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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cooperacao de louvar: VII Passeio Micologico em Queiriz e Carapito!

A Casa do Pessoal da Camara Municipal de Fornos de Algodres, vai realizar o VII Passeio Micologico, ou seja em linguagem mais popular: Um passeio de apanha de "miscaros" e "tortulhos"!
Sao eventos que se tem realizado regularmente na "terra D'Algodres", sempre com o patrocinio da Junta da freguesia de Juncais, que tem como presidente um entendido em fungos, como sao os nossos saborosos miscaros e turtulhos.
O evento deste ano, envolve tambem uma casa de turimo rural, do nosso vizinho municipio de Aguiar da Beira, mais propriamente da freguesia de Carapito: "Casa Terreiro de Santa Cruz". Ai realizar-se-a um almoco tematico, animado pelo Grupo de Fados "Novas Guitarradas"!
Sao de louvar iniciativas que envolvam entidades de municipios vizinhos e com afinidades comuns, que na minha humilde opiniao, sao a verdadeira genese da regionalizacao que se deseja!
Aqui tem o cartaz:

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Os Resineiros

Há alguns anos atrás, quando quase ninguém na nossa região sabia o que eram empregos, esta era uma ocupação que complementava a agricultura de subsistência. Trabalho árduo, mas rentável para os resineiros e para os donos dos pinhais.
Por aqui e por ali, nos nossos pinhais, lá andavam os resineiros, madrugadores por necessidade e proveito, a palmilhar terrenos difíceis de lata às costas, o ferro e a espátula na mão. O almoço, ou melhor, a bucha, essa vinha presa a cintura num pequeno saco de pano e o bidon do ácido preso no cinto ou presilha das calças.
As mulheres levavam as latas à cabeça para despejar nos bidons estrategicamente colocados nos pinhais e de madrugada, ainda noite, ouviam-se chiar os carros de bois nas serras, para carregar os bidons, iluminados por candeeiros de petróleo, bidons esses que eram trazidos para junto da casa do Sr. Amaral e que o Sr. Virgílio levava na camioneta para a fábrica da Bodiosa.
O pagamento das “bicas” era feito normalmente na taberna do Augusto Marques ou Zé Matela e regado com o belo tinto.

Contributo, Foto e Texto: XICOALMEIDA

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Memórias: Antiga Equipa de Futebol de 11 (década de 70)

Com a colaboração de mais uma família forninhense, aqui apresentamos mais uma foto de bravos jogadores e a respectiva legenda:

Em cima/pé: Artur “Venâncio”, Martinho Lopes, Zé "Pincho", meu tio Luís (mudo), Zé “Peleira”, Tonhito “Pincho”, Venâncio.

Em baixo: Virgílio “Pincho”, Tónio “Gordo”, Adelino Pina, Nel (do tio Abel) e Toninho Venâncio.

Embora as gerações mais novas não se recordem, esta equipa disputava os seus jogos no terreiro da N. Sra. dos Verdes, local onde existiu durante muitos anos o campo de futebol diferente dos outros todos, pois tinha relva, a melhor relva!
Os jogos que se organizavam por estes anos eram informais, bem como as equipas que se formavam. Jogava-se normalmente com equipas de terras próximas.
A fotografia aqui reproduzida, cedida pela família Guerrilha, foi tirada na década de 70, aquando do período da Guerra de Ultramar e quando em Forninhos ainda não se tinha iniciado a grande vaga de emigração, sobretudo para terras de França.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Vamos contar uma História

Como é por todos sabido, as aldeias como a de Forninhos, estão cheias de histórias pitorescas, alguma ouvidas dos antepassados, outras vividas pelos mais antigos e mesmo pelos mais jovens.
E como estas histórias também fazem parte da vida, convido os forninhenses residentes e todos aqueles que vivem fora, a nos acompanhar e ir ao fundo do baú das memórias e nos traga aqui aquela que tem estado lá guardada.
Eu começo com uma que, não é antiga nem moderna, mas foi tal e qual como a conto:

“Certo dia, perto do início de época, encontrei-me com um amigo que me perguntou para onde ia na abertura da caça, disse-lhe que não tinha nada programado mas logo se via. Perguntou-me se não queria abrir a caça com ele em Forninhos, disse-lhe que sim. Mas como? Se nunca o vi caçar e, que eu saiba, nem sequer tinha arma? Disse-me que começava neste ano e eu acreditei.
Então lá combinamos, e no 1.º domingo de Outubro, pelas sete horas, lá estava eu sentado nas escadas da casa do meu amigo, todo equipado à espera que o “novo” caçador se levantasse. Como o tempo passava e ele não aparecia, resolvi bater à porta, respondeu-me que esperasse mais um pouco que já vinha, esperei.
Passado algum tempo apareceu na porta de entrada com uma broa numa mão e o presunto na outra e nada de arma, nem roupa de caça, ao perguntar-lhe que era aquilo, respondeu:
- Ó homem tenha juízo, deixe lá os coelhos em paz e vamos mas é para a adega matar o bicho.
Foi quando percebi que este amigo, (já falecido) não tinha nem nunca teve a “maluqueira” da caça e assim, a nossa caça de abertura, foi beber uns copos e jogar o chincalhão, um dos entretimentos de Forninhos nos Domingos.”

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Casas Rurais

Nestes últimos dias, tentei dar uma arrumadela nas minhas fotos e aproveitei para organizar em pastas algumas fotos que fazem o favor de me enviar, para ilustrar as minhas postagens. Da autoria de dois amigos de Forninhos que se assinam como ed santos e J SEGURO, as fotos que se seguem são de palheiras/casas de arrumos/currais de gado/moínhos a água, todas em pedra, melhor ou pior aparelhada, algumas já sem cobertura, outras, com cobertura em telha canal e em telha “marselha”, vestígios do nosso passado colectivo que está em risco de desaparecer:








«A aldeia, mal o sol pula detrás dos montes, esvazia-se para os campos. É lá que estão os tesouros. A casa pouco mais representa do que ponto de passagem, abrigo para a noite, compasso de espera para a cova.»

Aquilino Ribeiro