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domingo, 16 de maio de 2021

1955 - Arrolamento Geral do Gado

Efectuado em 15 de Dezembro, os dados dum Forninhos eminentemente rural indicam:


Cavalares 1
Muares 0
Asininos 3
Bovinos 122
Ovinos 383


Caprinos 91
Suínos 126
Galinaceos (genero gallus) 610
Patos 14
Gansos 0
Perus 13
Pombos 3
Coelhos 153



O cavalo - dizem - era do Sr. Luiz Fernandes Abrantes falecido a 04-06-1966.
3 pessoas manifestaram ter burros, no total de 3. O meu bisavô Coelho, embora tenha falecido no mês anterior ao arrolamento, faleceu no dia 01-11-1955, tinha um burro.
Havia patos e perus e 1 pessoa manifestou que tinha 3 pombos
57 pessoas manifestaram ter bovinos 
30 pessoas manifestaram ter ovinos
68 pessoas manifestaram ter caprinos
74 pessoas manifestaram ter suínos
33 pessoas tinham coelhos

No total foram contabilizadas 1. 519 cabeças na nossa aldeia
Já lá vão uns anitos....

Fonte: INE -Instituto Nacional de Estatistica.

19 comentários:

  1. Boa tarde. Um censo incrível e impecável. Parabéns pela matéria. Bom início de semana.

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    1. Obrigada Luiz.
      Estes dados bem vistos revelam que estas espécies soferam diminuição próxima da sua extinção.
      Cpts,
      Paula.

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  2. Boa tarde

    Notável .!!!
    Detalhes de uma Aldeia colocada na
    NET por 2 briosos filhos da terra.

    Parabéns
    Bom semana
    MG

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    1. Obrigada.
      Não terá valor material, mas não duvido do valor simbólico que terá para a história da nossa terra.
      Um abraço.

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  3. Tão interessante este tipo de registo! Bj

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  4. Registro interessante esse e tudo bem detalhado! Ótima semana! beijos, chica

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    1. Respondendo aos três com a mesma resposta:
      Obigada também pelo vosso interesse: Chica, Francisco e Gacinha.
      Bjs&Abr/Boa semana.

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  5. Boa noite de paz e saúde!
    Muito precisa a estatística do seu Forninhos.
    Gosto de ver sua construção da história local, querida amiga Paula!
    Tenha um anoitecer/amanhecer abençoado!
    Beijinhos carinhosos e fraternos

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    1. Pesquisar a história do meu Forninhos tornou-se um hábito/prazer quase diário, principalmente pela quantidade de informação que acabo por encontrar sobre as gentes que fizeram esta terra que nós pisamos agora como se sempre tivesse sido assim.
      Beijinhos e tudo de bom...

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  6. Bom dia Paula,
    Não sabia que à época se fazia o registo dos animais.
    Muito interessante. Decerto era generalizado a todo o País.
    Gostei de saber sobre mais esta pesquisa que a Paula efetuou.
    Beijinhos e ótima semana.
    Ailime

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    1. Sim, Ailime, inicialmente o INE projectou um plano de inquérito às explorações agrícolas do continente e com base nesse recenseamento, projectou-se determinar a existência de gado nas explorações agrícolas em fins de 1955, devendo inquirir-se apenas os empresários agrícolas que anteriormente tinham declarado possuir cabeças de gado.
      Entretanto, em reuniões efectuadas com os representantes dos organismos que mais de perto acompanhavam os problemas agro-pecuários, foi defendido de que o gado existente fora das explorações agrícolas representava uma parcela importante dos nossos efectivos pecuários, apontando-se ainda a importância do conhecimento para efeito da elaboração das balanças alimentares, das populações avícolas, estas em grande quantidade fora das explorações agrícolas.
      Por estes motivos e face a desactualização dos números existentes (o último arrolamento geral de gados e de animais de capoeira data de 1940) a Direcção-Geral dos Serviços Pecuários insistiu pela vantagem de se alargar para Arrolamento Geral de Gados e de Animais de capoeira que de facto foi levado a efeito em 1955 no Continuente e Ilhas Adjacentes.
      Beijinhos.

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    2. Muito obrigada, Paula, pelo seu tão completo esclarecimento. O meu avô falava muito comigo e não me recordo de me ter falado neste assunto. Um grande beijinho.

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  7. Olá Paula, mais um acervo de louvar, coisas nossas...
    Lembro embora de modo vago, pois não era nascido à altura, de virem uns senhores de bata entrarem na loja dos animais e lhes "espetarem" uns brincos nas orelhas, numerados, se calhar era para outro efeito, não sei.
    Quanto ao resto e de modo galhofeiro, como contabilizavam as galinhas e galos, mais os pitos, se andavam ao deus-dará?
    Talvez pelas multas da Guarda...

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    1. A contabilização não foi feita através de brincos nas orelhas, foi feita através dum boletim de inquérito e foram inquiridos todos os possuidores de gado e de animais de capoeira (apenas foram excluidas algumas freguesias do concelho de Lisboa).
      É óbvio que não se conseguiu evitar que em algumas freguesias o número de boletins preenchidos se apresentasse inferior ao número provável de possuidores de gado ou de animais de capoeira, mas foi claramente um arrolamento sério e a sério!
      Elaborou-se um plano de propaganda através da rádio e imprensa, baseado em pequenas noticias anunciando a realização do arrolamento e esclarecendo acerca dos fins em vista.
      Em cada freguesia foram afixados editais anunciando a data do arrolamento e foi pedido aos párocos das freguesias e professores primários a valiosa colaboração. Também aos Senhores Presidentes das Câmaras Municipais foi pedida colaboração, especialmente no que respeita à acção junto dos Regedores das freguesias, fazendo ver a estes a importância das funções que lhes foram atríbuidas, como responsáveis directos pela execução dos trabalhos de campo.
      Lê o Arrolamento que vale a pena.

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  8. Um arrolamento muito bem elaborado e organizado.
    O meu abraço neste finzinho de noite.
    # Fico feliz com as boas notícias de Portugal 🇵🇹 em relação à pandemia.

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    1. Todos nós, Anete!
      Com as boas notícias, já desembarcaram oito mil ingleses nas praias do Algarve à procura, simplesmente, de uns dias de sol e de liberdade!
      Bjs, bom fim de semana.

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  9. Interessante este arrolamento que permite ao vindouros ter uma noção de como era próspera a vida na aldeia.
    Abraço e saúde

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    1. Não só os vindouros, Elvira, principalmente os forninhenses de hoje podem perceber porque havia a bênção dos campos e dos gados por esse Portugal fora.
      Em Lisboa e noutras cidades, se calhar não, mas nas aldeias e vilas, as gentes do campo, pediam a protecção das searas e dos gados a Deus, a Nossa Senhora e aos santos, de modo a virem a obter boas colheitas, bons pastos e boas crias. Acho que naquela altura tudo girava à volta da religião e da agricultura.
      Abraço e saúde também para a Elvira!

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