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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Balada da Neve

A exemplo do que fiz por esta época no ano passado, publico aqui a página dum livro de leitura da antiga "instrução primária" com um poema que, pelo menos a primeira parte todos conhecem. É uma forma de o BlogDosForninhenses entrar no espírito de Natal, um tempo fértil em tantas e boas recordações de tempos passados, especialmente aqueles em que éramos crianças e vínhamos para a rua atirar neve uns aos outros, numa euforia e alegria imensa.

clicar na imagem para ler melhor

Mas as crianças, no caso, não estão a brincar, estão a sofrer por caminharem sobre a neve com os pés descalços...

Cai neve na Natureza
- e cai no meu coração.

18 comentários:

  1. Lindo,Paula e tantas vezes a neve que cai no coração dói muito mais do que a dos pés... Lindo! beijos, FELIZ NATAL! chica

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    1. O final do poema toca-nos por tão atual que é!
      Milhões de crianças vivem atualmente em pobreza devido à pandemia. Avançam os noticiários.
      "Que quem já é pecador/sofra tormentos, enfim!/Mas as crianças, Senhor,/porque lhes dais tanta dor?!.../Porque padecem assim?!..."
      Beijos, Feliz Natal🎄

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  2. Deslumbrante. Poema sobre a neve que me fascinou.
    .
    Saudações natalícias
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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    1. Além de encantador, faz-nos votar à infância.
      Não recordamos somente a vinda da neve, mas também a escola e os amigos de todas as brincadeiras.
      Boas Festas.

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  3. A que pobreza extrema se terá de chegar para se andar de pés descalços , na neve.
    Fala também de neve, na sua terra. Também pertence à Guarda?
    Saudações natalícias.
    Juvenal Nunes

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    1. Este poema encontra-se inserido no livro "Luar de Janeiro" editado em 1909 e até à primeira metade do século 20 devido à ausência de meios económicos e também por hábito, já que muitos não conheciam outras solas que não as dos seus pés calejados, era usual ver circular pelas ruas adultos e crianças descalços.
      Augusto Gil viveu quase toda a sua vida na cidade da Guarda, conhecia "de cor" a pobreza daquelas terras.
      A minha terra, Forninhos, pertence ao distrito da Guarda, concelho de Aguiar da Beira.
      Boas Festas e obrigada pela visita comentada.

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  4. Bom dia de muita paz, querida amiga Paula!
    A pobreza na época natalina fica tão evidente...
    Enquanto uns esbanjam, outros não tem sequer o que calçar...
    Grande verdade do disparate que vivemos.
    Tenha dias pré Natal abençoados!
    Beijinhos carinhosos e fraternos

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    1. Mas nós adultos também somos culpados, ficamos deslumbrados com tantos e variados tipos de brinquedos, jogos e roupas para as crianças, que compramos tudo e mais alguma coisa!!
      Feliz Natal, Rosélia!
      Beijinhos.

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  5. Boa tarde Paula,
    Um poema lindo que sempre me sensibilizou e que, infelizmente, continua muito
    atual em tantos lugares do mundo.
    Beijinhos,
    Ailime

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    1. Boa tarde Ailime,
      Ninguém fica indiferente a esta balada!
      Como é Natal a caridade grassa por aí nestes dias para que os deserdados da vida possam ter um agasalho e algo que comer, mas TODOS temos obrigação de ajudar todos os dias, principalmente as crianças.
      Não foram somente os pobres pastores que correram ver o Menino trazendo-Lhe oferendas, vieram também poderosos; os magos ofereceram incenso, mirra e ouro.
      Beijinhos.
      Festas Felizes🔔

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  6. Adoro este poema e tão atual que é!!! Bj

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    1. Sem dúvida, é um poema que associamos imediatamemte a tempos idos e atuais.
      Bj e um bom domingo!

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  7. Belísssima escolha apropriada para esta altura.
    Um dos mais belos poemas de Augusto Gil, conhecido por cá e lá por for, afinal pelo mundo, pois é intemporal.
    Só de ouvir o "Bate leve, levemente...", apetecia correr para a janela na esperança da neve, mas agora anda arredia, talvez ela volte qualquer dia.

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    1. Obrigada.
      Felizmente em Forninhos a pobreza também anda arredia. Augusto Gil, pensava na neve, que bom vê-la, mas pensava nas gentes pobres também e...em Deus!

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  8. Respostas
    1. Tempos difíceis num cantinho da cidade da Guarda, Beira Alta, mas creio que felizes também. As pessoas antigamente passavam muitas necessidades, mas "faça sol ou faça neve" divertiam-se bastante.

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  9. Boa Noite

    As crianças que foram os nossos avós e pais. Antes até os nossos bisavós.
    A nossa infância ( depois do 25 de Abril ) e dos nossos filhos e até netos . Para quem os tem .
    Luxos e excessos e muito lixo .
    O Natal na cidade gera na madrugada fria de 25 de Dezembro, algumas largas centenas, até milhares quilos de lixo. Crianças que não têm tempo para abrir tanta prenda..... Muitas nunca tiveram tempo para brincar com jogos e bonecas. Viveram o Natal da Fartura. As crianças compradas pelo consumismo e pelas conquistas fáceis
    Ás vezes educadas para a frieza
    do não e da rejeição ..!! O Natal e a sua balada da Neve fica ,eterniza - se , faz pensar ...

    Ao invés , os nossos pais, foram crianças descalças ,roubavam couve aos amigos e vizinhos para terem na panela ao almoço de consoada . Desceram pelos ribeiros atrás das ovelhas, subiram calçadas e caminhos para ter milho e massa ao jantar .
    Com AMOR viveram aceitando o destino
    muitos já partiram e nem na infinita eternidade estão em paz. Porque se
    cansam de Não entender este Natal .
    O Natal da máscara . Da falta de afeto . Do Medo . Da distância . Da
    incerteza . Que Natal estranho ..
    Merecemos ? Talvez sim . Talvez não.
    E quantos mais assim de Máscara .
    Enfim .Da Miséria á Fartura e vice-versa ...refletámos ..
    Este Blog espetacular a mim muito
    me faz refletir .
    Em FORNINHOS passei um Natal .
    O de 2004 . Daí parti para o Adeus
    a Minha Mãe .
    Natal...para quente quero ??

    Bom Natal para Todos .
    Abraço

    Antonio Miguel Gouveia

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    1. Era assim era. E quantos pais, avós, bisavós andaram ao rebusco da azeitona para fazerem um bocadinho de azeite?!
      Eu sou do tempo em que espírito de natal começava nos pinhais, quando íamos buscar o pinheiro e apanhar o musgo para o presépio, tradição que nos deixou São Francisco de Assis.
      Já vivi num tempo de mais abundância, mas nada que se compare à abundância que há nas “catedrais” do consumo da cidade!!
      No entanto, por esse mundo há tantas crianças sem terem uma côdea de pão que lhes mate a fome!
      "Da Miséria à Fartura e vice-versa"...aqui fica uma boa reflexão!
      Bom Natal e um abraço.

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