Seguidores

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Escritos da nossa terra

Divulgamos, nesta tarde invernosa, um escrito que fala de Forninhos, num poema recebido por email, do nosso conterrâneo Ilídio Marques e que aqui se estreia, o que só enriquece ainda mais este espaço que é nosso. Juntamos à palavra uma imagem do tempo de antanho, mas onde estão gravadas as gentes, caminhos, serras e pedras da nossa terra.


"Sou filho dum povo antigo
De gente boa e honrada
Na minha já longa estrada
Na alma e de mão dada
Anda sempre comigo.

Mudei-me p´ra perto do mar,
outro ar e horizontes,
mas as saudades dos montes
ninguém as pode abafar.

Ficou deles a saudade
Da minha aldeia,
Da minha terra,
Da gente cheia
Do sol da serra
Onde eu vivi meia idade."

A Natália Cavaca foi quem cedeu a foto ao blog dos forninhenses.

32 comentários:

  1. Bonito poema, Paula! Cheio de emoção e satisfação/gratidão!!

    Bom domingo... Beijinhos...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Assim é. De vez em quando somos tocados com coisas que os leitores nos dizem e escrevem.
      Muitos são os que agradecem, por email, a partilha e estudo sobre a nossa terra e eu só posso retribuir e agradecer por ter a sorte, de através deste simples blog, falar com pessoas que no seu coração trazem esta aldeia pequenina.

      Eliminar
  2. AQUI

    Tão bom ser filho daqui, aldeia que a todos toca pela singularidade e pureza de quem tal construiu e embevecidos nos marca...

    Aqui nasci e aprendi a andar
    Aqui me afoguei em carinhos
    Aqui gritei o nome Forninhos
    Aqui me perdi pelo verbo amar

    Aqui o passado está presente
    Aqui a semente de nossos avós
    Aqui a memória da nossa gente
    Aqui rebentou a força de nós

    Aqui em terra de memórias
    E de poucas transcritas glórias
    A alma continua a gritar

    Aqui continuarei a sonhar
    Em contos, sagas e estórias
    A vossa memória irá perdurar.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Parabéns Xico pelo soneto. Gostei mesmo muito e espero que continues aqui a sonhar e a escrever hinos a Forninhos.

      Beijos.

      Eliminar
    2. Lindo amigo Xico, parabens!

      Eliminar
  3. Poema lindo e foto maravilhosa que bem o ilustra! bjs,chica

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Também acho que esta foto retrata muito bem o poema e aquilo que ainda está na memória de quase todos os forninhenses, daí a minha escolha.
      Beijinhos**

      Eliminar
  4. Que saudosa poesia , a saudade só existe quando
    o que passamos era muito bom,é uma memória que nuca vai passar,
    vai sempre ficar em nosso coração.
    bjs
    http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É verdade Simone, as saudades servem para recordarmos o que foi bom e ainda bem que as sentimos, é porque valeu a pena viver as situações que recordamos.
      Bjs.

      Eliminar
  5. Um poema muito simples e muito belo, porque a beleza está sempre na simplicidade. O local onde nascemos e passamos a infância ficará para sempre dentro de nós, e é sempre um local ao qual desejamos voltar.
    A foto também é muito bonita. Nasci no campo e recordo-me da minha mãe e das minhas tias com as talhas de água à cabeça...:-)
    Xico! Grande poema de homenagem a Forninhos! Muito intenso!
    xx

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Esta foto tem para aí 32/33 anos e desde então houve uma transformação radical nos modos de vida, o velho mundo rústico extinguiu-se; e mulheres com um molho à cabeça contam-se pelos dedos de uma mão e ainda sobram dedos.

      Eliminar
  6. Eu também sou uma que digo que sou filha de um povo antigo e tal como muitos forninhenses recordo com saudades o fim do mundo rural.
    Para mim foi muito importante receber este escrito e estarei sempre à espera que outros nos mostrem como sentem Forninhos. Fica o desafio e envio bem-hajas a todos, pelas visitas, pelas palavras que deixam neste espaço e por email, pois é também uma forma de dizer que gostam do blog dos forninhenses e de pertencer ao lugar de Forninhos.

    Aquele abraço forninhense a todos!

    ResponderEliminar
  7. Oi Paula,
    você fez muito bem em publicar essa poesia acompanhada de uma foto que completa lindamente o texto, gostei muito! Também adorei o poema do Xico, acho lindo o amor e o interesse de ambus em mostrar as tradições deste lindo lugar, eu de acompanhar as postagens, já gosto e admiro Forninhos. Parabéns!
    Beijos!!!!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Fotos como esta, assim como outras que já por aqui publicamos, são muito bonitas porque retratam um povo antigo, um Forninhos que teve gente que deu tudo o que podia em prol da sua terra. Hoje, Fátima, temos pouca gente, caminhos rurais camuflados, campos abandonados e algumas coisas patéticas, como por exemplo, uma rotunda!
      Nos dias de hoje tirar uma foto como esta, não é tarefa fácil, a menos que ganhemos alguma coragem, peguemos nuns engenhos próprios para roçar mato e boa sorte...
      Beijinhos.

      Eliminar
  8. Acho bonito na terra dos forninhenses é a maneira como vocês tem acessa a tradição.
    Abraços.Sandra

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sandra, nem todos os forninhenses têm gosto pela tradição, mas nós (blog dos forninhenses) não veríamos isto de outra forma, as tradições, são a nossa referência e mantê-las vivas é um BEM CULTURAL.
      Um abraço e bem-haja pela visita comentada.

      Eliminar
  9. Muito bonitos o poema e a fotografia!

    Parabens e um abraco amigo.

    ResponderEliminar
  10. Bem-Haja caro amigo. Sem dúvida que são muito bonitos o poema e foto antiga e sinto-me mesmo bem por ter partilhado, com todos os leitores, o poema e esta fotografia.

    Um abraço amigo tb.

    ResponderEliminar
  11. Olá Paula e Xico
    Esta foto é uma imagem de marca das nossas aldeias e de Forninhos em particular. Em vias de extinção, ela faz lembrar-nos de como era o quotidiano das nossas Terras, num passado não muito distante. Para o Xico, quero dar-lhe os meus parabéns pela forma poética como descreve Forninhos.
    Meu abraço,
    Manuel Tomaz

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É mesmo como diz Sr. Tomaz, não é uma lembrança da antiguidade, é do nosso tempo. Esta mulher está na memória de quase todos os forninhenses, como outras desta aldeia e outras tantas como a nossa.
      Um grande abraço.

      Eliminar
  12. Ola Paula . Bonita foto assim que o poema que lhe corresponde bem . Esta fotografia da tia Raquel com um molho de comida para os animais ,assim que os caminhos de terra e pedras que nos faz recordar Forninhos doutros tempos . Beijinhos .

    ResponderEliminar
  13. Esta foto foi tirada à tia Raquel no caminho da Pardameda, um caminho estreito que bem deves lembrar Manuela, assim como ao olharmos para os que já partiram, parece que estamos a ouvir a sua voz e acompanhar o dia-a-dia de quando eram vivos.
    Quem não se lembra da voz da tia Raquel?
    Acho que reviver o Forninhos antigo é que torna o blog forninhenses tão especial. Mas esse é mesmo o objectivo deste blog...
    Beijinhos.

    ResponderEliminar
  14. Pessoalmente adoro esta foto porque diz o que lá está e/ou , falta!
    Conforme está a tia Raquel podia ser a nossa mãe ou avó a descer este local, de molho de erva à cabeça, a ceitoira enterrada nele e sachola ao ombro.
    Muitas das vezes, na mão liberta, ainda carregavam a cesta da "piqueta" tapada pela pequena toalha com quadrados vermelhos e brancos que se estendia no chão, enquanto gritavam à cabra que seguia à frente e que volta e meia parava para roer os primeiros rebentos das giestas.
    Pode faltar muita coisa e algumas memórias, mas as pedras destes muros, continuam igualzinhos...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Esperamos que os mais jovens perguntem aos avós ou aos pais, onde fica este estreito caminho e quem foi a tia Raquel, para conhecerem melhor o povo de que fazem parte.

      Eliminar
  15. Boa tarde Paula, que foto e poema magníficos! Cresci por entre caminhos assim e por isso o meu apego à natureza. Um beijinho. Ailime

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Passando por estes já tão velhos caminhos que irão perdurar ainda por tantos séculos, apetece sentar, não de cansaço, mas por nostalgia e paz imensa.
      E no silêncio aparece parte da vida, dos que foram, dos que estão e dos mais novos que um dia tentarão saber como era a "vida", deles,os "velhos".
      Abraço amiga Ailime.

      Eliminar
  16. Ailime, as velhas fotos acho que trazem sempre recordações do que somos e fomos.
    Na minha meninice e adolescência caminhei muitas vezes por este carreiro com a minha avó paterna. Depois que vim para a Grande Lisboa nunca mais por ali passei. Fi-lo no ano de 2010, aquando duma caminhada na natureza, mas achei tudo diferente, a paisagem, o caminho, as pessoas.
    Prefiro, de longe, lembrar-me dele assim: bem batido, com o cheiro das ervas, rosmaninhos e flores selvagens...e cheio de pessoas boas e honradas, como diz quem assina o poema - Ilídio Marques.

    ResponderEliminar
  17. Obrigada, muito obrigada, Xico.
    Beijo

    ResponderEliminar
  18. Boa noite.
    São fotos como esta, que nos farão sempre recordar o nosso Povo, as nossas gentes.
    Lindas fotografias, com paisagem bem antiga, caminhos bem estreitos, mas sempre bonitos aos olhos das pessoas.
    Muita gente que só conhece as grandes vias, (actuais), ao ver estes rupestres caminhos, só nossos, vão adorar.
    Por mim falo. sempre gostei destes carreiros.
    Muito bonita esta foto.

    ResponderEliminar
  19. Amigo Xico.
    Caminhos como este e que tu tambèm ainda deves recordar, vamos recordar o caminho para a Feira Nova.
    Um caminho tosco em direção á Duvinha, a partir daqui era sempre a subir, saltar pedra sobre pedra, desvios para um lado e para outro, passar por São Pedro, até chegar lá ao alto e vislumbrar ao fundo a localidade do Mosteiro ( feira nova).
    Todo este caminho era feito por nós ainda novos, com alegria.
    Bons tempos.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  20. Caminhos ou carreiros, na alegria nem se dava pelo tempo, nem que fossem duas horas e tanto a pé, parecia um instantinho. Nem era preciso olhar para o chão, bastam os muros esborralhados e sabíamos onde estávamos e até no tempo deles, aonde havia ninhos de pombo bravo.
    Na Feira Nova, lá se compravam umas botas ou tamancos e nos tendeiros um par de calças que eram medidas pela altura, esquecendo a largura e que quando vestidas ficavam tipo balão de S. João. Claro que a gente não tinha "tusto", o pai teria de pagar ou não comprar e quando era assim, no regresso quem pagava eram os canecos da resina...
    Estórias que estes muros e caminhos guardam. Lembras-te, Serip?

    ResponderEliminar
  21. Boa tarde.
    Algumas vezes aconteceu, e... quém ficava com o prejuízo maior?
    Nem quero aqui dizer, pois ainda nos pediam o dinheiro, com juros.
    Abraço

    ResponderEliminar

Não guardes só para ti a tua opinião. Partilha-a com todos.