As nossas memórias de hoje evocam o passado da ponte da Quinta da Ponte, que dá acesso a Forninhos, uma das pontes mais antigas sobre o nosso rio e que me parece teve muita importância no tempo em que Forninhos se servia pelo correio de Viseu.
Partindo de Viseu a Povilde, seguindo por Roriz, rumando a Esmolfe; Sezures; Forninhos. Daqui partia para Penaverde; Casais do Monte; Venda do Cego e Trancoso.
Para recordação, abaixo fica uma foto da "Ponte da Bica" tendo ao fundo o lado de Forninhos, do arquivo do Sr. José Cardoso, da Quinta da Ponte, e também uma outra que retrata outra parte da ponte:
Segundo, o Sr. José Cardoso, in Memórias do Meu Querido Torrão Natal "Quinta da Ponte", páginas 13, 14 e 15, em 1959, a ponte sobre o Rio Dão que dava e dá acesso a Forninhos, encontrava-se em péssimas condições. Estava quase intransitável, especialmente para o trânsito de tracção animal, pois o constante aumento de trânsito de camionetas pesadas que com as suas grandes carroçarias já tinham derrubado as grandes pedras que faziam parte das guardas da ponte, bem como algumas que tinham feito parte do tabuleiro (plataforma) e que nessa data já faziam parte do leito do rio. As do tabuleiro foram substituídas por troncos (rolos) de pinheiro cobertos com torrões e terra, mas com a trepidação, chuva e tempestades, parte dessa terra também ia caindo para o rio, deixando buracos, os quais eram perigosos, especialmente, para o trânsito de tracção animal.
Tentando evitar os perigos que isto podia causar, o Sr. José Cardoso, expôs ao Exmo. Sr. Ministro das Obras Públicas as condições em que a ponte se encontrava e pediu a sua reparação. A resposta foi que este pedido tinha de ser enviado aos Serviços da Hidráulica de Coimbra(...)
Os meses foram passando e os anos também, e as esperanças foram desaparecendo até quase ao esquecimento.
Mas passados dez anos, sem que tivessem avisado, foi a população surpreendida por estarem a demolir a ponte, deixando todos estupefactos e indignados, informando-os apenas que após a sua reconstrução, ficaria com a mesma largura.
Visto isto, a população reuniu com emergência, formando uma comissão e foram directamente para a Delegação da Hidráulica em Viseu, expôr a sua indignação e desilusão pelo sucedido, fazendo ver, especialmente, que era imprudente e não admissível que o tabuleiro da ponte viesse a ficar com a mesma largura, pois o trânsito de veículos pesados largos e longos havia aumentado...
Disseram que compreendiam a indignação, mas que...nada se podia fazer. De mais a mais, o pedido feito há 10 anos atrás era para a reparação duma ponte agrícola e não da construção de uma ponte rodoviária para veículos automóveis.
Recebendo esta informação, pediram então que, pelo menos, fosse feito um passeio do lado nascente do rio servindo o mesmo para a passagem de peões e de certa maneira aumentaria a largura da ponte sem interferir nos cálculos já efectuados e, também pediram que fosse alargada a entrada da ponte do lado de Forninhos para possibilitar que as camionetas entrassem já em alinhamento recto.
Embora impedido de prometer alguma coisa, o chefe da Delegação Hidráulica de Viseu, prontificou-se a desenvolver todos os esforços possíveis de modo a contemplar o pedido, que veio a ser concretizado. Com esforço e boa vontade, foi assim que a população da Quinta da Ponte conseguiu este benefício.
Já aqui, várias vezes, reproduzimos as excelentes memórias que o Sr. José Cardoso registou sobre a Quinta da Ponte e os seus "instantâneos", mas hoje dedico, especialmente este post a este homem e ao povo da Quinta da Ponte, cuja população interage e se identifica com o povo de Forninhos, em termos civis e religiosos, por ter conseguido a reconstrução (ou reparação) da ponte entre Forninhos e a Quinta da Ponte, na segunda metade do Séc. XX, e a quem a freguesia de Forninhos, pelo que fica dito, também alguma coisa deve.
Notas:
1) No dia 13 de Junho de 2012 trouxe aqui as memórias paroquiais de Forninhos. E, ficamos a saber, que em 1758 Forninhos não tinha correio e servia-se pelo correio de Viseu e que Forninhos dista de Viseu cinco léguas. O documento abaixo prova bem o que disse o Cura Baltazar Dias:
2) Sobre o Rio desta terra "Como se chama, assim o rio, como o sítio onde nasce?" "Se tem pontes de cantaria, ou de pao, quantas, e em que sítio?", o Cura Baltazar Dias "nada respondeu".
Verdade é que no Séc. XXI foi a Junta de Freguesia de Forninhos que reparou e pintou essa ponte.
Mas pergunto:
- Pertence a "Ponte da Bica" a Forninhos ou à Quinta da Ponte?
3) Esta ponte só é mencionada nas memórias paroquiais da freguesia de Sezures, em 25 de Maio de 1758 pelo Cura João Rodrigues:
"Tem mais este rio Dam quatro pontes de pao...Uma onde chamam a ponte de Sancta Clara na freguesia do Castello, outra onde chamam da Ribeyra Dam nesta freguesia de Cezures, outra na freguesia de Forninhos, outra juncto ao lugar de Dornellas".
4) Qual a data da construção da ponte?
A sua data de construção é desconhecida, mas sabe-se que já existia em 1758 ou antes de 1805, também segundo documento do Arquivo Militar:
A 14 de dezembro de 1805, António Joaquim de Morais, oficial da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e de Guerra, escreve a António de Araújo, na altura Ministro e Secretário do Estado dos Negócios do Reino sobre a necessidade de reparação da ponte de madeira sobre o rio Dão, junto ao lugar de Forninhos, destruída pelas cheias desse inverno. Descrevia ele da seguinte forma:
«Apresentando-me o correio assistente da Villa de Trancoso, que a falta da ponte de madeira que havia entre o rio Dam junto ao lugar de Forninhos, e que as cheias levaram no princípio do Inverno, obrigando-me estafeta a hum grande rodeio, por não dar passagem o mencionado rio faz com que cheguem muito demorado à dita Villa e a Vizeu do que resulta atrasarem a correspondências com grave prejuízo do Real Serviço Público. He o Príncipe Regente Nosso Senhor servido determinar que Vossa Ex.ª mande logo concertar ou fazer de novo a dita ponte entretanto para o presente expediente do mencionado estafeta como puder que todos os demais viajantes passão transitar por aquelle sítio com comodidade e segurança pondo vossa Ex.ª em execução para efeito o dito conserto todos aquelles arbítrios que costumão adoptar e são authorizados pelas Leis em semelhantes circunstancias. Deos Guarde V.Ex.ª Palacio de Queluz, a 14 de Dezembro de 1805».
A 14 de dezembro de 1805, António Joaquim de Morais, oficial da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e de Guerra, escreve a António de Araújo, na altura Ministro e Secretário do Estado dos Negócios do Reino sobre a necessidade de reparação da ponte de madeira sobre o rio Dão, junto ao lugar de Forninhos, destruída pelas cheias desse inverno. Descrevia ele da seguinte forma:
«Apresentando-me o correio assistente da Villa de Trancoso, que a falta da ponte de madeira que havia entre o rio Dam junto ao lugar de Forninhos, e que as cheias levaram no princípio do Inverno, obrigando-me estafeta a hum grande rodeio, por não dar passagem o mencionado rio faz com que cheguem muito demorado à dita Villa e a Vizeu do que resulta atrasarem a correspondências com grave prejuízo do Real Serviço Público. He o Príncipe Regente Nosso Senhor servido determinar que Vossa Ex.ª mande logo concertar ou fazer de novo a dita ponte entretanto para o presente expediente do mencionado estafeta como puder que todos os demais viajantes passão transitar por aquelle sítio com comodidade e segurança pondo vossa Ex.ª em execução para efeito o dito conserto todos aquelles arbítrios que costumão adoptar e são authorizados pelas Leis em semelhantes circunstancias. Deos Guarde V.Ex.ª Palacio de Queluz, a 14 de Dezembro de 1805».
Fonte: Arquivo Histórico Militar.
A monografia de Forninhos, não publica, mas cita este documento e coloca as seguintes questões: "Será este documento a ordem para a construção da ponte em cantaria existente entre Forninhos e a Quinta da Ponte? Terá sido só reparada? A verdade é que por cima de pilares de cantaria, já no Século XX aplicou-se um novo tabuleiro, que ainda hoje permite a circulação de viaturas". Páginas 63/64.
A monografia de Forninhos, não publica, mas cita este documento e coloca as seguintes questões: "Será este documento a ordem para a construção da ponte em cantaria existente entre Forninhos e a Quinta da Ponte? Terá sido só reparada? A verdade é que por cima de pilares de cantaria, já no Século XX aplicou-se um novo tabuleiro, que ainda hoje permite a circulação de viaturas". Páginas 63/64.
Histórias antigas de um povo e uma ponte ocupa muito bem seu lugar em importância. Pontes unem,... Legal sempre aqui! Bom ver as fotos tri antigas! bjs, tudo de bom,chica
ResponderEliminarA data da construção desta ponte é desconhecida (ainda), mas acho que é sempre bom ver fotos antigas, pois recordar o passado é compreender o presente e estas 2 fotografias mostram como era a ponte em 1959.
EliminarMuita água já rolou, mas curiosamente mantêm-se as boas relações entre os habitantes de Forninhos e os da Qt.ª da Ponte. Beijos**
Paula, um documentário muito bom que nos traz a história de uma ponte, uma ponte muito importante! Gosto de pontes, elas me falam de travessia, união e aliança...
ResponderEliminarUm abraço grandão...................
Boa Noite, Anete e um grande abraço meu tb.
EliminarFoi mesmo uma ponte muito importante, pelo menos, nos Séc. XVIII e XIX.
Ao tempo das memórias paroquiais de 1758 o postilhão (homem que transportava a posta/correspondência) passava por esta ponte, que dantes era de pau/madeira. Depois da travessia, chegava então Forninhos a correspondência.
Muito bem elaborado este tema, nada fácil, a quem tem de "gastar sapatos" em busca de verdades genuínas, como esta. Com o acrescento de não obstante ser de localidade próxima , já pertencia a outra freguesia e , imaginem, outro concelho. Valiam e valem, felizmente, identidades muito similares.
ResponderEliminarMas se a "Luta" aqui transcrita se prende com a Quinta da Ponte e segundo quanto sei, a delimitação de Forninhos, concelho de Aguiar da Beira e o vizinho concelho de Penalva do Castelo, seja a "Ponte era e é de Forninhos, qual o motivo de Forninhos ficar indiferente à atenção de um ministro ou seu ministério ao rogo de um povo reclamando benefícios por algo que em princípio nem era seu, claro, em termos da lei. O resto era e seria de todos, havia comunhão de bens...
Que assim continue a boa harmonia.
Eu não conheço os limites das freguesias, mas se a ponte era/é de Forninhos, repara bem que a monografia apenas fala que a ponte fica entre Forninhos e a Quinta da Ponte e mais não diz...
EliminarMas se de facto é de Forninhos, também sou uma que acho muito estranho Forninhos, no Séc. XX, ter ficado "a leste" e, depois, no Séc. XXI, vir colocar e pintar o gradeamento dessa ponte (?).
ResponderEliminarO que não se fica a saber por aqui! Tão "lindo" saber que ainda há populações que interagem e que recordam os homens "grandes", de valor.
E ficou tão bem, honrar este Senhor atraves de mais esta memória.
Muito bom. Sempre!
Beijinho grande
Como alguém por aí disse, estamos na época e maré de homenagear os grandes homens que de alguma forma se destacaram e destacam no mundo pelos seus feitos. O Sr. José Cardoso esteve ligado à reparação/reconstrução desta ponte, daí que divulgamos aqui com todo o gosto o seu trabalho, para que todos tenham, a oportunidade de ver, recordar ou tomar conhecimento e claro, como o conheci pessoalmente no ano passado, dá-me ainda mais orgulho e admiração em divulgar a sua obra.
EliminarBeijos e obrigada pelo comentário também sempre bom!
Muito interessante a história desta ponte.Pontes sempre cruciais como pontos de passagem, encontro e união entre localidades vizinhas e mais distantes.
ResponderEliminarxx
É isso mesmo, Laura. Se não existisse esta ponte Forninhos hoje seria um povo mais distante e desconhecido. Por exemplo.
EliminarBjs**
Interessante e bem documentado artigo, sobre a ponte da "Quinta da Ponte"! Na realidade encontrando-se a dividir duas freguesias e dois municipios, pressupoe-se que a ponte pertenca aos dois, ou seja metade a Forninhos, Aguiar da Beira e, a outra metade a Sesures, municipio de Penalva do Castelo!
ResponderEliminarDe facto fazia todo o sentido, que a Quinta da Ponte pertence-se a freguesia de Forninhos e por conseguinte ao municipio de Aguiar da Beira, mas se nao houve interesse em revindica-la, quando houve essa possibilidade com a bendita lei da reorganizacao autarquica de Janeiro do ano passado, e porque nao ha interesse em servir melhor as populacoes!
Pelos meus lados aconteceu o mesmo!
Um abraco de amizade a todos!
Para mim, também fazia sentido a Quinta da Ponte pertencer a Forninhos, só que fazia muito mais sentido Forninhos pertencer ao município de Penalva do Castelo, mas o 1º culpado foi o Presidente da Junta que disse que queria unir-se à Quinta da Ponte e Moradia e, depois, não fez nada disso. Mas a bem dizer fomos todos nós os principais culpados que acreditamos que estava interessado e a falar a verdade quando, afinal, só queria manter Forninhos como freguesia para assegurar "os poleiros".
EliminarPaula,
ResponderEliminarQue documentário lindo você fez!
Essa foto da Ponte da Bica, foi no ano que nasci.
Bom será, que outros continuem esse trabalho de vocês, em manter vivas essas memórias. Que elas também sejam pontes.
Xico e Paula, deixo aqui meu abraço apertado.
Já estranhava a sua ausência, Lucinha!
EliminarTambém eu espero que um dia outros continuem esta ponte entre o passado e o presente; ou que então lembrem das nossas gentes e das memórias de um tempo que se perdeu.
Deixo-lhe um abração, minha amiga.
Tanta estória guarda esta já velhinha ponte, dos tempos de "estroina" de nós na altura adolescentes.
ResponderEliminarPor aqui passavam os moinantes, a ver na taberna que ficava na entrada no lado direito, ver "batê-las" no jogo do chincalhão: Forninhos contra a Quinta da Ponte. Jogo duro de gente crescida e valente que podia meter uma arrochada na cabeça do mais malandro...
Por vezes com zaragata, havia que defender a honra e, já imunizados ao frio (a Ponte sempre teve boa pinga...), lá voávamos sobre a ponte que tinha tantas tábuas e rolos, como aqueles que lhe faltavam...
Outros, mais calmos, melhor, os que diziam: "Seja o que Deus quiser", metiam a pé pelo rio com as botas nos pés.
Dias depois, lá íamos voltar a atravessar a ponte!
Excelente comentário, Xico, que fala de modo empolgante dos tempos de "estroina" de vós adolescentes. :-)
EliminarApesar dos rolos e tábuas e de ser arriscado, julgo ser do agrado de todos o regresso a Forninhos!
Olá Paula,
ResponderEliminarExcelente trabalho sobre essa ponte de Forninhos, que tem uma longa história. Falando em pontes, ocorre-me uma canção, se a memória não me falha, dos anos 80, cujo título era: " A ponte é uma passagem para a outra margem...". E é, realmente, a sua utilidade!
Meu abraço,
Manuel Tomaz.
Bem lembrado. Nas nossas canções também as pontes marcam presença.
ResponderEliminarObrigada, uma vez mais , Sr. Tomaz, pela visita comentada, e como diz a canção do Abrunhosa: "Que nunca caiam as pontes entre nós...".
Um abraço meu tb.
Alguns anos atrás, conheci e privei em termos profissionais com um senhor, conceituado estudioso demográfico de renome, Eng. Alarcão e Silva.
ResponderEliminarUma das suas certezas que tanto defendeu em estudos e obras publicadas, prendia-se com os rio, suas margens e pontes.
Sempre me chamou a atenção para o facto de que os rios não separavam, não eram uma fronteira, bem pelo contrário, serviam de união pelos simples facto de em cada uma das margens as culturas quer de bens quer de pessoas, serem similares. As pessoas na sua soberba é que provocavam divisões.
Para o efeito apareceram as pontes, pertença de todos e abertura que rasga fronteiras, tais como esta aqui falada, assim como a ponte da Eira e a ponte da Carriça.
Outras haverá maiores ou mais pequenas, até umas simples "poldras", mas nelas as pessoas umas vindas, outras a irem, cruzam-se, olham-se e dizem simplesmente "bom dia".
E as pontes cá continuam a aguardar cumprimentos!
Sou de opinião também que esta ponte não é exclusiva de Forninhos, assim como ao tempo da sua reconstrução não era exclusiva da Quinta da Ponte.
ResponderEliminarA data da construção da ponte é desconhecida, mas pelo que se lê a construção da ponte em cantaria (ou reparação da de madeira) não se deve às populações dos dois lugares (Forninhos e Quinta da Ponte). Parece que quem convenceu as autoridades da época para a necessidade de se construir a ponte que ligasse as duas margens foi o correio assistente da Villa de Trancoso!
Sobre a 'da Carriça' um dia dedico umas linhas a essa ponte e também à 'da Eira' que se estruturou bem mais tarde.
Olá Paula, um crónica muito bem elaborada e que demonstra bem o interesse pela Historia de Forninhos e também a ponte que une as gentes dos povos vizinhos. Achei lindo o documentário. Beijinhos, Ailime
ResponderEliminarMuito obrigada Ailime. A Quinta da Ponte merece-nos um carinho especial. Lembro-me de lá passar tardes inteiras, no rio, a fingir que nadava ;) agora até me ri a pensar nas figuras...
ResponderEliminarAté se dizia que íamos à Ponte "tomar banho"...e ficávamos todos chateados se o tempo não estava bom, pois muitas vezes "os banhos" eram interrompidos com a chuva de trovoada que nos visitava sempre lá para o meio/fim de Agosto. Hoje para quem cresce na minha terra, isto parece mentira, mas para os da minha idade ir para o rio da Ponte era mesmo muito bom...
Passávamos sempre nesta ponte.
Beijinhos.
Sem pretender outra "Pardamaia" (não que me assuste...), qual o porquê do nome deste digno lugar?
ResponderEliminarFizeram a ponte, quem e porquê?
Afinal quem nasceu primeiro, à semelhança do enigma do ovo e da galinha?
A ponte ou o sítio?
Tanta interrogação?
Um desafio, como foi?
Quem souber...