No verão ou outono de 2013, na Tipografia da Beira Alta, Ldª. imprimiram-se 500 exemplares da primeira edição da monografia "Forninhos: a Terra dos nossos avós", da autoria de Carlos Alves e co-autoria de Filipa Loureiro.
No capítulo "invasões e liberalismo", escreveu-se que no dia 2 de Abril de 1850 o jornal Ilustração Brasileira, na sua edição de sábado, na secção História da Actualidade, referia que "Na freguesia de Forninhos grassa actualmente uma febre de carácter maligno", não dando mais explicações sobre esta epidemia, página 72 (agora com o "Coronavírus", vem bem a propósito recordar esta notícia).
Posteriormente, sobre Forninhos foi editado um artigo com muito interesse, na Revista de História da Sociedade e da Cultura n.º 18, da autoria do João Nunes, e podemos ler (página 115): "Em 1859, uma notícia do Jornal dava conta de que em "Forninhos grassa actualmente uma febre de carácter maligno" (A Ilustração 1859:97).
Afinal a notícia é de 1850 ou 1859?
Existe um documento que pode confirmar essa notícia:
Não querendo ser desmancha-prazeres, o ano inserido na monografia de Forninhos está errado e tal em nada beneficia o leitor comum ou de quem inicia novas investigações, ao contrário da Revista da História da Sociedade e da Cultura n.º 18 que acrescenta informações de inegável utilidade.
A notícia, portanto, é do ano de 1859 e talvez desta vez o leitor forninhense entenda que na sociedade forninhense predomina mais o consumo do que a cultura e o consumo traz lucro e prestigio social, não importa se a história é deturpada, se com isso alguém tira dividendos económicos e políticos.
Voltando à notícia, será que alguém de Forninhos trabalhava na Ilustração Luso-Brazileira?
Todos adoramos a nossa terra, para cada um a sua é a melhor e a mais bonita, mas eu acho que minha terra não ía ser notícia no século XIX, num jornal universal, se não houvesse uma pessoa nascida e criada na região.
Se alguém descobrir diga-nos.
No capítulo "invasões e liberalismo", escreveu-se que no dia 2 de Abril de 1850 o jornal Ilustração Brasileira, na sua edição de sábado, na secção História da Actualidade, referia que "Na freguesia de Forninhos grassa actualmente uma febre de carácter maligno", não dando mais explicações sobre esta epidemia, página 72 (agora com o "Coronavírus", vem bem a propósito recordar esta notícia).
Posteriormente, sobre Forninhos foi editado um artigo com muito interesse, na Revista de História da Sociedade e da Cultura n.º 18, da autoria do João Nunes, e podemos ler (página 115): "Em 1859, uma notícia do Jornal dava conta de que em "Forninhos grassa actualmente uma febre de carácter maligno" (A Ilustração 1859:97).
Afinal a notícia é de 1850 ou 1859?
Existe um documento que pode confirmar essa notícia:
Não querendo ser desmancha-prazeres, o ano inserido na monografia de Forninhos está errado e tal em nada beneficia o leitor comum ou de quem inicia novas investigações, ao contrário da Revista da História da Sociedade e da Cultura n.º 18 que acrescenta informações de inegável utilidade.
A notícia, portanto, é do ano de 1859 e talvez desta vez o leitor forninhense entenda que na sociedade forninhense predomina mais o consumo do que a cultura e o consumo traz lucro e prestigio social, não importa se a história é deturpada, se com isso alguém tira dividendos económicos e políticos.
Voltando à notícia, será que alguém de Forninhos trabalhava na Ilustração Luso-Brazileira?
Todos adoramos a nossa terra, para cada um a sua é a melhor e a mais bonita, mas eu acho que minha terra não ía ser notícia no século XIX, num jornal universal, se não houvesse uma pessoa nascida e criada na região.
Se alguém descobrir diga-nos.
É sempre bom colocar as verdades e esclarecer as datas. Os fatos estão registrados , mas vale sempre ver a verdade! beijos, chica
ResponderEliminarNão havia necessidade de inventar nada, a notícia está documentada.
EliminarBeijos.
Boa noite
ResponderEliminarBelo detalhe da Història de Forninhos.
Abraço
Boa semana
MG
Boa noite
EliminarA coisa que mais detesto é escreverem-se inverdades históricas.
Abraço,
Boa semana
Ola , Paula
EliminarAs verdades e inverdades das nossas " terras" , das nossas famílias , cidades , enfim.. do Nosso Mundo ,"fabricam-se" em função das conveniências politico-sociais da época, dos lobyes , e ,do poder dos intervenientes.
É fácil passar a mensagem desde que ela seja dita muitas vezes da mesma maneira .
Mesmo sendo inverdade , boato ou mentira , é verdade que dita da mesma forma por muita gente torna a " coisa " natural ..
Basta pensar nas Aparições de Fátima .
Basta pensar na vida de Salazar . Nas mulheres que
teve . E no tempo dos nossos Avós até há poucos anos a Igreja manipulava a informação
Era o veículo do Poder.
Ainda sou do tempo em que a homilia do Domingo era falar do PSD ( o Céu ) e os outros
( o Inferno ) !!
E tenho apenas 53 anos.
Tinha discussões com "Santa " da minha Mãe, pelas inverdades
que os padres passavam e a minha Queria Maria José acreditava em tudo .
Que Deus a tenha em descanso.
Até a " anedota" de que a minha geração está a pagar os erros dos meus antepassados.
Enfim...
O presente está cheio de inverdades.
Lutar contra os erros da História é " obra " !!!
Abraço
MG
Apenas pergunto: o que dirão os ditos e doutos monografistas da "Coisa" e seus correlegionários, acerca desta prova documentada?
ResponderEliminarRespondo eu que nada, pois de tantas questões colocadas à altura acerca da veracidade de vários factos impressos apesar de deturpados da nossa história, porventura pelo amadorismo displicente da procura, mais lhes valeu contornar o insucesso com gravuras e vender e deixar aos que nem sequer ler sabiam, a boca aberta das suas recordações e por tal a nada responderam.
Agora, eu acho que a "Coisa" devia ter imprimindo a sua obra visionária aos milhões, antecipando-se quase uma década e dar azo a pesquisas científicas para tal maligna tratar.
Estranho e deveras, Forninhos ter sido notícia de ter no seu canto pequenino, uma febre maligna tipo agora em Wuhan na China e ser notícia a nível internacional ao tempo.
Excelente conclusão Xico!
EliminarMas deixando aquela coisa de lado, Costa Cabral, o Marquês de Tomar, era natural de Fornos de Algodres e foi embaixador no Brasil no ano de 1859. Se calhar por um breve momento os olhos da comunidade luso-brasileira esteve na nossa região!
Confundiu-se Forninhos com Fornos?
Ou,
Na wikipédia lê-se que a Ilustração Luso-Brasileira resultou da iniciativa do português António José Fernandes Lopes. Haverá alguma ligação do empresário tipográfico português a Forninhos?
Curiosamente, entre 1859 e 1862 a população não sofreu uma evolução negativa.
Olá, a data correta é 02 de abril de 1859(sábado), pois 02 de abril de 1950 era uma terça-feria.
ResponderEliminarBoa!
EliminarO mais rídiculo é que até mencionaram a fonte: a Ilustração luso-brasileira, vol. 3, 1859.
Querida Paula... Acompanhado os seus posts interessantes e históricos...
ResponderEliminarUma boa semana... O meu carinho...
Obrigada Anete.
EliminarUma boa semana para si também.
Bjs
É bom que se façam as correções.
ResponderEliminarAbraço e uma boa semana
Elvira, a obra já merecia uma Errata.
EliminarEsta correção e outras tantas já descobertas, deviam ser incorporadas à obra ou então numa edição posterior devia incluir-se o sub-título "edição revista e corrigida".
Mas isso implica - citando o XicoAlmeida - que os doutos monografistas e seus correlegionários assumam os erros e admitam que a obra não foi revista nem corrigida.
Um abraço e uma boa semana.
Muito interessante e também penso que alguém de Forninhos trabalhava para a tal revista.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Alguém de Forninhos ou das proximidades.
EliminarMas eu venho rememorar o porquê da minha terra ser notícia no século XIX porque gosto de saber o porquê das coisas.
Um Abraço.
Boa tarde Paula,
ResponderEliminarNa verdade os factos históricos devem ser precisos e corrigidos quando há enganos.
Espero que através deste belíssimo artigo possam ter noticias sobre alguém que tivesse trabalhado nesse Jornal.
Um beijinho e continuação de boa semana.
Ailime
Tenho de investigar a origem de António José Fernandes Lopes, o empresário tipográfico português, proprietário e editor da illustração luso-brasileira: jornal universal (1856-1859).
EliminarBeijinho.
Corrigir para bem partilhar estas notícias HISTÓRICAS... bj
ResponderEliminarPela minha parte, tenho partilhado o pouco que sei e posso, no sentido de repôr a verdade dos factos relacionados com a minha terra, agora cabe aos de Forninhos que frequentam esta página apreciar como lhe aprouver o que se disponibiliza.
EliminarBj