponderEliminarSabes que ainda tenho a memória olfativa da casa onde nasci, em Ponta Delgada, que era assim lavada e depois encerada. Não conhecia o nome desse objeto, mas havia um lá em casa e lembro-me que a nossa empregada o revestia com uns panos de lã.
Uma boa Páscoa para ti também.
Beijinhos
Faz sentido ser revestida com um pano macio, Teresinha!
EliminarEm Forninhos o que me disseram é que era um utensílio doméstico existente em poucas casas, mas por acaso a minha mãe até me disse que na casa dos meus avós havia duas tacoilas!! Se calhar porque eram cinco irmãs, competia a duas esfregar a casa, sei lá...
Beijinhos/Boa Páscoa.
Boa tarde Paula, excelente artigo onde narra com precisão esses momentos da limpeza geral da casa e loiças antes da Páscoa!
ResponderEliminarFicava tudo a brilhar!
Na minha aldeia não há uma profunda raiz cristã e por esse facto desconhecia a relação que faz com a Páscoa e que tem todo o sentido no que respeita à roupa de cama!
Também não havia o hábito das visitas a casa pelo Pároco da aldeia, talvez pelo motivo que atrás refiro!
Mas dá para sentir ainda o cheirinho do soalho lavado e lembrar os alumínios a brilhar;))!
Coisa que a minha mãe hoje ainda é eximia e eu não;))!
(Paula vou deixar de oferta de Páscoa este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ov7KTXIQHhk).(Não é de minha autoria;))!
Beijinhos e Santa Páscoa!
Ailime
Lá era assim, próximo ao dia do folar (que ainda se tira) lava-se tudo, casa, roupas, loiças, os tachos e panelas e até os pátios...como disse o Xico...eram cobertos de giestas floridas e alecrim para receber a visita pascal.
EliminarQuanto ao vídeo sou de opinião de uma outra comentadora, adorei ver, pena a música estar um nadinha alta. Suponho que o casal de idosos são os seus pais?
Beijinhos e Feliz Páscoa.
Boa tarde, cada local a sua tradição a sua cultura, por aqui no meu Algarve ninguém ou quase ninguém liga à pascoa, é só mais um dia do ano.
ResponderEliminarAG
Pois, no norte do país pelo menos as tradições religiosas têm-se mantido, enquanto no sul têm vindo a desaparecer.
EliminarAbr./Boa Páscoa.
Olá, estou em Forninhos, a net é escassa mas vou ver se o tal livro da nossa aldeia, tem algo semelhante. Vale o esforço. Nunca é demais, parabéns..
ResponderEliminarProcura com uma lupa, Henrique! E, já agora, como hoje é dia das mentiras, vê se encontras por lá mais alguma ;-)
EliminarNo que toca a comunicações sinto que é problema que vai durar anos e as pessoas vão aceitar esta situação, como uma coisa natural, tal qual como acontece com falta de energia quando faz vento ou troveja!
Beijinhos e até Sexta se Deus quiser.
Recordo perfeitamente tudo o que aqui é descrito. Tudo inclusive o sabão amarelo, também chamado sabão de potassa, porque depois da morte de minha mae, aconteceu que voluntariamente ajudava a minha irma a esfregar o chão, mas isto é segredo, porque era ser "maricas" fazer o trabalho das mulheres. Por essas e outras razoes, a partir do meio dos anos 60, jamais a Páscoa foi para mim o que era antes. Agora nova era começa: Vêm os filhos e os netos e convém nao recordar a faceta menos risonha da nossa historia. FELIZ PASCOA a todos redactores e leitores deste blogue.
ResponderEliminarBonita a recordação que nos deixa, de ajudar a sua irmã.
EliminarAfinal não eram tarefas feitas unicamente por mulheres, pois também aqui os homens por vezes ajudavam, só que tal ficava no segredo dos Deuses exactamente para evitar ser chamados de "maricas". No dia que o Xico comentou até falamos nisso.
Sobre o resto, suponho que essas outras razões estejam relacionadas com uma guerra que começou no ano de 1961 e só terminou em 1974. O pulsar das populações não parou, mantinha-se a tradição, a Páscoa com o rosmaninho espalhado pelas ruas e a campainha do sacristão que tilintava ou o Natal com a ida à missa, mas as famílias sofriam o medo pelos seus filhos, os seus irmãos, os namorados que partiam. Isto contam as mulheres de hoje, raparigas de ontem.
Boas Festas de Páscoa para si e todos os seus.
Boa tarde.
ResponderEliminarQue todos tenham uma Santa Páscoa.
Só tenho pena de não poder estar na santa terrinha! mas já outros lá ponderam estar, que é o caso do Senhor Santos Lopes.
Muitas recordações eu tenho dos Domingos de Páscoa e dias após: jogos da lapela, dia de Santa Eufemea, o jogo dos púcaros de barro ( não me sai o nome), entre outras coisas alusivas á Páscoa.
Abraço
Um Santa Páscoa para ti e família.
EliminarQuanto aos jogos: jogava-se à panelinha (púcaros de barro) na 2.ª Feira de Páscoa, depois da ida à Santa Eufémia e no Domingo de Pascoela. O jogo da péla ou pelão jogava-se durante toda a Quaresma aos domingos e dias santos, porque não se podia bailar neste período, mas o mais giro de todos, para mim, era o jogo da REZA. Mal acendia a luz (dantes pôr do sol) lá tínhamos de andar, todos os dias da Quaresma, debaixo de telha para não nos deitarem a reza e, assim, ganharmos as amêndoas na Páscoa e depois então fazermos uma boda, mas tudo isso acabou e é como dizes fica a recordação desses simples jogos e belos tempos.
Um abraço tb.
Paula e Xico,
ResponderEliminarAs coisas estão mudando muito. Aqui na NZ, nem parece que é Semana Santa. No Brasil, o povo é de muita fé, e o clima contagia.
Adorei conhecer essa história da limpeza. Quanto respeito se tinha ao relembrar a paixão, morte e ressureição do Senhor.
Aprendi muito com esse post. Achei interessante o uso da Taicola, que eu nunca havia ouvido falar.
Queridos, Feliz Pascóa pra vocês!
Abraços
Pois é Lucinha, as coisas estão a mudar muito, mas todos os anos as estações se repetem assim como os actos que no calendário nos indicam os festejos da época. Que Vivam ao menos algumas tradições.
EliminarAbr./Páscoa Feliz.
Tradiciones que se van perdiendo a través de los tiempos. Es una pena que desaparezcan estas costumbres. Lo peor es que todo el trabajo era para las mujeres. No conocía la existencia de la Tacoila...Debía ser un tormento para las rodillas de las pobres mujeres.
ResponderEliminarMe ha encantado esta entrada llena de historia y costumbres de antes muy parecidas a las del Norte de España.
Abraços e Beijos.
Pois, para as mulheres eram dias muito trabalho, mas ao fim e ao cabo ficavam satisfeitas por poderem usufruir daquela limpeza. Naqueles tempos os Ramos e Páscoa tinha uma marca própria, Hoje em dia já não é assim e quer na limpeza, no vestir ou no comer já nem sabemos a quantas andamos.
Eliminarum abraço e continuação de boa Páscoa, pois dizem por cá que vai até à Pascoela (próximo domingo).
Nosssa , Graças a Deus passou, imagina o trabalhão desta mulheres.
ResponderEliminarbeijinhos e uma feliz pascoa.
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
É, que trabalheira!
EliminarBeijinhos/Feliz Páscoa, que se estende até à Pascoela.
É Páscoa! Cristo está vivo, o túmulo está vazio, Ele ressuscitou!!! A mais bela festa dos Cristãos.
ResponderEliminarCrentes no Amor de Deus Pai que nos deu seu Filho Jesus Cristo que permanece conosco pela força do
Espírito Santos, seguimos nossa caminhada na construção de um mundo mais justo, fraterno, humano,
harmonioso e de doação.
Todos somos promotores da Paz!
Feliz, Santa e Abençoada Páscoa.
Um doce abraço, Marie.
Linda mensagem.
EliminarObrigada por vir, de novo, Marie!
Abç e cont. d uma Doce Páscoa,
Bom dia, desejo-lhe uma santa Pascoa junto com a sua família.
ResponderEliminarAG
Como dizem que a Páscoa vai até à Pascoela desejo-lhe continuação de Boa Páscoa.
EliminarAbç.
Obrigado Paula por mais uma lição de Portugalidade.
ResponderEliminarAbraço
De nada, Francisco.
EliminarPublicar as tradições de outras Páscoas é um prazer, pois elas fazem também a história de vida dos nossos antepassados e a nossa história.
Abraço e cont. de boas festas de Páscoa.
Partilhei há um tempo atrás esta sua plicação maravilhosa num grupo que criei de Memórias de Família, que foi tão apreciada e elogiada.
ResponderEliminarConvido a consultar em https://www.facebook.com/groups/memoriasdefamilia
Muitos Parabéns!