Era uma vez um povo que em dia de São Marcos, aproveitava para cavar as vinhas, pois os bois nesse dia, 25 de Abril, não trabalhavam. Nesses tempos duros e complicados, para não dizer desumanos, o nosso povo labutava de sol a sol, para garantir o pão de cada dia e levavam uma vida simples e sem ambições:
Bendita seja a miséria, porque faz o povo humilde
(Cardeal Cerejeira)
Mas os poetas viam as coisas noutra perspectiva:
É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos..
Os teus olhos nasceram, para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.
(Manuel Alegre)
Mas também semearam inquietação, cantando:
Menina dos olhos tristes
o que tanto a faz chorar
o soldadinho não volta
do outro lado do mar.
ou
Eles comem tudo
eles comem tudo
eles comem tudo
e não deixam nada
Depois o povo fez o 25 de Abril:
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
...E tudo foi diferente para Melhor!
...direito ao voto para todos,
melhores salários
mais educação
melhor saúde...
Bom dia de LIBERDADE para Todos.
Olá, querida amiga Paula!
ResponderEliminarFeliz Dia da Liberdade!
Amei as quadrinhas da Sophia.
Sua conclusão e desejos finais estão perfeitas.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
*estão perfeitos (corrigindo)
EliminarApenas quis mostrar o 25 de Abril de 1974 como um marco divisório, entre um antes...
EliminarO tempo da fome
O tempo da ditadura
...e o depois:
Liberdade de poder dizer o que se pensa, o direito ao voto para todos, melhores salários, mais educação, melhor saúde...
Viva a Liberdade e o 25 de Abril!
Beijinhos e saúde.
Que lindo post,Paula!
ResponderEliminarE viva os dias bem melhores e a liberdade!
Feliz 25 abril! bjs, chica
Sim, é natural, é humano, desejarmos mais e melhor, então que o espírito de Abril de 1974 se mantenha bem vivo em cada um de nós!
EliminarBjs
O 25 de abril devia ser "cadeira" obrigatória em todas as universidades de Portugal. Devia ser obrigatória falar-se e estudar-se em todas as escolas do ensino primário e secundário.
ResponderEliminarAmei a sua publicação. Homenagem magistral ao 25 de abril.
Feliz terça feira
*
ilusoes e poesia intima
*/*
100% de acordo.
EliminarÉ preciso dar a conhecer aos mais novos a História da Revolução dos Cravos, como sem derrame de sangue, os valorosos Capitães de Abril 74 acabaram com a opressão e restituíram ao povo português um Portugal livre e democrático, um outro Portugal.
25 de Abril, SEMPRE!
Mariete e Paula, desculpem a minha intromissão, mas não poderia estar mais de acordo. É preciso que a aprendizagem na escola evolua e que o 25 de Abril de 1974 seja explicado às novas gerações, já que a maioria desconhece o que foi este dia tão importante para Portugal.
EliminarObrigada.
Beijinhos,
Ailime
Olá, Paula. Feliz Dia 25/Abril! Uma homenagem bem feita para o hoje tão cheio de alegria e liberdade.
ResponderEliminarO meu abraço, Anete
Obrigada Anete.
EliminarGosto muito de História e a da Revolução dos Cravos é Linda, é Alegria é Euforia!
Abraço.
Sempre e para SEMPRE, VIVA O 25 DE ABRIL
ResponderEliminarSaudações cordiais … Um dia feliz
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Fascismo Nunca Mais!!
EliminarBom fds.
Uma excelente publicação. Viva o 25 de Abril, sempre.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Que ninguém feche as Portas que Abril Abriu!
EliminarAbraço e saúde.
Boa noite Paula,
ResponderEliminarGrande evocação em dia de comemoração 49° Aniversário do 25 de Abril!
Adorei as citações.
Viva a Liberdade!
25 de Abril, sempre!
Beijinhos,
Ailime
Ainda faltou a sabedoria popular do povo, nos provérbios que dizia, que refletiam uma certa pobreza das nossas gentes:
Eliminar“Em Abril queima a velha o carro e o carril, e dá a filha por pão a quem a pedir”.
Beijinhos
Não copio de ninguém, os tempos adversos, inquinados pela fúria das nossas vergonhas, guerras, mortes e bocas caladas.
ResponderEliminarLarga a rabiça do teu arado, larga a menina amada na promessa do voltar. Promessas que tantas voltaram num simples caixão.
Viúvas antes do tempo, tal como as sementeiras que teimavam a desabrochar. Até as rosas e cravos tinham medo das lembranças.
Agora temos um mar de poetas que nos dão alma, já os tínhamos antes só que erámos uns incultos.
A linda e bela publicação, remete a esse tempo, tão bom ter liberdade!
Mas esses tempos é que eram bons, segundo alguns!
EliminarEu e os que têm 50 anos ou menos, não temos memória do tempo da outra senhora, mas ouvir os de idade mais avançada dizer que o país está a precisar doutro Salazar é de "bradar aos céus".
Para o bem ou para o mal, são os cidadãos que escolhem quem querem para gerir a sua freguesia, o seu concelho, o seu país...
Dantes nem tinham direito ao voto.
As Portas que Abril Abriu há 49 anos, foram a esperança, para todos, num mundo melhor. Temos de continuar a acreditar!
Boa tarde
ResponderEliminarAquilo de que me lembro bem..
O medo de Minha Mãe quando meu
pai ouvia o Manuel Alegre na rádio
Argel , aos Domingos á noite .
Medo dos " Pide " ....
A polícia do Estado Novo , os informadores.
Naquele lugar , verde e lindo onde
nasci será que haveria " Pides " ??
Anos depois a vender pão no Beco
hoje, Rua Adelino Amaro da Costa
o meu terceiro cliente da manhã era um velhote "ex pide" . Uma jóia de homem culto e bom pagador .
Dava - me gorjeta e comida . Tinha
para aí uns 14 anos . Ensinou-me regras de educação e civismo.
O meu patrão e tio não perdoava os enganos nos trocos. E as gorjetas
do " ex Pide " salvava- me sempre a
receita do dia.
Nunca vivi muito em liberdade de
expressão antes de vir para Lisboa
em 89. Porque depois de 74 a Igreja
e o Poder nas pequenas cidades e
Aldeias " tinham o pacto do medo".
Verdade seja dita , 50 anos depois
o Sistema Democrático , a Social
Democracia e o Socialismo aos olhos dos " antigos " tem deixado
amargos de boca . E muitos andam
com saudades de Salazar .
Eu não !! Só de pensar no pânico de
Minha Mãe a ver meu pai a ouvir
a Rádio Argel .
Viva Abril
Abraço
Antônio Miguel Gouveia
Se calhar não havia pides, mas havia informadores da pide, os chamados "bufos". Nas aldeias sempre houve oportunistas sem qualquer escrúpulo para ganharem uns trocos.
EliminarFez bem em os recordar para quem possa desconhecer e para os que já esqueceram e andam com saudades do ditador!
Abraço e obrigada pelo seu contributo.
Viva Abril
Que nunca nos falte a liberdade!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
E a paz, o pão, habitação, saúde, educação (Sérgio Godinho).
EliminarUm Bom Dia do Trabalhador.
Que belas partilhas para assinalar tão importante data! Bj
ResponderEliminarNão é que não tenha havido outras datas importantes, entre as quais a instauração da República em 1910, mas na história de Portugal talvez não haja um marco tão importante como o dia da Revolução dos Cravos.
EliminarBj