Na minha terra, Forninhos, todas as casas tinham um gato. Ou dois...a sua função era caçarem bicharocos como lagartixas, osgas e, principalmente, ratos, pois em tempos mais antigos não havia raticidas e, por isso, todas tinham gatos para os caçar. Um provérbio inspirado nesta situação é: "casa que não tem gato, tem ratos".
Baptizados de: Malhado. Farrusco. Pintado. Tareco. E até Platini! Penso que havia mais nomes que, neste momento, não recordo. Mas, para nós, crianças, era perfeitamente natural chamar os gatos daquela maneira inconfundível: "Biiichiiinhooo, bsbsbsbsbsbs..." e o bicho vinha e aguardava pela comidinha ou pela "festinha" - pela mão que lhe acariciava o pêlo. Agora, com as casas cada vez mais vazias (também de ratos lololo) serão menos frequentes os gatos. Quando se sai da terra...e depois se volta é que uma pessoa dá por ela...
E, quem não se lembra do buraco na porta da casa ou da adega para que o gato pudesse passar?
Por falar do tal buraco, não deixem de visitar este "Post": Os Cravelhos.
Já agora, apresento-vos o gato dos meus pais, o "Max":
Bom Fim de Semana.
Gostei DEMAIS, Paula, do teu post!...
ResponderEliminarAlegre e divertido, também muito cultural, mostrando costumes...
Não gosto tanto de gatos, mas na convivência c algumas blogueiras já estou ficando amiga desses bichinhos... Risos...
O Max c a bolinha tá o máximo!!
Beijos e BOM FINAL DE SEMANA!
Obrigada Anete.
EliminarA cada post procuro que os forninhenses, em especial, não esqueçam os costumes da sua aldeia, que em geral já poucos serão os mesmos de hoje.
O Max. É um gato de estimação muito inteligente. Segue as ordens e os seus donos. Aliás, eu acho que este gato tem um Q.I. superior a muitos cães, pelo menos do meu ponto de vista, claro!
Beijinhos.
Paula, é muito bom retornar aqui e ver mais detalhes do post...
EliminarBjs p você e UMA FELIZ SEMANA...
Que legal,Paula! Um post dos bichanos que nunca podem faltar.Estão sempre presentes em nossas vidas! beijos,chica
ResponderEliminar* Max é simpático, lindo...
É verdade Chica, os gatos são quase omnipresentes. Do que me lembro melhor da minha meninice é vê-los em cima dos telhados e volta e meia limpavam-se com a própria língua deles.
EliminarAhora los Gatos están más "aburguesados" que antes que tenían una misión especial.
ResponderEliminarMuy buen Post.
Abraços e beijos.
Pedro,
EliminarOs gatos hoje são mesmo uns fidalgos, mesmo os da minha aldeia, já pouco ou nada têm em comum com as gerações de pedigree selvagem.
Bj**
Legal!!!!Só tenho medo dos miados...rwsrsrsr
ResponderEliminarA título de exemplo, também eu há muitos anos atrás tinha medo dos miados dos gatos, próprios do ataque ou lutas (entre eles) quando disputavam o comer ou as gatas.
EliminarHoje, ainda me assusto com o miar das gatas no cio - parecem crianças a chorar.
Paula,
ResponderEliminarNa minha infância, tive um gato, e servia pro mesmo que os de Forninhos. E não tinha comida especial como nos dias de hoje. Rs
O Max é lindo! Parece com o Francisco (Chico), aquele que o meu gato adotivo correu atrás dele. Por falar nisso, ele nunca mais voltou. Deve estar correndo até hoje. Rs
Amei conhecer o gatinho de seus pais. Ele é muito fofo!
Um lindo final de semana! Beijos
Lucinha,
EliminarO Chico se calhar não fugiu do Cido, antes pense que foi à procura duma gatinha:))
Um abraço de amizade e Votos de um bom domingo.
Bem me lembro desses buracos nas portas, também eu sou das Beiras, mas da Litoral. Faziam parte da arquitetura dos palheiros, adegas, barracões, etc., essa era a função: o gato entrava e saía a qualquer hora... Hoje as construções não incluem esse pormenor, mas sempre que vou à "Terrinha" relembro essa curiosidade. Já agora, parabéns pela lembrança deste motivo no seu post!, pequenas coisas que muitas vezes nos passam ao lado...
ResponderEliminarGrata pela visita e suas palavras Manuel Tomaz.
ResponderEliminarReferi o pormenor da existência do buraco na porta por onde os gatos pudessem passar, porque a meu ver isto era mesmo muito humano!
Hoje já há poucos gatos e nas construções ninguém pensa fazer um buraco na porta da adega ou do barracão para que o gato possa passar. Talvez por isso é que se torna tão importante deixar um testemunho, caso contrário tudo cai no esquecimento.
Abraço.
Mais um "post" interessantissimo, quanto aos buracos para os gatos entrarem lembro-me tambem muito bem.
ResponderEliminarFiquei a penser nessas de nao haverem gatos nem ratos, pois se a maior parte das casas das nossas aldeias estao vazias de gente, e nao ha havendo tampouco ha nada que o ratos possam comer, por isso tambem eles acabam. Sao ciclos de vida interrompidos e nao vejo geito de mudarem, infelizmente!
Quanto ao vosso gato era muito lindo e pelo que vejo divertido!
Um abraco ainda virtual.
Costumo dizer que se calhar por isso divulgo o que a minha aldeia um dia foi para que não desapareça.
ResponderEliminarMas é mesmo desolador haver cada vez mais casas vazias nas nossas aldeias, sem vida...e ninguém parece preocupar-se!
Abraço e boa semana.
Que eu me lembre na nossa casa nunca tivemos gatos, mas lembro-me dos buracos nas portas, também me lembro que quando comíamos peixe púnhamos as espinhas num papel na quelha da Xica para os gatos comerem, mal púnhamos lá as espinhas os gatos vinham logo de seguida come-las.
ResponderEliminarPaula o Max está muito bonito nas fotografias, em Agosto quando for de férias vou-lhe dar os parabéns pelas poses que ele fez.
É o max(imo) este gato ;)
EliminarLá para os lados da casa dos meus pais, em Agosto, ainda aparecem uns 3 ou 4 "gatos-pingados" prontos a comer as espinhas.
Na primeira foto o Max parece ir para o Zé Coelho. Será?
EliminarNão me digas que já sabe o caminho...
Bom feriado.
Claro, na 1.ª e 2.ª fotografias vai para o Café "Coelho".Sabe o caminho e sabe sentar-se ao balcão! E esta hein?!
EliminarUma postagem interessante, gostei das fotos. Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarDe facto Max é um gato muito engraçado, tem um sentido de humor acima da média dos outros gatos, parece que sabe cativar as pessoas com o seu jeito de ser, quanto ao buraco nas portas, é uma prática comum muitas terras, pois servia para que o gato da casa pudesse entrar e sair a qualquer altura, livre acesso.
ResponderEliminarNão conhecia o Max mas além de bonito tem pinta de guarda-redes!
ResponderEliminarSempre gostei de gatos mas não tive sorte com dois que criei, desapareceram, um numas férias, o Caramelo, da cor do Max e a Patú uma gatinha branca e preta, pequenina com um sinal ca cara que parecia uma lágrima. Um gatarrão rondou a casa alguns dias e ela com a porta encostada foi cirandar com ele. Até hoje.
Os buracos nas portas da adega ou lojas, permitiam a sua independência de circulação, mas havia uma altura do ano em que era tapado.
Era quando o porco estava pendurado a escorrer á espera de ser desmachado. Aí havia o cuidado de fechar bem a porta e tapar o buraco com uma pedra ou uma cavaca, não fosse o felino abotoar-se com um bocado do reco.
Os gatos são por natureza brincalhões mas algo ariscos.
ResponderEliminarRecordo bem as ninhadas que tinham debaixo das carradas de lenha ou nas palheiras.
Por outro lado tinham e ainda hoje têm fama de dar azar se se atravessarem na nossa frente. É mau agoiro!
Deixo aos leitores uma pequena história real que aconteceu comigo:
Há cerca de cinco anos atrás, já noitinha dive de ir ao centro comercial comprar uma coisa de última hora. Saí de casa em direcção ao carro e á saída da porta ia um gato a atravessar-se no meu caminho, mas recuou. Fiquei mais aliviado pois sou um bocadinho supersticioso.
Entrei no carro e andei cerca de trezentos metros, quando num repente do meio de umas casas antigas sai disparado um grande gato preto e foi impossível evitar o choque. Foi fatal para o gato, infelizmente.
Até aqui pouco de anormal, são coisas que acontecem, não fosse o facto, ironia do destino, ser sexta-feira, 13.
E o gato era preto!
Comecei a pensar no azar, fiquei nervoso e inquieto, só quando o relógio passou a meia-noite, comecei a acalmar.
Tinha-se virado o feitiço contra o feiticeiro...
Os gatos e as velhotas ao soalheiro enquanto catavam as lêndeas aos putos e a gozar o sol.
ResponderEliminarÀ noitinha, elas na cozinha a dar um jeito a uma peça de roupa e antes da cama rezar e eles nos telhados com aquele miar dengoso a "pedir festa".
Andavam de barriga cheia, pois a rataria era tanta que lhe não davam vazão, sendo as pessoas obrigadas a recorrer àquelas ratoeiras que mais pareciam gaiolas, iscadas com um pedaço de queijo e de manhã havia rato!
Olha, apesar de em tempos mais idos haver muitos e ter de até se recorrer às ratoeiras, acho que ninguém se lembra das pessoas com pânico de ratos! Se calhar, hoje, se aparecesse um ratito dentro de casa saltavam para cima duma cadeira ...ou então fugiam a "sete pés" (digo eu).
EliminarDeixando os ratos e voltando aos gatos, sentavam-se em tempos, que eu ainda conheci, ao pé das velhas ao soalheiro e também junto ao bordo da lareira, ao borralho.
Provérbios Populares
ResponderEliminarGato escaldado de água fria tem medo
Quem não tem cão, caça com gato
Gato velho quer rato novo
Quando os gatos se ausentam, dançam os ratos
Gato em jornada, ratos em patuscada
Filhos de gata, ratos mata
Gato miador não é bom caçador
Ao gato por ladrão não lhes dê a mão
Ao gato por ser ladrão, não tires da tua mansão
Bem se lambe o gato, depois de farto
Bom amigo é o gato, senão que arranha
De casa de gato, não sai farto o rato
De telhas acima, só Deus e os gatos
Gato em jornada, ratos em patuscada
Bom feriado a todos!
Dado que a sabedoria contida nos ditados populares continua a impressionar-me só posso dizer-te OBRIGADA pelo rol de provérbios acerca desta matéria.
ResponderEliminar"De noite todos os gatos são pardos" - este provérbio + "gato escaldado de água fria tem medo" dizem-se muito na nossa zona.