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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Hino de Forninhos

A Sra. Mariana Vaz, de Forninhos, fez-nos relembrar o chamado "Hino de Forninhos" que se cantava, com frequência, em honra da nossa aldeia, quando havia encontros festivos ou serões de convívio. Começava assim:

O meu distrito é a Guarda
o meu concelho é Aguiar
A minha terra é Forninhos
E a minha pátria é Portugal

I
Forninhos é terra linda
Nada tem que invejar
Fica na encosta da Serra
Vê o Rio Dão passar

Composto o refrão e música pelo Sr. Professor José Sobral, apresentou-se Forninhos no Cortejo das Oferendas com o queijo da serra e com os versos que escrevi aqui.
Mas em Forninhos, desde meados dos anos 60 (e durante todos os anos 70 e 80), um edifício da Igreja, a que chamávamos "O Centro", serviu de centro de cultura popular. Era lá que havia cursos, teatro...e nessa altura o Sr. Pe. Matos fez a nova composição do "Hino de Forninhos", de acordo com o que secularmente se produzia de modo a cobrir as necessidades locais e com a música da canção dos Cortejos.

 
II
É cercada de oliveiras
Esta aldeia, sem rival
Produz bom milho e centeio
Não lhe falta o bom pinhal
III
No concelho é a primeira
Na produção do bom vinho
É uma terra hospitaleira
Tem de tudo um bocadinho.

O pinhal (as matas) para além de prover o forno e o lar, oferecia resina.
Dos cereais panificáveis só o centeio e milho é que se produzia em quantidade apreciável. O trigo, mal chegava para as sementeiras, revertendo o sobrante para as filhós e bolos de azeite.
Não se usava pão de trigo, a não ser para as morcelas.
Já o azeite há 50 anos não chegava para os gastos. Mas isto, claro, observam os de idade e saber.
O forte da agricultura em Forninhos, segundo o hino, era o vinho. Pois. Era o vinho.



Para além do que se produzia, o Sr. Pe. Matos, Pároco de Forninhos de 1962-68, classificou ainda o património da freguesia, assim:

IV
Na parte nascente fica
Branca ermida da Senhora
Nós dos Verdes Lhe chamamos
Por ser deles protectora.
V
No topo da freguesia
Como anjos, a velar
Fica a Escola e o Centro
E a Igreja Paroquial

Desde essa época, de vez em quando, canta-se isso, para lembrar o nosso lindo torrão natal, fielmente e sem erros...
Mas em Julho/2016, a Sra. Mariana Vaz alterou os  III  e V versos/quadras e acrescentou mais dois versos/quadras.
Peço que cliquem nos documentos para ler algo como isto:

No topo da freguesia
Como anjos, como anjos, a velar,
Fica a escola e o centro
Fica a escola e o centro
Para todos ajudar


Tem fornos comunitários
E fontes, e fontes, com tradição
Onde o povo se reune
Onde o povo se reune
Partilhando Amor e Pão.

Etc. e tal...

Será que a Sra. Mariana Vaz quer intitular-se autora do hino escrito há 50 anos? Estranho não é?

sábado, 20 de agosto de 2016

Festa da Assunção de Nossa Senhora

Muitos dirão que as festas são sempre a mesma coisa, mas não são, pois o tempo passa pelas pessoas e também pelas coisas e todos os anos, sendo o mesmo, é diferente. Basta ver:


Os Guiões flutuam ao vento que desafia quem os transporta.


Cumpriu-se a tradição, com Nossa Senhora voltada para a frente, como deve ser no 15 de Agosto. 


Forninhos, evoca no dia da Assunção, Nossa Senhora dos Verdes


Missa Campal no Santuário de Nossa Senhora



A Banda de Manteigas, veio dar música ao ato litúrgico,


 tornando-o muito mais bonito!


Encostados à sombra dos Cruzeiros também assiste-se à missa


Diz a lenda que certo dia, uns caminhantes detiveram-se para matar a sede numa fonte e enquanto bebiam repararam numa bonita imagem de Nossa Senhora, como colocada ali ao lado ler maisTalvez em vez da fonte, fosse um ribeiro, o ribeiro que corre na parte de baixo da Capela, seja como fôr e tendo em conta a lenda (ou não!)...muitos anos depois o Santuário ganhou uma fonte, por iniciativa da Junta de Freguesia de Forninhos.


Um grande Bem haja aos mordomos que, com trabalho, motivação e muita vontade, cumpriram o seu objetivo e a todos o que colaboraram para o bom êxito da maior festa de Forninhos.
Que os próximos mordomos consigam dar continuidade à tradição!