O povo de Forninhos divide-se em dois lugares: a Lameira e o Lugar e hoje vamos apresentar a visão de alguém que nasceu e viveu no Largo da Lameira, pois é importante saber que na nossa freguesia existiu um lugar que já foi a fronteira, o centro e a ponte, mas também a sala de toda a gente. Com a devida autorização do nosso conterrâneo Ilídio Marques, publico um texto poético da sua autoria:
O Largo da Fonte
era do povo a fronteira,
o centro e a ponte
entre o Lugar e a Lameira
No Largo da Fonte ou do Cruzeiro
ficava a nossa escola,
ali se bailava antigamente
e também se jogava à bola.
Era o nosso maior terreiro
e a sala de toda a gente.
1970, Ilídio Marques
Sem dúvida, o Largo da Fonte da Lameira foi um importante espaço de convívio e custa a aceitar que os autores da monografia de Forninhos, tenham feito "tábua rasa" a esta e todas as fontes da aldeia e sobre os lugares de convivência ainda tenham usado termos que nada têm a ver com a nossa terra.
Forninhenses: temos que deixar história, ou que será que no futuro vão contar sobre os nossos lugares de convivência?
Que em Forninhos havia feiras?
Que os jovens, numa altura em que os namoros começavam com um simples piscar de olhos, procuravam cruzar-se com as suas pretendentes nas cerimónias religiosas?
Fácil tal concluir, afinal de contas todos iam à igreja para particpar na Eucaristia, mas não namoravam no adro, tendo em conta a época até seria pecado!
Fácil tal concluir, afinal de contas todos iam à igreja para particpar na Eucaristia, mas não namoravam no adro, tendo em conta a época até seria pecado!
No Natal, o madeiro abrasado reunia os homens da comunidade que também se juntava nas desfolhadas?
Errata:
Em Forninhos não havia feiras e uma boa parte dos namoros entre rapazes e raparigas da terra começavam na fonte. Os rapazes esperavam as raparigas quando estas iam à fonte para abastecerem a casa com a água necessária e acompanhavam-nas até casa.
No Natal o Cêpo reunia os homens da comunidade que também se juntava nas escanadas.
Errata:
Em Forninhos não havia feiras e uma boa parte dos namoros entre rapazes e raparigas da terra começavam na fonte. Os rapazes esperavam as raparigas quando estas iam à fonte para abastecerem a casa com a água necessária e acompanhavam-nas até casa.
No Natal o Cêpo reunia os homens da comunidade que também se juntava nas escanadas.