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terça-feira, 25 de abril de 2017

1974-2017 - 43 Anos de Liberdade

«Um abraço para todos neste dia ESPECIAL.
Sobretudo para todos os que usam a Liberdade com Saber e muita Coragem, com inteligência e Respeito.
Um abraço para todos os que nos últimos 43 anos perceberam que a Liberdade é um bem adquirido e que tem regras, limites e fronteiras. A Liberdade não foi criada para roubar, para ultrajar o outro.O vizinho, o familiar ou o amigo.
O empregado ou a empregada, o assalariado.
O pai, a mãe, o avô ou o filho.
A Liberdade chegou há 43 anos e que para tal acontecesse muitos sofreram nas mãos do Absolutismo e da Ditadura.
Muitos morreram e nem o corpo(s) foi encontrado(s)...
Um abraço Especial para este Espaço que permite que uma Terra e um Povo sejam recordados na sua História e Raízes.
Onde também se contam estórias de arrepiar de pobreza e miséria, muita resistência!!
Pena que o 25 de Abril de HOJE não honre muitas vezes os nossos antepassados e muitos prefiram mandar pedras e esconder as mãos. Daí os muros que todos os dias nascem.
Dai as ameaças bélicas e os navios de guerra a cruzarem os Oceanos.
Para quem não sabe usar a Liberdade o sono de logo à noite vai ser muito pesado.
Para quem respeitou e quis a Liberdade sem sofrimento eis um sono leve que se aproxima.»



O blog dos forninhenses escolheu esta música do Pedro Abrunhosa para acompanhar esta passagem do amigo António Gouveia que dá assim este belo contributo para a nossa etiqueta de "Escritos".

15 comentários:

  1. Uma data a ser lembrada, homenageada e pena tudo mude mesmo e pena que há quem não saiba usar a liberdade..O mundo fica tenso com isso, com essas ameaças... bjs, tudo de bom,chica

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    1. Por isso é que Abril deve ser entendido como uma mensagem de esperança se cada um quiser mesmo fazer/contribuir para um Mundo Melhor.
      Beijinhos.

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  2. Bonita homenagem neste dia tão importante e marcante.
    Música bonita e poética...
    Um abraço e seja bem-vinda depois de uma pequena pausa.

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    1. A canção é lindíssima e a melodia também. Fala da emigração, fala da partida, da despedida, da dor, da ausência... mas pode-se aplicar à desertificação.
      Abraço e até breve.

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  3. Um extravasar de emoções nesse dia, não só desse mas de tantos que lhe seguiram...
    Tiver o sortilégio de acompanhar a Revolução dos Cravos e tendo a idade mínima para o efeito estive na mesa de votos em Forninhos para as eleições à Constituinte e presenciei o que ainda vou vendo, era fácil manipular aquelas gentes que viviam subjugadas por medos. Depois a vida encaminhou-me para Lisboa, outro mundo no qual me apercebi da magnitude do feito histórico; o mundo estava boquiaberto pelo modo singular como uma pequena pátria, o que restava do colonialismo europeu, com as mesmas armas com que guerreava em África, trocou as balas por cravos e a tristeza aos poucos virava felicidade.
    Houve excessos? houve e infelizmente muitos, afinal nunca nos haviam ensinado o que era a Liberdade e a gente ao fim de tantos anos, sente-se livre e os erros foram sendo corrigidos.
    Perguntem aos idosos como é agora o tempo e como foi?
    A resposta é sempre a mesma "tempos de miséria...".
    Mas ninguém me faz esquecer aquelas manifestações na Fonte Luminosa nem a do 1º de Maio.
    As músicas de intervenção que já vinham detrás, eram cantadas às claras e acompanhadas por milhares de gargantas sequiosas de esperança depois de tantos anos tapadas.
    Mas...
    Inventamos a palavra Saudade, endémica à qual ainda muitos fazem o culto do passado numa xenofobia podre, que espero moribunda por serem quase sempre os mesmos que em vez de contarem aos filhos e netos os motivos pelos quais nos devemos orgulhar, lhes incutem a vingança dos seus fracassos.
    25 DE ABRI, SEMPRE!!!

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    1. Que achega!
      É preciso dar a conhecer aos mais novos a História da Revolução dos Cravos e isso pertence à geração que teve o privilégio de assistir e compreender o que de mágico se viveu.
      Afinal Portugal saiu da sombra!
      O mundo estava boquiaberto!
      Portugal mostrou-se ao mundo!

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  4. ......

    "... Quero voltar para os braços de minha Mãe..."

    Não me lembro do dia da Revolução . Tinha 8 anos.
    Mas lembro-me das noites de Domingo, em plena Ditadura , do
    pânico de minha MÃE quando meu pai se ponha a ouvir a Rádio
    Argel , com Manuel Alegre.
    Havia um medo medonho dos "bufos" dos "informadores" de quem
    entre vizinhos e amigos nos quisesse ou fizesse mal !
    Lembro-me do rigor e da disciplina em que se vivia.
    Do respeito pela professora Noémia. Do respeito pela MãE e pai. O pai tinha um lugar á cabeceira da mesa.
    Ninguém começava a comer antes do pai. Quem organizava a casa era a MÃE. A disciplina ,quem repreendia e o trablho de casa era pelouro da MãE . De fora o pai trazia o sustento do lar.
    A televisão a preto e branco trazia-nos as noticias.
    A guerra em Angola com um tio em Cabinda,a fazer chorar minha
    avó Bela.
    Veio a Liberdade ,as greves ,a convulsão social , as viagens
    a Lisboa , as primeiras , a descoberta e abertura ao Mundo.
    Andar descalço num espaço público era " pecado" !

    Metade da populaçao Portuguesa não sabe,nem viveu a Ditadura
    e hoje os valores e moralidade estão pela "horas da amargura"

    Mas vale a pena cantar ".... .quero voltar para os braços de minha MÃE..." faz bem ao ego.

    Abril SEMPRE !

    Boa semana
    MG

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    1. Obrigada António pelo seu contributo!


      25 de Abril, SEMPRE!

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  5. Engraçado que Pedro Abrunhosa, foi o escolhido este ano para os festejos do 25 de Abril aqui no Barreiro. Um concerto que adorei.
    Um abraço

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    1. Eu gosto de Abrunhosa, para mim, nos poemas, como contador de uma estória, está ao nível do Ary dos Santos.
      Abraço.

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  6. .....
    .....
    Ja vi Pedro Abrunhosa mais de uma vez ao vivo.Em Cascais e no
    Funchal.É uma voz forte de intervenção moderna e inteligente.
    Que encanta e faz pensar !
    Em 2008, em Machico, disse para todos reflectirmos :

    " ......como é possivel a medicina e a ciência não encontrar soluções para a Alzaimer e Parkison e promover todos os anos
    milhões na descoberta de estimulantes para a virilidae...",
    dizia,Pedro Abrunhosa, que ..."qualquer dia temos pessoas com 90 anos caídas numa cama , sem tino e com apetite sexual...
    ..Tudo vale em nome do lucro e do Capital....!! "

    A música é um poderoso instrumento de Abril .
    Hoje ,em São Bento, esteve Jorge Palma e o seu piano ...
    Que estas vozes não sem calem...

    Abr
    MG

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    1. Pois, se vivemos numa democracia, é bom que cada um diga o que lhe vai na alma!
      Hoje, um lápis azul é só mais um lápis de cor!
      Também gosto de Jorge Palma, que felizmente podemos ouvir em liberdade!
      Abr.

      Abraço.

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  7. Tinha acabado de fazer 18 anos, para mim, novidade e surpresa. Emprego, portas fechadas e dormidas de prevenção dentro dos estabelecimentos. Na rua, euforias atrás de euforias, opressão virou liberdade, só quem assistiu quer na Alameda, Fonte Luminosa, 1.º de Maio depois Chaimites e Phanhares nas rua com soldados de G3 com cravos no tapa chamas. Nesse tempo, acabado de sair da aldeia, reconheço que tudo para mim foi novidade e, hoje, o melhor que aconteceu na minha vivência, por isso, 25 ABRIL SEMPRE.

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    1. Henrique, para quem como tu tem memórias destes acontecimentos, há uma coisa que todos destacam: de como o cravo simbolizou a Revolução sem sangue! Isto impressionou a Europa, o Mundo e influenciou outras manifestações populares!
      Para quem, como eu, não viveu estes dias, é importante saber a diferença entre o antes e o hoje, embora para mim não seja difícil, apesar de Forninhos ser uma terra com pouco Abril, percebi muito cedo que dentro da minha família havia ali umas sementes de revolta!
      Sempre ouvi falar da censura, do fascismo, dos anos sessenta, da emigração para a França; guerra colonial (Guerra do Ultramar); mulheres que ficaram sozinhas, soldados que morreram na maldita guerra...das crianças descalças que esperavam por uma côdea de pão à porta do forno, etc...
      Agradava-me a minha família paterna (pai e irmãs) pensar de modo diferente!
      Eu achava que os "eles" comiam tudo e não deixavam nada, como cantava Zeca Afonso.
      A nossa terra, Henrique merecia alguma coisa de diferente para melhor, mas bem podemos esperar sentados.
      A nossa aldeia até evoluiu mais nestes 43 anos após a Revolução do Cravos do que num passado mais longínquo, mas não tanto como era necessário e muito menos do que eu tinha esperado.
      Um abraço forninhense.

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  8. Boa tarde Paula,
    Estive ausente por uns dias.
    Apenas para deixar o meu grito:Viva o 25 de Abril! Estive no Largo do Carmo nesse memorável dia.Sou quase jurássica:)).
    Beijinhos,
    Ailime

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