Que terra de Portugal não chora os seus filhos, que na guerra do Ultramar por lá perderam a vida, Forninhos não ficou imune a esta “praga” que foi e é ainda hoje a GUERRA, por isso nunca é demais prestar uma sentida homenagem aos filhos de Forninhos que perderam a vida, e dar vivas aos que foram e voltaram.
Não foi só em Forninhos que essa homenagem foi realizada, também Portugal prestou essa homenagem aos seus filhos, aqui fica o registo em fotos, esse sentimento.
Monumento em Lisboa (Belém) aos combatentes mortos em serviço:
Na parede que ladeia o monumento, figuram milhares de nomes
Dos militares que tombaram no cumprimento do dever
Um filho de Forninhos: VIRIATO BATISTA
e ainda outro: DANIEL ALMEIDA ESTEVES
outro ainda: ILIDIO CASTANHEIRA COELHO
E ainda outro: CARLOS VAZ MATOS
SEUS LUGARES EM FORNINHOS:
Aqui fica mais uma homenagem a estes bravos, são já muitas fotos postadas neste blog, mas nunca são demais.
J SEGURO.
Merecida e justa homenagem! beijos,chica
ResponderEliminarÉ de louvar qualquer tipo de homenagem a estas vítimas da loucura dos homens, embriagados (ainda hoje), por um expansionimo ridículo que atirava estes jovens, sim tão jovens, para a boca do canhão, para os horrores da guerra, forçados a sair dos seus lares, famílias, namoradas, amigos e hábitos de vida.
ResponderEliminarE os outros?
Os estropiados, os traumatizados da guerra, que continuam a senti-la no dia-a-dia?
Estes têm a homenagem do esquecimento por parte dos governantes, na falta de apoio psicológico e na "esmola" de pensões, desculpem a expressão de merda!
Outros houve que por serem contra o sistema, por razões morais ou outras "fugiram à tropa", para fora do país.
Também estes sofreram no medo de serem apanhados, no medo da sombra de em qualquer esquina, estar um Pide!
Tanta juventude destroçada, por meras quimeras, derrotadas à partida.
Mas os filhos dos "graúdos", continuavam no aconchego da família, a formarem-se doutores ou engenheiros.
Muitos cabritos se deram a quem podia "safar o filho da tropa".
Nas fotos dos militares em combate, sinceramente não reconheço ninguém, recordo sim e únicamente o funeral do Ilidio.
Os meus respeitos sinceros aos que tombaram e suas famílias e aos que infelizmente ainda têm a ingratidão de ter de sofrer a dor física e psicológica.
XicoAlmeida
¡Que cruel es la Guerra! ¡Cuantas víctimas ha dejado, preguntándonos para que!
ResponderEliminarUn gran y bello Homenaje.
Abraços.
As nossas aldeias estão cheias de pessoas com memórias da Guerra Colonial. Um exemplo, o meu pai como tantos jovens de Forninhos foi à guerra e como penso ser facilmente exequível, apelo à empresa a quem a Junta de Freguesia de Forninhos adjudicou o projecto «Livro» que ouça estes homens e outra gente e registe situações que viveram, pois também fazem parte da memória da nossa terra.
ResponderEliminarPaula,
ResponderEliminarO povo daqui também respeita e homenageia esses homens guerreiros.
Esses homens não podem ser esquecidos.
Um lindo final de semana. Beijos
Mas nem todas as vítimas puderam regressar à Pátria, nem as familias puderam fazer os seus lutos condignamente.
ResponderEliminarPara esses que ainda por lá jazem, deixo aqui um pequeno poema de José Rosa Sampaio do seu livro "O vermelho do Capim".
Tu que partiste comigo
Do Cais da Rocha
Numa manhã triste de Julho
E não regressate...
Tu que em África dexaste sonhos
Os braços, as pernas, o corpo...
Tu que jazes algures anónimo
Sob uma envelhecida lápide
Perdida na névoa
Da memória dos homens
Tu cuja morte foi justificada
Com a ideia da Pátria
Ainda esperas justiça
Tu que restas anónimo
Esquecido
Mas presente.
Comparada com muitas aldeias, Forninhos teve a infelicidade de perder mais soldados na Guerra do Ultramar Portugues!
ResponderEliminarCreio ate que mais, do que o municipio de Fornos de Algodres completo!
Paz as suas almas, felizmente ergueram-lhe um monumento!
António Pires, da equipa UTW:
ResponderEliminarSoldado de Infantaria, n.º 772/60, Daniel de Almeida Esteves, da CCac164/BCac158/RI1 (Angola) – Cruz de Guerra 4.ª classe, a título póstumo.
Transcrição do Despacho publicado na O.E. n.º 19, 3.ª série, de 1963:
Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo 12.º, do Regulamento da Medalha Militar, aprovado pelo Decreto n.º 35667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Angola, cuja data vai indicada:
Despacho de 24 de Janeiro de 1962:
O Soldado, Daniel de Almeida Esteves, n.º 772/60, da Companhia de Caçadores n.º 164 / Batalhão de Caçadores n.º 158 – Regimento de Infantaria n.º 1, a título póstumo.
Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Despacho do General Comandante da Região Militar de Angola, de 03 de Janeiro de 1962, publicado na OS n.º 02, de 05 do mesmo mês e ano, do QG/RMA):
Que louva, a título póstumo, o Soldado n.º 772/60, Daniel de Almeida Esteves, da CCac 164, do BCac 158, porque tendo sido atacado por elementos inimigos, no itinerário Quimbumbe-Zala, a 12 quilómetros desta última localidade, em 22 de Agosto de 1961, elas 17H00, bateu-se com a maior bravura e coragem, e mesmo depois de ferido mortalmente, continuou a encorajar e animar os seus camaradas na luta contra o inimigo.
in: http://ultramar.terraweb.biz/Memoriais_Concelhos_AguiardaBeira_Forninhos_DanieldeAlmeidaEsteves.htm
Muito obrigada.
EliminarA sua visita e suas palavras são um estímulo que nos faz gostar ainda mais de fazer deste blog um ponto de encontro entre as gentes que se ligam à nossa querida terra de Forninhos.
Um eterno descanso ao Soldado Daniel Almeida Esteves e a todos eles e hoje em particular à memória do tio Fernando Castanheira. A toda a família envio sentidas condolências pela sua partida. A vida é curta, mas a memória é sem fim e que todos possam continuar a recordar aqui quem faz parte da história da nossa terra.
ResponderEliminarPaula , bela homenagem a quem perdeu a vida porque " foi enviado" muitas vezes sem entender porquê ....
Beijinhos
Boa noite, ainda cheguei a assistir à partida de alguns familiares (tios) para o ultramar, era a tristeza estampada nos rostos dos que ficavam e a apreensão dos que partiam, pois estes iam para o desconhecido, até o próprio cais na hora da partida parecia que queria ir com o navio, era esta a sensação que dava para quem estava no cais da Rocha Conde de Óbidos em Lisboa.
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