Divulgamos, nesta tarde invernosa, um escrito que fala de Forninhos, num poema recebido por email, do nosso conterrâneo Ilídio Marques e que aqui se estreia, o que só enriquece ainda mais este espaço que é nosso. Juntamos à palavra uma imagem do tempo de antanho, mas onde estão gravadas as gentes, caminhos, serras e pedras da nossa terra.
"Sou filho dum povo antigo
De gente boa e honrada
Na minha já longa estrada
Na alma e de mão dada
Anda sempre comigo.
Mudei-me p´ra perto do mar,
outro ar e horizontes,
mas as saudades dos montes
ninguém as pode abafar.
Mudei-me p´ra perto do mar,
outro ar e horizontes,
mas as saudades dos montes
ninguém as pode abafar.
Ficou deles a saudade
Da minha aldeia,
Da minha terra,
Da gente cheia
Do sol da serra
Onde eu vivi meia idade."
A Natália Cavaca foi quem cedeu a foto ao blog dos forninhenses.
A Natália Cavaca foi quem cedeu a foto ao blog dos forninhenses.
Bonito poema, Paula! Cheio de emoção e satisfação/gratidão!!
ResponderEliminarBom domingo... Beijinhos...
Assim é. De vez em quando somos tocados com coisas que os leitores nos dizem e escrevem.
EliminarMuitos são os que agradecem, por email, a partilha e estudo sobre a nossa terra e eu só posso retribuir e agradecer por ter a sorte, de através deste simples blog, falar com pessoas que no seu coração trazem esta aldeia pequenina.
AQUI
ResponderEliminarTão bom ser filho daqui, aldeia que a todos toca pela singularidade e pureza de quem tal construiu e embevecidos nos marca...
Aqui nasci e aprendi a andar
Aqui me afoguei em carinhos
Aqui gritei o nome Forninhos
Aqui me perdi pelo verbo amar
Aqui o passado está presente
Aqui a semente de nossos avós
Aqui a memória da nossa gente
Aqui rebentou a força de nós
Aqui em terra de memórias
E de poucas transcritas glórias
A alma continua a gritar
Aqui continuarei a sonhar
Em contos, sagas e estórias
A vossa memória irá perdurar.
Parabéns Xico pelo soneto. Gostei mesmo muito e espero que continues aqui a sonhar e a escrever hinos a Forninhos.
EliminarBeijos.
Lindo amigo Xico, parabens!
EliminarPoema lindo e foto maravilhosa que bem o ilustra! bjs,chica
ResponderEliminarTambém acho que esta foto retrata muito bem o poema e aquilo que ainda está na memória de quase todos os forninhenses, daí a minha escolha.
EliminarBeijinhos**
Que saudosa poesia , a saudade só existe quando
ResponderEliminaro que passamos era muito bom,é uma memória que nuca vai passar,
vai sempre ficar em nosso coração.
bjs
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
É verdade Simone, as saudades servem para recordarmos o que foi bom e ainda bem que as sentimos, é porque valeu a pena viver as situações que recordamos.
EliminarBjs.
Um poema muito simples e muito belo, porque a beleza está sempre na simplicidade. O local onde nascemos e passamos a infância ficará para sempre dentro de nós, e é sempre um local ao qual desejamos voltar.
ResponderEliminarA foto também é muito bonita. Nasci no campo e recordo-me da minha mãe e das minhas tias com as talhas de água à cabeça...:-)
Xico! Grande poema de homenagem a Forninhos! Muito intenso!
xx
Esta foto tem para aí 32/33 anos e desde então houve uma transformação radical nos modos de vida, o velho mundo rústico extinguiu-se; e mulheres com um molho à cabeça contam-se pelos dedos de uma mão e ainda sobram dedos.
EliminarEu também sou uma que digo que sou filha de um povo antigo e tal como muitos forninhenses recordo com saudades o fim do mundo rural.
ResponderEliminarPara mim foi muito importante receber este escrito e estarei sempre à espera que outros nos mostrem como sentem Forninhos. Fica o desafio e envio bem-hajas a todos, pelas visitas, pelas palavras que deixam neste espaço e por email, pois é também uma forma de dizer que gostam do blog dos forninhenses e de pertencer ao lugar de Forninhos.
Aquele abraço forninhense a todos!
Oi Paula,
ResponderEliminarvocê fez muito bem em publicar essa poesia acompanhada de uma foto que completa lindamente o texto, gostei muito! Também adorei o poema do Xico, acho lindo o amor e o interesse de ambus em mostrar as tradições deste lindo lugar, eu de acompanhar as postagens, já gosto e admiro Forninhos. Parabéns!
Beijos!!!!
Fotos como esta, assim como outras que já por aqui publicamos, são muito bonitas porque retratam um povo antigo, um Forninhos que teve gente que deu tudo o que podia em prol da sua terra. Hoje, Fátima, temos pouca gente, caminhos rurais camuflados, campos abandonados e algumas coisas patéticas, como por exemplo, uma rotunda!
EliminarNos dias de hoje tirar uma foto como esta, não é tarefa fácil, a menos que ganhemos alguma coragem, peguemos nuns engenhos próprios para roçar mato e boa sorte...
Beijinhos.
Acho bonito na terra dos forninhenses é a maneira como vocês tem acessa a tradição.
ResponderEliminarAbraços.Sandra
Sandra, nem todos os forninhenses têm gosto pela tradição, mas nós (blog dos forninhenses) não veríamos isto de outra forma, as tradições, são a nossa referência e mantê-las vivas é um BEM CULTURAL.
EliminarUm abraço e bem-haja pela visita comentada.
Muito bonitos o poema e a fotografia!
ResponderEliminarParabens e um abraco amigo.
Bem-Haja caro amigo. Sem dúvida que são muito bonitos o poema e foto antiga e sinto-me mesmo bem por ter partilhado, com todos os leitores, o poema e esta fotografia.
ResponderEliminarUm abraço amigo tb.
Olá Paula e Xico
ResponderEliminarEsta foto é uma imagem de marca das nossas aldeias e de Forninhos em particular. Em vias de extinção, ela faz lembrar-nos de como era o quotidiano das nossas Terras, num passado não muito distante. Para o Xico, quero dar-lhe os meus parabéns pela forma poética como descreve Forninhos.
Meu abraço,
Manuel Tomaz
É mesmo como diz Sr. Tomaz, não é uma lembrança da antiguidade, é do nosso tempo. Esta mulher está na memória de quase todos os forninhenses, como outras desta aldeia e outras tantas como a nossa.
EliminarUm grande abraço.
Ola Paula . Bonita foto assim que o poema que lhe corresponde bem . Esta fotografia da tia Raquel com um molho de comida para os animais ,assim que os caminhos de terra e pedras que nos faz recordar Forninhos doutros tempos . Beijinhos .
ResponderEliminarEsta foto foi tirada à tia Raquel no caminho da Pardameda, um caminho estreito que bem deves lembrar Manuela, assim como ao olharmos para os que já partiram, parece que estamos a ouvir a sua voz e acompanhar o dia-a-dia de quando eram vivos.
ResponderEliminarQuem não se lembra da voz da tia Raquel?
Acho que reviver o Forninhos antigo é que torna o blog forninhenses tão especial. Mas esse é mesmo o objectivo deste blog...
Beijinhos.
Pessoalmente adoro esta foto porque diz o que lá está e/ou , falta!
ResponderEliminarConforme está a tia Raquel podia ser a nossa mãe ou avó a descer este local, de molho de erva à cabeça, a ceitoira enterrada nele e sachola ao ombro.
Muitas das vezes, na mão liberta, ainda carregavam a cesta da "piqueta" tapada pela pequena toalha com quadrados vermelhos e brancos que se estendia no chão, enquanto gritavam à cabra que seguia à frente e que volta e meia parava para roer os primeiros rebentos das giestas.
Pode faltar muita coisa e algumas memórias, mas as pedras destes muros, continuam igualzinhos...
Esperamos que os mais jovens perguntem aos avós ou aos pais, onde fica este estreito caminho e quem foi a tia Raquel, para conhecerem melhor o povo de que fazem parte.
EliminarBoa tarde Paula, que foto e poema magníficos! Cresci por entre caminhos assim e por isso o meu apego à natureza. Um beijinho. Ailime
ResponderEliminarPassando por estes já tão velhos caminhos que irão perdurar ainda por tantos séculos, apetece sentar, não de cansaço, mas por nostalgia e paz imensa.
EliminarE no silêncio aparece parte da vida, dos que foram, dos que estão e dos mais novos que um dia tentarão saber como era a "vida", deles,os "velhos".
Abraço amiga Ailime.
Ailime, as velhas fotos acho que trazem sempre recordações do que somos e fomos.
ResponderEliminarNa minha meninice e adolescência caminhei muitas vezes por este carreiro com a minha avó paterna. Depois que vim para a Grande Lisboa nunca mais por ali passei. Fi-lo no ano de 2010, aquando duma caminhada na natureza, mas achei tudo diferente, a paisagem, o caminho, as pessoas.
Prefiro, de longe, lembrar-me dele assim: bem batido, com o cheiro das ervas, rosmaninhos e flores selvagens...e cheio de pessoas boas e honradas, como diz quem assina o poema - Ilídio Marques.
Obrigada, muito obrigada, Xico.
ResponderEliminarBeijo
Boa noite.
ResponderEliminarSão fotos como esta, que nos farão sempre recordar o nosso Povo, as nossas gentes.
Lindas fotografias, com paisagem bem antiga, caminhos bem estreitos, mas sempre bonitos aos olhos das pessoas.
Muita gente que só conhece as grandes vias, (actuais), ao ver estes rupestres caminhos, só nossos, vão adorar.
Por mim falo. sempre gostei destes carreiros.
Muito bonita esta foto.
Amigo Xico.
ResponderEliminarCaminhos como este e que tu tambèm ainda deves recordar, vamos recordar o caminho para a Feira Nova.
Um caminho tosco em direção á Duvinha, a partir daqui era sempre a subir, saltar pedra sobre pedra, desvios para um lado e para outro, passar por São Pedro, até chegar lá ao alto e vislumbrar ao fundo a localidade do Mosteiro ( feira nova).
Todo este caminho era feito por nós ainda novos, com alegria.
Bons tempos.
Abraço.
Caminhos ou carreiros, na alegria nem se dava pelo tempo, nem que fossem duas horas e tanto a pé, parecia um instantinho. Nem era preciso olhar para o chão, bastam os muros esborralhados e sabíamos onde estávamos e até no tempo deles, aonde havia ninhos de pombo bravo.
ResponderEliminarNa Feira Nova, lá se compravam umas botas ou tamancos e nos tendeiros um par de calças que eram medidas pela altura, esquecendo a largura e que quando vestidas ficavam tipo balão de S. João. Claro que a gente não tinha "tusto", o pai teria de pagar ou não comprar e quando era assim, no regresso quem pagava eram os canecos da resina...
Estórias que estes muros e caminhos guardam. Lembras-te, Serip?
Boa tarde.
ResponderEliminarAlgumas vezes aconteceu, e... quém ficava com o prejuízo maior?
Nem quero aqui dizer, pois ainda nos pediam o dinheiro, com juros.
Abraço