Agora as condições climáticas andam confusas e confundem as gentes, a mínima alteração do tempo serve logo para empolamento noticioso que chega a provocar receios e medos. Mas dantes eram situações encaradas como normais pelas nossas gentes serranas e Forninhos não escapava à regra.
A neve, geada, chuva, vento e saraivadas, eram esperadas em Janeiro e Fevereiro, como uma dádiva, tinham de vir no tempo certo para bem das culturas. Assim, estava escrito na "Biblia" do agricultor - sabedoria popular - traduzida em ditos e provérbios que valorizavam a natureza e o seu ciclo como manifestações naturais do tempo e do clima.
"Janeiro geoso e Fevereiro chuvoso, fazem o ano formoso".
"A neve que em Fevereiro cai nas serras, poupa um carro de estrume às terras".
"A neve que em Fevereiro cai nas serras, poupa um carro de estrume às terras".
"Em Fevereiro chuva, em Agosto, uva".
Mas fenómenos anómalos também se abateram sobre a nossa aldeia, nos anos trinta do século passado, que de tanto estrago trazerem, levava as pessoas a lamentarem-se: "Ai que desgraça...".
De facto essa década foi pródiga, infelizmente!
Quem não se lembra de ouvir falar daquela raivosa trovoada do maléfico dia oito de Setembro de 1938? Uma medonha tromba de água desabou sobre o lugar de São Pedro e descendo em direcção a Forninhos, na sua fúria esbarrocou terras, derrubando muros e comareiros, enterrando centenas de alqueires de milho, mas o que mais perdura na memória foi o aniquilar dos moinhos de água, aqueles que traduziam o cultivo do cereal em pão. Foi nesse dia fatídico que, dizem se desmoronou o Lagar de Azeite da Eira; já outros dizem que por essa altura um terrível incêndio o devastou (?).
Não menos atroz e terrível, cerca de três anos antes depois, o grande ciclone/tornado, coisa inimaginável na memória dos aldeões.
Mulheres e homens imploravam a Misericórdia Divina, mas o ciclone não acedeu aos rogos desta pobre e aflita gente. Matando animais, cultivos devastados, arrancando na sua fúria oliveiras, destelhando telhados e deixando pinhais vazios pela queda de milhares de pinheiros. Não houve vitimas pessoais, felizmente, mas ali ao lado nesse dia, no lugar da Moradia havia um casamento, em que no regresso da boda, dois convidados que regressavam à sua aldeia morreram apanhados pelo ciclone.
E esta gente da nossa terra, com punhos de granito, tudo reconstruiu e, com respeito, foi esquecendo, sabendo de antemão que melhores dias viriam.
As condições climáticas agora estão sempre na mídia. O que era natural, hoje é alardeante.
ResponderEliminarTristes acontecimentos já viu Forninhos, mas ainda bem, tudo foi retomado e reconstruído. Adorei ler os dizeres populares. Gosto disso! bjs, linda semana,chica
Amiga Chica, também adoro estes dizeres populares, principalmente os que a gente conhece como certos por ver que têm fundamento.
EliminarOutros já aqui vieram neste post...
Abraço amigo.
É verdade, agora quando cai granizo, neve ou as temperaturas descem, logo é notícia e não faltam os avisos "laranjas e amarelos", quando dantes caía neve e saraiva e as pessoas não se preocupavam demais com isso, muito menos com o frio! Era normal e não era assim tão mau, é mesmo preciso que haja frio no Inverno, muito frio, para matar a bicharada toda que há nas tocas, para não se desenvolverem e assim prejudicar as culturas e também porque é o frio que faz o bom enchido e o bom queijo.
ResponderEliminarSobre esse fenómeno "ciclone/tornado", nada sabia/conhecia, só sabia da trovoada de 1938. Felizmente são raríssimos esses fenómenos anómalos.
Bom post, bem-haja.
Abr./Paula.
Eu também desconhecia o "desgraçado" do ciclone, mas felizmente ainda vamos tendo "baús" genuínos e vivos que nos acompanham.
EliminarNesse dia, os meus avós maternos, António e Maria, tinham ido à igreja de Forninhos por causa de uns papéis de casamento de uma senhora chamada Venera, acho que iam ser os padrinhos.
Já quase noite, por causa do ciclone, viram-se à "rasca" para chegar a casa, mas chegaram. Aquilo era medonho e iam estarrecidos.
Igual sorte não tiveram dois homens de Valverde.
Nesse dia havia o casamento da Luísa da mesma terra e a boda foi feita na Moradia. Talvez animados pela boda, ou não, certo é que destemidos, enfrentaram o tornado e perderam...a vida!
Tal como outras pessoas em épocas diferentes que pereceram atingidos por raios em altura de trovoadas, principalmente nas ceifas.
Acho que ouviste contar...
Abraço.
Agora que falas da morte desses homens de Valverde, lembro-me que o Sr. José Cardoso, da Quinta da Ponte, os mencionou no seu Livro: Memórias do meu querido torrão natal "Quinta da Ponte":
Eliminar"Idos da Moradia
Talvez até já sem sede
Morreram na estrada
Já próximo do seu Valverde"
"O ciclone os levantou
Como se fosse pergaminho
Deixando-os caídos mortos
Onde hoje está um cruzeirinho."
Belo texto...Espectacular....
ResponderEliminarCumprimentos
Xico, o meu abraço...
ResponderEliminarTexto excelente! Achei muito boa a sua conclusão: "E esta gente da nossa terra, com punhos de granito, tudo reconstruiu e, com respeito, foi esquecendo, sabendo de antemão que melhores dias viriam."
Viva a esperança!!
Uma Boa Semana...
Anete, também um grande abraço.
EliminarO seu comentário enterneceu-me pela força que dá!
Os tempos são outros, mas os males idênticos, por isso vamos batendo com granito nas teclas modernas para recuperar e registar momentos da nossa aldeia, intemporais, para que não caiam no esquecimento.
Não vamos deixar!
.
Olá Xico,
ResponderEliminarGostei dos seus provérbios sobre o tempo em Portugal. Recordo um que se dizia na minha aldeia: "Em abril, queima a velha o carro e o carril" - quer dizer que em abril ainda está frio e temos que acender o lume, queimando muita lenha. Quanto ao ciclone, a minha lembrança, tinha eu 4 anos, em 1941, foi uma coisa terrível! Mortes, felizmente, não houve, mas arvores derrubadas era por todo o lado. Junto um site para melhor compreender.
Para o Xico e Paula o meu abraço,
Manuel Tomaz
http://www.cm-lisboa.pt/municipio/historia/historial-das-catastrofes-de-lisboa/1941-ciclone
Olá, Xico! Gostei do relato. Muito interessante. Mas, convenhamos, atualmente, os rigores e destemperos do clima recebem uma mãozinha do homem!
ResponderEliminarBoa semana!
Também, sou de opinião, que ultimamente as coisas andam muito diferentes na atmosfera, fruto da mão do homem; e isso é de facto preocupante!
EliminarBoa semana tb!
Tragédias naturais ocasionalmente sempre aconteceram, só que agora ganham uma visibilidade que não tinham antes. De facto o Instituto do Mar e da Atmosfera inventou agora estes alertas coloridos que por vezes apenas alarmam as pessoas, pois se há razão para avisar sobre um perigoso temporal, não será necessário no entanto, avisar acerca de um vento forte.
ResponderEliminarTal como Forninhos outras terras já sentiram esses revezes climatéricos; é triste quando morre alguém, mas é assim mesmo...:-(
Bom texto, Xico.
xx
Pois é :-( no caso, não conheço a história que vitimou os dois convidados, mas como Forninhos fica num vale, acho que nós sempre nos safávamos um pouco do mau tempo, embora o ciclone de 1941 me venha contradizer, já que não nos poupou!
EliminarAgradeço ao Sr. Manuel Tomaz, o comentário e a lembrança do terrível ciclone de 1941.
ResponderEliminarEste episódio foi-me narrado em conversa com alguém que ainda guarda memórias na proveta idade de quase oitenta e quatro anos. Afinal uma "contribuidora" especial que tantas histórias connosco partilha.
De facto é mais lógico o ano de 1941, mais precisamente o dia 15 de Fevereiro desse ano. Possivelmente fui eu que percebi mal ao escrever três anos antes da tromba de água de 1938, em Forninhos, quando deveria ser três anos depois.
Até porque me recordo de dizer que foi num Sábado Magro e de facto foi.
São os riscos que se correm ao trazer relatos tão antigos de que poucos já se recordam , ainda por cima tão nefastas como esta catástrofe que tantos bens roubou e seres humanos vitimou, como relata o extinto jornal "O Século" à época.
Aceite um abraço amigo.
Acho que tens um dedo que advinha, Xico!
ResponderEliminarPublicaste “AS FEITICEIRAS” num dia de chuva e nevoeiro, sendo que de noite, os relâmpagos rasgavam o céu!
Agora, dizem as notícias, que no distrito da Guarda a neve fechou estradas e escolas! Em Forninhos, sei que caíu granizo a valer! Por lá está muito frio (e aqui também se sente) o que só vem dar mais valor às lareiras, mas dado o clima que se instalou já há pessoas a queixar-se que lhe começa a falta a lenha, pelo que, este ano, Sr. Tomaz, acho que a velha vai queimar o carro e o carril ainda em Fevereiro :-)
“Em Abril queima a velha o carro e o carril, e dá a filha por pão a quem lha pedir” é um dos meus provérbios favoritos. A parte final, refere-se à escassez de alimentos no mês de Abril.
Olá Paula,
EliminarVenho acrescentar um pormenor ao seu comentário. Quando diz: "e dá a filha por pão a quem lha pedir". Quer dizer que entregava a filha para trabalhar e com isso lhe permitia obter algum provento. É da minha lembrança em que raparigas iam para Lisboa como "criadas de servir" e parte do seu ordenado era entregue aos seu pais que ficavam na aldeia. Esta minha explicação não serve para si, que bem entende o significado da "velha", porem alguém poderia interpretar noutro sentido...
Abraço
Manuel Tomaz
Bem visto!
EliminarGosto mesmo muito deste ditado, porque além de ser no fundo, uma previsão popular sobre o tempo, acho-o bastante engraçado. Mas há um ainda mais giro, não sei se conhece, reza assim:
Uma velha em Abril
Queimou um carro e um carril
Uma camba que lhe sobrou
Para Maio a guardou
E um bocado que lhe sobrou como um punho
Ainda o guardou para Junho.
Olá,
ResponderEliminarQue pena que esses temporais estragam partes lindas de nossa história. E estão cada vez mais temerosos. Espero que este ano seja de grande abundancia na lavoura. Meu pai tinha muitos desses provérbios. Essa confusão da natureza também está por aqui.
Tenham uma ótima semana.
Pois é, Anajá, temporais que estragaram parte linda da história, ainda por cima de uma aldeia em que todos se conhecem, mas cabe a nós guardá-la e da-la a conhecer com amor e carinho e temos um orgulho imenso em tal fazer.
EliminarNota: O Alfredo que não tenha medo de cá vir e trazer o barco que está a construir(?), não há estes fenómenos por norma, quase só de século em século...
Beijos para todos vós.
Falar do frio que se faz sentir e da chuva, são temas aparentemente banais, mas que fazem também parte da nossa vivência.
ResponderEliminarNormalmente, a época das chuvas é nos meses de Novembro, Dezembro, Fevereiro, Março e Abril.
O mês de Janeiro não deve ser chuvoso, mas sim geadeiro para atrasar o desabrochar das árvores, principalmente das videiras. E aqui está mais uma pérola da nossa sabedoria popular:
«Em Janeiro sobe ao outeiro, se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires negrejar, põe-te a cantar».
Em Maio principalmente e, por vezes, no verão, vêem as trovoadas. A de oito de Setembro de 1938 foi uma trovoada que ficou na memória da nossa gente, e pode dizer-se que, o ciclone, também. Custa-me, por isso, aceitar, que nos dias de hoje, se ignorem estes registos, como é o caso, pois não vi qualquer menção a esta trovoada e ciclone na monografia que conta, melhor, devia contar, a história dos nossos avós...dos meus, dos teus, dos nossos!
De vez em quando, até é bom que o blog assuma esta função de veículo informativo, só que, repararem, que sobre este tema já não lhes interessa trocarmos ideias que enriqueçam a nossa terra!
É assim...o blog dos forninhenses faz um óptimo trabalho de memória e faz-nos descobrir muitas coisas, principalmente faz-nos descobrir muitas facetas das pessoas que pensamos conhecer.
Olá Paula, li o que acima escreveste e sei que te custa, tal como a mim e outros, mas não fiques triste nem te degastes pois "o maior cego é aquele que não quer ver"; ou não pode, porque afinal quem escreveu a letra e acompanhou a música folclórica, nenhum é oriundo de Forninhos, apenas estavam interessados em arranjar avós e ganhar o possível brinde do bolo.. e ganharam, em euros .Um ditado a propósito: " A indiferença é para os corações o que o Inverno é para a terra".
ResponderEliminarQuanto ao desinteresse em trocar ideias, a começar pelo porta-voz, também deixo um dito: " Ao Fevereiro e ao "rapaz", perdoa tudo quanto faz".
Portanto, vamos adiante e como é aqui apanágio, partilhar coisas sérias e genuínas que vamos "nós" recolhendo sobre a nossa bela e sacrificada aldeia, por isso voltemos ao texto.
Com apenas três anos a separá-las, qualquer destes cenários foi dantesco, com a coincidência de ambos aparecerem do nada, inesperados, apesar da trovoada ter sido no verão e o ciclone no inverno.
A tempestade tudo arrastou e cilindrou pelo chão, formando barrocas e corgas pelos montes abaixo, desmoronando arrêtos que seguravam terras de cultivo, arrasando hortas e lameiros, enquanto as pessoas boquiabertas estavam "desertas" que o demo se fosse ou nada escapava. De facto pouco escapou...
O ciclone conseguiu ser ainda mais cáustico. Também não pediu licença para entrar, deixando as pessoas azoadas
Muitas delas, nesse mês frio de Fevereiro, ainda se encontravam à fogueira em volta dos panêlos, de tamancos e chancas nos pés que nem os coturnos de lã aqueciam.
Valia que os bácoros e marranos já estavam arrecadados na salgadeira a seguir desde a matação e dava para serear na conversa e na chacota.
Mas a sua fúria soltou-se implacável, palheiras, cardenhas, ovelhas mochas ou cornuda, tudo arrancou, arrastou e matou.
Ainda escapou uma ou outra vaca que os rabeiros conseguiram segurar. E por muito tempo ele continuou a bufar a sua ânsia de malvadez!
Iria ser um ano ruim para os agricultores e até para o chicheiro que pouca carne teria para matar e negociar, assim como os resineiros, que olhando para os pinhais, apenas viam clareiras...
"Ao Fevereiro e ao rapaz, perdoa tudo quanto faz, desde que o Fevereiro não seja secalhão, nem o rapaz ladrão.".
EliminarE, se a monografia nada diz, há autores locais que não esqueceram de registar o grande ciclone de 1941. Pelo Sr. José Cardoso chegaram até nós uns versos:
"Trágica noite de sábado
Fevereiro 15, 1941
Houve um grande ciclone
Nunca assim visto algum."
"Depois da noite trágica
Veio Domingo de bonança
Com árvores e pinhais derrotados
E por muitos anos sem esperança."
"Parecia que uma enorme foice
Tinha os pinhais ceifado
Pois a força da natureza
Tombou tudo p´ró mesmo lado."
"Passaram muitos anos
Mais d´uma geração
Para que se notasse
Parcial recuperação."
Do Livro: Memórias do Meu Querido Torrão Natal "Quinta da Ponte", páginas 47 e 48.
Os nossos antepassados "com punhos de granito, tudo reconstruiu", mas sem respeito, pelo viver e sentir das pessoas desta terra de Forninhos, deste tempo, os autores da monografia da nossa freguesia fazem tábua rasa a esta gente que também tanto fez por esta terra.
Deixa que aqui registe um sincero abraço e não menos sentido obrigada ao Senhor José Cardoso.
EliminarO registo poético no seu Livro sobre aquela "desgraça" de 1941, vem confirmar o "nosso" trabalho de casa para gravar coisas "nossas" e dá-las a todos para dar continuidade à cultura de uma aldeia, a nossa, que não sendo escrita oficialmente, resiste tal granito nas suas austeras, mas tão dignas memórias.
Bem- haja e parabéns pela sua obra, Senhor José Cardoso.
A natureza é mesmo imprevisivel , principalmente por que nosso planeta está gemendo de tanta poluição.
ResponderEliminarbjs
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Simone, comungo em absoluto as tuas palavras.
EliminarInfelizmente esta é a nossa realidade.
E se calhar, inconscientemente, vamos ajudando.
Beijos.
Olá Simone.
ResponderEliminarUm dia, por causa de tanta poluição, deixará, talvez, de haver Primavera, Verão, Outono, Inverno.
Bjs.
Lo Peor fue lo del Pobre Matrimonio.
ResponderEliminarMagníficos Refranes que son muy similares en la zona Norte de España.
Por supuesto que iremos un día a Forninhos...¡¡¡Tenemos muchas ganas!!!
Nos sentimos muy unidos a esta Villa Preciosa y, como sabes, mi Esposa, Tiene sangre Portuguesa.
Personalizar mi Agradecimiento en Tu Persona por el Gran Apoyo y Estímulo que me has dado durante estas 10 Semanas...¡¡¡Se dice pronto!!! , dándome Todo Tu Fuerza e Implicación...¡¡¡Gracias, de nuevo, jamás olvidaré esta actitud y Tu Ser y Estar de Compromiso, Esperanza y Aliento conmigo.
Abraços, Meu Amigo, Xico.
Olá, amigo!
EliminarContente por estares com boa disposição e confiante, nem pode ser de outro modo. Por aqui temos preocupação com os nossos e tu és um deles, já de coração.
Breve nos encontraremos em Forninhos, estou crente, Tens a tal "gana" e garra!
Esta comunidade que agora "parece" andar sempre em festa, também sofre de alguma esclerose múltipla ou por vezes fica daltónica, tudo pintando a cor de rosa e tentando esconder páginas negras.
Esquecem que são as misturas que moldam a personalidade de um povo!
Aquele abraço amigo, Pedro!
¡¡¡Obrigado ALUAP!!!
ResponderEliminarComo le dije a Xico...
Personalizar mi Agradecimiento en Tu Persona por el Gran Apoyo y Estímulo que me has dado durante estas 10 Semanas...¡¡¡Se dice pronto!!! y ser un Encanto de Ser, dándome Todo Tu Cariño e Implicación...¡¡¡Gracias, de nuevo, jamás olvidaré este Corazón Adorable y Tu Ser y Estar de Compromiso, Esperanza y Aliento conmigo!!!
Abraços e Beijos.
É verdade, querido amigo!
ResponderEliminarConvenhamos que já não estamos habituados aos maus humores do tempo! Lembro.me de em criança, ver a cabeça branca da Serra do Gerês. Maravilha! E gostava de ver o fumo das gentes ao "borralho"! Verdade?
Mas o mar não chegava lá com as suas furias. Éramos abençoados com os flocos mansos, suaves da neve. Saudades! E a chuva ou era granizo forte, ou então miudinha, paara criar as hortas...
Tão bom vir por aqui!
Um narrador e tanto!
Beijinhos para os dois! **
Manuela, sou rendido a esses cantos.
ResponderEliminarCheguei a ver do outro lado da barragem da Caniçada, a neve . São Bento da Porta Aberta e sua terra , Terras do Bouro.
Apetece lá voltar, a um sítio que me inspira, a continuar...
Beijo, grande amiga.
Boa noite Xico, pois na verdade antigamente parece que as pessoas apesar das imensas dificuldades por que passavam (e passei) acolhiam com um outro estado de espírito as intempéries e outros fenómenos da natureza, como tornados, a que na minha aldeia se chamam "pojinhos" e outros.! o que me parece é que as estações eram definidas e neste momento não são. Também como não havia televisão as noticias não tinham tanto impacto como neste momento! E os ditados populares como que tranquilizavam as nossas gentes. Um beijinho e bomf im de semana para a Paula e Xico. Ailime
ResponderEliminarOlá Ailime.
ResponderEliminarMesmo quando crianças, muitos destes fenómenos era quase banais e queridos.
Que viesse a neve, era muito ansiada, e que fosse em abundância. Qualquer coisa era motivo de alegria para saltar para a rua e brincar.
Agora, se chove ou faz frio, espreita-se a porta e : " com este tempo não saio à rua...".
E lá vi mais um jogo na "Play" ou uns namoros no "Face".
Entretanto chega a noite, vem mais um dia sem histórias do anterior.
Abraço.