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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Começaram as Vindimas

A faina das vindimas tem de começar e alguém começa. Se estiver bom tempo, como é o caso, até é uma tarefa agradável de fazer.

Desta feita mostramos a vindima do tio António Carau, nas fotos registadas pelo João Seguro e que ilustram para quem não sabe, as rotinas da vindima. Para quem sabe não é novidade, mas acho que aqueles que não estão cá, vão gostar de recordar os tempos em que também se envolviam nestas lides.


Na vinha, todos andam à volta das videiras, de tesoura e balde na mão


e corta-se para o balde um cacho de cada vez. 
E quando está cheio, vai-se despejar,

passando as uvas por um esmagador e daqui para o lagar,

mas por agora vamos à piqueta,
pois nem só de trabalho se vive!

Agora, então, vamos "espreitar" a pisa das uvas no lagar

e ver os 'artistas' a pisar as uvas,

onde começa o ciclo de fermentação, que levará uns dias e muitas voltas


e apreciar, vendo, a cor que o vinho adquire.

No Outono muita coisa a natureza nos dá, para além das uvas, fazemos por ora também destaque aos Castanheiros:

As castanhas saem dentro deste emaranhado de picos. É uma fruta da época que se consome de várias maneiras, falaremos delas mais à frente, por enquanto, fica a imagem para vos recordar dos magustos que estão quase à porta.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Memórias: Bairro da Eira

Esta foto da D. Augusta Albuquerque (que também usa o nome Joana), tirada na Ponte da Eira, no ano de 1982, traz recordações aos mais velhos e dá a conhecer aos mais novos como dantes era a Eira. A Eira era mesmo uma eira (lages) e muitos forninhenses ainda se devem recordar dela assim e até como era antes da ponte. Eu ainda me lembro sem a ponte, da construção da ponte e da inauguração da ponte!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Morte de uma Serra com milhares de anos de vida

Gostaria de voltar à Serra, desta vez, sem fantasia nem modos de brincar, mas sim, encarar e ver esta serra como foi, como é, e como vir a ser.
Não sabemos, e possivelmente nunca viremos a saber o que se passou aqui, embora pese, as tecnologias avançadas de hoje, umas vezes não há dinheiro, outras, porque não há tempo para estas coisas, outras ainda porque não há interesse, enfim, uma série de desculpas esfarrapadas que a mim não convencem.
Já se fizeram escavações em vários castros da região onde foram encontrados utensílios como, machados e foices, objectos de adorno, moldes, punhais, lanças etc., quem sabe se neste também se não encontraria coisas interessantes?

Gruta, possível habitação que pode remontar a dois mil anos a.C.

Provável fortificação do castro, pode remontar à idade do Bronze
Final Século 1300-1200 a.C.
Castro, possível povoado pré-romano

Esta serra, não tem só mitos e lendas mouriscas, tem também vestígios que podem remontar até dois mil anos a.C. e parece ter havido continuidade, tendo em conta: a quantidade de pedaços de cerâmica encontrados, o castro (habitações redondas), que provavelmente serão lusitanas pré-Romanas, lagaretas, sepulturas antropomórficas escavadas na rocha, outras enterradas em cemitério, isto, possivelmente já na idade media, uma capela que embora destruída, o seu santo resistiu até aos nossos dias.

Lagareta/Lagarinho com cova em forma de asa de andorinha

Sepulturas antropomórficas (idade media)

Sepulturas de pedra enterradas em cemitério

S. Pedro de Verona, único resistente até aos nossos dias

Tudo isto, leva-nos a ver esta Serra com vida por alguns milhares de anos continuados até um passado ainda recente, pode muito bem ser um livro fechado que, aberto nos poderia contar mais um pouco de historia.

Será que não merecia um pouco mais de interesse da parte da arqueologia?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Memórias de Forninhos da década de 70

Voltamos a abrir o baú de memórias para uma imagem do “Centro” da aldeia, que foi há dezenas de anos atrás um centro de vida. Esta fotografia ilustra um tempo de encarar a vida de forma alegre, pois todos os rostos são sorrisos.

Difícil de identificar?

Não por ordem, mas dela consta a Céu e a Alzira; a Lurdes e a Isabel Coelho; a Fátima e a Lurdes 'papa'; a Glória; a D. Ana (irmã do Sr. Pe. Barranha); a Dorinda; a Dulce; a Ana Maria; o Zé 'pitisso'; a Sra. Mariana Carreira e sobrinhas do Brasil (Zita e Lúcia); o Jorge Cabral; a Aidita; a Fernanda; a Guida; eu (Paula) também lá estou; a Cristina Vaz e outras pequenitas...
Há dezenas de anos atrás era este o retrato da juventude de Forninhos.
E hoje? Qual é o retrato?

Foto: Grupo de teatro amador, popular (mais uma cortesia da família Guerrilha, a quem agradecemos).

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Picanço

Ainda encontramos em Forninhos um Picanço, que foi um engenho muito usado nos meados do Século XX para tirar água dos poços, principalmente na Primavera e Verão, quando se tornava necessário fazer as regas para que as culturas não morressem de sede.




Este trabalho árduo, realizado por homens e mulheres, há dezenas de anos que deixou de fazer parte da vida quotidiana forninhense.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Mangual

Iniciamos hoje uma nova rubrica que pretende publicar neste BLOG algumas fotografias de coisas nossas que um dia já foram assim e que ao mesmo tempo retratam aspectos importantes do passado colectivo da nossa aldeia.




Nesta primeira publicação recordamos uma malha de centeio, numa altura em que ainda era feita com o mangual, que foi um utensílio muito usado na debulha dos cereais em quase todo o país.