Quem passeia pelo campo, durante
os meses de Primavera e Verão, fica encantado com a paisagem florida e quase
sempre nas caminhadas encontra rosmaninhos, que nascem e crescem espontaneamente
nos caminhos ou matas, florescem ano após ano, sem receberem nenhum tipo de
cuidados.
Os rosmaninhos portugueses são todos eles pequenos arbustos lenhosos, facilmente identificáveis pelo aroma e pelas espigas violetas que coroam a pequena copa. Os da fotografia são os rosmanos, digo “rosmanos” porque na verdade são assim chamados em Forninhos..
E, neste dia quente de Julho, em que
o compromisso do trabalho não nos permite respirar ao vivo o seu perfume,
ofereço aos meus amigos leitores uma lufada de ar fresco neste arranjo, em tons nobres de lilaz ou violeta e perfume característico (parecido, mas não muito, ao da alfazema da perfumaria).
Segundo a nomenclatura empregue pela taxonomia botânica, todos os rosmaninhos pertencem ao género Lavandula L.
Segundo a nomenclatura empregue pela taxonomia botânica, todos os rosmaninhos pertencem ao género Lavandula L.
Foto: ed santos, bem-haja.
Obrigada, Paula, pelos Rosmaninhos... Lindos e gosto demais do perfume de Alfazema...
ResponderEliminarUm abração e Muita Paz!!!
Benvinda essa lufada de ar fresco, ainda por cima tão bela e perfumada.
ResponderEliminarE da nossa terra!
O rosmaninho é especial e quem o não recorda pelos nossos campos e serras...
Imortalizado por ser especial.
Já Fernando Pessoa dizia:
" Rosmaninho que me deram,
Rosmaninho que darei,
Todo o mal que me fizeram
Será o bem que eu farei."
E também Amália no Cheira Bem, Cheira a Lisboa, cantava:
"...Se chove cheira a terra prometida,
Procissões têm o cheiro a rosmaninho..."
E em Forninhos, pelos Santos Populares, respirava-se o ar perfumado de rosmaninho que exalava das fogueiras.
São lindos e agradeço daqui a lufada cheia de carinho.
ResponderEliminarGosto muito desse tempero, aqui uso ,como os italianos, bas batatas ao forno, entre outros... beijos,lindo dia! chica
olá Paula cheguei cá e li com agrado o seu trabalho sobre o rosmaninho, também eu tenho no meu espaço ribatejano o dito rosmaninho e o alecrim com que gosto também de fazer alguns temperos, até colocar no azeite e vinagre, em carnes assadas no forno e principalmente no borrego e uma boa tachada de coelho!!!
ResponderEliminar1 beijinho Lídia
Olá bom dia!
ResponderEliminarAs encostas ficam uma maravilha, lindas de se ver e todas perfumadas.Quem gosta de cozinhar agradece esta dádiva.
Um abraço.
M. Emília
Olá Paula, Tal como o alecrim, o rosmaninho nasce no monte sem ser semeado... Mas é muito agradável o seu cheirinho e também o seu sabor na culinária.
ResponderEliminarMeu abraço,
Manuel Tomaz
É verdade, no âmbito da culinária, o rosmaninho (e alecrim também) é bastante utilizado para dar um sabor mais requintado, em especial, às carnes.
ResponderEliminarObrigada pelo vosso interesse, o que muito me incentiva, pois tento sempre colocar algo que possa ter interesse para os leitores, visto ser essa a intenção da partilha, não acham?
Devido ao rosmaninho, também o mel de Forninhos é muito bom :))
O nosso mel caracteriza-se por uma cor amarelo limão muito clara, aroma suave e sabor não muito doce. Mantém-se líquido, sem cristalizar, durante anos.
Tenho uma amiga que todos os anos me pede para lhe trazer 1 frasco de mel de Forninhos, segundo diz, não há melhor :))
Se conseguir umas fotos, um dia, trago aqui um post sobre a apicultura, a arte de trabalhar as abelhas, em Forninhos.
Abraço Grande p/ Todos!
Aire Fresco que nos traen estos Romeros desde mi querido Portugal...Preciosa Fotografía.
ResponderEliminarAbraços.
Ah, que saudades daqueles montes a quem o rosmaninho em flor, tingia de cores violeta.
ResponderEliminarAs abelhas bailando sobre aquela espiga em forma de penacho, para o Albino nos presentear com aquele mel delicio, puro e natural. Com sabor a rosmaninho.
Mesmo o chá da flor para acalmar os nervo e aliviar as dores de cabeça.
Tudo caseiro.
E no dia de Páscoa, os carreirinhos a enfeitar as ruas limpas e perfumadas pelo seu cheiro.
E quando lá se chega, à aldeia, poder sentir que ainda se mantém um pedaço de Portugal muito natural e genuíno.
Até nos seus provérbios:
"não há sábado sem sol, nem rosmaninho sem flor, nem casada sem ciúme, nem solteira sem amor".
Milagres do rosmaninho.
Sempre gostei muito do cheirinho do rosmaninho . Quando passo em sítios e que vem o cheiro a rosmaninho , logo me traz saudades ..Plantei rosmaninho no meu jardim ,mas nao tem nada a ver com aquele da minha terra ,nem o cheiro e o mesmo .
ResponderEliminarObrigada pela lufada de ar fresco... bem-vinda neste final de dia tórrido, aqui em Coimbra.
ResponderEliminarÉ feriado! É o dia da cidade, da rainha santa.
As festas são celebradas nos anos de número par, com procissão e tudo. Nos anos ímpar há fogo de artifício e festejos pagãos.
Mesmo com tanto calor o povo saiu à rua.
Gosto de vir a este blogue beber cultura e entrar nos hábitos e tradições da nossa gente.
Obrigada pela partilha de conhecimentos tão bem ilustrada com excelentes fotografias.
Teresinha
Deve ser um sonho passear no campo coberto por essa lindas flores, o perfume deve ser muito bom. Aqui temos os campo coberto por flores amarela, e também uma pé rasteiro que dá frutos delicioso, a gabirova. Vir aqui me faz lembrar de minha infância passada na Solidão, e as coisas que vocês falam lembram meu pai, ele sempre contava casos de sua terra natal.
ResponderEliminarBjos e tenha uma ótima semana.
Olá Paula, e não é que me fez recuar no tempo e sentir agora ao cair da noite o aroma inesquecível do rosmaninho que tanto aprecio! Obrigada por esta lufada de ar fresco no final do dia que me soube tão bem:)) Beijinhos Ailime
ResponderEliminarQue cheirinho bom!
ResponderEliminarBeijo
Na zona onde tenho a minha residência permanente (Viseu) não se encontra este rosmaninho, algum que se vê transplantado em jardins não é igual. Eu mesmo já tentei trazer algumas plantas de Forninhos e planteias aqui mas não vingaram, se me perguntarem porquê? Não sei.
ResponderEliminarHá dias estive numa quinta abandonada de um amigo aqui em Viseu, e ao falarmos em rosmaninho disse que se lembra do tempo de criança, que nos montes daquela quinta havia muito e hoje não se vê nem um, o que me leva a pensar que esta planta corre o risco de desaparecer.
Em forninhos é abundante, nasce entre tojos e giestas por todo o lado, sem ser semeado e cresce sem ser tratado, e é tão lindo nos meses da primavera e aromático todo o ano, que não deixa ninguém indiferente quando se passa pelos carreiros da serra e nos aparece em cada canto, vistoso; lindo e cheiroso, mesmo nesta altura em que o calor aperta e ninguém lhe chega um pingo de agua ao toro.
Não merecia ser queimado nas fogueiras do S. João, mas como é por uma boa causa, ele lá vem aos molhos serra abaixo para perfumar as moças da aldeia.
Rosmaninho das fogueiras.
Onde saltam as solteiras.
E também mulheres casadas.
Salta o velho e salta o novo.
Salta todo este povo.
Não faltando a garotada.
Pois é Sr. Eduardo, por isso é que se torna de máxima importância proteger a flora, pois, embora haja muito em Forninhos, este arbusto pode bem desaparecer.
EliminarO salpor, por exemplo, há quem diga que foi desaparecendo!
Hoje, nós, gostaríamos de ter mais coisas que foram desaparecendo e às quais só agora damos valor, pelas recordações que nos trazem. Se calhar, daqui a uns anos, as crianças de hoje, mesmo sem ter vivido as coisas que nós vivemos, vão lembrar na nossa idade que havia o Rosmaninho, Salpor e o São João (planta do caril selvagem) das fogueiras de S. João.
Um abraço.
Quem me dera ter poesia
ResponderEliminarE saber o que diria
Mas disso nao sou capaz
Quem me dera recordar
Sentir, brincar e cheirar
A volta da nossa fogueira
Quem me dera ser capaz
E ser ainda rapaz
E ser ainda capaz
De andar na brincadeira
Irmos aos magotes aos montes
Na noite de S. Joao
Ver manjericos nas fontes
Procurar o rosmaninho
E trazer com carinho
Como passaro do ninho
Para a fogueira fazer
E o cheiro dele a arder
Tudo dava para ver
Ele elegante e cheiroso
Muito mais na procissao
Na rua tao arrumadinha
O afilhado e a madrina
Mais o padre da freguesia
No tirar do afolar
Com a rua enfeitada
Com tudo para lhe dar
Com tanta , tanta alegria
Com vontade de cantar
E temos de recordar
Sentir e acreditar
Que Forninhos vale a pena
Quando a alma nao e pequena.
A nostalgia desperta dentro de nós, mas ao mesmo tempo é bom lembrar coisas que nos fazem sorrir :))
ResponderEliminarGostei de ler tudo o que aqui disseste, da minha infância em Forninhos tenho também essas recordações.
Paula,
ResponderEliminarEu fico encantada quando os vejo pelo caminho.
Além de lindos, o perfume nos contagia.
Eu pude sentir o cheiro daqui, e imaginar o clima gostoso do verão português.
Amei essa imagem!
Abraços.
Os rosmaninhos são lindos e ainda bem que os meios de comunicação são usados para partilharmos imagens tão belas que servem para cada um de nós notar, ainda mais, o que há à nossa volta.
ResponderEliminarEspero conseguir mais imagens de interesse para publicar: de flores silvestres, plantas ou arbustos inseridas na natureza.
Obrigada ed santos pela partilha e obrigada amigos bloguistas pela visita e comentários também. Assim que arranjar tempo visito todos. Abr./Paula.
Gosto muito do rosmaninho, mas também recordo o salpório (salpor) e o São João, que nesta altura perfumam os campos de Forninhos.
ResponderEliminarUm abraço.