Semeia-me no pó e de mim não tenhas dó
Agosto não é apenas o mês das férias, dos emigrantes e das festas da aldeia, Agosto, é mês de semear nabos. O lavrador diz que o nabo gosta de ver o sol de Agosto, mas o que corria mesmo em Forninhos ea que os nabos queriam ver os lavradores ir ao S. Bartolomeu, ou seja, no dia de hoje, 24 de Agosto, já os lavradores viam nascidos os nabais para consumo no Outono e Inverno, (mais do cevado que das pessoas, diga-se!).
Tão bom ver os usos
ResponderEliminare costumes,não? E vocês lembram bem! bjs, chica,ótima semana!
São usos que já não tem validade nos tempos actuais de mudança a tantos níveis, mas é verdade que é um gozo lembrar estas coisas.
EliminarBj, boa semana.
"Sol na eira e chuva no nabal".
ResponderEliminarTudo se começa a conjugar por esta atura do ano, arrepenar os feijões e feita a arranca das batatas, nabos à terra e que venham uns borrifos de água, mas na eira estão os feijões e o milho a secar, entre tantas outras coisas, não se pode ter tudo!
Do que mais gosto do nabo, são os trêplos. Grelos do nabo com dois tempos diferenciados, os temporões que começam a aparecer por altura do Natal e os serôdios entre Fevereiro e Março, e que segundo a sabedoria popular podem durar, os de talos mais tenros e sem florir, até ao lavrar das terras para as sementeiras.
Apesar do seu típico sabor amargo, cozidos e temperados com o nosso azeite, acompanham os bons enchidos assados na brasa, com batata à racha aferventada.
E uma cabeça de nabo a acompanhar um bom cozido à portuguesa?
E os nabos somos nós...
Fiz uma pesquisa sobre provérbios antigos relacionadose encontrei mais este: "Nabiça quer unto; grelo, azeite, e nabo, presunto".
EliminarMas os forninhenses acho que gostavam pouco de nabos, lembro bem que os semeavam no meio do milho juntamente com o feijão apenas para consumo dos animais, no verão, tal qual as abóboras.
As pessoas comiam os repolhos das malhas e o feijão verde, a que chamavam baijinhas (acho que o nome correcto era vaginhas que é a vagem de feijão tenrinhas), mas nabos não, nem esparrragado de nabiças se comia que era um prato usado na região.
No inverno, sim, vinham os trêplos, que eu não gosto nada, mas gostos não se discutem.
Eu não gosto de nabos.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Eu também não. É um tubérculo que se a semente acabasse, não lhe ia sentir a falta!
EliminarInteressante desconhecia que se semeavam no Verão.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Coisas do Seringador, penso eu! Por lá não havia agricultor que não tivesse em casa O Seringador. Por este alamanaque sabiam quando plantar e quando colher, por ele sabiam quais os trabalhos agrícolas para cada mês, o estado do tempo, etc..
EliminarCont. de boa semana.
Abraço.
Boa tarde Paula,
ResponderEliminarPela foto os nabos já brotaram e "vamos" ter nabos para consumir no outono e inverno para não fugir à tradição.
Um beijinho.
Ailime
Muito bem, Ailime. Já são raros de encontrar, ao contrário das couves que quase todas as famílias ainda plantam em Agosto, para a consoada e para comer em Janeiro e Fevereiro.
EliminarBeijinho e um bom fim de semana.
Boa tarde
ResponderEliminarNão gosto de nabos ( de nenhuma espécie !!! )
Mas já os plantei ,em tempos idos
ajudando o meu tio Sabino,nos poios
que me viram nascer .
Hoje digo aos meus sobrinhos que matei galinhas e frangos , plantei
batata e couves e assim ajudei a economia familiar com tudo isso.
Os nabos escondidos e esmagados na sopa da minha querida Mãe .
Ficam incrédulos..
Só conhecem o PD ou o MP ou o Lidl
da zona .
Parece que tive duas vidas .
A vida no Campo e a vida da Cidade.
E os miúdos que me rodeiam acham
tudo muito esquisito..
E porque os poios estão lá longe
nem lhes posso mostrar os regos
do feijão , onde de madrugada vigiava a água de rega com minha Mãe
de lanterna de um lado e eu de outro
Tudo bem regadinho .
Assim cresci ....
E disso me orgulho .
Será que esta pandemia vai mudar alguma coisa ??
Acho que não !!
Ontem na fila do supermercado uma confusão pela vez .
Quem está primeiro ..?
Quem chegou depois ..
Duas mulheres ...
Fiquei " amigo " de uma .
Que me garantiu as pessoas são más e não mudam . Nem com a pandemia .
A poderosa indústria alimentar,essa não parou .E só para alguns ( os enteados do Sistema ) as coisas se complicaram .
Vale os ensinamentos dos velhinhos
Quem não tem gato caça com rato .
Nabos à parte .Óbvio .
Eles estão por aí .
Da Fuseta com saudades .
Valeu .
Toca a bulir com ou sem pandemia
porque a reforma aos 67 é uma miragem.
Este "nabo" que sou eu foi ensinado só para trabalhar ....
Até morrer ..
Abraço
MG
Cuidado com essas mulheres, às vezes só querem "tirar nabos da púcara". Mas era bom para elas mudarem e para o mundo.
EliminarDepois, crianças e jovens, fazem tanta falta ao nosso interior!
Antigamente os pais tentavam despertar nos filhos amor pelo campo, mas por consequência do êxodo rural os jovens foram para a cidade e filhos e netos sequer sabem distinguir os grelos de nabos, de grelos das couves, por exemplo. E couve se calhar só conhecem a que compram já migada para o caldo verde, digo eu!
Dantes também não havia tantas variedades, acho só havia 2 ou 3 variedades de couves, como havia 2 ou 3 variedades de batata ou de feijão.
Mas eu também não sou exemplo para ninguém porque não gosto muito de couves.
Abraço.
Gostei do que escreveu sobre os nabos, Paula. “Semear sem dó”... Com toda força e disposição, pois a colheita será certa...
ResponderEliminarAcho que nunca comi nabos...
Que Setembro seja abençoadíssimo para você, família e Forninhos...
Abraço meu...
É porque normalmente são semeados em Agosto com muito calor e as pessoas só os regam quando começam a germinar.
EliminarBeijinhos e votos de um Setembro Bom!!