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sábado, 25 de agosto de 2018

Novas Culturas


Para além das árvores de frutos tradicionais (maçãs, abrunhos, cerejas, figos, castanhas, etc...) alguém descobriu que é possível cultivar em Forninhos frutos exóticos, como se documenta na foto.
Pelo aspecto parecem não se dar mal com o clima.
Nos últimos anos tem-se assistido por lá a um aumento de cultivo de alguns frutos exóticos (kiwis, mirtilos, physalis, maracujás, groselhas, limas...).
Se cá viessem hoje, o que diriam os nossos antepassados serranos?
 Diriam com toda a certeza:
- Forninhos está uma terra diferente!

20 comentários:

  1. Que boa a diversificação. Vale sempre esses frutos acrescentar à terra e depois colher! bjs, chica

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    1. É, os tempos são outros e ainda bem que assim é; na minha meninice só lembro ver um diospireiro que era coisa rara na altura...de lá para cá muitos mais se plantaram para delicia dos apreciadores!
      Beijos.

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  2. Antigamente não se cultivava por desconhecimento minha amiga.
    Um abraço e bom fim-de-semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    Livros-Autografados

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    1. Por desconhecimento e porque os antigos eram muito agarrados às tradições Francisco!
      Mas também agora o nosso clima é mais ameno do que há 40 ou mais anos atrás!
      Abr/Bom fim de semana.

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  3. E diriam bem os nossos antepassados, as coisas estão diferentes.
    Mas duvido que ficassem radiantes com tantas modernices importadas, pois de seus tempos apenas ouviam contar que a batata vinha das Américas; mais fácilmente perguntariam pela maçã genuína, pelo verdadeiro moscatel, pelos pêssegos de roer ou aparta-caroço.
    Ainda bem que descansam em paz, a seu jeito (que remédio), pois dificilmente encontrariam as sombras das matas de pinheiros para dormir uma sesta, quase e apenas, eucaliptos a arder.
    Ainda bem que não têm rede nas suas moradas e por tal nao encomendam os frutos tropicais às grandes superfícies com entrega ao domicílio, acho que estão melhor assim, deliciados com aqueles figos secos pretinhos, meio enfarinhados, tal como aquelas ameixas bravias.
    Se calhar a culpa é minha de continuar "amarrado" às tradições agora tão em voga.
    Porquê?
    Deixamos de preservar o autêntico e agora importamos conceitos!

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    1. Qual maçã genuína, qual moscatel verdadeiro?
      Isso são invenções nossas, lendas, coisa de velhos (nós)!
      Lê a pág.93 da "monografia de Forninhos". Os nossos antepassados cultivavam nas suas vinhas a touriga nacional.Só!
      O moscatel, o jaen (ler assim: jaé) ou o cachudo, são mais umas invenções nossas!
      Mas sou de opinião que os nossos antepassados acabariam por aceitar as novas culturas, sabes porquê?
      Porque quando a batata veio para a Europa, no princípio, chegaram a dizer que era uma coisa maldita e que trazia a lepra, foi rejeitada por não ser citada na Bíblia! (Mas como podiam os autores da Bíblia conhecer algo que nesse tempo só existia na América do Sul)??
      Já de outros autores não se pode dizer o mesmo, essa é que é essa!

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    2. Achas?
      Certo e certinho, é que tivemos e ainda algo vai restando de coisas verdadeiramente genuínas, autóctones e tal testemunho de tal ver na companhia do meu avô.
      Isso do aceitar as "modernices", ainda vai restando gentes que na sabedoria popular, faz de vedor para encontrar veios de água e fazerem as enxertias à moda antiga de todo o tipo de àrvores de fruto.
      Alguns sem saberem escrever, quanto mais terem cursos de agronomia.
      Pena que não tenham ficado com tais registos...

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  4. Que ótimo cultivar novas culturas em Forninhos! Gostei muito de ver 🥝 kiwis em cacho, não sabia que era assim... (!)
    Bom domingo, Paula... Boa semana... Abração

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    1. Olá Antete.
      Este fruto chamou a minha atenção pelo bom aspecto, mas não sei dizer-lhe se todas as bagas de kiwis crescem em cachos!
      Não cresci a ver plantações de kiwis;-) e sabe como é, se uma pessoa ao longo da sua vida não tiver visto de perto a origem de alguns frutos é difícil saber ao certo como elas nascem!!
      Estamos sempre a aprender.
      Beijinhos e continuação de boa semana.

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  5. Boa tarde Paula,
    Belos kiwis esses!Tive que ampliar, pois parecia-me um cacho de uvas douradas.
    Penso que com o pós 25 de Abril, com os meios de comunicação e uma maior circulação das pessoas fez com que até a agricultura crescesse nomeadamente no que respeita às diversas espécies frutíferas! Na minha aldeia aconteceu o mesmo.
    A propósito já conhece o meu blogue "memórias de uma aldeã", onde logo no início também falo do aumento das árvores de fruta.
    Os vossos antepassados teriam orgulho de certeza!
    Beijinhos e boa semana.
    Ailime
    http://memoriasdeumaaldea.blogspot.com/

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    1. Boa noite Ailime.
      Olhando de repente parece mesmo um cachudo maduro ainda por cima os kiwis tal como as uvas crescem em parreiras!
      Também concordo com o que disse a seguir, quando Salazar foi para o Governo é que nem as cenouras cresciam (como sempre diz uma minha tia)!
      Beijinhos (já estou a seguir o seu blog, que não sei como passou-me ao lado).

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  6. Paula, há muito que não vinha aqui deixar uma palavrinha (franco descuido de que peço desculpa!), mas esta dos frutos exóticos se darem por terras de Portugal despertou-me o gosto pelos sabores exóticos, que também aprecio, logo depois dos nossos!
    Nos Açores também já aparecem frutas que antigamente não eram lá conhecidas.
    Lembro-me de ter comido mirtilos pela 1ª. vez numa viagem de avião! Depois, em Moçambique, fiquei a gostar imenso de mangas, abacates, caju e tantas outras novidades para mim!
    Mas o meu avô materno esteve nos E.U.A. e de lá trouxe "novidades" para a horta lá da sua freguesia.
    Os fisális (capuchos nos Açores) são vendidos cá a preços exorbitantes e, nas nossas ilhas, há quem os arranque por acharem ser uma praga!!! Vá a gente entender isto!!!
    E os maracujás e abacates, que gostam do nosso clima?
    Pano para mangas!!!...
    Ah! Lá nas ilhas não há oliveiras, mas há algumas nogueiras!
    Beijinhos

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    1. Teresinha eu também tenho andado fugida ;-) e fico-lhe a dever uma visita.
      Sabe, quando ouço falar nos fisális, assim como da sua plantação, quantidade, só me vem à lembrança as laranjeiras, que nunca foram árvores típicas da nossa região, mas as pessoas gostavam de ter uma no seu quintal, em lugar abrigado. Hoje com os fisális é igual, já são uns quantos que por lá gostam de ter um arbustro no quintal. Pior é a geada...mas como são praga e já diz o provérvio "erva ruim a geada não queima" voltam a rebentar.
      Provenientes da terra de Forninhos já comi mãos-cheias deles!
      Adoro!
      Adoro também mangas e abacates, menos maracujás. Caju nem me fale...ficaria dias, semanas, a falar dos frutos secos: nozes, avelãs, castanhas, amêndoas...
      Beijinhos e @té breve.

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  7. Comi framboesas de estufa em Julho a 15 km de Forninhos.
    Na terra da minha QUERIDA SOGRA MILA ( finalmente aos 53 anos
    posso escrever assim sobre os meus sogros..)
    As que não resistiram á longa viajem via F.da Foz, acabaram
    em doce para o pão. Hábito beirão na minha Familia ha sete anos.
    Da minha infância as amoras..nas silvas do cantinho onde nasci.
    Ironia do destino foi vê-las á venda por um velho catalão perto
    de uma praia algures por terra de "neustros hermanos"...
    Ficou-me água na boca porque o guito do bolso era contadinho..
    Nas BEIRAS ao que parece existem incentivos para plantação
    destes frutos..Uma Nova Oportunidade ?? Acho ..

    Abraço
    MG

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    1. As amoras nas silvas...
      Talvez daí venha o refrão "dá pica".
      Permita a redundância, mas noto que tem Forninhos guardado num cantinho seu e muito pessoal e lhe de custar passando tão perto, nele nao entrar.
      A gente ainda estava por aqui nessa altura, mas sabendo,o íriamos buscar e sua família com o maior gosto.
      Um abraço!

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    2. Essas amoras são um fruto selvagem que até os mais novos conhecem, porque as silvas abundam por todo a lado! Se não fosse a praga destes arbustos se calhar hoje esse fruto já era desconhecido dos mais novos, já só conheciam as amoras das amoreiras!

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    3. Sim, existem incentivos para plantação mesmo de pequena dimensão,através da apresenção de candidaturas ao PRODER. Não é à toa, António, que nos últimos anos se tem assistido na nossa região a um crescente interesse pela cultura dos mirtilos, por exemplo.

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  8. Grato Amigo Xico
    Que Deus nos dê saúde que oportunidades surgirão.
    Trago a vossa Aldeia no Coração ( Forninhos Terra de Pão / Onde
    Um dia Aprendi / Do Milho ao Bagaço / Gente de Bom Coração )

    Abraço
    MG

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  9. Sendo culturas , mesmo exóticas, não acho mal.
    Esperemos que não deixem as culturas tradicionais.

    Beijinhos.

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    1. Isso nunca!
      Continuo a dizer: nas aldeias o progresso pode e deve avançar sem que tenham que destruir o passado; o presente pode muito bem “conviver” ao lado do passado.
      Beijinhos.

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