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terça-feira, 26 de maio de 2015

Forninhos: Dias 25 e 26 de Maio de 2015

Ontem, dia 25 de Maio, foi dia de festa em Forninhos. Não é uma festa qualquer, é a festa do Espírito Santo, uma romaria antiquíssima. Lembro que em 1758 o Cura local já fala de romagem ao santuário em alguns dias do ano principalmente nos dias Santos do Espírito Santo. Se tiver interesse por estas coisas leia as perguntas dos Serviços do Marquês de Pombal e as respostas do Cura aqui
Se calhar até há outros documentos históricos sobre a importante festa local e regional do Espírito Santo. E, digo regional, porque há forninhenses que vivem fora da aldeia, que contam que foi esta romaria que deu a conhecer Forninhos para além de Forninhos, como ouviam aos mais velhos, segundo dizem... 
Este ano não foi possível estar presente, ainda assim publica-se uma imagem da nossa procissão rumo à Capela da Senhora dos Verdes, a rezar e a pedir a Nossa Senhora que livre as culturas da desgraça das pragas:


Hoje, dia 26 de Maio, foi dia dos forninhenses matarem saudades e ver a imagem da Senhora de Fátima que andou em peregrinação por Portugal e chegou à nossa terra, salvo erro, a 13 de Agosto de 1951. A caminho do centenário, a imagem peregrina voltou a passar hoje de manhã pelos Valagotes e por Forninhos.



Já agora uma nota de rodapé: em 1951 o povo de Forninhos, em procissão foi ao encontro do povo de Penaverde receber a imagem. Encontro esse que aconteceu no 'alto' pertinho da povoação dos Valagotes (anexa de Forninhos) e a partir daí ficou o 'alto dos Valagotes' conhecido também por 'Alto da Senhora de Fátima'. Lançaram-se pombas brancas e existe um azulejo como confirmação desse momento.



Obrigada Henrique Santos Lopes por esta partilha.

27 comentários:

  1. Que lindo isso!Gosto de ver essas procissões e o respeito ainda nos lugares pequenos ! Vale muito! lindas fotos! bjs, chica

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    1. Pelo menos nestes dias colocam de lado as divergências e todos ajudam 'à festa' e o que é também bonito e não (ha)ver aproveitamento político (digo eu!).
      Bj amg Chica.

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  2. Quanta similitude, ainda, existe em muitas festas religiosas de Portugal e Brasil. Em muitas paróquias o dia do Divino Espírito Santo é também muito celebrada por cá, muitas são chamadas de "Festa do Divino". Gostei muito da postagem, Paula, as fotos ilustram bem, com as explicações históricas, em Forninhos. Lembro-me muito bem da primeira visita da imagem da Virgem de Fátima (essa mesma de Portugal) quando esteve em Fortaleza no início dos anos 50, eu ainda menina. Desde então passou a ser construida a Igreja de Fátima, no bairro em que eu morava, "batizado" de Bairro de Fátima, para onde, todos os dias 13 de cada mês, se dirige um número cada vez maior de devotos.
    Abraço, à equipe do "Blog dos Forninhenses" : Paula, Xico e demais colaboradores.

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    1. Tinha de trazer alguma explicação histórica Lúcia, pois o lema do "Blog dos Forninhenses" é: para compreender o presente é preciso primeiro conhecer o passado!
      Os manuais da comunicação dizem-nos que uma imagem vale por mil palavras, contudo momentos históricos como os aqui reproduzidos merecem uma legenda ou mais...
      Forte abraço forninhense.

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  3. Caminha para tres seculos, esta devocao que no dia do Espirito Santo, ruma de forma solene para a Senhora dos Verdes, independenteme do dia de semana que lhe couber. Para as paroquias das redondezas, de forma humilde e cada qual com o seu crer, ali se dirigem, como porventura iam muito antes do que possamos imaginar, por referenciado nos anais da monarquia ao tempo de Pombal.
    Ontem foi mais um dia, bonito por sinal dizem, infelizmente nao pude estar
    acompanhei o evoluir na distancia e tive uma pena imensa por tal.
    Respeito muito quem venera a Nossa Senhora, tal como quem Nela nao acredita. Eu acredito de modo muito particular.
    Mas a minha pena vai mais longe.
    O encontro hoje da venerada Sra. Dos Verdes, com a Nossa senhora de Fatima que na sua viagem peregrina do centenario das aparicoes, ainda manha cedo, por ali passou naquele adro sagrado, rumo a Forninhos.
    Tenho a certeza que se cumprimentaram num ligeiro sorriso de irmandade.
    Uma teve a festa no dia anterior, a Outra nessa manha.
    Afinal, duas irmas numa so alma!

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    1. Começas e finalizas muito bem!
      Nossa Senhora há só uma, só que é venerada com vários títulos, mas em Forninhos toda a gente pensava e se calhar a maioria ainda pensa que a Senhora de Fátima é que é Nossa Senhora, mãe de Jesus. Associam a imagem de Fátima à Virgem Maria.
      O Santuário da Senhora dos Verdes é antiquíssimo e como bem dizes esta romaria terá nascido muito antes do que imaginamos. Já o fenómeno Fátima apenas caminha para o seu primeiro centenário!
      Dá que pensar...

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  4. A tradição ainda é o que era e ainda bem que nestas pequenas terras se mantém o salutar hábito de continuar e transmitir de geração em geração as nossas memórias e tradições.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

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    1. Embora de modo diferente do que era, mais uma vez se cumpriu a tradição!
      É de louvar as pessoas que se deslocaram ao santuário da Senhora dos Verdes em procissão, como as que acompanharam a Senhora de Fátima à igreja matriz na povoação com aquela devoção simples e sem vaidade, como é normal nestes momentos.
      Retribuo o abraço.

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  5. Belos momentos!
    Por aqui...na Festa de Maio...Maria saiu da igreja e foi para a capelinha...numa bela procissão de velas!
    São festas que enchem de orgulho as nossas aldeias!
    Bj

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    1. Graça, creio que esta imagem também passará pela sua aldeia, pois a Senhora de Fátima anda em peregrinação por Portugal inteiro! Mas claro, cada pároco organiza nas suas paróquias o que melhor entende.
      Não confundir com a procissão de velas no dia de Maria!
      Bjs**

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    2. P.S- Se calhar fica melhor dizer anda em peregrinação às dioceses portuguesas do que "por Portugal inteiro"!

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  6. Dois dias muito importantes para as gentes de Forninhos, a Festa do Espirito Santo e a presença temporária da imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima. A primeira, muito participada por gentes de todas as redondezas e a segunda, um momento muito feliz e emocional para alguns. Só quem esteve presente, sentiu o calor que a imagem transmitiu a cada crente. Felizmente fui uma dessa pessoas, apesar da ausência da esposa, filho e neta, valeu-me a companhia de minha querida mãe. Momentos de alegria.

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    1. Para os que não puderam estar é importante a tua partilha e comentário, Henrique. Obrigada, outra vez.
      Este ano não foi possível ir ao Espírito Santo, mas do que tive mesmo pena foi de não presenciar a passagem da primeira imagem peregrina de Fátima, que na década de 1950 percorreu o país também. Imagino a emoção.
      Vai dando notícias ;-) Gostei daquele jardim quase bonito!

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  7. Que linda festa, devia estar maravilhosa. Aqui também teve e nosso coral cantou na missa. Sinto falta destas festas como era antigamente hoje em dia só em Solidão tem festa igual a de Forninhos.
    Bjos tenha um ótimo dia.

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    1. A Anajá compara muito Forninhos com Solidão e isso é bom, é sinal que dá valor às suas raízes e origens, o que nem sempre acontece aqueles que saem da sua terra natal.
      Beijos&Abraço.

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  8. Muito bonito ver que neste caso, as tradições religiosas não se perdem e continuam a ser cumpridas. E serão decerto as mais fortemente enraizadas na alma das pessoas.
    O Espírito Santo vem de longe, e é celebrado em tantas localidades, nos Açores talvez com mais grandiosidade, mas o sentimento de fé é o mesmo, independentemente do local onde seja celebrado. E não sabia que se celebrava já no séc. XVIII. Muito interessante ler as questões colocadas pelos Serviços do Marquês de Pombal, e as respectivas respostas do Cura.
    Ter num dia a Festa do Espírito Santo, e no dia seguinte a visita da imagem peregrina de N. Sra de Fátima, deve ter tido um significado especial para gente tão devota.
    Muito bonito o azulejo comemorativo dessa primeira visita ao Alto de Valagotes, também por isso Alto de N. Sra de Fátima. A fé continua muito presente, e embora a Senhora de Fátima seja tão venerada em todo o país e um pouco por todo o mundo, a verdade é que a Senhora dos Verdes lhe "ganha" em antiguidade...:-) É como diz o Xico : "Duas irmãs numa só alma".
    Embora não seja uma pessoa de fé, respeito imenso, e gosto muito das festas, dos santos, das igrejas, das procissões. E do rosto das pessoas com fé a assistir ou participar das celebrações. Tudo muito forte e genuíno.
    Um belo post, Paula! Gostei muito.
    xx

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    1. O povo de Forninhos sempre soube estar presente de forma digna quando os valores da fé o solicitavam, fê-lo aquando da procissão diocesana de 1951 e agora em 2015. Na festa do Espírito Santo é que às vezes (em ano de eleições autárquicas) é que os valores e as fés são outras, mas isso são outros "votos"!
      Apesar de tudo o que aprendi sobre a antiguidade da minha terra, interrogo-me sobre a nossa tradição do Espírito Santo, que é diferente das que encontramos nas outras terras.Temos conhecimento do milagre ocorrido na Era de 1720 nos campos da região (e também da resposta do Cura à pergunta do "Terreiro do Paço"), mas até pode ser que o povo tenha dirigido as preces ao Divino Espírito Santo para pôr fim à praga de gafanhotos e não à Virgem Maria!
      Voltando à procissão diocesana de 1951, existem três azulejos: o do alto dos Valagotes/S. de Fátima; depois outro no Santuário da S. dos Verdes; e outro ainda no adro da nossa Igreja. Os azulejos em azul e branco são simplesmente maravilhosos e são um marco na história da terra. O que está no Santuário de N. Senhora dos Verdes é que está mais degradado. Foi partido e colado e eu há muito que gostava de saber sobre a “colagem” desse azulejo, mas nunca houve ninguém que me contasse o que aconteceu. Normal...
      E também sou uma que gosto de observar o rosto das pessoas com fé e gosto muito da Irmandade de Forninhos. Sou suspeita, mas a fila da irmandade é bonita de ver nas celebrações religiosas como festejos em honra de santos, ladaínhas e até nos funerais.
      Pronto.Gosto muito de te ler, Laura. Um momento muito bom dum blog é um bom comentário e tu comentas 'super-bem'. Obrigada por aqui vires mesmo saturada da blogosfera.
      Bj**

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  9. O meu abraço nesta 5a feira, Paula...
    Agora já de volta e vendo o seu post sobre Forninhos... Narrou tudo muito bem!
    Fiquei maravilhada com Portugal!...

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    1. Obrigada, Anete. A comunicar sinto-me verdadeiramente participativa!

      Abraço e bom regresso a casa.

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  10. Boa noite Paula,
    Há tradições católicas que caíram em desuso principalmente nos grandes centros, mas ainda bem que Forninhos mantém a tradição de celebrar a Festa do Espírito Santo! Uma festa pela qual tenho o maior respeito. Pelo que tenho observado e lido no vosso Blogue e comparando, a minha aldeia era moderada nessas tradições – praticamente nulas - talvez, porque muito embora houvesse cristãos católicos, havia e há muitos não crentes e protestantes. Há até uma Igreja Evangélica com quase 60 anos!
    Sobre a imagem de Nossa Senhora de Fátima peregrina é sempre muito marcante para as populações por onde passa! Esse azulejo que assinala a sua passagem por Forninhos em 1951 é lindíssimo!
    Um beijinho.
    Ailime

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    1. Boa noite, Ailime,
      Na minha terra não sei se houve outra religião, mas uma coisa eu sei sempre fomos um povo de ir à Igreja e adorar os santos, mas com o crescimento do movimento carismático dentro da igreja católica é bem possível que o Espírito Santo venha a assumir uma maior importância, mas não acredito que mais do que a Jesus e Maria!
      Sobre o azulejo de Nossa Senhora que é de facto muito lindo, ele é também um marco importante porque situa-nos em determinado ano (1951). No entanto, a passagem da imagem peregrina no dia 26 de Maio de 2015 também podia ter ficado assinalada, mais que não seja para a geração vindoura poder um dia também postar e comentar este momento.
      Beijinhos e bom fim de semana.

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  11. Como eu gosto deste Portugal.

    Fazem-me retornar à infância, estas tradições


    Beijinhos

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    1. Pois fazem. Na minha meninice era uma alegria o dia do Espírito Santo. Quando passei pela adolescência é que nem sempre fui na procissão - tinha aulas na vila - mas sempre conseguia chegar a Forninhos mais cedo. Agora, já adulta, só vou quando o trabalho permite.
      Não me esqueço também da reza do terço no mês de Maio.

      Beijinhos.

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  12. Xico, respondendo ao seu comentário:
    - Inteiramente de acordo. Primeiro , porque não há comida como a da mãe; segundo, porque o slow food tem créditos incontestados; terceiro, porque panela de ferro, na lareira milenar, faz muito mais que cozinhar - conquista e arrebata os sentidos.
    Bom fim de semana.

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  13. Maravilhoso perpetuar as tradiçoes ancestrais e que os vindouros nao esqueçam. junto ao santuario do S. dos caminhos também "temos" a Capelinha da Sra. dos Verdes, mas ignoro se a construção da mesma se deve a uma promessa qualquer. Para nos proteger das pragas, era tradição a 3 de Maio, ou Santa Cruz, fazermos cruzes com as estacas dos feijões, (estavam mesmo à mao) e coloca-las nos campos de centeio. Era também nesse dia que os pastores da região, traziam os rebanhos maquilhados de cores garridas e todos faziam romaria, a diferença era que os rebanhos corriam a traz dos pastores. Evidentemente que pediam protecção ao S. dos Caminhos.

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    1. Em Forninhos também ainda preservam em respeito à própria memória e à dos seus antepassados o dia 3 de Maio, dia de Santa Cruz. É costume nesse dia o povo ir em Procissão de Ladainhas, cumprir o Voto à Senhora dos Verdes e para abençoar os campos para que a peste, a praga, trovoada, não entre nos nossos campos e a fome na nossa casa, durante o ano, colocam depois uma cruz nos campos semeados. Dantes era só nos campos de centeio.
      As cruzes, essas, eram feitas de pau e, sim, grande parte com as estacas dos feijões. Lembro-me na minha tenra idade (não sou assim tão novinha, já vivi 4 décadas) ver os homens fazer as cruzes, um pau bem alto, e o que cruza pequenino.
      No entanto, na "monografia" da minha terra a ilustrar o assunto, assunto tratado de forma superficial, diga-se!, vejo a imagem de uma cana verde enfeitada com partes alecrim e oliveira, presumo que do ramo benzido no Domingo de Ramos. Só que o que me disseram pessoas de Forninhos com idades entre os 65 e 85 anos é que costume de adornar a cruz com partes do ramos benzido é uma tradição de outras localidades, não de Forninhos. Mas o que menos percebo é o porquê da cana verde, quando a cruz sempre foi no tempo dos nossos avós e até ao presente feita de pinho!
      Por isso, S. Leitão, é que de vez em quando gosto de pôr os pontos nos "is". "Eles" não gostam, mas como alguém me respondia no outro dia: a verdade por nós conhecida deve ser divulgada, custe o que custar, pois a não ser assim somos uns hipócritas.
      Um abraço meu.

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    2. P.S- Em Forninhos os ramos eram guardados por detrás da porta da cozinha, para em situação de trovoada forte servir de protecção. Detrás da porta tiravam partes do ramo benzido e deitavam pedaços na fogueira, enquanto rezavam invocando a santa protectora, Santa Bárbara.
      Hoje talvez haja pessoas que enfeitam a cruz com partes do ramo, a tv levou-lhes essa informação, mas é como digo acima, nunca foi, nem é tradição de Forninhos.

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