Seguidores

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Um Feliz 2021

Que o NOVO ANO chegue para todos, provido de AMOR e repleto de ESPERANÇA...de liberdade de movimentos que ansiamos.


E que a luz da Paz e da Saúde brilhe intensamente. Feliz 2021🌈🌈⭐🌟

aluaP/XicoAlmeida.

domingo, 20 de dezembro de 2020

Inverno

A estação do Inverno principia um pouqinho antes do Natal, o Solstício de Inverno ocorrerá no dia 21 de Dezembro de 2020, às 10h02m, mas os recentes dias de frio e muita chuva fazem-nos ter a certeza que de facto já estamos nesta tão característica estação do nosso clima.
As TV informam "quase de hora a hora" que nos próximos dias haverá temperaturas abaixo de zero pela Beira Interior e Trás-os-Montes...
"O Inverno é a estação do vento, do frio e da chuva" já nos diziam os nossos avós, pais e tios...e isso mesmo também dizia o belo livro de leitura da 2.ª classe:



Nesta época do ano, vamos passar mais tempo em casa, no aconhego do lar, cumprindo as regras para ganharmos o próximo ano com mais proximidade.

Agasalhem-se!
Cuidem-se e cuidemos dos nossos!

Clique para ampliar

No Inverno, já em clima natalício, aprendíamos também belas canções de Natal, como "Olhei para o Céu" ou "Eu hei-de dar ao Menino", nome duma conhecida canção de Natal tradicional portuguesa originária de Elvas.
⛄⛄Bom Inverno⛄⛄
🎅🎅Feliz Natal🎅🎅

🎄🎄Boas Festas🎄🎄

sábado, 12 de dezembro de 2020

Enigma

inscrição gravada numa rocha

Já me referi superficialmente a esta inscrição (arquivo 28 de Agosto de 2013), hoje coloco uma foto do topo da rocha e algumas considerações acerca da inscrição.
Encontra-se entre S. Pedro e o Alto dos Valagotes e em Outubro de 2013, a monografia de Forninhos avançou como sendo um marco divisório de propriedade cujos proprietários mandaram gravar as iniciais dos seus nomes para que não restassem dúvidas sobre a propriedade.
É provável que esta opinião tenha algo de verdade, mas se alguma coisa se consegue ler, na última linha, parece a palavra "JOSUA", de Josué e que tem origem no hebraico Yehoshu'a e tem também o mesmo significado de Jesus.
Outro olhar pode ler:
J.SVA ou joSVA.
Aos meus olhos é "Josua", Jesus em judaico.
A linha do topo eu não a consigo ler bem.
Parece começar por M e uma cruz; e, terminar em JN (de Jesus Nazareno).
Quem dá uma ajudinha?


Mais importante que a sua pertença administrativa, acho que está a importância histórica  e isto é que importaria acautelar. Este penedo bem poderia ser merecedor de melhor protecção, a fim de evitar a erosão e perda daquela epigrafia, que começa a ficar impercetível à vista desarmada. 

Bem-hajam pelo vossa curiosidade e leitura!

domingo, 6 de dezembro de 2020

Património Artístico de Forninhos

Entramos no mês de Dezembro em que por tradição se pensa e vive o Natal e como a Igreja celebra hoje, dia 6 de Dezembro, a figura de São Nicolau, o bispo que viria a inspirar a figura do Pai Natal, lembrei-me de destacar os quadros emoldurados por "caixotões" que se encontram, em exposição permanente, no tecto da nossa Capela e onde podemos ver S. Nicolau, bispo dos séculos III-IV que ficou conhecido pela sua generosidade. 

São Nicolau à esquerda

Filho único de pais nobres, ricos e muito religiosos, ao receber por herança uma grande quantia de dinheiro, livremente partilhou com os necessitados. Costumava fazer doações anónimas em moedas de ouro, roupa e comida às viúvas e aos pobres. 
Alvo de inúmeras lendas, dizem que S. Nicolau colocava os presentes das crianças em sacos e os lançava dentro das chaminés, à noite, para serem encontrados por elas pela manhã. Dessa tradição veio a sua fama de amigo das crianças e ligação, mais tarde, ao rituais natalinos no dia 25 de Dezembro, associando Nicolau ao Menino Jesus.


E como S. José teve um papel importantíssimo na vida de Jesus aqui fica também a representação de S. José, carpinteiro, o esposo da Virgem Maria e pai adoptivo de Jesus.
São José estava noivo de Maria e ao saber que ela estava grávida, decidiu abandoná-la, pois o filho não era dele, mas José teve um sonho com um anjo que lhe disse que Maria ficou grávida pela acção do Espírito Santo e que o Menino que iria nascer era Filho de Deus, então, ele aceitou Maria como esposa. 

"Caixotão" da Sagrada Família já bastante danificado

Perto do tempo previsto do nascimento, devido a um decreto romano, foram para Belém para fazer o recenseamento e lá Maria deu à luz o Menino Jesus e José esteve presentente no nascimento. Mas Herodes queria matar Jesus e o anjo avisou José para fugirem para o Egipto. José obedeceu. Assim, de Belém a sagrada família fugiu para o Egipto e lá viveram durante quatro anos, vivendo do trabalho de suas mãos, como carpinteiro. 
Após esse tempo, o anjo avisou novamente José, em sonhos, que poderiam voltar para Nazaré porque Herodes tinha morrido. José obedeceu e levou a família para Israel.


Que S. José, o eterno esquecido, Maria e o Deus Menino feito Homem, sejam lembrados com alegria e adoração em todas as casas, apesar dos constragimentos vários que afectam o espírito da festa e das famílias.
SANTO E FELIZ ADVENTO.

sábado, 28 de novembro de 2020

Dissabores da Missão

Continuação...
A equipa B-2, do Serviço Cívico Estudantil, que chegou a Forninhos em Agosto de 1975, concentrou esforços também nas localidades da Cortiçada e Matança; era composta por dois rapazes e duas raparigas; as suas terras de origem eram bastante diversificadas: enquanto dois vinham de regiões próximas (Mangualde e Viseu), o outro rapaz vinha de Gaia e outra rapariga era açoriana da Ilha de São Miguel. 

Mapa da região:Cortiçada, Forninhos e Matança

Quando a missão ia adiantada e terminada a permanência na Cortiçada e em Forninhos, ao chegarem à Matança escrevem para a Sede, em Lisboa: 
"Estamos deveras decepcionados com a falta de apoio geral".
Em termos mais explícitos, perguntam a Lisboa:
"Numa localidade onde não conhecemos ninguém e sem dinheiro...a população já de si fica desconfiada ao ver um grupo que de repente lhe aparece, e que fará se esse grupo lhe vai comprar coisas, pedindo que lhes fiem...".
Apesar do trabalho de recolha em Forninhos ter sido muito bem sucedido, onde contaram com o apoio de jovens locais: "recolhemos trinta e tal instrumentos", tal trouxe-lhes preocupações com o transporte, pois queixam-se da dificuldade em organizar o envio dos "instrumentos agrícolas antigos" recolhidos em Forninhos e dos obstáculos ultrapassados para os conseguirem expedir por via-férrea, assim como as penúrias financeiras. Mas persistem na missão, enfrentando os problemas logísticos:
"Encontramo-nos desde ontem na última das localidades - Matança -, onde encontrámos alojamento na residência paroquial e na escola. O próprio transporte teve de ser de táxi, pois não tinhamos transportes públicos"〔carta da Equipa B-2, escrita na Matança em 3 de Setembro, dirigida aos serviços centrais〕
Depreende-se que haviam resolvido o problema do alojamento: uns na escola, as raparigas protegidas pela proximidade da instância eclesiástica local.
Da carta citada ainda dão conta do estado de andamento das recolhas de literatura oral gravadas em cassetes. Em finais de Agosto tinham enviado para Lisboa três, havendo outra prestes a estar terminada.  Anunciam para os próximos dias a remessa de registos biográficos e de inquéritos à saúde devidamente preenchidos.
Para além dos dados sobre as logísticas do grupo, testemunham o modo e o cariz dos contactos estabelecidos com as populações:
"Este trabalho de recolha dos vários aspectos da cultura popular é importante, mas difícil de explicar às pessoas".
Por isso um dos jovens -que estava muito à frente do seu tempo- tenta forjar argumentos para convencê-las:
"Calcule que depois desaparecem estes instrumentos e depois(...) os que virão depois não conhecem, e o nosso trabalho é esse, aglomerar o maior número de instrumentos antigos para depois os dar a conhecer às pessoas no futuro".
〔Entrevista com B-2, bobine 1〕
Em 2 de Setembro, o responsável pela equipa, o Acácio, assina a carta de porte relativa à expedição por via férrea de um total de 68 quilos, repartidos por "6 volumes com alfaias agrícolas, 1 com canga e ripanço juntos, 1 arado com 1 serra e 1 mangual juntos, 1 sachola". Outros objectos seriam ainda recolhidos.
Apesar destes contratempos, os dois rapazes e duas raparigas levaram a termo a tarefa de que tinham sido incumbidos.
Bem-Hajam.

Do Livro "A Missão" - Capítulo 6 - Pelo interior adentro, de Jorge Freitas Branco e Luísa Tiago de Oliveira.

domingo, 22 de novembro de 2020

De Forninhos até Setúbal

Estamos no Verão Quente de 1975 e no Forninhos de há 45 anos, a vida diária decorria de sol a sol a trabalhar a terra.
Entretanto.... eis que sob a supervisão de Michel Giacometti, reputado etnólogo,  chega à nossa aldeia a equipa B-2 dos alunos do Serviço Estudantil, com vista a reunir alfaias agrícolas, instrumentos e ferramentas do quotidiano rural forninhense para o então denominado Museu do Trabalho de Setúbal.
Compradas ou doadas, no outono de 1975, chegam a Setubal cerca de uma dezena de peças  vindas de Forninhos:

canga, compra a Luis Moreira, com chapa "Luiz Albuquerque Forninhos Aguiar da Beira"


De José Guerra Guerrilha:
- Arado
- Ferro de passar a ferro



- Manuel Martins Ferreira
1 Punhal



De Ludovina Moreira:
1 Serrote
1 Tesoura da poda

E de Luís Teixeira:
- Chocalhos




Além da literatura oral, que já demos conta AQUI,  Isabel dos Anjos Paz Vaz contribui ainda com:  
1 Botelha
1 Espadela


Fonte: https://books.google.pt/


Imagens interior do Museu do Trabalho: retiradas do google.

Já em tempos me havia proposto fazer uma visita a este Museu pelo que tem guardado da ruralidade, mas a pandemia tal adiou, no entanto o confinamento deu azo e tempo a variadas pesquisas temáticas entre as quais e com alguma surpresa, o que acima se descreve.
Ainda bem que peças nossas estão expostas em Setúbal, estas e outras ferramentas de trabalho são o melhor testemunho para transmitir às novas gerações da reviravolta que as últimas décadas proporcionaram nas sociedades.
Só que de Forninhos a Setúbal ainda é um longo caminho.
Eu conto lá ir em breve, se o Covid o permitir, claro.

sábado, 14 de novembro de 2020

Um Padre "Miguelista"

O reinado de D. Miguel foi curto e conturbado, mas em torno dele gerou-se um fenómeno de idolatria que se traduzia num exagerado culto ao seu retrato - a "real efigie". Mesmo antes de se tornar rei, já circulavam milhares de imagens suas aplicadas em broches, caixas de rapé, alfinetes ou medalhas.
Rapidamente entendido como uma arma política, o que começou como uma moda extemporânea, tornou-se uma obrigação após a subidade de D.Miguel ao trono.
Os cidadãos deveriam pedir ao soberano a mercê de usar a sua efigie e este tinha a prerrogativa de o autorizar...e mandar publicar na Gazeta de Lisboa!
El-Rei D. Miguel distribuia medalhas de ouro à sua base social de apoio e o símbolo de fidelidade ao monarca que ficou conhecido pelos cognomes "O Usurpador" e "O Absolutista"também chegou a Forninhos, pasme-se!!
Foi a 20 de Novembro de 1830 que o monarca concedeu o uso da sua real efigie, em ouro, ao Cura Lourenço Homem de Albuquerque, pároco de Santa Marinha de Forninhos
Fonte: Artigo/Comunicado da Gazeta de Lisboa, 26-11-1830.
Este padre, claro, foi apoiante do partido de D.Miguel, o que, em tempo de perseguições como aquele foi, nunca seria um bom sinal para Forninhos, já que o símbolo de fidelidade ao monarca, durante as Guerras Liberais, ameaçava a segurança e a vida das pessoas. Um abade da Matança, de nome Garcia ou Barros, foi assasinado no momento em que celebrava missa, em dia de S. Bartolomeu. Podem ver o acontecimento horroroso aqui
Sobre a Guerra Civil Portuguesa, de 1832-1834, também conhecida como Lutas Liberais, Guerra Miguelista ou Guerra dos Dois Irmãos, vidé:

 

Houve mais medalhados e medalhas que "O Rei Absoluto" era um mão-largas...
O Reverendo da Villa de Figueiró da Granja, Abbade da Igreja de Nossa Senhora da Graça, por exemplo, também foi medalhado.
Mas quem foi Lourenço Homem de Albuquerque?


Assinatura do Cura "Miguelista"

Nos registos paroquiais, por vezes, encontramos diversos párocos quase em simultâneo, pelo que não é fácil assinalar a data em que um termina e outro começa. Mas...Lourenço Homem de Albuquerque paroquiou a freguesia de Forninhos de 1820 a 1832, doze anos, portanto. Em 1833 veio paroquiar esta freguesia o Cura Belchior Luiz do Amaral (1833-1837), seguido do Cura Pe. Manoel de Barros (1838-1840)...

Já agora as medalhas de "filiação política":



Alfinete Miguelino

Na monografia de Forninhos no capítulo "Invasões e Liberalismo" há uma informação que dizem datar de 27 de Novembro de 1830 que diz isto:
"Neste dia a Gazeta de Lisboa noticiava que o Rei D. Miguel tinha concedido no dia 20 desse mês(...), o uso da Sua Real esfinge, medalha em ouro, ao reverendo Lourenço Homem de Albuquerque, pároco de Santa Marinha de Forninhos, pertencente ao Bispado de Viseu. A notícia é parca em informações pelo que não nos foi possível apurar qual o motivo de tal honra."(sublinhados nossos).

Primeiro- a informação data de 26 de Novembro de 1830 e não 27 de Novembro, conforme se prova com  folha numerada com o nº 1142:


Segundo- O motivo de tal honra!!!  Não se trata de sinal de honra, mas sinal de pertença, como elemento ativo numa guerra. O Padre de Forninhos, foi um dos muitos que se permitiu pedir ao usurpador do trono, a mercê de usar o penduricalho de propaganda da causa miguelista, digo, a sua efigie (e não esfinge como se lê). 
Segundo o dicionário Priberam Esfinge é um monstro fabuloso com a cabeça humana e corpo de leão. Já Efígie é um retrato, imagem, figura de um indivíduo. 
Algumas vezes, as pessoas pronunciam "esfinge" ou "efinge", mas Historiadores de "alto gabarito" confundirem o termo...é Obra!!
Mas isso é outra história...

Fontes: 
Gazeta de Lisboa

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Onze anos depois...

Estamos de Parabéns!
A nossa razão de existir na blogosfera foi conhecer primeiro o passado para compreender o presente. Foi uma reflexão do momento e de afirmação do meu sentir.
Eu, em 2009, pouco ou nada sabia da história antiga, tudo o que agora sei já aprendi por aqui, com os textos e comentários publicados desde o início. 
De maneira que 11 anos de vida já ninguém os tira.
Este ano e pela idade antiga, o Blog faz a 4.ª classe, já que a idade mínima para admissão ao exame da quarta classe era de 11 anos completos ou a completar até ao dia 31 de Dezembro.




Mas quando esta foto foi tirada eu ainda não tinha a 4.ª classe!!
Por adivinhação, o trator John Deere do meu pai a fazer a curva "diz-me" que a foto foi tirada no ano de 1978. Temos cá fotos de 1976 e 1977, começamos com a tradição dos andores carregados pelas pessoas e depois aos poucos, pelos tractores na data de 15 de Agosto...recordam-se?
É uma pena, volto a dizê-lo, os andores não serem transportados como foi antigamente, mas de certa forma mantém-se a tradição, o que é o mais importante e como temos de acompanhar os tempos...
Alteramos o texto do cabeçalho do Blog e iniciamos um novo ano. 
Vamos a isso!

sábado, 7 de novembro de 2020

De tanto girar...

Como o tempo corre! Passou já um ano após a data em que trouxemos à memória Os Expostos.
Naquela altura não era certo (para mim) existir uma roda ou casa de Expostos em Aguiar da Beira, etc...mas o documento abaixo apresentado, relativo ao baptismo de uma criança, de nome Apolónia, dá-nos informação que existiu mesmo uma Roda de Expostos na Vila de Aguiar da Beira.


Baptizada em Forninhos "debaixo da condição" aos cinco dias do mês de Março da Era de mil oitocentos e cinquenta e dois anos pelo Cura Joze A. Fernandes, Apolónia, vinda/dizem  no primeiro de Fevereiro da dita era, da Roda de Aguiar da Beira, foi exposta em casa de Antónia Carvalho.
(não existem mais informações).


Os bébés Expostos raramente traziam com eles alguma coisa que pudesse identificá-los, mas por vezes tinham a indicação do nome e a informação de já terem sido baptizados em casa, para evitar que a criança morresse sem o baptismo. Mesmo assim eram novamente baptizados sob conditione, como é referido em alguns registos.
Diz a história que, isto acontecia quando, da parte dos progenitores havia intenção de recuperar a criança mais tarde. De acordo com os regulamentos das casas dos expostos, esta recuperação estava sempre garantida, pois em qualquer momento os pais podiam requerer a guarda dos filhos sem se sujeitarem a qualquer penalização ou julgamento.
Apolónia pode ser um bom exemplo desta situação. Foi levada para a roda, mas terá sido entregue mais tarde a Antónia Carvalho de Forninhos, que não declarando ser mãe dela, acredito ser a sua progenitora, porque de acordo com os registos de baptismo da altura, deu à luz outras crianças de pai incógnito, José, João, António, foram apenas três delas:

- José, nascido em 27-05-1848 e baptiz em 04-06-1848, filho de pai incógnito, mas dizem ser Francisco Dias Guerra.
Madrinha: Maria, filha de António Carvalho e de Ana de Andrade Janela.
Padrinho: José Carvalho, de Forninhos, solteiro

- João, nascido em 16-05-1850 e baptiz em 26-05-1850
Madrinha: Maria, filha de António Carvalho e de Ana de Andrade Janela.
Padrinho: João Carvalho, tio, solteiro

- António, nascido em 16-02-1853 e baptiz em 27-02-1853
Padrinho: Inocêncio Rodrigues, de Forninhos, solteiro
Madrinha: Maria da Fonseca, de Forninhos, solteira

- João, nascido em 27-04-1856 e baptiz em 11-05-1856, filho de pai desconhecido, mas dizem ser António Antunes.
Madrinha: Maria, filha de Francisco Dias Andrade e de Ana da Fonseca, de Forninhos, solteira.
Padrinho: João Carvalho, tio materno, de Forninhos, solteiro

(Por vezes, os nomes repetiam-se porque o primeiro "João" acabava por morrer passado pouco tempo sobre o baptismo).

Notas Minhas:
Os bébés baptizados eram netos de José Carvalho, de Pena Verde e de Maria Andrade Janela, de Forninhos.
Não deixa de ser curioso, o meu trisavô "Cavaca" ser filho de Inocêncio de Albuquerque e de Isabel Andrade filha de Manuel de Andrade Janela; nos registos o nome do meu trisavô, que nasceu em 1819, aparece como António de Albuquerque, António de Andrade Albuquerque ou ainda António Albuquerque Janela.
Ciente que todos podemos ter um antepassado Exposto ou Enjeitado, volto a pedir às autarquias (municipal e local) que invistam um pouco mais na História das terras que representam, no caso, seria uma forma de relembrar centenas de desconhecidos que durante séculos tiveram também um papel importante no concelho. 
A roda até pode já não existir, mas há documentos que só esperam ser resgatados e em tempo de pandemia, o pesquisar é coisa que podem fazer sem perigar e é um bom exercício.
De Forninhos existem registos paroquiais desde 1634 (uma raridade para uma freguesia do tamanho da nossa), disponíveis no Arquivo Distrital da Guarda, assim como na Torre do Tombo em Lisboa e tendo consciência dessa fonte inestimável para Todos, é pena não haver um projecto para transcrição dos documentos indispensáveis para reconstituirmos a memória do nosso passado.
"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena" (Fernando Pessoa).

sábado, 31 de outubro de 2020

Crendices

No dia 31 de Outubro, véspera do dia de Todos-os-Santos, existia a crença de que as almas dos mortos desciam à terra nos locais de nascimento (tradição trazida pelos Celtas). Era por estes dias que os defuntos lambiam os figos e "Passante os finados já ninguém os queria".
Também a partir de hoje e até ao dia dos fiéis defuntos, as famílias tratavam de varrer bem a casa para os ente falecidos entrarem, pois nestes dias as almas estão junto das famílias nas suas casas.
Aqui como em toda a parte, há quem acredite nas almas do outro mundo e chegam a garantir a pés juntos que viram e ouviram fulano e sicrano...
- Que fazem para se verem livres da aparição e do medo?
Vão às bruxas que falam com a voz dos mortos!!
- E quem são elas/eles?
Em vez de me perder em explicações vou deixar uns conselhos e curiosidades a fim de evitar males maiores. Acreditem se quiserem, mas...que las há...há... pelo menos retornam agora pela televisão, na forma de halloween, como se diz em inglês.

- A criança que chorar três vezes no ventre da mãe ficará fadada com poderes sobrenaturais e poderá ser adivinho, zangão ou bruxa.

- Quando se passa por alguém que se julgue com poderes de bruxaria, devem fazer "figas", cruzar-se os dedos polegar e indicador e dizer:

Bons olhos me vejam
Os maus que não me olhem
Bons olhos me vejam
Os maus que não me enxerguem

- Depois da meia-noite é perigoso passar por um cruzamento: lugar de encontro de bruxas e lobisomens.

- Nas encruzilhadas: os cruzeiros e as cruzes afugentam os demónios, as bruxas e as assombrações.

- Se uma bruxa entrar na casa duma pessoa e esta quiser ter a certeza de que ela o é, esconde uma vassoura atrás da porta, virada ao contrário, ou deita um banco de 3 pernas para o ar. A bruxa não consegue sair.

- Uma bruxa não pode morrer sem entregar os novelos do seu fadário. Daí o ser perigoso pegar nas mãos das ditas quando estão para morrer.

- A bruxa só morre quando arranja alguém que herde o seu fadário.

Bruxas à parte, os nossos Santos que descansem em paz.



Nota: À falta de melhor, ilustra-se este texto com uma foto do festival das Bruxas de Vilar de Perdizes, a aldeia mais mística de Portugal.

domingo, 25 de outubro de 2020

Os Marques

O apelido Marques já existe em Forninhos há mais de 250 anos!!
No século XVIII, 1759, Eufémia Marques (filha de José Marques de Dornelas e de Maria Dias de Forninhos) casou com José Ferreira, viúvo de Conceição da Fonseca e tiveram vários filhos, entre eles, Maria Marques que casou com Manuel Rodrigues (06-02-1793) e tiveram uma filha a que deram o nome da mãe: Maria Marques (muitos nomes repetem-se ao longo da história).
Maria Marques (filha) casou com António da Fonseca (filho de Maria da Fonseca e Francisco da Fonseca), cujos filhos herdaram o nome da mãe e da avó como apelido. 
E assim creceu a família dos Marques, uma história igual a tantas outras já aqui apresentadas.

Genealogia dos Marques

1- António da Fonseca e Maria Marques tiveram os seguintes filhos:

1.1. José Marques da Fonseca, casou em 19-10-1851 com Ana dos Santos, filha de João da Fonseca, de Forninhos e de Ana Santos, Quinta da Ponte, Sezures. também era conhecida como Ana da Fonseca e tiveram pelo menos 5 filhos. → José Marques da Fonseca e Ana dos Santos vieram a ser meus tetravós maternos.
1.2. Josefa Marques, casou com Luís Vaz Esteves em 31-01-1852 (desconheço se tiveram filhos, mas Luís Vaz Esteves, viúvo, volta a casar em 07-06-1855 com Isabel Alves).
1.3. Francisco da Fonseca Marques, casou com Maria José de Amaral em 12-02-1857, mas faleceu aos 40 anos, no dia 06-09-1873 e deixou 5 filhos (desconheço o nome de todos os filhos), mas sei que eram os avós maternos do ti Higino (Higino Monteiro, filho de Manuel Monteiro e Maria Augusta, nascida a 27-05-1864 e falecida em 09-02-1944).
Outros filhos (que acrescento em 10-07-2021): 
- António Marques do Amaral (nasc: 31-03-1858)
- José Marques do Amaral (nasc: 26-01-1861)
- Francisca (nasc: 25-10-1868); faleceu em 08 de Junho de 1943
- Ana (nasc: 24-04-1872); faleceu com 13 anos, no dia 19-11-1885
1.4. Antónia Marques, casou em 27-11-1857 com António Rodrigues Ferreira, da Matela, tiveram um filho e uma filha:
1.3.1- António Rodrigues Ferreira (bisavô materno da autora deste blogue)
1.3.2- Ana dos Anjos, casou com Luís Cardoso Tenreiro e tinha 48 anos quando faleceu em 10-09-1904.
1.5. Ana Marques, casou com João Esteves em 20-09-1874; em 27-05-1901 tiveram um filho e uma filha.
- O filho chamava-se José dos Santos Marques e com 24 anos casou com Maria Baptista de 26 anos, filha de Luís Baptista da Fonte Fria, Matança e de Ana de Andrade de Forninhos.

José Santos Marques, esposa e 1.ª filha

Este casal eram os pais de Emília e Alice Marques, nascidas em 1903 e 1907, respetivamente. Emília casou com José Bernardo, de Moreira (Penaverde) e Alice casou em 23-06-1928 no posto civil de Forninhos, com Francisco Almeida, filho de Daniel Almeida e Nazaré Esteves.
Os filhos homens: Albano e Ernesto faleceram com 1 ano de idade nos anos de 1906 e 1911, respetivamente.

Alice Marques e marido: Francisco


Nota Pessoal: Maria Baptista era irmã do Sr. José Baptista.

- A filha chamava-se Maria dos Prazeres Esteves e casou com 23 anos o primo chamado Hipólito Marques de 32 anos, filho de José Marques da Fonseca e Ana dos Santos. Casal Tiveram 3 filhos: Libânia (1899), António Augusto (1900) e Maria Augusta (1903) que vou referir abaixo.

----/----

Registo de Baptismo de Antonio da Fonseca Marques


1.1.1- António da Fonseca Marques, filho do casal 1.1., segundo o registo de casamento tinha 18 anos (mas segundo o registo acima teria 16 anos de idade) a 03-08-1868 quando casou com Maria de Albuquerque, de 15 anos, filha de Antónia Albuquerque e segundo se diz e ele diz, o pai era José da Fonseca Tavares passou a usar o nome Maria da Fonseca
1.1.2- Ana dos Santos, 2.ª filha do casal n.º 1.1, com 23 anos casou no dia 25-06-1885 com Luís Diogo, de 25  anos, ele carpinteiro era filho de José Diogo e Francisca Alves. Era conheciada por "Ana do Luís Diogo".
Ana dos Santos e Luís Diogo vieram a ser os trisavós maternos da autora deste blog
1.1.3- Hipólito Marques, outro filho do casal 1.1. casou a 03-09-1898 com Prazeres Esteves, filha de João Esteves e Ana Marques (eram primos) e tiveram pelo menos três filhos.
1.1..- Maria Marques, também filha do casal 1.1., nasceu a 09-07-1854, mas faleceu em 24-11-1895, solteira, tinha 41 anos.
1.1.5- Paixão Marques, ainda filho do casal 1.1., nasceu a 16-02-1857 e faleceu também com 41 anos a 24-04-1898, solteiro.


Registo de Baptismo de Maria Marques

----//----
Filhos do casal 1.1.1  (António da Fonseca Marques e Maria da Fonseca):

1- António Marques, casou com Maria Albuquerque, filha de Henrique Albuquerque e Maria Augusta Moreira (aconselhamos a leitura do trabalho anterior, pois este ramo é sequência daquele).
Ele faleceu em 30-04-1977 com 85 anos.
Ela faleceu com 74 anos, a 18-06-1971.
Tiveram filhos:
1.1- Augusto Marques, casou com Júlia Guerra, filha de Maria de Jesus Guerra, filha de José Guerra, alfaiate, de Forninhos e Emília Mota, da Matança.
1.2- José dos Santos, casou com a Aninhas, filha do 1.º casamento do Sr. José Bernardo. Emigraram para o Brasil.

José dos Santos filho de António Marques


2- Luíz Marques, casou com a sua prima Eduarda dos Santos Marques, filha de Ana dos Santos e Luís Diogo.
Ele faleceu a 20-01-1947.

3- Felismina Marques nascida a 22-12-1874 e baptizada a 10-01-1875; tinha 28  anos quando casou com António da Costa (26 anos) a 29-12-1902, filho de José da Costa de Forninhos e de Antónia dos Prazeres de Dornelas. Tiveram pelo menos uma filha chamada Alzira. 
António da Costa era tio da minha bisavó Casemira, irmão da sua mãe, que se chamava Elisa dos Prazeres da Costa.

4- José Marques nascido a 11-07-1880, baptizado a 10-10-1880, também aparece como filho de António Marques e Maria da Fonseca. Não consegui encontrar o registo de casamento e só os familiares  podem confirmar se teve filhos.

5- Adelino Marques, faleceu solteiro com 22 anos, a 30-08-1906 (nasceu a 28-02-1884, bap. a 23-03-1884).

Filhos de Ana dos Santos, 2ª filha do casal 1.1.1 (minha trisavó):

1- Maria dos Santos (minha bisavó), com 19 anos casou com António Rodrigues Ferreira (meu bisavô), filho de António Rodrigues e Antónia Marques (eram primos em segundo grau de afinidade ilicita, e em terceiro grau coningente ao segundo e ele já era viúvo de Delfina Rodrigues). Tiveram os seguintes filhos:

1.1- António Augusto Rodrigues (meu avô Antoninho Matela), que nasceu a 27-10-1906 e casou com Maria de Jesus Guerra; tiveram 7 filhos:
1.2- José (Matela), casou na Matela
1.3- Ana (Matela)
1.4- Augusta (Matela)
1.5- Profetina, casou na Matela
1.6- Lurdes (Matela)
1.7- Luis 
1.8- Ema (minha mãe)

António Rodrigues Ferreira faleceu em 15-08-1947. Do 1.º casamento não teve filhos, mas consta que teve alguns filhos ilegítimos. Diz-se que Maria Emilia Almeida (esposa de Ismael Lopes) era sua filha.

Antoninho (Matela) e filhos: Zé e Luís


1.2- Luis Augusto Rodrigues, conhecido como Luís Matela, nasceu a 31-07-1908 e casou com Filomena da Quinta da Ponte; tiveram 2 filhos:
1.2.1-Ezequiel
1.2.3-Lucilia
3- José Rodrigues (Matela), solteiro (nasc: 19-08-1910)
4- Amadeu, padre
5- Ana, freira
6- Prazeres (Matela), casou com João Monteiro, tiveram um filho: 
1.6.1-Alcides
7-Augusta (Matela), solteira
8- Maria do Céu (Matela), solteira

2- Eduarda Marques casou com Luiz Marques e tiveram dois filhos:
2.1- António Marques, professor
2.2- Agostinho Marques que casou no Boco e ficou conhecido como tio "Agostinho do Boco".

3- Antonia Marques (Antoninha), morreu solteira a 27-09-1988.

4- Aníbal, nasceu a 15-07-1889 e foi baptizado a 15-08-1889 (faleceu com 6 anos, no dia 24-10-1895).

5- Mariana, nasceu  em 26-01-1892 e foi baptizada em 14-02-1892, casou com José Baptista, natural de Forninhos, de 24 anos filho de Luís Baptista e de Ana de Andrade em 09 de Dezembro de 1911(?) e faleceu em Forninhos em 16-11-1918, teve 2 filhos? 

5.1- Filomena (Baptista), casou com o Luisinho de Penaverde e faleceu com 12-10-1963.
5.2- Pipinho, casou com a Prazerinha, filha do 1.º casamento do Sr. José Bernardo.

Filhos do Hipólito Marques e Maria dos Prazeres (Esteves), casal 1.1.3:

1- Libânia
2- António Augusto
3- Maria Augusta

Foram padrinhos em 1910 dum sobrinho Ernesto, filho de José dos Santos Marques e de Maria Baptista, que infelizmente faleceu com 1 ano de idade.

Nota: A Genealogia apresentada foi elaborada com base em consultas por mim realizadas. Sem outros dados concretos directos, não poderei completar a genealogia. Faltam-me apelidos familiares, só atribuídos quando do casamento, e datas de nascimento (para procurar os registos).

Meus avós: Maria Jesus com a mãe e marido

Bónus: Maria de Jesus Guerra (minha avó materna) que casou com Antoninho (Matela) era filha de Maximiano Guerra, filho de José Guerra, alfaiate, de Forninhos e de Emilia Mota da Matança.
Maximiano Guerra nasceu a 29-01-1892 e faleceu a 01-08-1928. Era casado com Casemira de Almeida (minha bisavó materna) que faleceu a 01-09-1978 (ainda a conheci).
Augusto Marques casou com Júlia Guerra, filha de José dos Santos Albuquerque, conhecido por "Zé Rito", e de Maria de Jesus Guerra que também era filha de José Guerra, alfaiate, de Forninhos e Emília Mota, da Matança.
José Guerra, alfaiate, faleceu a 18-09-1908, tinha 60 anos.

Augusto Marques e Júlia Guerra

Extra-Bónus para as Famílias "Matela" e "Rito":
A) Os pais de José Guerra eram Francisco de Andrade e Maria Guerra, ambos de Forninhos.
B) Os pais de Emília Mota eram José de Sousa e Joseffa Mota, ambos da Matança.
C) Os pais de José dos Santos Albuquerque eram António de Albuquerque, de Forninhos e  Maria de Almeida da Moradia.
D) António de Albuquerque era filho de José Marques de Albuquerque, de Forninhos, e de Rita Rodrigues, de Penaverde.
E) Maria de Almeida era filha de José de Albuquerque, da Moradia, e de Maria de Almeida, de Forninhos.
F) Rita Rodrigues era filha de Cristóvão Nunes e de Ana Rodrigues, ambos de Penaverde.
----//----
Anda na tradição que a maior família de Forninhos é a dos ferreiros, mas tenho as minhas dúvidas. Acho que os Marques ganham aos ferreiros.

sábado, 10 de outubro de 2020

Genealogia da Família "Cavaca "

Desbravando os nossos antepassados, desta vez desvendei a família "Cavaca" chegando aos  tetravós (tataravós) dos nossos conterrâneos actuais, pelo menos aqueles que continuam ligados a Forninhos.  
É a minha homenagem ao meu tio António Cavaca que faleceu no Domingo de Páscoa de 2020, 12 de Abril
Gente bem parecida "os Cavacas"

No princípio eram Fernandes

1- Manuel Fernandes da Quinta da Cavaca, Cortiçada casou com Margarida Joaquina também da Quinta da Cavaca. Tiveram um filho, chamado José Fernandes, que se segue:

2- José Fernandes da Quinta da Cavaca casou no dia 05-02-1824 com Maria Inácia Alves, de Forninhos, filha de António Alves e Maria Inácia, de Forninhos. Este casal teve uma filha, em 1829, a que deram o nome Maria (Maria Fernandes) e era conhecida por Maria Cavaca.

Casamento de José Fernandes e Maria Inácia


No dia 11-06-1860, Maria tem 31 anos e casa com António Albuquerque, de Forninhos. Ele tem 41 anos de idade.

Casamento de Maria Cavava e Antonio Albuq.

Origens do António Albuquerque (Janela)

1- José de Albuquerque casou com Luísa de Andrade. Tiveram um filho chamado Inocêncio de Albuquerque.

2- Manuel de Andrade Janela casou com Maria de Aguiar. Tiveram uma filha chamada Isabel de Andrade.

Casamento de Inocêncio e Isabel

3- Inocêncio de Albuquerque casa com Isabel de Andrade no dia 02-04-1818 e do casamento nasceu um filho chamado António de Albuquerque ou António de Andrade de Albuquerque ou António Albuquerque Janela, que se segue:

4- António Albuquerque (Janela) de 41 anos, casa com Maria Fernandes (Cavaca) de 31 anos, em 11-06-1860. O casal teve três filhos:

4A. José, nascido a 17-01-1872 e baptizado em Forninhos no dia 04-02-1872. Faleceu a 10-10-1872 com 8 meses.

4B. Henrique Albuquerque, nasceu em 1867 e casou com Maria Augusta (Moreira), filha de Ana (Augusta Esteves) e mais tarde perfilhada por António Moreira, natural de Forninhos em 13-10-1897. Ele tinha 29 anos e ela 35 anos. 

Casamento do Henrique com Maria Augusta

Deste casamento nasceram 3 filhas:

1)  Maria dos Prazeres, que faleceu no dia 30-10-1905, com 9 meses.

2) Maria de Albuquerque, conhecida como Maria do Henriquesnasceu a 23-07-1897 e casou com António Marques de 23 anos, no dia 18-06-1916;

3) Graça de Albuquerque, nasceu a 18-09-1899 e casou com José Augusto de Almeida Nunes e ficou conhecida como Graça do Bartolomeu.

4C. Eduardo Albuquerque, nasceu em 1862 e casou com Teresa de Jesus, natural de Forninhos, em 26-11-1899. Ele tinha 37 anos e ela 33 anos. 

Casamento de Eduardo com Teresa

O casal teve 6 filhos que chegaram à idade adulta:

1) Maria dos Prazeres (10-11-1900)
2) António Albuquerque (26-04-1902)
3) Rita Albuquerque (30-12-1904)
4) José dos Santos Albuquerque, conhecido por Zé  Cavaca (19-04-1906)
4) Clementina Albuquerque (03-05-1908)
6) Ilidio Albuquerque (28-06-1910)

Da família materna temos dados bastante completos, os quais já apresentamos aqui:

Voltando à família paterna:
1- José Fernandes Cavaca falece e Maria Inácia Alves volta a casar em 11-01-1836 com José Antunes, sendo testemunha Inocêncio de Albuquerque, sogro da sua filha Maria Fernandes Cavaca. 
2.º Casamento de Maria Alves 

2- António Albuquerque, falece com 53 nos, no dia 31-08-1873 e deixou viúva Maria Fernandes com os seus dois filhos: Henrique e Eduardo.

3- Maria Fernandes casou em segundas núpcias em 07-02-1875, com Manuel de Andrade, viúvo de Maria de Figueiredo, natural da Moradia, Antas, Penalva do Castelo e não tiveram filhos (talvez por isso Henrique Albuquerque e  Eduardo Albuquerque (meu bisavô) herdam bastantes terras na Moradia que deixam aos seus filhos).

2.º Casamento de Maria "Cavaca"

4- Maria Fernandes falece em 24-12-1913.
5- Henrique Albuquerque falece em 16-12-1926.
6- Eduardo Albuquerque falece em 14-07-1934.


Casas da Família Cavaca


São os antepassados dos Cavacas, se alguém da família  quiser completar...

Nota pessoal: O apelido "Cavaca" não veio da Matela (como sempre ouvimos), veio da Cavaca, Cortiçada, mas é verdade que há os primos "Cavacas" da Matela, houve um filho de José Fernandes da Quinta da Cavaca e de Maria Luis, que em 08-05-1871, com 38 anos, casou com Maria José, de 18 anos, da Matela. Chamava-se António Fernandes. Fruto desse casamento nasceu o Francisco Cavaca que em 1913 pediu passaporte para a América do Norte.
Desse pedido deixo o essencial: