Os riscos associados ao consumo de carne de caça selvagem, levaram a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) a informar que deve ser sempre bem cozinhada e que, no caso de espécies de caça maior, como javalis e veados, deve ser previamente congelada.
Concretizando, a ASAE anota que "a carne de caça selvagem deverá sempre ser consumida bem cozinhada" e que "no caso das espécies de caça maior (javalis, veados), antes de ser consumida e de modo a inactivar a triquinela (causadora de zoonose) a carne deverá ser sempre congelada".
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| O gelo ajuda a inactivar a triquinela |
Embora haja notícia de que existiram bem lá atrás javalis na nossa região, certo é que na 1.ª metade do séc. XX estava esta espécie selvagem extinta, pelo menos, na nossa terra; basta dizer que sempre ouvimos estórias ligadas aos lobos e aos javalis não. Mas nas últimas décadas, os javalis voltaram a Forninhos e têm aumentado em número. As razões devem-se, talvez, ao êxodo da população humana para os centros urbanos e, consequentemente, diminuição de área cultivada, a reflorestação e a eliminação dos predadores naturais do javali, como o lobo.
Eu não sou apreciadora de carne de javali e também nunca os vi, se calhar porque eles "invadem" as terras cultivadas, especialmente campos de batatas e de milho, durante a noite; somente deixo esta entrada porque sei que há caçadores de javalis em Forninhos e face a essa prática é um prato que se confecciona por lá. Devido aos métodos como é obtida é que a ASAE, através da sua Divisão de Riscos Alimentares, esclareceu que tem de haver uma maior atenção e certos cuidados especiais.
É tudo.
Aqui é bem mais difícil essa
ResponderEliminarcarne,. Não consumimos! Mas há quem goste!" beijos, tudo de bom,chica
Há gostos para tudo e diz-nos o velho rifão, quando se refere a gostos, que: "gostos não se discutem".
EliminarBjos/bom domingo.
Fiz um comentário mas não sei se entrou, sendo assim vou tentar repetir o que escrevi.
ResponderEliminarAo contrário do Axterix não gosto de carne de javali não vai com o meu paladar. Cá pelas minhas terras, Setúbal, Serra da Arrábida e Azeitão, à uma verdadeira invasão destes animais, eles andam por todo o lado e vão aos latões do lixo para se alimentar, alguns já se tornaram mansos e aceitam comida das pessoas. Eles são às dezenas até já tiveram direito a uma reportagem na televisão.
Um abraço e bom Domingo.
Parabéns por lembrar a aldeia gaulesa das histórias de Asterix e Obelix que comiam javalis assados, inteiros.
EliminarSobre essa reportagem, que vi, foi referido também que a espécie desapareceu há décadas nessa zona, mas voltou agora em força. Qual será a verdadeira razão da volta deles?
1 resto de bom domingo.
Abraço.
Bom domingo, Paula!
ResponderEliminarNunca comi carne de Javali! Gostei de saber sobre a mesma.
Um abraço grandão...
(No Vida & Plenitude vesti uma "camisola" de Portugal! Saudades...)
Já fui espreitar e vi logo que nesse churrasco não tinha carne de javali ;-)
EliminarQuanto à camisola, fica-lhe bem o vermelho.
Grande abraço também.
Paula, voltei! Rsss...
EliminarMencionei vc e o Xico no Fragmentos Poéticos...
Com carinho e abraços...
Paula...também não gosto de carne de javali!
ResponderEliminarEu ainda não fui prejudicada...mas muito lavrador anda consumida com os estragos que fazem!!!
Bj
Em Forninhos é igual, Graça. Os javalis todos os anos destroem plantações de vários agricultores, pelo que não admira o aparecimento de cada vez mais caçadores para os abater.
EliminarBeijinho.
Apesar de ser caçador (hibernado) desconhecia este dado sobre a carne de caça grossa, por isso o meu obrigado pela informação. Ainda, em Abril último, fiz parte de um jantar organizado pela Associação de Caçadores de Aguiar da Beira, como sócio, não podia de deixar de participar. Neste caso, que não foi o primeiro, a carne foi congelada, a marinar um dia e temperada mais outro e então bem cozinhada. Como das outras vezes, estava uma delícia.
ResponderEliminarEm Forninhos, já ajudei a caçar um, bem grande (70Kg) e com cerca de cinco anitos, a carne um pouco dura. Conheço dois trilhos, na nossa zona, bem distantes uma da outra (Castiçal e Ribeira). Para quem não sabe, pelos trilhos passam vários grupos de javalis de diferentes famílias e quando encontram campo de milho, só visto, destroem quase tudo. Feridos, há que fugir deles, são um perigo.
Essa Associação deve conhecer que a carne deve ser sempre bem cozinhada e previamente congelada. O alerta da ASAE talvez seja para caçadores como tu ;-)
EliminarQuanto aos trilhos, há mais. Já agora um outro: o meu pai tem um terreno no sítio de Cabreira e todos os anos semeia lá milho (milharada), mas também todos os anos os javalis lhe destroem grande parte. Quando lá vai pela manhãzinha, quase sempre vem com a notícia que andou lá o javali durante a noite. Parece que durante o dia o javali é normalmente sedentário.
Boa semana, Henrique.
Boa noite Paula, hoje até me arrepiei ao ver o esboço do javali!
ResponderEliminarHá cerca de dois meses vi alguns no Portinho da Arrábida e até tirei algumas fotos! Confesso que tive medo e o aspecto não me agradou!
(Aliás toda a gente presente se afastava, não fosse haver alguma investida;))!
Há muitos anos comi javali na Casa do Alentejo numa festa de despedida de um colega que se aposentou! Se fosse hoje não teria comido;))!
Penso que a ASAE fez bem em criar esse alerta e igualmente é de louvar a Paula ter colocado aqui a mesma chamada de atenção!
Obrigada!
Um beijinho e boa semana.,
Ailime
Pois é, critica-se tanto a ASAE, por ser uma polícia que tanto tem destruído o que sempre foi feito com sabedoria, só que desta vez nada há a apontar e o alerta vem em boa altura.
EliminarBeijinho e boa semana tb.
Uma coisa nao pode ser sonegada face a testemunhos reais, Forninhos tem um inimigo que nao pode sonegar na afronta as suas culturas agricolas, tal outras aldeias em redor.
ResponderEliminarPerguntem aos mais velhos da aldeia se de tal especie se lembram, mas na falta de precisao dos poucos que os vislumbravam, chamavam de "porco chino", tal a forma como eram descritos e "diabos" a quem aprouvera ver os seus dentes...
Apenas os vi por duas vezes, muito depois de me regalar na porventura melhor casa da especialidade e Lisboa, entre o Areeiro e Olaias, jardineira de javali em que se espera por mesa.
Mas vi uma ninhada daqueles riscados numa noite em que vinha de Aguiar da Beira e antes da ponte do rio Dao, parei para os ver melhor e eles se entranharam nas barrocas e fugiram para o pinhal.
A outra foi em Tras os Montes, aonde acompanhei uma batida autorizada e deixem que diga que nao era "brincadeira" nenhuma...
Em Forninhos dizem que foram para aqui "largados" e de tal modo multiplicados que ninguem os adora, mas as leis regentes, segundo apurei, apoiam na sua defesa, associacoes poderosas que no seu combate, dai ainda tiram proveito e portante e em defesa propria, um ou outro ainda vai tendo a coragem de na "clandestinidade", por poder de fogo durante a noite ou com armadilhas, ir defendendo o seu sustento na base dos seus frutos.
E aproveitar porque nao, depois de bem temperado, uma boa feijoada, pernil assado, etc...
O problema quanto a mim, reside em que numa turistica legalizada para o efeito, a publicidade gratuita das grandes coutadas, mergulha na ignominia os defensores proprios que por necessidade se revoltam sob a pena de serem multados ou presos.
Nao sendo um animal asseado que gosta de chafurdar na lama e consequentemente atractiva a determinadas infecoes, pouco ou nada o difere do "nosso" porco, mais sedentario e menos saboroso.
Afinal ainda hoje poucos dizem javali, mas sim, porco bravo!
Realmente dizem que foram para ali "largados" javalis (e na certa javalinas)...esquilos e corvos! Mas por quem? Por essas Associações poderosas?
EliminarNão sabia que eles pequenos são riscados. Pensava que já nasciam com pelugem escura.
Gostei muito da lembrança do "porco chino". Era muito usual esse nome, aliás, quando chamavam "chino" a alguém, não era por ser da China (chinês), era porco! Lembras-te?
Pouco ou nada percebo de javalis.
ResponderEliminarVi de facto uma "remalhada" deles perto de Forninhos (crias listadas) e acompanhei uma batida em Tras Os Montes., sob o patrocinio do Ministerio da Agricultura e Florestas.
Agora penso que nao foi para os cacadores andarem na legalidade, mas sim, para a industria hoteleira ganhar grandes mais valias em termos gastronomicos.
O concelho de Aguiar da Beira, teve tambem a sua "sementeira" de especies variadas e porventura endemicas tais como atras exemplarmente descritas e que se tornaram pragas...
Vinhas, hortas, milheirais e outras coisas tais, pura e simplesmente desaparecem na voracidade dos javalis.
Quem tem cultivo, tem de o guardar, a coisa mais natural dos tempos e podendo juntar o util ao agradavel (esquecidos pelas autoridades), agem a seu belo prazer.
Apanhar o "porco", ainda por cima ja chamado de "chino", coisas melindrosas no apelativo e simplesmente, porco selvagem.
Agora e por quase obrigacao, o povoado, recuperou o seu tradicional orgulho de alem de pastor, agricultor, tambem ser cacador e por tal..
O uso do "laço". Este artefacto é composto um fio em aço. Uma ponta é atada a uma árvore e na outra é feito um laço que é camuflado em locais de passagem dos animais. Se a pata do javali entra no laço, quanto mais o animal puxar, mais o fio aperta, acabando por ficar preso. No entanto,há javalis que conseguem livrar-se desta armadilha e muitas sementeiras irao destruir no futuro
Animal perigoso?
E de que maneira para quem o ataca ou deixa ferido, e ai de quem estiver perto.
Malefico?
Sem duvida!
Pena o governo nao ajudar os agricultores, as camaras se vangloriarem de que o "porco" abunda em chamariz folclorico e nao terem um tostao para indemnizar.
Verdade ou mentira?
Mas rio bastante de desdem e malicia, aquando saboreio um bom pernil de javali assado na brasa.
O segredo fica no tempero...
É verdade que o porco no espeto tornou-se símbolo de festa, mas historicamente assar um animal inteiro é um costume que diversos povos já usaram e agora continuam a usar!
EliminarHá quem vá às festas só pelo "porco" e dizem que é um manjar dos deuses, eu já provei e não gostei muito. Prefiro comer umas sardinhas assadas na brasa.
Javali é que nem do cheiro gosto!
Menina tenho medo de Javalis, dizem que eles atacam as pessoas, por aqui também tem crescido o numero de javalis, e é a unica caça que se tem permissão para matar. Comi a carne e não gostei, gosto mais da de porco. Muito interessante, nunca pensei por viver solto eles teriam algum vírus ou bactérias. Como morei minha vida toda no campo, sempre comemos muitas caças. Minha mãe tinha uma jeito especial de fazer que agora lendo teu post, vejo que ela devia ter algum conhecimento, pois ela fervia a carne com limão e sal e somente depois dessa fervida ela fazia a carne. Naquela época ela dizia que era para tirar o gosto forte das caça. Ler teus post é recordar dos tempos maravilhosos que vivemos em Solidão.
ResponderEliminarBjos tenha um ótimo dia.
Para tirar o gosto a sua mãe fervia a carne com limão e sal, podia ser essa a intenção ou não, porque também eu intuo que ela algum conhecimento devia ter...
EliminarRecordar...
É uma das razões pela qual escrevo...fazer recordar.
Bjos e tudo de bom.
Gosto da carne de javali e comia-a bastantes vezes em Luanda.
ResponderEliminarDesde que para cá vim, nunca mais a provei.
Como, sempre, qualquer carne bem cozida.
Beijinhos.
Imagino (só imagino) a quantidade de javalis que havia na floresta de Luanda. Já ouvi algumas histórias de elefantes, cobras e jibóias e de macacos a brincar na floresta e aves que só vi nos filmes do National Geographic.
EliminarBeijinhos e bom fs.