No baú das recordações que não morrem, ainda ecoam aquelas vozes timbradas dos locutores sem rosto...
"Caros ouvintes, aqui estamos em ondas curtas, longas e frequência modulada".
As pessoas da aldeia, como a de Forninhos e que embora poucas, aguardavam ansiosas no intervalo do comer, depois de meio dia de faina, as vozes da rádio.
A minha avó Ana Saraiva, tinha um rádio muito parecido com este da imagem que na altura, anos sessenta/setenta, funcionava a válvulas; poucos haviam na aldeia, muito menos no Lugar do Oiteiro. Ao lado, a casa da tia Eduarda com a sua frondosa tília que na altura do lado de fora tinha um banco de pedra e um chafariz, as pessoas, principalmente mulheres do sitio, se acanhavam para ouvir o "romance" da Rádio Renascença que, para o efeito era colocado no parapeito duma janela da casa da minha avó.
E este soltava lágrimas nas senhoras, pelo enredo do "Simplesmente Maria", rendidas aos amores e sofrimento da criada...
A seguir, ou até acho que antes, não recordo, quem prendia era a Rádio Altitude da Guarda que abrangia além desta, a zona de Viseu e Castelo Branco.
Era a febre dos Discos Pedidos!
- Está?
- Estou sim , boa noite!
- Posso dizer a frase?
- Pode sim, minha senhora...
Por norma dita a frase em que acertou, vinha a pergunta sacra:
- Que disco quer ouvir?
- O resineiro da Tonicha ou se não tiver o Viva a Espanha!
Zeca Afonso ou entre tantos, Adriano Correia de Oliveira, não entravam nestes filmes, riscados pelo regime a que poucos ligavam, muito menos aos monocórdicos discursos salazaristas...
Gostavam de ouvir o romance, esse sim que lhes lembrava e humedecia o olhar em cada momento.
Os amores de um resineiro, de um pastor ou lavrador...
A rádio trazia coisas reais, tal como para os petizes da minha idade que na mesma sombra e em paz perfeita, acompanhava-mos os relatos da bola, neste bairro divido por Benfica e Sporting e a coisa acabava mal, menos num dia, penso que em setenta e três, em que no Porto, um senhor do futebol, morreu de morte fulminante nas Antas. O Pavão. E a miudagem acompanhou a noticia por esse rádio postado na janela e comovida ficou em silêncio. As vozes da rádio traziam alegrias e tristezas.
Para terminar, uma singela homenagem à minha avó Ana pela paciência de aturar e acarinhar este malandro que tanto a apoquentou. Velhinha e acamada e embora bem lúcida, pedia quando a visitava, a música do "E Viva la Espanha" (mal sabendo que eram coisas pedidas). Como o rádio a válvulas levava tempo a deixar sair o som, depois durante mais um tempo continuava o aquecimento, volume no máximo, quando aparecia a música, eu "pirava-me" e apesar dos gritos, ficava deliciada com a minha "magia". Gostávamos um do outro e ao domingo dava-me vinte e cinco tostões para "botar figura".
Coisas da rádio!
Hoje temos diversos meios de comunicação a trazer-nos música para dentro de casa, talvez por isso, já quase esquecemos a magia dos discos pedidos e já nem ouvimos uma canção com aquele sentimento de antigamente.
ResponderEliminarDos relatos de futebol, deixa cá ver do que melhor lembro...
Ali na década de 80 gostava de assistir aos jogos no campo de futebol de Forninhos (no Picão). Para quem não sabe (ou já se não lembre) os jogos eram informais, bem como as equipas que se formavam, jogava-se normalmente pelo prazer de jogar com equipas de terras próximas e era assim que se passava uma bela tarde de domingo, com alguns adeptos mais "nervosos" a gritar com o árbitro “é penalti, é penalti”. Mas deste tempo, enquanto decorria o jogo, guardo na minha memória o som dos relatos dos jogos de futebol da I Divisão Nacional, que alguns homens ouviam num pequeno rádio a pilhas.Tinha outro encanto o futebol, porque me parece que os locutores de ontem eram mais imparciais e o futebol não era um negócio!
Até a morte súbita de um jogador em campo em termos de reportagem hoje é negócio.
Rádio como o da imagem lembro ver um na casa da tia Felisbela, moradora também do Outeiro ou será Oiteiro?
Parabéns Xico por esta entrada. Gostei mesmo muito!
Nos por aqui, somos um pouco "radialistas" ao fazer ecoar coisas bonitas e importantes da nossa terra.
EliminarPela voz escrita que aqui lembra a falada em tempos idos, que produziam ajuntamentos de pessoas (os vizinhos amigos) que partilhavam e comentavam entre si o que nao era visto como hoje nas televisoes, mas ouvido, simplesmente.
Deixa que te diga que no Oiteiro (gosto mais de assim lhe chamar...) se fizeram varios bailaricos com o radio na janela.
E quem nao gostava de ouvir os ranchos?
A tua tia Julia, era o que mais adorava.
E as bandas filarmonicas.
A mgia da radio que fazia sonhar!
Um texto muito interessante, recordações de outros tempos. Meus avós nunca tiveram um rádio. Quando eu era menina, lá em casa havia uma galena que meu pai fez para ouvir os relatos de futebol. Quando eu tinha 16 anos, meus pais conseguiram comprar um radio a prestações, mas não se assemelhava a esse. Era a pilhas, no barracão onde morávamos a luz era a petróleo.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Por isto gosto de por aqui andar, dar e receber e por tal, cultura geral.
EliminarFiquei intrigado com o desconhecido nome "galena"!
Agora, apos ter indagado, fiquei a a saber que tal se deve ao mineral base e que funcionava em AM.
Bem haja Elvira pelo contributo.
Um abraco.
Não me lembro ouvir falar da"galena" e também não sabia que era um mineral.
EliminarObrigada Elvira pela partilha.
Oi, Xico!
ResponderEliminarBom vê-lo por aqui escrevendo e também por lá comentando... Já usou a "camisola" do Brasil?! Rsss...
O rádio e suas emoções nas novelas, futebol, notícias... Tudo era tão mais emocionante, hein?... Gostei do artigo!! Escreveu com a alma...
Abraços p vc e a Paula...
Ola, Anete!
EliminarEnquanto o mundo for mundo, a radio dele fara parte integral, penso eu.
NUma viagem mais longa, numa fila de transito, num hospital ou na cama, "ele" traz noticias, melodias e despertar.
E recordacoes como estas.
Tal como a linda camisola do Brasil que tive a honra de receber e que tambem traz a vossa recordacao.
Abraco enorme para voces!
Paula e Xico,
Eliminarlembrando de vocês e fazendo o convite p ver o Fragmento sobre Lisboa! Rsss, ainda estou "desfrutando" os lindos momentos passados...
Abraços e boa 4ª feira..................
Coisas de rádio e lindas. Cresci com minha mãe e seus rádios.Ela adorava. Hoje, tenho o meu e não durmo se ele não estiver bem por perto! Lindo te ler! bjs, chica e ótimo fds!
ResponderEliminarConfesso que sou um pouco ao contrario. Nao acordo sem ele, pois me desperta manha cedo!
EliminarE no tempo disponivel, ele toca, toca e toca.
Beijinho.
Boa noite Xico, um artigo muito intrressante que me fez sorrir e lembrar velhos tempos de como se fazia rádio e como muitos de nós viviamos em função desses aparelhinhos mágicos. O primeiro radio lá de casa foi um rádio de pilhas de tamanho médio tinha eu dez anos e ainda me lembro de o meu pai o meter entre os lençois para ouvir em segredo a "Radio Moscovo não fala verdade";))!
ResponderEliminarAntes a minha mãe e outras senhoras da aldeia juntavam-se numa loja de fazendas para ouvir as radionovelas Tide;))! A Maria já é mais recente e embora adolescente lembro-me de a ouvir;))! Enfim discos pedidos e a saudosa musica dos anos 60/70 fizeram também as minhas delícias. Deve ser por esse facto que ainda hoje não adormeço sem ligar os meus fones a uma estação de rádio agora em FM.
Acho a radio uma excelente companhia.
Obrigada por ter trazido ao vosso Blogue um tema que me é tão caro.
Bjs e bom fim de semana.
Ailime
Boa noite Ailime.
EliminarLidos os pormenores que descreve e de facto estes aparelhos, por mais modernos ou ruimentares que fossem e sejam, canalizam magia nas suas ondas.
Ouvir a radio Moscovo, nunca ouvi nem mesmo em casa dos familiares que eu saiba, mas escutar, escutei que tinha de ser em segredo e no escuro, por medo. Do fascismo e severos castigos.
Uma coisa sinto agora na distancia do tempo, o que passava na radio e que conseguia fugir a censura, tinha outro encanto, era o coracao do verdadeiro Portugal na sua originalidade.
Beijinhos
Que bom reviver um pouco do passado com o ouvido colado à rádio e quando em vez dar ao botão para sintonizar noutro posto e ouvir aquele barulho muito característico que o rádio fazia.
ResponderEliminarAinda me lembra de quando o Pavão morreu, foi precisamente num jogo contra o meu clube o Vitória de Setúbal, foi uma infelicidade.
O ano passado visitei um museu em Olivença que tinha uma bela colecção destes rádios antigos.
Um abraço e bom fim de semana.
Gosto imenso destes radios antigos, fossem eles os mais requintados de mesa (para quem tinha electricidade), ou aqueles pequenos de mao ou de bolso, a pilhas, que quais telemoveis da altura, acompanhavam a gente, desde o pastor ao mais culturado.
EliminarImprescendiveis para ouvir os relatos da bola e os discos pedidos, principalmente.
Um abraco, Francisco.
Quando o telefone toca...Diga a frase por favor...e qual é o disco? Muitas canções gravei neste programa para depois levar para os bailaricos de barracão, com os amigos. Hoje já faço confusão com os nomes, mas penso que era o locutor Orlando Dias Agudo que o apresentava. Gostava imenso do programa, só não gostava de nunca tocarem as canções até ao fim. Em pequeno (seis anos) recordo meu avô paterno, todos os dias, ao fim da tarde, ouvir o Terço (Rosário) no radio como este, na cozinha. Já com um rádio transistorizado, via meu pai, às escondidas, mesmo de toda a família, à noitinha, ouvir a Rádio Moscovo. Ficou na minha memória, comentar o roubo do barco de Santa Maria e o nome Henrique Tenreiro. Salazar, Pide e Humberto Delgado ouvia comentar tudo muito baixinho. Claro que não sabia o porquê, hoje todos sabemos, mas naquela altura era uma aventura, falar nestes assuntos. Em Forninhos, lembro-me duma raridade destas na venda do Tio Zé Matela, o do meu avô, apesar de ser a válvulas (ainda existe) já era mais moderno. Idêntico a este, tenho dois modelos, um Phillips pequeno e um Telefunken Gaviota médio. Este último, modelo de que gosto muito e está bem estimado e que está no espaço da sala,(Forninhos) destinado a relíquias antigas. Era fácil saber quem tinha aparelhos semelhantes nas aldeias, pois ligado ao aparelho estava ligado a antena que geralmente era um fio da casa ligado a parede da casa do vizinho. Quem não se lembra do fio da casa do Tio Augusto Marques ao armazém do Sr. Amaral (hoje são outros os donos).
ResponderEliminarAinda hoje sou amante da Rádio. Em viagens, raramente ouço outra coisa senão rádio. Bom assunto para relembrar e deixar para a posterioridade.
Parabéns, Xico.
Fantasticas as tuas memorias, Henrique!
Eliminar"... Quem não se lembra do fio da casa do Tio Augusto Marques ao armazém do Sr. Amaral...". Agora lembro por em tal falares...
Agora, quem impossibilitado pela enfermidade ou velhice, acompanha a missa dominical pela televisao,
Outrora, muitos ouviam a Eucaristia e o Terço na radio ( quase todos de marca alema, com os botões em baixo, com uma rede artística em tecido ou uma trança de linha, sei lá), porventura os mais crentres enquanto outros nao menos crentes mas com sentimento patriotico mais apurado, na "clandestinidade" da sua "outra" fe, esperavam a esperanca da liberdade e por tal, pelas nove da noite, o desesperado sintonizar ate apanharem o ansioso " Daqui, Radio Moscovo", com cautelas mil, nao fosse um Pide andar a espreitar.
Quanto ao jornalista Orlando Dias Agudo, porventura estaras confuso, pois este grande senhor, comentava a vertente desportiva nas radios nacionais e mais tarde na RTP. Penso que estarias a pensar num alentejano que adoptou a Guarda como sua terra e "revolucionou" o Sanatoria Sousa Martins na Guarda com a Radio Altitude, essas que ficou conhecida como a emissora dos discos pedidos da Beira, de seu nome Emilio Aragones!
O mesmo que numa reportagem transcrita na Emissora das Beiras(cinco anos atras), narrava..
"...Predominavam os programas de discos pedidos, os quais registavam uma permanente avalanche de solicitações, cujo atendimento se ia prolongando por semanas sucessivas. “Eram tantos os pedidos e o espaço tão reduzido que era colocado um disco num dia e outros em programas posteriores. Por vezes, para se ouvirem quatro dedicatórias tinha de se esperar um mês”,
Um abraco, Amigo Henrique.
Adorei ler o teu texto, pois estava em Luanda e a rádio era a nossa companhia, pois só quando vim para cá(1975) vi televisão.
ResponderEliminarLembro-me da novela "Simplesmente Maria, dos discos pedidos...
Ainda hoje gosto de ouvir rádio.
A minha filha tem o rádio , como esse; que foi do meu pai.
Obrigada por esta boa recordação.
Beijinhos.
A radio em Africa devia ser uma verdadeira paixao.
EliminarQuem se nao recorda de aqui em Portugal ver as praias inundadas de musica que os africanos orgulhosamente difundiam com os grandes radios no ombro?
Eu recordo!
Pura magia e presumo que ainda tem a sorte de ter "herdado" essa caixa de magias, o preserve com todo o carinho.
Beijos.
Impossível não falar aqui do rádio do tio Domingos, também morador do Oiteiro. Ficava no parapeito da janela virada para a Eira/Pardameda, sintonizado sempre na rádio Tondela.
ResponderEliminarTanto quanto me lembro, não tinha televisão em casa e todos os dias ouvia os discos pedidos. A locutora era a Maria Helena. Pessoas como o meu tio António Carau - até morrer - também ouvia a Maria Helena, da rádio Tondela.
Do "quando o telefone toca" também me lembro bem e estou com o Henrique, irritava não tocarem as canções até ao fim, principalmente aquelas de que se gostava então quem as queria gravar pior ficava, pois naquele tempo não havia internet para irmos buscar as nossas canções favoritas.
No meu tempo estava na moda as canções do Marco Paulo, José Cid, Roberto Leal e Roberto Carlos (Brasil).
Acrescento ainda que naquele tempo quase ninguém tinha telefone em Forninhos, pelo que ouvia-se os discos pedidos, mas não se podia ligar a pedir um disco. Se calhar, acontecia o mesmo em todas as aldeias das redondezas!
Por tudo isto, não haver televisão, telefone e internet, é que o rádio foi tão importante um dia para as pessoas.
Gosto de ouvir rádio. Aliás, acordo todos os dias ao som de um rádio despertador e no trabalho estou todo o dia sintonizada na "Comercial".
Bom domingo.
Afinal o que havia em Forninhos em termos de noticias do mundo nos anos compreendidos entre sessenta e inicios de oitenta?
EliminarUm punhado do nada!
Porventura e por tal, tu e muitos outros, ainda hoje guardam na memoria essa "riqueza", agora confrontada com a realidade tecnologica, uma verdadeira riqueza.
Depois, o teu comentario chega a ser comovente na forma como falas de "dois homens da radio" (sim, por fieis seguidores), tio Domingos e teu tio Antonio Carau.
Porventura, imagino apenas, as suas esposas seriam e para tal tendo tempo e podendo, gostariam mais da radionovela e dos ranchos, mas "estes" eram mais para a frente, musica!
Que ouviam e partilhavam com o radio na janela, a ecoar no volume maximo por montes e vales, como que comungando a alegria da vida.
Que partia tambem do Lugar do Oiteiro e quase imagino que o radio do tio Domingos se nao chegasse bem audivel aos Valagotes, rivalizava com o toque do sino da Matela!
O outro, do tio Antonio Carau, enchia de melodia o Largo da Lameira, subindo por ali acima, presumo que ate S. Pedro.
E servia de conforto a ainda um dos ultimos pastores que por ali andavam.
Poucos havia na aldeia. Uma casa remediada, um estabelecimento (venda ou taberna), tal como o Antoninho Bernardo, mas acho que este particular e em sua casa, a casa do Padre, claro, nao para ouvir a Radio Moscovo, mas a palavra divina, tambem importante, mas giro eram aqueles aparelhos que reuniam "multidoes" a sua beira.
Obrigado pelo comentario.
Um texto cheio de "ondas" saudosas!
ResponderEliminarEm Angola...a rádio era a nossa única companhia!
Meu pai...toda a vida andou com o rádio atrás dele!
Desde que minha mãe faleceu...nunca mais o ligou alegando que a rádio não tem a magia de outrora!
Bj amigo
Nessa altura, Angola muito similar ao interior de Portugal.
EliminarPara os seus pais e sem juizo de valores (jamais), era uma coisa partilhada na intimidade dos seus momentos de lazer.
Uma comunhao. Acho que compreendo que para o Sr. seu pai, a onda da magia era a sua mae...
Beijinho.
E o rádio do café do Sr. Virgilio, que tinha um altifalante por cima da porta da entrada e aos Domingos à tarde se faziam bailaricos. A este, julgo que se ligava, um gira-discos. Boa semana, vou para Forninhos, tratar das videiras.
ResponderEliminarDisse atras que as tua memorias eram fantasticas e aqui fica a prova.
EliminarAcho que tens o dom de um trovador por nos fazer recordar.
Verdade! Havia um altifalante, igual ou parecido aqueles que nas pequenas aldeias, por norma anexas de freguesias e nao podendo ter banda ou conjunto, nem ranchos, se socorriam dos gira discos ou radio.
Frente ao cafe que referes, por norma os bailaricos acabavam numa batalha campal, geralmente com os rapazolas das aldeias vizinhas que vinham catrapiscar as raparigas ou entre os de Forninhos que tinham prazer dos "barulhos" e inventavam motivos para tal como que querendo dizer "morra homem, fique fama".
Hoje e infelizmente, nem uma coisa nem outra, as coisas sao tratadas em surdina, como que os herdeiros da Pide tenham renascido das cinzas.
Trata bem das videiras, pois quero na altura provar o vinho novo e sei que nao negas um copo a um amigo.
Abraco.
A propósito desse altifalante, aproveito para dizer que quando o dia de S. Pedro era em Forninhos"dia santo de guarda", de manhã, havia missa e durante a tarde montava-se o pinheiro no largo junto ao café do Sr. Virgílio, para arder à noite; e havia baile ao som do altifalante. Ali por 1950/1960 e tal, penso que se se ligava ao rádio e, mais tarde, talvez a um gira-discos.
EliminarDoces lembranças de um tempo glorioso. O rádio também fazia a felicidades dos moradores de Solidão. Vivo as minha lembranças de Solidão nas suas narrações de Forninhos.
ResponderEliminarBjos tenha um ótimo dia.