Há recordações que se vão esfumando, por isso, de vez em quando, vamos trazer à memória colectiva gente que viveu na nossa aldeia e fazem parte do Livro da Vida de Forninhos, pois aqui deixaram a marca da sua passagem.
Começamos pelo Outeiro para aqui ouvir sons! Porque não? Se hoje aqui lembramos uma mulher que tão bem cantava as modas da época?
a tia Maria do Carau, que também nunca teve dificuldade em vender o seu queijo.
Também prestamos, uma vez mais, homenagem a um homem de longa vida,
tio Carlos Guerra - O RETRATISTA
e à vida mais cedo interrompida de Viriato Baptista
(Alferes Miliciano de Infantaria)
Deu sua vida pela Pátria
Morreu em Moçambique em 1972
Três memórias que trarão recordações a muitos conterrâneos e estórias que, quem as lembrar deve contar aos mais novos ou deixar aqui registado, para que a nossa história seja engrandecida, pois só é grande o povo que preserva e honra os seus antepassados.
Bonita homenagem a quem bem merece, Paula!
ResponderEliminarTem um versículo em Romanos 13.7 que diz assim: "Dai a cada um o que lhe é devido: ... Se honra, honra."
Boa Tarde e um abraço.
Olá Anete. Tem toda a razão nas palavras que escreveu. E, para nós é uma honra homenagearmos os filhos da terra.
EliminarUm abraço tb.
Boa tarde Paula, uma linda homenagem às grandes Mulheres e Homens da vossa terra. Momentos como este emocionam-me muito, porque me lembram tantos que aa minha aldeia já partiram. Um beijinho. Ailime
ResponderEliminarObrigada Ailime pelo comentário.
EliminarEste post pretende isso mesmo, manter a memória viva dos que nos precederam, fazer recordar e comover, trazendo mil e uma recordações.
Beijos**
Memórias que ficarão pra sempre para os moradores dessa cidade que aprendo contigo a gostar! bjs,chica
ResponderEliminarObrigada. Acho que aprendemos todos a gostar da nossa terra, porque aquilo que ainda hoje torna Forninhos tão especial é o passado. Beijinhos.
EliminarPaula, essa viagem ao passado, enriquece o presente.
ResponderEliminarBeijo
É isso mesmo...!
EliminarHá quem diga que para compreender o presente é preciso primeiro conhecer o passado. Foi com esta frase que nos apresentamos no dia 09 de Novembro de 2009!
O passado determina nosso presente , temos que dar valor as raízes.
ResponderEliminarbjs
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Ciente que tínhamos de conhecer melhor as nossas raízes, a nossa cultura, as nossas referências, as nossas gentes, criei este blog, para fazer recordar, manter vivo aquilo que é tão nosso!
EliminarE...não me arrependi, Simone. Bjs.
São as pessoas que escrevem as páginas desse livro da vida das terras, são elas que dão vida aos lugares.
ResponderEliminarUma bela e sentida homenagem a todos os antepassados na figura da cantadeira de todas as modas que também era pelos vistos, exímia a fazer queijo, o retratista que tanta gente deve ter fixado em imagem, e que pena que Viriato Baptista tal como tantos outros, tenha perdido a vida tão cedo numa guerra sem sentido.
xx
O que nos move é mesmo o profundo respeito por pessoas que anonimamente ou não escreveram as páginas do livro da vida desta terra e que fizeram parte de uma comunidade que devia sentir orgulho por todos que já partiram, recordá-los e prestar-lhe homenagem.
EliminarDos aqui homenageados só me lembro do retratista. Mas já não me lembro de o ver com a sua máquina assente em tripé. No entanto, por ter perpetuado nos seus “instantâneos" tanta gente, dele falamos já por duas vezes no nosso blog.
O tio Carlos Guerra foi um homem muito culto no seu tempo!
Havendo interesse, basta o querer e saber perguntar aos mais velhos e uma coisa garanto (falo por mim), soltam-se e perdem a vergonha de falar de "tempos ruins", pouca abundância com muito trabalho. Agora patenteiam o orgulho de ter lutado, resistido e vencido!
ResponderEliminarPelo que aqui se tem escrito sobre pessoas e coisas do passado, exemplo para o presente e semente velhinha mas genuína para o futuro, há que continuar.
Começo por ora neste post, pela tia Maria do Carau.
Dela me lembro vagamente, não fosse vizinha da casa de meus pais e gente amiga, família...
Segundo me lembram, tinha ovelhas e vacas, sendo que entre estas se destacava a vaca "Paivota", vá-se lá saber porquê. Fazia queijo como ninguém, talvez por o "enfeitiçar" com suas lindas voz e mãos e espremer a coalhada em cantigas populares.
O marido, tio Zé Carau, mestre da carpintaria, a esta juntava a tarefa de em dias de feira, acartar os canastros abarrotados de queijo. Do bom, tal como ele, bom vendedor.
Já ia esquecendo os famosos requeijões, autênticos e amanteigados, de tal modo que o melhor manjar para a "filharada", era o resto do soro mexido com farinha; tinham a sorte que poucos tinham em ter.
Que saudade da tia Maria.
Como sabes, a tia Maria do Carau era irmã do meu avô Cavaca, uma voz que também se fez ouvir por Forninhos, como a da tia Clementina e tia Rita.
EliminarDo tio Zé Carau lembro-me muito bem. Não me lembro é do ver acartar os canastros de queijo, pois quem fazia o queijo morreu ainda na década de 60 e eu sou de 70.
Deves também saber/conhecer aquela história que foi notícia em todo o país, de quando a tia Maria dos Prazeres (esposa do tio Zé Carau) faleceu, o marido foi até ao cemitério e deitou-se numa campa que o coveiro tinha feito para no dia seguinte enterrar um defunto recentemente falecido e adormeceu, tendo acordado de madrugada aos gritos “quem me acode” “tirem-me daqui”. Um homem, que era da Quinta da Ponte, passava de bicicleta quando ouviu os gritos vindos do cemitério, e pensando que era as almas do outro mundo pedalou tanto, tanto, que só parou quando chegou à Ponte.
Há quem diga que o tio Zé Carau estava com a pinga, já eu prefiro dizer que foram as saudades da tia Maria que o levaram nesse dia até ao cemitério.
Claro que recordo!
EliminarAcho que até havia alguém que tinha um recorte de um jornal dos Estados Unidos que relatava esse episódio caricato. Que o homem da Quinta da Ponte, ao passar frente ao cemitério e ouvir "tirem-me daqui" e " ó almas, salvai-me", aliviou as necessidades no selim da bicicleta.
Em Forninhos, conforme reza quem ainda se lembra e à boa maneira beirã, desculpem o termo, mas o que dizem é o homem "se borrou todo").
Pudera!
Já aqui reproduzimos, por duas vezes, as excelentes fotos que o tio Carlos Guerra registou de crianças de Forninhos, hoje adultos, pois passaram mais de 60 anos. Por isso, eu vou começar pelo fim.
ResponderEliminarViriato Baptista nasceu em Forninhos no dia 29.09.1948 e como muitos jovens da sua idade foi empurrado para uma guerra sem sentido. Não conseguiu sobreviver, falecendo em Moçambique no dia 18.09.1972. Embora já nascida, não me lembro dele, mas dizem-me que era um jovem de pequena estatura, com um grande coração e combateu o bom combate.
A Revolução de Abril de 1974, em Portugal, comemora este ano 40 anos, porém, não sei porquê, poucos são os que se lembram dos combatentes caídos na defesa dos interesses políticos.
Para recordação, aqui fica uma foto.
Oi Paula,
ResponderEliminarchego a me emocionar ao ver essas fotos, pois sinto saudades, sem ao menos conhecê-los, não sei de onde vem essa saudade, só sei que sinto, talvez, querendo me justificar, de as fotos dos meus antepassados, tal como estes tinham o mesmo jeito de se posicionar para as lentes, sempre muito sérios, acho que essa postura se impunha respeito, sei lá, mas sempre que vejo fotos antigas vejo a mesma postura. Essas fotos lembram a voz da Maria do Carau,os retratos que Carlos Guerra tanto retratou, e a missão sem volta do jovem Alferes Viriato Baptista, uma merecida homenagem, adorei ler e ver.
Beijos!!!!!
A Fátima é uma pessoa muito atenta e muito bondosa. De facto, os nossos antepassados não sorriam em demasia nas fotos, nas fotos em família eram permitidos sorrisos suaves, em outras não.
EliminarA ti Maria era uma pessoa que “enchia” os pastos das nossas terras de uma presença de trabalho que animava com os seus filhos e valorizava com a sua labuta.
O ti Carlos Guerra era retratista, alfaiate, amolador de tesouras, consertador de sombreiros, com o seu talento inquestionável este homem ainda fazia uns arcos e flechas para entretimento dos jovens. Era mesmo uma pessoa de grande capacidade que me permite concluir que era o homem dos sete ofícios!
O Viriato, um jovem, filho único, que deixou sozinha a sua querida mãe na terra, pois era o seu único amparo.
Para nós é muito importante não esquecer as pessoas.
Um abraço de amizade.
Mais homenagens visíveis por aqui, neste espaço, se queriam e podiam fazer, havendo colaboração de amigos e familiares, mas o lindo Forninhos ainda se retrai, como que envergonhado do passado, curiosamente da parte dos filhos e pior, dos netos. Mas aqui todos são acolhidos, acreditem, com enorme carinho.
ResponderEliminarAdiante...
Recordo com esse carinho o tio Carlos Guerra com quem em criança, tanta vez me sentei nas escadas de sua casa, nem que fosse para arranjar as varetas de um sombreiro que compunha por amizade, gratuitamente e ainda dava em troco aquelas estórias que nos metiam a imaginar coisas do "arco da velha", mas reais, uma mão sua numa pedra, era para mim, o construir um castelo. Tinha essa magia.
Homem seco fisicamente, mas recheado de afabilidade, com aquele olhar cheio de sabedoria e entendimentos com que tão bem fazia registos dos seus, dos da sua terra, ainda hoje, a terra de nossos avós.
Simples, culto, gente de bem que nunca levou a peito o olhar do seu umbigo.
Que servia de exemplo!
É verdade Xico, acho que os netos de Forninhos não querem que a terra dos seus avós tenha história, porque são as pessoas que nos precedem que a fazem. Se calhar até pensam que são eles que fazem a história de Forninhos!
EliminarFalas com carinho do ti Carlos Guerra, homem culto, gente de bem. Lembro-me dele a ler o jornal no Café do Sr. Virgílio.
Como reagiria ele se se visse agora aqui?!
Falo com carinho por ter sido uma pessoa que me marcou e deixou saudade. A todos, sem descriminação atendia de igual modo, afável, educado e prestável.
EliminarCativava por ser a pessoa que parecia tudo saber e ter solução para todos os problemas.
" Como reagiria ele se se visse agora aqui?".
Ficaria espantado com "certas" coisas e revoltado, mas não tenho dúvida alguma, meteria certas pessoas na ordem, nem que fosse na ponta de uma vara de marmeleiro!
"...Há vários mortos que o RANGER Orlando Cardoso, tem sempre presente na sua memória, mas 3 deles de modo mais vivo pois possui fotos com eles ainda vivos, à chegada à Beira em meados de de Maio de 1971: o Alf Mil Viriato Baptista, Fur Mil Domingos Correia e Fur Mil José Ferreira Carneiro, da sua CCAÇ 3355.".
ResponderEliminarhttp://coisasdomr.blogspot.pt/2012/07/m491-homenagem-aos-alf-mil-viriato.html
Deste Senhor ainda me recordo bem, viveu, lutou e continua vivo dentro de nós, sempre como pessoa de bem, pois assim foi até a sua vida ser tão precocemente cerceada pelo desvario de loucos prepotentes que dizimaram sonhos de famílias.
Encontrei esta referência de um companheiro de armas que com ele combateu e o Viriato deve estar contente por os camaradas o recordarem e saudarem.
Tal como todos nós!
Ouço muitas vezes dizer que para uma aldeia pequena como é Forninhos foi duro 4 deles deixarem lá a vida. Eu acredito que sim, que foi um período negro/luto, duro, mas até já ouvi que o único que morreu em combate foi mesmo o Viriato, mas claro ninguém melhor que aqueles que viveram este período para contar “como foi”.
EliminarSeja como fôr nada justifica tantos mortos, nem esta maldita guerra!
É uma homenagem bonita essa do Camarada O.Cardoso.
Uma linda homenagem!
ResponderEliminarA historia das nossas terras, faz-se sempre, com a historia das suas gentes, por mais singela que seja!
Um abraco dalgodrense amigo.
Só uma minoria social que se considera prestigiosa e que fazem tudo para serem úteis a Forninhos, é que ainda não perceberam que a história das nossas terras, faz-se sempre, com a história das suas gentes.
EliminarAgora até são capazes de vir dizer que não há nada de histórico nacional nestas vidas, por isso, para quê escrever páginas sobre...?
Três pessoas com percursos de vida diferentes, mas todos eles raízes da mesma árvore chamada Forninhos.
ResponderEliminarUma, agricultora nata, queijeira e cantadeira, mulher de mangas arregaçadas.
Outro, viveu trabalhando em artes diversas e deixando ensinamentos.
Por fim, o Viriato; não o deixaram viver. De consolo a morte heróica e corajosa, tal como o seu carácter.
Denominador comum: gentes que deixaram lições gravadas na memória, integridade, honradez e solidariedade; e muita saudade.
Obrigada a eles.
Como sabes, estamos metidos de lleno en Actos de Manos Unidas para celebrar varios Eventos que, con el Tiempo, te iré informando.
ResponderEliminarMe encanta visitar Tu Espacio.
Abrazos y Besines Mil desde Asturies.
Boa noite.
ResponderEliminarEstes sim, são comentários aos filhos de Forninhos que engrandecem estes nossos vizinhos.
E como dizeis estas pessoas, foram Grandes, cada uma no seu capitulo.
Agora quanto aos que pereceram na Guerra, estes, como dizeis nada justifica as suas mortes, tenha sido em combate ou não.
Eram pessoas da nossa terra, trabalhadoras, humildes e CORAJOSAS.
Bem ajas.
A nossa terra sempre teve a educação de bem receber, dar e agradecer.
ResponderEliminarÉ isso que "quase" marca a diferença, a sua autenticidade e de apesar de aldeia pequena, manter os seus pergaminhos.
Terra aonde todos se conheciam e ainda se vão conhecendo.
Aqui entra o "quase", por não serem todos, alguns renegam as suas origens de sucessores de gente humilde, como que envergonhados, outros tentam ganhar algo com a sua história.
Pelo menos ainda tiveram a "coragem" de se esconderem pois nunca deram algo de digno à nossa terra e já se aperceberam que gente honrada não gosta de erva daninha..
Dizes bem Serip: "terra de gente trabalhadora, humilde e corajosa".
Um abraço.
As pessoas que estao nas fotos lembro me bem delas.A minha tia Maria Carau irma de meu pai era uma tia querida, gostava muito dela
ResponderEliminarera meiga para toda a gente para os sobrinhos nem se fala tinha sempre alguma coisinha para nos dar. Veio uma doenca que a cegou e levoua
bastante cedo. Onde estiver um beijinho de saudade da Natalia.
O tio Carlos Guerra um vizinho cheio de talentos sabia fazer de tudo, lembro-me que foi ele que me fez as primeiras agulhas das varas
dos sombreiros para aprender a fazer malha, tambem uma pessoa que nao fazia guerra com ninguem.
O Viriato andei com ele na escola velha, foi criado so com a mae, muito bem educado. A mae fazia tudo por aquele filho ser alguem na
vida, estudou e quando foi para aquela maldita guerra era Alferes foi mas nao voltou. Aquela mae chorou lagrimas de sangue e todos os For
ninhences choraram. Nao sei se a mae ainda e viva ou ja partiu?
Fico sempre sensibilizada com este tipo de 'post', mas hoje ao ler o que escreveste sobre o Viriato não pude conter as lágrimas... Muito obrigada Maria Natália por este comentário.
ResponderEliminarA tia Agostinha, mãe do Viriato, ainda é viva, não tenho a certeza, mas acho que está aos cuidados do 'Centro de Dia de Forninhos'.
Também a tua homenagem à tua tia é um gesto muito bonito, ela de certeza que gostou deste teu beijinho.
Do nosso vizinho, tio Carlos Guerra pelo homem que foi e o que construiu, deixou marca nas memórias deste lugar e sobre as memórias é que a humanidade avança, ou devia avançar se tivesse olhos para ver e aprender. Digo eu.
Beijinhos com muita saudade para aí.
Parabéns Paula pelo post com as fotos da saudosa tia Maria Carau, tio Carlos Guerra e Viriato Baptista.
ResponderEliminarDa tia Maria, irmã do meu pai, guardo as melhores recordações. Era uma mulher de medida cheia para trabalhar e governar a sua casa, como poucas do seu tempo.
Viveu sempre em Forninhos, sua terra natal, mãe de 7 filhos, sem nunca ter recebido um centavo do governo do seu país, a quem muito sempre deu. Dos 7 filhos que teve, 2 faleceram ainda bebés, ficando com 5 até à sua morte que foi bastante cedo.
A lembrança que eu guardo da minha tia Maria é de uma tia muito querida.
De duas das suas filhas, Arminda e Emília, éramos muito intimas, dadas como irmãs, nas nossas diversões de domingo e festas, fazíamos pares, eu com a Emília, da minha idade, e a Arminda com a minha irmã Júlia também da mesma idade.
Nunca posso esquecer o bom queijo e os excelentes requeijões que saiam das suas mãos, mas o meu louvor e prémio vai para o soro do queijo que ela tão bem confeccionava com farinha de milho fervido num tacho grande que era de comer e chorar por mais aquele soro cremoso tão saboroso.
Obrigada tia Maria que Deus te tenha em Descanso na Glória da Sua Eterna Luz.
O tio Carlos Guerra para além de ser meu vizinho, era uma pessoa respeitosa, amigo, talentoso. Era alfaiate e sabia fazer muito mais coisas, assim como retratista, amolador de tesouras que ao mesmo tempo reparava os guarda-chuvas. Era o homem da sétima arte.
O Viriato era filho único, um rapaz inteligente e muito trabalhador. Faleceu em combate na estúpida Guerra do Ultramar, deixando uma mãe chorosa para sempre.
Porque dos personagens já nenhum se encontra entre nós PAZ ÀS SUAS ALMAS.
Obrigada tia Margarida pela bonita homenagem que aqui prestou aos três.
ResponderEliminar"Morrer é apenas não ser visto. Morrer é a curva da estrada."
Fernando Pessoa.
Um beijinho para si, da
Paula.
Lembro-me bem do tio Carlos guerra, ainda concertou alguns guarda-chuvas dos meus pais. Do Viriato tenho poucas lembranças dele visto que ele faleceu na guerra e eu ainda era pequena, tenho uma pequena lembrança do seu funeral não houve ninguém em Forninhos que não fosse ao funeral dele. A minha avó Maria do carau faleceu dois anos antes de eu nascer, nesses dois anos fui a primeira rapariga a nascer herdando o seu nome Maria dos prazeres, o meu avô Zé Carau fazia questão que a primeira neta que nascesse tivesse o nome da sua esposa.
ResponderEliminarE o teu nascimento deve ter ajudado, aos poucos e poucos, o teu avô a superar a separação física.
ResponderEliminarMuito obrigada Maria por teres escrito este comentário. Beijinhos.
Aqui está mais uma belíssima homenagem a três pessoas da nossa aldeia.
ResponderEliminarDa minha tia Maria "Carau" recordo muitas coisas; além do que aqui já foi escrito, destaco as matanças dos porcos, os casamentos dos filhos mais velhos e os excelentes caldeirões de arroz doce que fazia; eu e o Agostinho "51", estávamos sempre à espera para os rapar.
O "Tio" Carlos Guerra fazia tudo; fotografou-me em 1951 no adro da igreja em conjunto com a minha irmã Augusta "Joana", vestidos para a comunhão solene, quando da Procissão da Nossa Senhora de Fátima; também me tirou as fotos em 1952 para o meu primeiro Bilhete de Identidade; na festa da Nª Srª dos Verdes, vendia por 1$00, 5 tiros de espingarda de pressão de ar, sendo o alvo colocado na parede lateral da Capela.
Com o Viriato convivi pouco; recordo uma caminhada que fizemos a São Pedro e Castelo, em conjunto com o Ilídio Marques e um rapaz da Matela que estudava Arqueologia e, parece que também veio a morrer na Guerra do Ultramar.