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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Flor das nossas árvores

É nesta altura do ano que vemos a cheirosa flor do sabugueiro, a esta árvore, na nossa terra não damos grande importância, mas noutros tempos ainda se usava a sua flor para chás e as crianças faziam espingardas dos seus galhos, o miolo retirado do interior ficava parecido com o cano da espingarda e era só meter uma bolinha de estopa molhada com saliva, empurrá-la até à ponta e meter outra igual à entrada - funcionava. Na região de Tarouca, que fica a cerca de 50/60 Km daqui, ainda se vêem plantações destas árvores, que tratam para aproveitamento da baga, que depois de seca em eiras, é vendida para exportação.

flor de sabugueiro

flor de oliveira

Também, como já por várias vezes referimos, na nossa aldeia, a oliveira é uma árvore muito acarinhada e, como podem ver pela foto, é nesta altura que deita flor, milhares de flores minúsculas, que nós por cá chamamos de "copa". Costumamos dizer na nossa terra: "Quando a oliveira limpa, vai ver se há azeitona, por cada uma que encontres, conta mil, assim verás se é ano de azeite ou não.".

15 comentários:

  1. Hoje celebra-se o dia mundial da criança, por isso, não queria deixar passar sem lembrar a importância que o sabugueiro tinha para as crianças de outros tempos.
    Para além das “espingardas” também se faziam flautas; cortava-se um galho que tivesse a grossura ideal, sem nós, depois de bem aparado e retirado o miolo, levava-se para casa e á noite na lareira aquecia-se um prego ao rubro e fazia-se os furos com muito cuidado e paciência. Mas tocar bem, já não era para todos.
    Estas e outras brincadeiras das crianças, utilizando a imaginação para construir os seus próprios brinquedos, já só faz parte da memória cultural de uma geração ainda viva.
    Mas enganam-se aqueles que julgam que as crianças de hoje não são tão imaginativas como as de outrora, apenas precisavam de oportunidade de fazer também os seus próprios brinquedos, só que os poderes económicos não lha dão, ao oferecer-lhes tudo feito.

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  2. Quando era pequena divertíamo-nos bastante a brincar na rua e além de inventarmos brinquedos, inventávamos brincadeiras e jogos. De repente, lembrei-me das brincadeiras com plantas sanzonais que apareciam em qualquer sítio, nos caminhos, pelo menos na altura que não se usava o herbicida. Havia uma que usava-mos como “setas”, de outra fazíamos um “relógio”, etc., etc…e havia uma muito vistosa, colorida, que tinha uns “dedais” para dar estalinhos, geralmente na cabeça dos mais pequenos, tinha um som tipo “trocle”. Acho que esta planta até se chama “dedaleira”. Quando crianças era preciso pouco para sermos felizes :))
    Porque todos temos uma criança dentro de nós... daqui para aí: “trocle”.
    Nas lembranças da minha infância está também a cheirosa flor do sabugueiro, principalmente, um antigo sabugueiro que havia junto à fonte do Miguel ou Poça da Eira. Muita gente ía ali apanhar a flor para ser utilizada para chá, segundo ouvia era indicada para dores de garganta, constipações e bronquite. Eu gostava da flor, mas não gostava do chá…confesso!
    O Sr. Eduardo faz referência à venda das bagas secas, como sabe as bagas servem para corantes de pastelaria e produtos farmacêuticos e parece que também para dar cor forte a alguns vinhos, daí haver zonas de plantação de sabugueiros. Na nossa aldeia o sabugueiro é uma planta vulgar, que nasce junto aos rios e ribeiros e não é bem aproveitada, a não ser para chá.

    Saúde para todos.

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  3. Olá!!!
    O sabugueiro temos aqui tambem, conheço a flor, agora a flor da oliveira ainda não conheço. Mas com certeza logo conhecerei, pois o primeiro azeite de oliva extra-virgem do Brasil foi produzido aqui, no sul de Minas Gerais, em uma cidade chamada Maria da Fé.Para chegar às primeiras azeitonas cultivadas em solo brasileiro, foram necessários mais de 30 anos de pesquisa, testando diversas variedades de espécies de oliveiras. Hoje, a Epamig( Empresa de Pesquiza Agropecuária de Minas Gerais) mantém experimentos com sete variedades, em diversas regiões de Minas Gerais, inclusive em condições muito diferentes das encontradas na região de origem da planta.
    Tenho muita alegria e orgulho de dizer que meu Cantinho na Roça, fica neste estado ( Minas Gerais) e no sul...onde se produziu o primeiro azeite de oliva do Brasil.
    abraços
    Tina (MEU CANTINHO NA ROÇA)

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  4. Paula,

    Sabugueiros eu conheço, tem muitos no Brasil. Usamos pra fazer chá também.
    Eu ganhei uma oliveira no Natal. Ela está plantada num vaso médio. Está bem bonita. Não entendo muito, mas acho que vai demorar anos pra crescer e dar flores. Risos
    Beijos

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  5. Então, um bom dia para todos;
    De um novo Post, saem vários Comt. como era de esperar e ainda bem que assim seja.
    Só é pena que entre tantos, só alguns Comentam, nada custa, penso eu, chegar e escrever uma ou duas palavras. bem mas, cada um é que sabe; falta de tempo?
    o sabugueiro, como vocês dizem, e nesta época do ano, vê-se florir e a sua flor até emana um aroma agradável, já a planta em si, minha nossa, não gosto nada, mas como todos sabemos sem a planta não há flor, sem flor não há bagas, bagas essas que servem para muitas coisas, como a Paula disse. Já existem zonas onde esta planta se cultiva em grande escala para dpois se colherem as sua bagas e exportar.
    Lembro-me tambem das brincadeias com esses paus que depois se lhe tirar o miolo se faziam várias "armas".

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  6. Boa tarde amigo serip. Gostei desse chá!
    Bjs/Paula

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  7. Alô Tina e Lucinha,
    É muito bom recebermos resposta daí. O nosso intento é mesmo chegar a todos.
    O Sr. Eduardo trouxe-nos de novo a oliveira, pois é um tema inesgotável e nós que as vemos todos os anos, nem nos apercebemos que o plantio da oliveira no Brasil é mínimo, pois a oliveira dá-se em climas mais frios.
    Há notícia que foram os açoreanos que levaram as primeiras mudas de oliveiras para o Brasil.
    Saudações muitos especiais para vocês com a nossa amizade.

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  8. As flores de sabugueiro têm de ser secas. Por superstição, para que as flores tenham efeito medicinal têm que ser colhidas na véspera ou no dia de São João, a fim de estarem abençoadas pelo Santo.

    LLopes

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  9. Muito boa tarde para todos.

    Como diz serip, e muito bem, o sabugueiro não cheira nada bem, principalmente quando se descasca, mas a sua flor compensa-nos, é uma das poucas arvores que, quando tem a sua flor aberta, exala um odor muito agradável e intenso, que se nota quando passamos perto destas arvores.
    Já quanto á oliveira, esta não é aromática, nem a sua flor formosa e bela como tantas outras mas é o símbolo da paz.

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  10. Por tradição, ainda hoje o ramo de espiga contém o símbolo da paz, uma haste de oliveira em flor.
    Ao contrário do sabugueiro, da oliveira não se aproveita a flor para chá, mas antes a folha, que segundo os saberes ancestrais das nossas gentes (onde a oliveira abunda) geralmente para fazer baixar a tensão.
    Quanto às bagas, como já referido, servem para corantes de pastelaria, principalmente no cheesecake de frutos silvestres vê-se muito as bagas de sabugueiro, claro que transformadas, por isso, comestíveis.
    Bom apetite;)

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  11. Eu, baga de sabugueiro, se comi, foi sem saber, mas como tambem nao sei distinguir uma baga de sabugueiro de uma cereja num bolo de pastelaria, por isso nao admira.
    Já quanto á sua utilidde como corante para vinho, isso sei porque já senti o saco da baga nos pés quando pisava vinho no lagar numa localidade perto de tarouca, onde se cultiva muito esta arvore tanto para uso interno como para exportação da baga que é seca em eiras.

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  12. Boa noite amigos.
    Segundo me parece, algumas palavras ditas nos momentos certos, por vezes surtem efeitos, mas até ver nada...
    Continuando com os vossos dizeres, é verdade que tanto a flor da Oliveira como a sua folha, não tém qualquer aroma, apenas os seus ramos são simblos da Paz, tal como uma pomba branca.
    A flor do sabogueiro, tal como a L.lopes e é verdade, só faz o seu efeito, claro, tem de ser depois de seca, é aí que esta flor vai mais tarde servir para fazer o chá, que diga-se, serve para várias maleitas.
    Será que ninguém se lembrou ainda que as nossas Oliveiras, além dos ramos, das flores, depois a azeitona para seguidamente se fazer o maravilhoso azeite dessa Terra, então e a azeitona para curtir, dentro de uma panela de ferro ou nas "pias" de pedra, onde se colocavam vários "produtos" e que após alguns tempos, lá íamos nós com uma taça retirava-se uma concha ou duas de azeitonas, para servir de um bom lanche.
    Verdade ou não?
    Abraços e bom FDS.

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  13. É verdade serip, o que a fotografia ensina é isso mesmo, numa foto tudo adquire outra vida. E a vida numa aldeia como Forninhos, onde se vivia longe das vilas e cidades (eu acho que ainda se vive, mas hoje as pessoas já se deslocam de carro e a distância parece menor), os produtos que chegavam à aldeia eram produtos de mercearia, arroz, açúcar, massa, etc., por isso, as aldeias eram obrigadas a ser auto-suficientes em produtos alimentares e outros.Às refeições comiam o que se produzia, desde os figos secos ao mata-bicho, às azeitonas à merenda.Faziam os seus próprios brinquedos, bolas e bonecas de trapo, piões, fisgas, barcos de corcódia, pistolas de pau de sabugueiro, etc... etc...

    Bom divertimento :)

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  14. Boa tarde a todos.
    Vamos agora falar um pouco da Oliveira, esta árvore, que é de garnde porte, normalmente de copa redonda. Esta árvore que pela sua graça, quando aparada, é já um bem que se comercializa, não sei se todos sabem, mas hoje em dia ésta árvore já é plantada como adorno, nas rotundas, bem como quanto sei é comercializada até pra o Estrangeiro.
    Até á proxima.

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  15. É verdade que hoje a Oliveira é comercializada e cada vez mais é plantada como adorno, mas eu sou de parecer que as oliveiras desde sempre funcionaram também como árvores de adorno, principalmente nos adros das Igrejas, caso da nossa. Aliás, em Forninhos ainda hoje existem oliveiras que podemos considerar de adorno, falo da Oliveirinha e das Oliveiras do Largo da Lameira, em frente ao Café do Sr. Virgílio. E no lugar (Rotunda) só não existem como adorno, porque as cortaram, mas deste corte nem vale a pena falar, porque os ecologistas de Forninhos estas árvores não gostam de lembrar, muito menos falar.

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