Na nossa aldeia as mulheres desde sempre repartiram a vida entre o "governo" da casa e os trabalhos do campo. Claro que os trabalhos mais pesados estavam destinados ao homem, mas a mulher ajudava nas sementeiras, nas sachas, nas regas, nas ceifas, na cura, vindima, vareja, etc...etc...e pouco tempo lhe sobrava para a lida doméstica, mas tinha que a fazer.
Quando chegava ao Domingo para ir à missa...dia de festa...ou ter de se deslocar à feira de Fornos, aprimorava o seu trajar - o trajo do trabalho dava lugar ao traje domingueiro.
Quando chegava ao Domingo para ir à missa...dia de festa...ou ter de se deslocar à feira de Fornos, aprimorava o seu trajar - o trajo do trabalho dava lugar ao traje domingueiro.
A imagem de hoje, recorda a tia Maria da Lameira em dia especial. Fato de saia e casaco, todo em preto, sem rendas ou bordados, blusa, lenço na cabeça e xaile de merino. Este traje lembra as nossas avós e tempos em que havia mais miséria e dureza no trabalho, contudo havia muita riqueza e alegria na alma delas.
Actualmente nem as mulheres mais idosas usam este trajo feminino, mas o lenço na cabeça foi por décadas um acessório que as mulheres não dispensavam e dizer que o lenço entrou no esquecimento não será correcto, simplesmente as mudanças do tipo de vida e as alterações na maneira de vestir determinaram o seu desuso, mas continua a existir...nem que seja em momentos "folclóricos".
Foto, cortesia do contribuidor XicoAlmeida.
Actualmente nem as mulheres mais idosas usam este trajo feminino, mas o lenço na cabeça foi por décadas um acessório que as mulheres não dispensavam e dizer que o lenço entrou no esquecimento não será correcto, simplesmente as mudanças do tipo de vida e as alterações na maneira de vestir determinaram o seu desuso, mas continua a existir...nem que seja em momentos "folclóricos".
Foto, cortesia do contribuidor XicoAlmeida.
Obrigado pela postagem que me toca de modo especial.
ResponderEliminarA minha avo materna com quem cresci e aprendi ate ela partir.
Fico comovido, ainda por cima nao haver mais fotos dela.
Mulher alta em todos os aspectos.
Sabia vestir a indumentaria do dia a dia e aperaltar.
Recordacoes aqui trarei.
Mas, o fato esta lindo!
Bem-haja eu pela foto.
EliminarAdoro receber, ver, publicar e comentar relíquias como esta. Muitas fotos boas já passaram por aqui e é muito bom recordar homens e mulheres que fizeram parte do passado e que contribuíram em parte no desenvolvimento de Forninhos.
Hoje, pelas recordações que nos trazem, gostaríamos de ter mais fotos dos nossos avós, mas é muito bom o blog dos forninhenses ter conseguido algumas para não esquecer os seus usos e costumes.
Da infância tenho recordações de algumas velhotas, conheci a minha bisavó Casimira, a tia Caetana, tia Adelina Guerra, tia Beleza, tia Natividade, tia Ludovina, etc...mas a tua avó Maria da Lameira, de quem ouvia falar, não a conheci, pelo que gostei muito de ver como era.
Puxa, Paula, esse traje é muito formal e sério, né?! Importante saber e entender as razões!... Gostei das suas explicações...
ResponderEliminarUm Bom Fim de Semana... Muitos beijos
É, é um traje dum tempo passado, de gente simples, como nós ...gentes de Forninhos.
ResponderEliminarNesta imagem não se vê os pés, mas também quando chegava o Domingo ou dia de festa os pés "viam" umas tamancas ou sapatos.
Passe também um bom fim de semana Anete.
Obrigada pelas novas explicações... Agora nas férias, estive c um casal q morou em Portugal por um tempo e me referi a Forninhos, ele conheceu e me falou outras coisas boas/culturais da sua aldeia, Paula...
EliminarCom carinho e um abraço...
Estes fatos dos domingos eram comuns, com algumas diferenças, a todas as regiões de Portugal. Era um tempo em que estas "fatiotas" duravam anos, pois não havia dinheiro para renovações frequentes. Lembro-me há sessenta e tal anos de ouvir dizer aos meus avós: "Quem quer vestir bem de semana, veste mal ao domingo". A lição era a de que as roupas dos domingos, teriam que durar muito tempo, durante a semana eram as vestes do trabalho, sempre iguais.
ResponderEliminarUm abraço Paula,
Manuel Tomaz
Obrigada, mais uma vez, pela sua troca de saberes e viveres.
ResponderEliminarNo meu tempo de criança ouvi muitas vezes os mais velhos dizerem: "quem quer andar sempre de novo, anda sempre de velho." Um e outro devem querer dizer a mesma coisa.
Abraço.
Também eu gosto muito de ver fotos antigas .Eu nao conheci a tia Maria da Lameira mas ouvi falar nela .A tia Adelina Guerra assim que a tia Beleza recordo me velas sentadas no balcão da tia Rosa . Pensei que nessa época so se usava o xaile mas estou a ver que também já se vestiam de casaco .
ResponderEliminarLindo compartilhamento do Xico! Muito legal ver como eram as coisas na época! beijos praianos,chica
ResponderEliminarChamava por ela dia e noite, enquanto meus pais andavam na labuta.
ResponderEliminarUm coracao enorme, que me custa descrever.
E dormimos os dois, no quarto interior, ate ter sete anitos.
Depois, ainda nova, foi embora, para o ceu...
E via vestir a combinacao para dormer e comigo rezar.
Aquela coisa branca, por pudor, da cabeca aos pes.
Depoios da reza, aninhava/me no colo e ouvia as historias.
Tao lindas, que no meio adormecia.
Beijo avo!
Muy parecido a las que usaban las mujeres en los pueblos de Galicia.
ResponderEliminarMe encantó el Post.
Abraços.
Olá Paula!
ResponderEliminarClaro que o traje como muitas outras coisas nas nossas vidas, foi modificando através dos tempos. É certo que os Ranchos Folclóricos têm tido um papel importante na recolha, preservação e estudo dos usos e costumes das diferentes regiões do país. Parabéns pelo trabalho .Um abraço.
M. Emília
Antigamente o vestuário era bem diferente do de agora. As roupas brancas eram de linho, cada família cultivando o seu linhar; e a de fora, de burel, batido no "pisão", só um ou outro lavrador "mais rico" é que comprava roupa a ciganos e contrabandistas. As mulheres além das saias pelo tornozelo usavam xaile ou a mantilha.
ResponderEliminarMulheres antigas como a tia Maria da Lameira cultivaram e fiaram muito linho; teve esta mulher 3 filhos e ficou viúva muito nova, criando os filhos sozinha, mas creio eu que há bastantes netos e é pena que esses netos, à excepção do Xico, não escrevam uma linha sobre a sua avó!
E encerro este comentário com aquele ditado caracterológico (se existe a palavra): CADA UM, É COMO CADA QUAL.
Verdade, Paula.
ResponderEliminarEsta Mulher tem treze netos, e muitos, muitos bisnetos.
Sou apenas um deles, mas privilegiado por os meus primeiros sete anos de vida, partilharmos juntos dia e noite.
Os meus primos, mais velhos e novos, respeitam a sua memoria, Todos!
Tenho pena de nao exporem esse sentimento, mas pela distancia, parte na America, outros por ca, nenhum em Forninhos...
Havera que mudar, em vez dos encontros obrigatorios nos funerais, fazer dias de festa.
Afinal a vida corre rapidamente.
Mas, acredito que alguns aqui virao falar desta Grande Senhora.
Permitam o abuso de aqui voltar.
ResponderEliminarMas, a minha avo, merece isso.
Nao desliguem do modo de vestir, digno de qualquer designer famoso.
Ao deitar rezavamos juntos,
Com Deus me deito
Com Deus me alevanto
Com a graca do Divino Espirito Santo
Que me cubra com o Seu divino manto
Se eu bem coberta for
Nao tenho medo nem temor
Nem de fogo nem de chama
Nem de morte espiritana
Esta oracao, com graca de perdao
Chegado ao Senhor
Com Sua honra e louvor
Em louvor da Virgem
Nossa Senhora
Que me guardas de noite
Me guardas tambem de dia
A mim e toda a minha familia
PAI NOSSO E AVE MARIA!
Por aqui os nossos costumes são diferentes e desde o século passado se modificam continuamente. Feliz Dia da Amizade! Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarSabes YaYa, registar coisas intimas, como as tuas cronicas, custa.
ResponderEliminarMas, quando merecidas e dao orgulho, apenas na saudade permanece uma paz infinda.
Esta senhora e meu avo paterno, aqui ja postado,
apenas uma honra de os ter como avos!
Ola boa noite.
ResponderEliminarGostei muito de ver aqui a minha avo Maria Lameira.Obrigada pela lembranca pois ja nao me lembrava como ela era, somente me lembro que era uma mulher muito alta.
Cumprimentos para todos.
LurdesAlmeida.
Tambem eu gostei muito de ver a fotografia da minha avó. Quando ela morreu eu devia ter uns 5 anos, mas tenho uma vaga ideia de a ver acamada e num dia de festa da Senhora dos Verdes trazer-lhe uma santinha de papel. Eu mais o Xico e a nossa mae viemos a pé e traziamos uma santinha de açúcar para nós e para a avó uma em papel.
ResponderEliminarBeijinhos e bom domingo para todos.
Os meus sinceros agradecimentos por o que acima escreveram, Lurdes e Lena.
EliminarÉ bom sentir que não estou a escrever e publicar para ninguém e que as fotografias antigas despertam lembranças antigas, neste caso, sobre a Vossa avó Maria Lameira.
Um abraço meu p/ as duas.
Adorei ver passar por aqui as minhas manas, Lurdes e Helena.
ResponderEliminarDe uma forma outra, a todos nos marcou.
Ainda por cima, uma grande senhora que jamais esqueceremos.
Beijos para elas.
Linda matéria!
ResponderEliminarPassando pra desejar um belo domingo
e aguarda-lo lá
no Espelhando.
Bjins
Catiaho Alc.
Xico, obrigada pelo seu comentário.
ResponderEliminarÉ bom não deixar cair no esquecimento as memórias das nossas gentes.
Uma boa semana para si.
De que material foi feito este traje de domingo?
ResponderEliminarO merino era usado em xailes, lenços de cabeça.
E o fato para ser bom não se dizia que tinha de ser de fazenda?
Teria forro em tafetá, o material mais utilizado para os forros de peças de roupa, como saias e casacos?
A blusa vê-se que foi feita de uma peça com bolinhas.
A modernidade por vezes não se compadece com a manutenção de relíquias de gerações, mas concordo com o Xico: este modo antigo de vestir, deveria ser guardado como património nosso.
Muito sinceramente, desejo que os autarcas tenham sensibilidade para estas questões, e venham a musealizar também o fato domingueiro e as fatiotas da semana, antes que se percam de vez.
Resto de domingo bom.
É muito bom recordar a minha avó. A foto reflete muito bem a sua personalidade e o seu modo de vestir. Lembro-me bem da minha avó, inteligente, amiga de ajudar o próximo e sempre atenta aos netos.
ResponderEliminarAgradeço a lembrança da homenagem a uma pessoa que nos foi tão querida.
Iracema Melo
As fotos antigas são mais um modo de atrair e interessar as pessoas a reviver saudosas lembranças. Por isso, fico contente, Iracema, por voltares a comentar.
EliminarDos seus três filhos, não cheguei a conhecer o teu pai, mas com certeza também ele deixou boas recordações.
Beijos**
Muito bonita e coracao de manteiga.
ResponderEliminarPensava, quando for grande quero ser assim alto.
Grande avo tivemos, Iracema, cara de teu pai e minha mae.
Nossa avo!
Que bom quando ser avó é deixar um rasto de saudade onde a memória não morre!
ResponderEliminarAinda lembro esses trajes de domingo onde para ir á missa se "ia ao fundo da caixa" onde guadavam os melhores fatos.
Parabéns querido amigo e obrigada à Aluap por nos trazer um pouquinho mais de si e da nossa história. Afinal somos filhos da mesma Pátria.
Beijinhos Xico
Esta foto faz-me recordar várias mulheres da minha infância.
ResponderEliminarMuitas delas não dispensavam o seu púcaro de vinho quente com açúcar e o seu cálice de aguardente. Usavam umas saias muito grossas até aos pés, urinavam de pé no meu dos caminhos, etc.
Em primeiro lugar destaco a minha bisavó Dulce, a quem todos os miúdos chamavam de avó; certo dia a minha prima Júlia Cavaca cortou-lhe as unhas dos pés com uma tesoura dos pés, enquanto ela barafustava.
A seguir recordo a minha mãe que era das poucas que tinha feito a 4ª classe, escrevia a lia as cartas de toda a vizinhança, pois eram quase todos analfabetos.
Seguidamente recordo:
- Tia Etelvina, que fabricava carvão e frequentava as tabernas como os homens; certo dia em Valongo, quando havia gente por perto, atirou-se ao poço e em seguida começou a pedir socorro;
- Tia Belmira "Pedra", que andava constantemente a pedir uma brasa para acender o lume; foi ela que ensinou com 2 pauzinhos, a minha irmã andar.
- Tia Ilda que distribuía por alguns vizinhos uma malga de açúcar, quando marido lhe mandava um saco de África;
- Tia "Correia" que ia a Fornos, de bicicleta, buscar as encomendas e os sacos de correio e os ia distribuindo pelas aldeias, até chegar a Forninhos;
- Tia Aurora que coloca silvas nos troncos das cerejeira, para não lhe roubarem as cerejas;
- Tia Patrocínia que cantava muito bem ao desafio;
- Tia Casimira "Caniça" que fiava o linho;
- Tia Caetana, que já muito velhinha a corcunda, carregava às costas molhos de lenha;
- Tia Ludovina que, quase centenária, ainda fazia renda;
- Tia "Micas" que vendia 2 requeijões por 2$50;
- Tia Esperança que fabricava e vendia um saboroso pão de trigo por 2$00;
- Tia Cecília que aos domingos à tarde andava com um pau na mão, junto ao baile, a correr com os miúdos para irem para igreja rezar o terço;
- Tia Casimira e posteriormente Tia Isaura, que vendiam sardinha e chicharros;
- Minha tia e madrinha Arminda, que em casa dos meus avós paternos, me embrulhava com o seu xaile;
- Minha Tia Maria "Coelha", que recebia muitos sacos vindos da América e que, muitas vezes, depois de abertos era uma desilusão.
- Tia Piedade que se afogou no poço no Porto e, quando passaram com ela nos braços junto à escola primária,hoje Junta,fugimos todos com medo; ainda hoje estou a ver o par de tamancas que deixou muito alinhadas, junto ao poço.
Nessa altura as mulheres tinham que entrar na igreja com a cabeça tapada, com um lenço ou véu.
Aqui presto a minha homenagem a outras grandes mulheres que existiram na nossa terra.
Um abraço e boas férias.
Foi bom ter lembrado de todas estas mulheres de outros tempos da nossa terra e que bem sabe ler sobre cada uma delas.
EliminarPara o blog dos forninhenses é uma honra homenagear os filhos da terra e que tão bem dela trataram.
Bem haja por partilhar as suas memórias.
Xico e Paula,
ResponderEliminarEstou aqui há alguns minutos. Não me cansei de ver essa foto, e imaginar como viviam as mulheres daquele tempo, pelo que foi descrito na postagem e nos comentários.
Uma imagem preciosa e que deve ficar guardada para que no futuro muitos possam ter acesso.
Minha avó faleceu com quase 101 anos. Uma mulher que foi importante demais na minha vida. Lembranças que jamais esquecerei.
Parabéns ao Xico pela preciosa colaboração nesse post, e Paula por ter nos trazido de uma forma tão singela um passado, não tão distante assim.
Uma linda semana! Beijos
Olá, Lucinha e Obrigada!
ResponderEliminarO nosso grande objectivo com este blog é tentar preservar as tradições, costumes, dizeres, práticas da nossa bela terra e tudo o que corre o risco de ser levado na memória dos que se vão...
Continue a passar por cá e a ler. Beijos.
"Porquê este blogue?
ResponderEliminarA iniciativa de criar um novo blog veio ao encontro de algo que já faltava à nossa terra: um ponto de encontro de todos os forninhenses e amigos de Forninhos, para divulgar as notícias, a história, as tradições e as curiosidades da terra que me viu nascer".
Caminhando a passos largos para quatro anos de existência, esta missão continua graças ao esforço e paixão de quem sabemos e outras amigas e amigos, próximos ou distantes, mas afinal numa comunhão. A história de Forninhos e suas gentes.
Trabalho difícil, mas que no fundo se traduz numa realização pessoal, de entrega.
As memórias, como entre tantos outros me permitam destacar o comentário do Sr. João Albuquerque, sem menosprezo por ninguém, deveriam chegar também de forma física a toda a gente. Expostas.
Por aqui ficam "apenas" escritas o que convenhamos, é obra!
Mas a obra poderia e devia ir mais adiante.
Falo de um espaço, museu, aonde estas pesquisas mais seriam valorizadas e absorvidas.
No fundo, cultura.
E Forninhos tem felizmente esse potencial, arcaico mas belo na sua singularidade.
A escola abandonada, por exemplo, local das primeiras letras, seria a continuação, do meu ponto de vista, das tantas letras que os nossos antigos nao aprenderam mas que apesar disso, muito nos podem ensinar.
Eles merecem!
Que linda Avó do Xico, uma mulher altiva ela lembra as mulheres de nossa região. Minha avó também usava o lenço. Uma coisa que ela usava que eu achava muito bonito era calça comprida com uma saia por cima. Perdi meus pais e meus avós muito cedo, uma pena pois é a melhor lembrança da vida.
ResponderEliminarBjos e tenham uma ótima semana.
Lembro-me de minhas avós, com seus vestidos longos e sempre escuros. Não sei se porque ambas eram viúvas, quando nasci. As mulheres não iam à missa sem um véu na cabeça. Tão importante, recordá-las. Uma grande homenagem à sua avó, Xico. Tenho uma foto de minha avó, com seu vestido de casamento que foi negro, por ter se casado com um viúvo (contava meu pai). Gosto de rever essa e outras fotos de meus, do passado.
ResponderEliminarObrigada, Paula e Xico, pela postagem.
Um abraço,
da Lúcia
Boa tarde, embora esta foto se reporte ao uso de roupas melhores no fim de semana ou de Domingo como antigamente se dizia, ou ainda do fato de ir à missa, revela que as pessoas sempre cuidaram do seu aspeto, contudo nesta foto uma senhora que muito embora faça uso do seu melhor traje, é um traje que também revela saudade e luto de quem já partiu, visto tratar-se de um fato a uma só cor sem qualquer motivo ou rendilhado, como era uso nesse tempo. Aqui fica o meu reparo.
ResponderEliminarParabéns Xico pela tua avó, que não conheci, mas pelo que li sobre ela foi uma mulher que soube e conseguiu de vencer as agruras da vida, e ainda conseguiu de te dar o carinho de que agora sentes saudades.
Muito grato pelos comentarios aqui colocados relativamente na pessoa da minha avo, Maria da Lameira que agora vendo do ceu, toda arreliada deve estar por ver a Lameira virada do avesso. Em alturas de festa. Sim, por sempre haver festas.
ResponderEliminarDigo, porque nao iria gostar.
Mas, o motivo deste post, que a Paula colocou, tinha e tem na sua essencia o recordar e mostrar um modo de outrora, que indpendentemente da personagem, presta uma homenagem a essa gente de outrora, sem primazia.
Eu apenas tive a sorte de ter esta foto. Da minha rica avo.
Poderia ser de tanta gente assim genuina, com orgulho dos dias e dificuldades e quando tal, na vestimenta, por vezes escuras como a vida, como a minha avo, viuva ha pouco tempo.
Um bem haja a todos.
Penso que foi bom trazer ou reavivar recordacoes dos nossos entes queridos.
Abraco a todos.
Lol
ResponderEliminarA tua avó lá no céu e todos os forninhenses que passem férias na terra, em Agosto, de certeza que vão ficar arreliados, mas trata-se de obras de beneficiação, que irão criar um novo piso à Lameira!
Mas se o blog dos forninhenses é hoje uma das primeiras ligações informáticas que muitos estabelecem quando se ligam ao computador isso não acontece para saberem as "notícias" da terra, mas por aqui recordarem bons momentos e gente do passado, como as mulheres que, apesar da viuvez de muitos anos, não voltavam a casar e muitas nunca tiravam o luto. Usavam roupa preta, sem bordados ou rendilhados. A minha avó Maria Coelha, por exemplo, nem sequer calçava sapatos com fivela!
Já agora:
A minha avó Maria era chamada de "Coelha" por causa do seu pai (avô Coelho). Porque é que a tua avó Maria era "da Lameira"?
Olá Paula.
ResponderEliminarObras de beneficiação, não coloco em causa, em causa coloco o momento, talvez por falta de verbas mais cedo ou então final de mandatos autárquicos.
Afinal agora, verão, férias, residentes, migrantes e emigrantes, são confrontados com etas restrições de sossego e lazer que tanto ansiaram durante um ano.
Quanto à pergunta de minha avó se chamar Maria da Lameira, tanto quanto sei, sumáriamente a sua história é a seguinte:
Nasceu no sítio do Lugar, ficando muito novinha orfã.
Aonde se encontra a casa da minha falecida Tia Rosa, paredes meias com a do teu tio, saudoso e amigo Tio António Carau, eram casas pequenas e muito antigas, onde vivia um tio de minha avó de seu nome Luis da Fonseca que a tomou a seu cuidado e a fez na sua morte herdeira de algum património.
Dado a casa ficar junto à Lameira e aí viver, ficou com esse apelido.
Um dia irei aprofundar, por curiosidade minha, a sua história.
Beijo para ti.
Interessante a história da tua avó "Lameira"
ResponderEliminarQuanto à Lameira, tenho comigo que as obras acontecem nesta altura do ano, devido às eleições autárquicas, pois!
Parece que todos que passem pelo largo, ou vão à Lameira, verão neste verão imagens únicas...o largo num autêntico reboliço, que mais parece um cenário de "guerra"!
Mas vamos deixar esta temática para depois..