Este espaço nasceu para dar a conhecer a História, estórias e memórias duma aldeia chamada Forninhos (antigamente Fornos). Vem-lhe o nome certamente por lá ter havido fornos/fábrica de cozedura...assim rezam os livros de História, Lendas e Tradições de outros lugares.
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Em Memória da Gente Antiga
Recuando ao ano de ...(?)
A foto foi tirada em Forninhos. Quem é capaz de identificar o lugar?
Gosto muito de ver fotos antigas e ainda mais quando são da minha família. Não sei se estou enganada mas parecem-me que são tia Ana Saraiva sua filha Augusta e seu marido Francisco Ferreiro.Xico diz alguma coisa se acertei são os teus avos e tia?A foto foi tirada no quintal da tia Eduarda, hoje casa da tia Aida. Nstalia
Também gosto de ver fotos da nossa gente antiga e gosto muito de divulgar os lugares e tudo que faz parte da nossa Comunidade (quando Forninhos era de facto uma Comunidade).
Simplesmente A-D-O-R-O esta fotografia com sinais característicos, no modo de vestir da época.
A mim esta foto deixa-me simultaneamente triste e feliz! Estou emocionado pelas recordacoes que me trazem, por estar a rever os meus avos e a minha tia. Sinto-me a brincar debaixo da tilia da Tia Eduarda, enquanto tiram a foto. Tiveram sempre um carinho muito especial por mim, apesar das diabruras que pregava`à minha avó Ana. Tinham um radio dos antigos, a válvulas que levava tempo a deixar sair o som. Tanta vez o liguei , volume no máximo e enquanto aquecia eu "pirava-me"; claro que os gritos da avó não me atingiam e ria desalmadamnte, mas gostavamos um do outro e ao Domingo, certinho 25 tostoes. O meu avô Francisco, talvez seja das pessoas mais marcantes da m/vida!Autentica veneração mútua. Plantou uma pereira em Cabreira quando nasci, e no dia dos meus anos lá iamos os dois de mão dada, cesta de vime e uma roca, apanhar as peras. Recordo os belos e gigantescos ramos de Domingo de Ramos, enfeitados de rebuçados e laranjas. Um gigante fisicamente e de coraçao. Obrigado a eles pela felicidade que me deram. A ti, Paula, um sentido obrigado por esta homenagem. Um beijo sincero.
A casa não é da Tia Aida na totalidade. Foi se não incorro em erro, comprada pela metade. De facto era da Tia Eduarda e a metade não vendida, após a sua morte ficou para o Tio Agostinho do Boco, que entretanto também a alienou. Esta parte da casa é de facto onde se encontra o quinta e a tília.
Esta fotografia está realmente muito bonita, também conheço a tia Ana Saraiva e a sua filha tia Augusta Saraiva, o seu marido Francisco já não o conheci, são fotografias como esta que nos fazem recuar ao passado, tenho boas recordações da tília e saudades dos serões lá passados, no Verão de alguns anos atrás na companhia de bons amigos.
Se a tília pudesse falar contaria histórias de maravilhar, mas só quem as viveu sobre a sua sombra as pode recordar e sentir saudades do tempo lá passado e como dizes, na companhia de bons amigos. Vejo a tília como uma guardiã fiel.
Em 1959, roubaram da Capela da Senhora dos Verdes os “Serafinzinhos” e disseram-me que o primeiro a dar conta do roubo foi o tio Xico Ferreiro. Algum leitor pode dizer-nos mais acerca deste grande homem e sobre o episódio do roubo dos anjos Serafins? Hoje não há rastos deles, mas tirando os mais jovens, certamente há bastantes pessoas da terra que lembram como tudo aconteceu. Se houver alguém que possa contar como foi...'Gracias'.
Mais uma preciosa foto de família. Paula Maria: Conheci e conheço bem os três personagens desta foto, o tio Francisco Ferreiro e sua mulher, Ana Saraiva e a filha Augusta Saraiva. O tio Francisco, irmão da minha avó Teresa, além de ser tio direito do meu pai, José Albuquerque (Cavaca), era também seu padrinho de baptismo. Era irmão de mais 8 e dos 9 irmãos que eram, ele foi o último a deixar este mundo. Era pai de 5 filhos, 3 rapazes e 2 raparigas. Sempre que fui à sua casa, fui sempre bem acolhida como família. Tanto o tio Francisco, como a sua mulher Ana Saraiva, foram exemplares no cumprimento da Lei de Deus e dos Homens e deixaram bom nome em Forninhos, sua terra natal. Quando roubaram os Serafinzinhos da Capela da Senhora dos Verdes, ele como um grande devoto e um grande amor aos Serafinzinhos, enervado disse publicamente dirigindo-se à pessoa de quem os roubou que lhe puxava os colarinhos, nem que fosse com as gengivas. Ficará sempre na memória o grande amor e afecto que tinha aos Serafinzinhos. A filha Augusta Saraiva era solteira, viveu sempre com os pais e tomou conta deles até à sua morte. Era muito dedicada às práticas da Igreja e da Religião Católica, foi minha catequista sempre com uma conduta exemplar. Recordar é Viver e as fotos são um vínculo muito forte de memórias e recordações.
Fez-me o comentário acima recordar a dedicação da tia Augusta Saraiva à Igreja, nos anos 80, tinha eu 16 anos e onde fui nomeada com ela e a Céu (guerrilha) para a limpeza e arranjos da Igreja. Tive o privilégio de durante um ano seguido conviver com esta bondosa Senhora. Só tenho boas recordações da tia Augusta. Mas não tenho recordações da tia Ana Saraiva e tio Francisco e de outros homens de antigamente, como o meu avô Cavaca, que ousavam tomar a palavra e dizer as coisas como eram, sem medo. Homens que merecem que Forninhos não os ignore. Pois, vamos aguardar pacientemente para ver o que sobre eles a história vai dizer… Numa altura em que o papel do Regime e a Igreja era tão severo dizer publicamente, ao pároco local que se tivesse a certeza que foi ele que roubou os “Serafinzinhos” até lhe agarrava nos colarinhos com as gengivas é de louvar! Será que hoje alguém tem coragem de publicamente apontar o que "desaparece" da paróquia de Forninhos, ou se quiserem, desta terra de Forninhos? Histórias de roubos de pedras e imagens da devoção ao povo há algumas em Forninhos. E curiosamente até uma Capela caída se “evaporou” – mas enfim. Fazem muita falta os homens e mulheres de antigamente, mas já dizia o grande Camões: “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”!
Emociona profundamente. ver o respeito que as pessoas denotam publicamente, pelos meus queridos avós. Obrigada Margarida pelo teu testemunho. Não imaginava que eramos uma familia tao numerosa e afinal ainda tao proxima. Ainda hoje revejo o meu Avô Francisco, sentados à lareira, com o assador das castanhas ao lume, falar na historia dos "Serafinzinhos". Ficava colérico, completamente alterado, que todos deviam arder nos infernos! Margarida, ainda te lembras dele a tocar guitarra? Eu recordo mais o seu fato preto, camisa branquinha com colarinho engomado e gravata preta que atava com elastico. Mais o seu bigodinho. Tinha "pinta"! No que respeita á tília, era como que o pelourinho do Outeiro, onde nós putos jogavamos ao pião, à xona e à carica e à noite as mulheres na sua maioria abancavam para por a "escrita" em dia. Muitas casacas ali se cortaram e alguns casamentos ali começaram. Fico perplexo haver tantos irmaos, primos e primas. Enchiam uma aldeia e se calhar casavam entre eles! Era bonito hoje... Até Cristo descia à terra!
Sou neto do meu avô com muita honra.Recordo nos momentos solenes em que o "Altissimo"saía da Igreja e as Opas de quem iria segurar o Pálio, eram entregues; entre eles estavam, diria sempre o meu avô e o saudoso, Sr. José Cavaca. Era uma distinção, por a merecerem pela sua conduta de vida. Gente trabalhadora, empreendedora, em suma gente de bem. Não que outros não o merecessem de igual forma. Apenas pelo facto de serem gente de bem. Neste Post, a Aluap, fez o favor de publicar a saudade bela da minha infancia, mas não descuro os adorados pais que tive, o pai partiu, a mãe viva, na graça de Deus, uma amiga e confidente. Não falei daquela grande Senhora no meio da foto. A minha tia Augusta. Levou a vida de uma forma celibataria, entrega de fé, colaborante e dedicada. Ao mesmo tempo trabalhadora rural, cuidando do que seu era, amiga de toda a gente. Felizmente, com conhecimento da familia, tenho em meu poder, após a sua morte, algum espólio que comove. Entre missais quase centenários, ia intercalando ladainhas, oraçoes, pequenos cartoes dos sobrinhos e sobrinhas, aquando dos batizados e casamentos. Tudo carinhosamente guardava. A minha grande homenagem de saudade para ela! Como esta Grande familia, que nos respeitamos mutuamente, outras terá havido. Em Forninhos, segundo me constou, está em perspectiva um livro sobre a historia deste povo, com interesse da actual Junta de Freguesia. Tenho receio, do modo , pesquisa, seriedade e sobretudo do direcionamento do mesmo, em suma do seu fim. Se for integro e desprendido, tudo bem; Apenas gostaria de saber, qual o seu organograma, quais os conceitos e prioridades da historia da terra e suas personagens a serem transcritas nesse documento. Como muitos dos que aqui me identificam, sou de esquerda, de uma esquerda democratica, Há muitos anos, ligado ao meu Partido e assumo, Socialista. Após o 25 de Abril, nas primeiras eleições autárquicas livres, fui talvez o mais novo a nivel nacional a estar numa mesa de assembleia de voto, como escrutinador. Foi na minha terra. Espero e reforço os meus votos para que este projecto não sirva apenas para mera orientação política, onde começa a reinar a ostentação de festas, churrascos e promoções pessoais, em sintonia com as pessoas que têm o poder de influenciar o "rebanho". Se for para menosprezar ou esquecer as pessoas de bem, e não lhes fazer a devida homenagem, faço minhas as palavras do meu avô Francisco, "até lhes agarro os colarinhos com as gengivas".
Estranho a ausência de comentários, face à presença da comunicaçao social(RTP), recentemente em Forninhos, pois todos ansiamos(eu pelo menos)que face à propalada transmissão em horário nobre e dado tratar-se de roubos de Arte Sacra, na qual a n/paróquia é pródiga e ao longo dos tempos abusada, que se registasse um maior enquadramente, quer noticioso, quer paisagistico, quer arquitectonico da bela Capela da Nossa Senhora dos Verdes, não apenas pelo tema, mas também pelo seu estatuto nacional. Fico conte por Santa Rita ter sido resgatada, das mãos espanholas; voltou para sua casa! Neste Post sobre os meus avós, comenta-se o roubo de S. Pedro e dos Serafinzinhos. Continuo a pensar que foi um roubo ignóbil, mas alguma vez foi comunicado às autoridades policiais? As mesmas que colaboraram e penso localizaram Santa Rita em Espanha não poderão dar um contributo? Este património não estará, talvez, muito longe da casa aonde há muito deveria ter voltado. O Senhor Bispo de Viseu, não poderá dar uma ajuda? Com um pouco de sorte até poderão estar na cidade..... Repunha-se a legalidade, vinha a televisão e quem sabe, podia haver um minutinho de tempo de antena. Boas Festas.
Certamente alguém saberá! Legal isso!Tomara apareçam. beijos,chica
ResponderEliminarGosto muito de ver fotos antigas e ainda mais quando são da minha família. Não sei se estou enganada mas parecem-me que são tia Ana Saraiva sua filha Augusta e seu marido Francisco Ferreiro.Xico diz alguma coisa se acertei são os teus avos e tia?A foto foi tirada no quintal da tia Eduarda, hoje casa da tia Aida. Nstalia
ResponderEliminarTambém gosto de ver fotos da nossa gente antiga e gosto muito de divulgar os lugares e tudo que faz parte da nossa Comunidade (quando Forninhos era de facto uma Comunidade).
ResponderEliminarSimplesmente A-D-O-R-O esta fotografia com sinais característicos, no modo de vestir da época.
Só conheci a tia Augusta Saraiva.
Bela recordação...Espectacular....
ResponderEliminarCumprimentos
A mim esta foto deixa-me simultaneamente triste e feliz!
ResponderEliminarEstou emocionado pelas recordacoes que me trazem, por estar a rever os meus avos e a minha tia.
Sinto-me a brincar debaixo da tilia da Tia Eduarda, enquanto tiram a foto.
Tiveram sempre um carinho muito especial por mim, apesar das diabruras que pregava`à minha avó Ana.
Tinham um radio dos antigos, a válvulas que levava tempo a deixar sair o som.
Tanta vez o liguei , volume no máximo e enquanto aquecia eu "pirava-me"; claro que os gritos da avó não me atingiam e ria desalmadamnte, mas gostavamos um do outro e ao Domingo, certinho 25 tostoes.
O meu avô Francisco, talvez seja das pessoas mais marcantes da m/vida!Autentica veneração mútua.
Plantou uma pereira em Cabreira quando nasci, e no dia dos meus anos lá iamos os dois de mão dada, cesta de vime e uma roca, apanhar as peras.
Recordo os belos e gigantescos ramos de Domingo de Ramos, enfeitados de rebuçados e laranjas.
Um gigante fisicamente e de coraçao.
Obrigado a eles pela felicidade que me deram.
A ti, Paula, um sentido obrigado por esta homenagem.
Um beijo sincero.
XicoAlmeida
A casa não é da Tia Aida na totalidade.
ResponderEliminarFoi se não incorro em erro, comprada pela metade.
De facto era da Tia Eduarda e a metade não vendida, após a sua morte ficou para o Tio Agostinho do Boco, que entretanto também a alienou.
Esta parte da casa é de facto onde se encontra o quinta e a tília.
XicoAlmeida
Esta fotografia está realmente muito bonita, também conheço a tia Ana Saraiva e a sua filha tia Augusta Saraiva, o seu marido Francisco já não o conheci, são fotografias como esta que nos fazem recuar ao passado, tenho boas recordações da tília e saudades dos serões lá passados, no Verão de alguns anos atrás na companhia de bons amigos.
ResponderEliminarSe a tília pudesse falar contaria histórias de maravilhar, mas só quem as viveu sobre a sua sombra as pode recordar e sentir saudades do tempo lá passado e como dizes, na companhia de bons amigos. Vejo a tília como uma guardiã fiel.
EliminarSe a tilia falasse, voces já a tinham cortado, muita cois se passou junto dela, nada de mal, mas coisas que ficaram só entre vós, :)
EliminarEm 1959, roubaram da Capela da Senhora dos Verdes os “Serafinzinhos” e disseram-me que o primeiro a dar conta do roubo foi o tio Xico Ferreiro. Algum leitor pode dizer-nos mais acerca deste grande homem e sobre o episódio do roubo dos anjos Serafins?
ResponderEliminarHoje não há rastos deles, mas tirando os mais jovens, certamente há bastantes pessoas da terra que lembram como tudo aconteceu. Se houver alguém que possa contar como foi...'Gracias'.
Mais uma preciosa foto de família.
ResponderEliminarPaula Maria:
Conheci e conheço bem os três personagens desta foto, o tio Francisco Ferreiro e sua mulher, Ana Saraiva e a filha Augusta Saraiva.
O tio Francisco, irmão da minha avó Teresa, além de ser tio direito do meu pai, José Albuquerque (Cavaca), era também seu padrinho de baptismo. Era irmão de mais 8 e dos 9 irmãos que eram, ele foi o último a deixar este mundo. Era pai de 5 filhos, 3 rapazes e 2 raparigas.
Sempre que fui à sua casa, fui sempre bem acolhida como família.
Tanto o tio Francisco, como a sua mulher Ana Saraiva, foram exemplares no cumprimento da Lei de Deus e dos Homens e deixaram bom nome em Forninhos, sua terra natal.
Quando roubaram os Serafinzinhos da Capela da Senhora dos Verdes, ele como um grande devoto e um grande amor aos Serafinzinhos, enervado disse publicamente dirigindo-se à pessoa de quem os roubou que lhe puxava os colarinhos, nem que fosse com as gengivas. Ficará sempre na memória o grande amor e afecto que tinha aos Serafinzinhos.
A filha Augusta Saraiva era solteira, viveu sempre com os pais e tomou conta deles até à sua morte. Era muito dedicada às práticas da Igreja e da Religião Católica, foi minha catequista sempre com uma conduta exemplar.
Recordar é Viver e as fotos são um vínculo muito forte de memórias e recordações.
Margarida Albuquerque.
Fez-me o comentário acima recordar a dedicação da tia Augusta Saraiva à Igreja, nos anos 80, tinha eu 16 anos e onde fui nomeada com ela e a Céu (guerrilha) para a limpeza e arranjos da Igreja. Tive o privilégio de durante um ano seguido conviver com esta bondosa Senhora. Só tenho boas recordações da tia Augusta.
ResponderEliminarMas não tenho recordações da tia Ana Saraiva e tio Francisco e de outros homens de antigamente, como o meu avô Cavaca, que ousavam tomar a palavra e dizer as coisas como eram, sem medo. Homens que merecem que Forninhos não os ignore. Pois, vamos aguardar pacientemente para ver o que sobre eles a história vai dizer…
Numa altura em que o papel do Regime e a Igreja era tão severo dizer publicamente, ao pároco local que se tivesse a certeza que foi ele que roubou os “Serafinzinhos” até lhe agarrava nos colarinhos com as gengivas é de louvar! Será que hoje alguém tem coragem de publicamente apontar o que "desaparece" da paróquia de Forninhos, ou se quiserem, desta terra de Forninhos?
Histórias de roubos de pedras e imagens da devoção ao povo há algumas em Forninhos. E curiosamente até uma Capela caída se “evaporou” – mas enfim. Fazem muita falta os homens e mulheres de antigamente, mas já dizia o grande Camões: “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”!
Emociona profundamente. ver o respeito que as pessoas denotam publicamente, pelos meus queridos avós.
ResponderEliminarObrigada Margarida pelo teu testemunho.
Não imaginava que eramos uma familia tao numerosa e afinal ainda tao proxima.
Ainda hoje revejo o meu Avô Francisco, sentados à lareira, com o assador das castanhas ao lume, falar na historia dos "Serafinzinhos".
Ficava colérico, completamente alterado, que todos deviam arder nos infernos!
Margarida, ainda te lembras dele a tocar guitarra?
Eu recordo mais o seu fato preto, camisa branquinha com colarinho engomado e gravata preta que atava com elastico.
Mais o seu bigodinho. Tinha "pinta"!
No que respeita á tília, era como que o pelourinho do Outeiro, onde nós putos jogavamos ao pião, à xona e à carica e à noite as mulheres na sua maioria abancavam para por a "escrita" em dia.
Muitas casacas ali se cortaram e alguns casamentos ali começaram.
Fico perplexo haver tantos irmaos, primos e primas.
Enchiam uma aldeia e se calhar casavam entre eles!
Era bonito hoje...
Até Cristo descia à terra!
XicoAlmeida
Sou neto do meu avô com muita honra.Recordo nos momentos solenes em que o "Altissimo"saía da Igreja e as Opas de quem iria segurar o Pálio, eram entregues; entre eles estavam, diria sempre o meu avô e o saudoso, Sr. José Cavaca.
ResponderEliminarEra uma distinção, por a merecerem pela sua conduta de vida.
Gente trabalhadora, empreendedora, em suma gente de bem.
Não que outros não o merecessem de igual forma.
Apenas pelo facto de serem gente de bem.
Neste Post, a Aluap, fez o favor de publicar a saudade bela da minha infancia, mas não descuro os adorados pais que tive, o pai partiu, a mãe viva, na graça de Deus, uma amiga e confidente.
Não falei daquela grande Senhora no meio da foto.
A minha tia Augusta.
Levou a vida de uma forma celibataria, entrega de fé, colaborante e dedicada.
Ao mesmo tempo trabalhadora rural, cuidando do que seu era, amiga de toda a gente.
Felizmente, com conhecimento da familia, tenho em meu poder, após a sua morte, algum espólio que comove.
Entre missais quase centenários, ia intercalando ladainhas, oraçoes, pequenos cartoes dos sobrinhos e sobrinhas, aquando dos batizados e casamentos.
Tudo carinhosamente guardava.
A minha grande homenagem de saudade para ela!
Como esta Grande familia, que nos respeitamos mutuamente, outras terá havido.
Em Forninhos, segundo me constou, está em perspectiva um livro sobre a historia deste povo, com interesse da actual Junta de Freguesia.
Tenho receio, do modo , pesquisa, seriedade e sobretudo do direcionamento do mesmo, em suma do seu fim.
Se for integro e desprendido, tudo bem;
Apenas gostaria de saber, qual o seu organograma, quais os conceitos e prioridades da historia da terra e suas personagens a serem transcritas nesse documento.
Como muitos dos que aqui me identificam, sou de esquerda, de uma esquerda democratica, Há muitos anos, ligado ao meu Partido e assumo, Socialista.
Após o 25 de Abril, nas primeiras eleições autárquicas livres, fui talvez o mais novo a nivel nacional a estar numa mesa de assembleia de voto, como escrutinador.
Foi na minha terra.
Espero e reforço os meus votos para que este projecto não sirva apenas para mera orientação política, onde começa a reinar a ostentação de festas, churrascos e promoções pessoais, em sintonia com as pessoas que têm o poder de influenciar o "rebanho".
Se for para menosprezar ou esquecer as pessoas de bem, e não lhes fazer a devida homenagem, faço minhas as palavras do meu avô Francisco, "até lhes agarro os colarinhos com as gengivas".
XicoAlmeida
Estranho a ausência de comentários, face à presença da comunicaçao social(RTP), recentemente em Forninhos, pois todos ansiamos(eu pelo menos)que face à propalada transmissão em horário nobre e dado tratar-se de roubos de Arte Sacra, na qual a n/paróquia é pródiga e ao longo dos tempos abusada, que se registasse um maior enquadramente, quer noticioso, quer paisagistico, quer arquitectonico da bela Capela da Nossa Senhora dos Verdes, não apenas pelo tema, mas também pelo seu estatuto nacional.
ResponderEliminarFico conte por Santa Rita ter sido resgatada, das mãos espanholas; voltou para sua casa!
Neste Post sobre os meus avós, comenta-se o roubo de S. Pedro e dos Serafinzinhos.
Continuo a pensar que foi um roubo ignóbil, mas alguma vez foi comunicado às autoridades policiais?
As mesmas que colaboraram e penso localizaram Santa Rita em Espanha não poderão dar um contributo?
Este património não estará, talvez, muito longe da casa aonde há muito deveria ter voltado.
O Senhor Bispo de Viseu, não poderá dar uma ajuda?
Com um pouco de sorte até poderão estar na cidade.....
Repunha-se a legalidade, vinha a televisão e quem sabe, podia haver um minutinho de tempo de antena.
Boas Festas.
XicoAlmeida