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sábado, 9 de novembro de 2024

BlogDosForninhenses - XV Aniversário

missão do BlogDosForninhenses - para compreender o presente é preciso primeiro conhecer o passado - vai-se complicando, apesar da minha vontade de a continuar enquanto possível, tenho consciência que não será eterno, mas enquanto houver 1% de materiais antigos vou continuar estas lides "bloguisticas", que iniciei a 09 de Novembro de 2009.



Este ano dou especial destaque aos comentários dos que contribuíram e contribuem para dar vida ao BlogDosForninhenses:

Isa Sá
O Clima está diferente e até as flores nascem fora do tempo habitual!

Miguel Gouveia

Honrar a padroeira. Alimenta a Fé e o respeito pela história dos lugares onde nascemos. Aquece a nossa Esperança em tempos tão difíceis...

Anete

Cultivos maravilhosos que, certamente, trarão ótimas colheitas.
Postagem muito boa, traz reflexão de uma vida produtiva.

Roselia Bezerra

P assagem para a vida
A luz de Cristo Jesus
S eja nossa guia
C om amor por todos nós
O amor venceu, enfim
A vida ganha novo tom

Ailime

(...) ninguém pode ficar indiferente à Revolução dos Cravos que nos libertou do fascismo e nos ofereceu a Liberdade.

XicoAlmeida

Uma reunião de fé ancestral.
Aquela gente que ali vem das redondezas, caminhantes com os tradicionais ramos de flores e as suas sagradas opas nas Irmandades.
Que bela festa de fé, estendida ao merendar nas orlas dos pinheirais, ao som das concertinas...

Chica

Tristes tempos aqueles...Reduzir gastos de alimentação, tristeza!

Gracinha

Lecionei 35 anos..ainda recordo alguns dos professores que fizeram a diferença na minha vida e sou bem feliz sempre que encontro um aluno meu e continua a tratar-me por..."professora"...

Ryc@rdo

Tempos fascistas, maus, que JAMAIS poderão voltar. Infelizmente ainda existem Países onde as mulheres apenar servem para parir e para nada mais.

Elvira

Bem que merecem um memorial. Foram mandados para a Guerra sem condições, quase sem estratégia militar como se fossem carne para canhão.

Aurelio

(...)
É fascinante observar como a imigração em São Paulo ocorreu. Apesar da imensidão da cidade, o pessoal de Forninhos concentrou-se numa mesma sub-região, entre os bairros do Jabaquara e Ipiranga.


Passaram 15 anos! Todos já deixamos uma leve marca. Estamos todos de parabéns!

Sejam Felizes

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Gente da minha terra

Uma vez, já lá vão muitos anos, do casamento de Manuel Esteves da Fonseca e Maria Fernandes, entre outros, nasceu a filha Maria FernandesDe pai desconhecido Maria Fernandes (filha) teve duas filhas: a Serafina e a Apolónia. 
Apolónia Fernandes, nasceu a 22-07-1878; foi batizada 18-08-1878; casou com o tio Augusto ferreiro, viúvo de Rosa Fernandes e faleceu em Julho de 1940.
Serafina Fernandes, nasceu a 27-12- 1874; foi batizada 13-02-1875 e faleceu a 01-02-1954. Teve filhos de pai desconhecido: 
A Aurora, nasceu em 27-11-1901, o seu batismo foi no dia 18-12-1901
A Casimira, nasceu 27-01-1905 e foi batizada no dia 19-03-1905
O João, nasceu a 06-07-1909, foi batizado a 20-06-1909, mas faleceu com 9 meses no dia 19 de Março de 1910.
A filha Casimira teve uma menina chamada Maria Augusta Fernandes (de Melo), nascida em Forninhos no dia 13 de Fevereiro de 1928. O pai era um ourives ambulante
Estes ourives eram conhecidos por "os malas verdes", por percorrerem o país com os artigos em ouro, prata, relógios, etc. dentro de um pequeno baú de folha-de-flandres pintado de verde que geralmente tinham um pequeno compartimento para guardar a balança, a caneta, o pequeno bloco de apontamentos e contas, o pequeno alicate de bico e o canivete bem como uma pequena saca para meter o cascalho ou ainda um relógio ou peças de ouro para consertar, que seriam entregues "na volta" seguinte.
Com o passar...o pai da Maria Augusta ficou por Forninhos...

 monumento ao ourives ambulante, em Febres, Cantanhede

Investigar a história e estórias de Forninhos revela-se, assim, uma tarefa rica de episódios do quotidiano de uma aldeia rural recheada de vida e onde tudo parece ter acontecido. 
Ficamos à espera de detalhes sobre estes ourives ambulantes...
Quem tem memórias mais remotas lembra-se do Oliveira, de Mangualde, do Moisés e do que, com muito sacrifício, lhe compraram: uma pulseirinha em ouro, um fio, um cordão, um anel, um relógio...
Até pode acontecer que lá em casa hajam arrecadas de uma avó ou bisavó...
Tinha esperança de poder dar o nome ao neto, Raul Fernandes de Melo, que mora em São Paulo, Brasil, mas dos assentos de baptismo, casamento e óbitos, que são essenciais do ponto de vista da genealogia nada consta sobre o pai da sua querida mãe, falecida a 08-08-2014, em São Paulo - Brasil.

Cartão de Imigração da Maria Augusta

Maria Augusta Fernandes, casou com Raul Ferreira de Mello, que era filho de Aurora de Jesus Pires e José de Mello. 

Cartão de Imigração do Virgílio

Virgílio Fernandes de Melo era filho de Raul Melo e Maria Augusta Fernandes. Faleceu em São Paulo - Brasil, no dia 04-01-2019.

Cartão de Imigração do Américo Melo

Américo era irmão do Raul Melo e casou com Ermelinda Vaz → este ramo está referido na Genealogia dos Vaz Bernardo

Registo Batismo da Aurora Pires

Averbamentos, informação lateral


Da união de José de Mello que nasceu a 03-02-1881 e com 26 casou com Aurora de Jesus Pires de 23 anos, em 27-01-1908, nasceram os filhos:
- Angelina, nasceu a 27-04-1907 (antes do casamento dos pais?) batizada a 26-05-1907
- Levi, nasceu a 10-03-1909, batizado 25-03-1909
Raul, casou com Maria Augusta Fernandes. Raul faleceu no Brasil, São Paulo, no dia 26-07-1993.
- José Mello, casou com Purificação (prima direita da minha avó Jesus)
- António
- Américo, casou com Ermelinda Vaz
- Esperança
- Beatriz
-Purificação, que terá morrido ainda criança

Aurora de Jesus Pires faleceu no dia 7 de Setembro de 1964.  


Nesta fotografia, tirada no final da década de 1930, estão as irmãs Esperança e Beatriz.

Resumo da Genealogia do José de Mello (falecido a dia 13-11-1948 - tinha 60 anos) que consultei no site de genealogia: Portal - GenRegis
José de Mello era filho de António Ferreira de Mello e Maria Joaquina da Matança.
Os avós paternos eram Brites de Andrade e José de Melo, este era filho de João Ferreira de Melo de Souto de Vide, Penalva do Castelo e Dona Maria da Fonseca, de Forninhos e Brites de Andrade, era filha de António Rodrigues de Forninhos e de Rosa de Andrade de Dornelas.
Brites de Andrade e José de Mello casaram em 16-05-1818. 
 → este ramo da família Mello está também referido em Os Saraivas - parte da avó Maria Andrade, conhecida por Maria Mello. Em maior ou menor grau, percebemos, uma vez mais, que somos todos primos, cá na terra.

domingo, 22 de setembro de 2024

Outono é o tempo a envelhecer

Ilustrado brilhantemente por Maria Keil, o livro "Outono é o tempo a envelhecer" de Maria Isabel César de Anjo lembra a nossa vida na aldeia durante esta bela estação.
Leiam, por favor, pois é tão bonito!


O Outono 
é uma árvore com folhas
amarelas e vermelhas e castanhas
a cair

O Outono 
é o tempo de ir pela primeira vez 
à escola

É o tempo 
dos passarinhos fazerem muito barulho
à tardinha
ao irem dormir nas árvores
que ficam sem folhas.

É o tempo das folhas das árvores caírem nas ruas
e nos parques
e nas matas
fazendo tapetes fofos
que apetece pisar.


O Outono
é o tempo das vindimas
na aldeia,

É o tempo em que as castanhas caem dos ouriços
que picam.

É o tempo
dos magustos
no dia de São Martinho

O Outono 
é o tempo
em que o Sol parece morno.

É o tempo
dos coelhos
e das perdizes
andarem aflitos nos montes 
por causa dos caçadores

O Outono
é o tempo dos crisântemos.


É o tempo
dos míscaros
que as meninas e meninos da aldeia
vão apanhar
aos pinhais
depois da chuva.

O Outono
é o tempo a envelhecer!