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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A Poda da Vinha

Forninhos encontra-se situado na denominada Região Demarcada dos Vinhos do Dão, região esta muito sujeita a geadas, que põem em risco as rebentações temporãs e assim sendo só por Fevereiro é que se realiza a tarefa sazonal de que hoje vamos falar - a poda.
Depois da vindima as videiras perdem as folhas e a vinha fica em descanso durante a época das chuvas. E, é por esta época que se faz a poda da vinha, pois a videira todos os anos cresce a partir dos "nós" deixados na poda anterior e nestas deu os cachos de uvas. 
O podador de tesoura em riste, olha para a videira e "estuda" como foi a sua rebentação e desenvolvimento no ano anterior e só depois procede ao corte das varas excedentárias. Normalmente deixa dois "nós", mas dependendo do estado, força da videira e sua idade, podem ser mais.
Depois da poda, a vinha fica então com um aspecto arejado e limpo, com as varas/vides aprumadas à espera que os "nós" rebentem, começando assim o novo ciclo que acabará por dar o novo vinho. 
Quem passa junto às videiras, normalmente repara se a poda está bem feita, pois quem sabe podar com sabedoria sempre comenta se está bem ou mal, pois "ele há podadores e outros que cortam as vides". Diz o povo.
Depois é esperar que o ano seja propício e farto.


"Vinum bonum laetificat cor hominis"
O vinho bom alegra o coração do homem.
Salmo 104:15

25 comentários:

  1. Não era qualquer um que era podador!
    Esses homens eram muito requisitados pela sua sabedoria e experiência, pois a poda era o fim de um ciclo e o início de um outro que havia que acautelar, tipo operação cirúrgica em defesa da videira; desde o corte das vides já não necessárias e que iriam servir depois de secas para a fogueira ou forno de cozer, era também esta a altura de escolher as varas de melhor qualidade e casta, para plantio de nova vinha ou substituir as videiras "mortas" pela idade e sem produção.
    Essas varas eram então plantadas na terra, formavam os bacêlos e mais tarde, depois de transplantadas, seriam enxertadas, daqui se formando uma nova videira, "mãe", do bom vinho de Forninhos, o mesmo que depois de um duro e árduo dia de trabalho, reconfortava os podadores!

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  2. Um trabalho deveras importante para o bom crescimento das videiras! Acho lindo! Meu marido é que entende bem diosso e sabe ver as boas ou não! beijos,tudo de bom,chica

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  3. Valiosa postagem, Paula! Gosto de saber de videiras, podas e vinhos!
    "O vinho bom alegra o coração do homem." Gosto de lembrar que Jesus é a Videira Verdadeira, nós somos os ramos e o vinho é um dos símbolos do Espírito Santo!
    Um beijão... Boa Noite...

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  4. Interessante. Como em tudo na vida há os que "podam" e outros que só sabem cortar...:-) Para tudo é preciso mestria.
    Que bela dupla que vocês fazem, Paula e Xico!
    xx

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  5. Obrigada. Neste trabalho por nós realizado, há uma recolha de tudo que estava a cair no esquecimento e em desuso como é também o caso desta tarefa sazonal feita só por podadores, pois a tesoura/poda já não é como antigamente e também há cada vez menos artistas da poda, daí que até é vulgar dizer só dá, fruto, o que fica, logo não é difícil. Portanto, só dá o que fica e qualquer um corta e poda!
    Com este artigo tenho a certeza que ficaremos a compreender um pouco melhor o nosso passado e a história do nosso vinho.
    Quanto à dupla, Paula e Xico, muitos já devem ter reparado na quantidade de Contribuidores do blog e visto que poucos colaboram. Então é assim: até ao fim de Fevereiro vão ser retirados os nomes dos participantes “fantasmas”, a não ser que participem, colaborem com o blog dos forninhenses, até lá.

    Saudações forninhenses.

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  6. Custa infelizmente ouvir este aviso "à navegação"!
    Parece ser um fado que Forninhos carrega desde tempos tão longínquos que recuamos aos romanos que por lá andaram e que em Portugal introduziram a poda e os socalcos. Muitos anos depois, surgiu este "nosso" espaço, além de cultural, inovador,com muitos "podadores" e no início, participantes activos, mas...
    Recuando no tempo, também por cá andaram os mouros e a poda esmoreceu e a vinha teve uma regressão devido à proibição deles consumirem bebidas fermentadas. Tal como agora, a "proibição" de darem a cara, enfrentarem medos, leva-os a enterrar, as suas origens e tradições. Sãos eles quem perde!
    Sem nos querermos arvorar num Marquês de Pombal com a primeira região de vinho demarcada do mundo, podemos dizer que a "nossa vinha" tem sido bem tratada e podada, está pujante e recomenda-se, tal como o vinho português que na altura dos Descobrimentos chegou aos quatro cantos do mundo, também o "nosso vinho" aqui feito de palavras, é bem apreciado em locais próximos e distantes!
    Se milhares aqui vêem beber, é a confirmação da sua qualidade, na certeza de como o vinho do Porto: "quanto mais velho melhor".

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    1. É provável que muitos não cultivem o blog dos forninhenses, porque foram proibidos de o fazer ou porque dá trabalho, mas pelo menos não foram proibidos daqui virem "beber"!
      Assim como é provável que os Romanos, aqui chegados, começassem nas encostas e chãs a cultivar de sachola o centeio e outros cereais rústicos e a vinha, mais ou menos selvagem; e para obter o vinho pisassem a uva nas lagaretas, talhadas a picão nas rochas, aliás engenhos que a sudeste desta freguesia, se não me engano, existem 4 (quatro).
      Mas passados muitos anos é que chegaram os Mouros e se calhar foi assim que, empurrados, ocuparam o lugar onde hoje é o povo de Forninhos e ali viveram sem guerras, ocupando e cultivando outras terras com cereal, vinho e ainda azeite.
      A existência de água era uma das condições necessárias para que um local fosse escolhido e aqui lembro a antiga arte de vedor (que já aqui publicamos).
      Também a arte de podador é antiga e fico a imaginar (só imaginar) que tipo de utensílio usavam esses nossos antepassados!

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  7. é um trabalho bem minuncioso , mas que com anos de experiencia,
    quem faz, faz até de olhos fechados ,eu não sabia que se podava
    aqueles galhos tão bonitos , bem se vê que de uvas eu só entendo de comer.
    bjs
    http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/

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  8. É uma profissão especializada, que não está ao alcance de qualquer um. Antigamente passava de pai para filho. Hoje, nas pequenas produções, há sempre alguém que dá o "jeito". Quanto às grandes áreas, aí sim, há certamente uma formação. Na minha memória nos anos 40, lá na minha aldeia, lembro a habilidade desses podadores.
    O meu abraço,
    Manuel Tomaz

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    1. Boas, Sr. Tomaz.
      Segundo me tenho apercebido nas grandes zonas vinhateiras há formações, mas lá para as nossas bandas não sei...confesso!
      E, parece, que nas zonas mais quentes que a nossa, há agricultores que após as vindimas,fazem logo as podas.
      E, nas zonas onde as geadas são mais frequentes, há quem faça a poda quando a videira já tem folhas, é designada de poda em verde.
      E pensava eu que não se podia ou devia fazer a poda quando a videira tem rebentos, mas também percebo tanto disto como de lagares de azeite.
      Um abraço.

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  9. VOLTEMOS À PODA...

    Nem sei bem porquê, mas para mim, a recordação da poda remonta ao tempo do meu avô Francisco em que ainda pequenito me levava com ele à vinha que tinha na Pardamaia. Mesmo sendo inverno, para mim parecia que estava sempre sol.
    Lá íamos caminhando calmamente; adorava andar com ele e ouvir as suas sábias palavras e estórias, neste caso sobre a poda.
    Os podadores já por lá andavam na vinha desde cedo, de tesoura afiada na mão e serrote pendurado no cinto por detrás das costas; iria ser preciso para serrar as já velhas cêpas duras.
    Chegado à vinha e depois da salvação, traduzida num "bom dia, meus senhores", fazia a vistoria ao trabalho feito. A vinha já era velha e de tantas dornas de vinho já dali terem saído, andava cansada e por isso deixar varas em excesso era um abuso a nível de carga para a videira tão antiga, por isso as varas deviam ficar com menos olhos, sabendo de antemão que no ano seguinte dariam menos cachos mas pelo menos a vinha ficava salva.
    Ele tinha muita confiança nos "seus" podadores que há anos havia escolhido a dedo, pois aquela actividade manual era ao mesmo tempo cerebral e técnica e eles sabiam isso quando tinham de tomar decisões, pois cada cêpa requeria uma abordagem diferente, mas eles sabiam como resolver.
    E eu, por detrás deles, ia apanhando as vides que juntava em montinhos que mais tarde, já secas, seriam atadas em molhos e acartadas no carro de bois para casa; era a lenha apreciada para do forno de cozer sair o bom pão, carne assada e bolos de azeite pela Páscoa.
    Enquanto isto, ia ouvindo as conversas dos adultos sobre o dia-a-dia, quase sempre acerca do trabalho, uma ou outra notícia do povo e do tempo, mas também sobre a tarefa que faziam e que a brincar deixavam em ditos de sabedoria popular: "podar em Março, é ser madraço", a que outro respondia "podar em Março, vindima no regaço".
    Volta e meia lá paravam para matar a sede e fumar um cigarro da onça comprada na venda, mas logo retomavam ao trabalho com a mesma confiança e entrega de sempre: "pessoal, vamos à poda que o dia corre...".
    Sentia-me num mundo de magia que aumentou quando um certo dia, o meu avô me ofereceu uma tesoura pequena da poda que havia de propósito comprado para mim na feira; prestava atenção ao modo dele fazer com a tesoura e ele ria embevecido com a minha entrega.
    Pena estas maneiras de trabalhar irem sendo esquecidas, mas penso que o nosso município e outros vinhateiros, deveriam criar um Gabinete de Apoio Vinícula para apoio e formação da poda e enxertia.
    Até porque podar é uma arte!

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  10. Boa noite Paula, excelente artigo sobre a poda das videiras! Há que podar para que os novos rebentos ressurjam vigorosos e continuem a dar excelentes uvas que se transformarão nesse precioso néctar do Dão! A poda, uma verdadeira arte! Uma tarefa que eu adorava ver o meu avô a fazer! Quem me dera nesses tempos;))! Beijinhos. Ailime

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  11. Paula,querida,acho tão lindo quem sabe lidar com a terra,fazendo as semeadura e colheita na hora certa! Um belo texto que muito nos ensina! bjs,

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  12. Tem que ter muito talento e conhecimento para mexer com a terra e a poda.
    Abraços,
    Sandra

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  13. Eu sou um cortador de vides, mas aqui nesta terra e com videiras de reproducao directa, e mais facil mesmo para quem faca asneiras como eu!
    Uma vez a tentar explicar ao meu vizinho, os meus rudimentares conhecimentos de "podador", por muito pouco lhe podava um dedo!!!

    Bem haja que com este artigo fez-me lembrar esse episodio, que naquela altura nao teve pidada nenhuma, mas que hoje recordo com uma risada!

    Um abraco de amizade!

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  14. Al Cardoso refere acima as videiras de reprodução directa que penso ser o também chamado vinho americano/morangueiro.
    Recordo o meu avó ter essas videiras no sítio dos Carregais e pedir que não misturassem as suas uvas com as outras. Ficavam para os pássaros e aliás, nem sequer eram podadas.
    O vinho morangueiro apareceu em Portugal na sequência da destruição dos vinhedos tradicionais causados pela filioxera.O grande objectivo era neutralizar a filoxera, uma doença que estava a atacar a vinha nacional. Mas o que era para ser salvador da vinha, acabou por se transformar numa ameaça às culturas tradicionais, já que os produtores viram a extraordinária produtividade do vinho americano e também a sua grande capacidade de adaptação.
    O decreto-lei de 18 de Abril de 1935 não permitia a plantação de videiras-americanas sem ser para lhes enxertar castas nacionais, determinando o arranque, a substituição ou enxerto das existentes. Os viticultores eram obrigados a inutilizar as enxertias efectuadas depois de Outubro de 1934. Nove anos depois, a legislação mudou e decidiu-se aplicar uma multa aos agricultores que desrespeitavam os imperativos legais.
    Actualmente tem pouca relevância este vinho, mas pessoalmente, no verão adoro um bom morangueiro branco fresquinho, além de que é de baixo teor alcoólico.

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    1. De facto existem varias variedades de vinhas de reproducao directa, existe o que o amigo Xico chama de "morangueiro' que aqui chamam "concord" mas existem existem outros tipos de uvas brancas roses e ate umas que nao lhe sei o nome, que tenho no meu quintal que e muito parcecido no gosto e na cor, com o que nos chamava-mos ai "moscatel"! Sao umas uvas muito boas para comer, o pior e que ha alguns anos que os malandros dos passaros, comem-mas antes de estarem completamente maduras! Mas mesmo assim so para lhes fazer o favor vou as "podando" todos os anos!
      Vinho e que nunca fiz, mas tambem nao sei, compra-se ja feito, e mais caro mas poupa-se o trabalho!

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  15. E, sabes qual foi a única região da Europa que resistiu à filoxera?
    Foi Colares, Sintra, Portugal.
    Nos fins do século XIX a região de Colares ficou famosa precisamente quando desabou sobre a viticultura mundial a sua maior ameaça, a filoxera. Os vinhedos de Colares pela sua geografia diferenciada foram os únicos que resistiram a esta praga, uma vez que o insecto atacava a raíz das vinhas e não se propagava nos terrenos de areia.
    Em toda a Europa, excepto nesta região, começaram então a utilizar-se plantas americanas (resistentes ao insecto), enxertadas com castas europeias.
    Se calhar devemos publicar um artigo dedicado à filoxera, é só uma ideia, mas a matéria é interessante e como podemos constatar faz parte também da história de Forninhos.

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    1. A produção de Vinho de Colares, atualmente é quase nula. Já tive oportunidade de apreciar esse vinho, aliás maravilhoso, e que realmente é diferente de outros por as vinhas estarem em terrenos arenosos, perto do mar. Foi também por isso que a filoxera não as atacou, em virtude das suas raízes estarem muito profundas.
      Abraço,
      Manuel Tomaz

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  16. Olá,
    muito interessante o post de hoje, a poda é fundamental para a produção e para o crescimento da planta. Eu não aprendi, foi uma pena, meu pai sabia o tempo certo de fazer uma boa pode, ele se guiava pela lua e sempre dava certo. Que belo relato, essas informações não devem se perder.
    Xico, a visita dos queridos amigos foi um tempo mágico e deixaram muita saudade. Agora estamos esperando tua visita e da Paula, para conhecer nossa vida de campo. O menino Edu gostou muito, e quando se despediu chorou e nos emocionou, a mãe dele Adriana, falou que todos os dias ao acordar ele chora para vir aqui para casa.
    Me despeço e sigo para Solidão, Alfredo está louco por uma pescaria, vamos aproveitar enquanto o tempo está bom, o frio já está chegando por aqui.
    Tenham um ótimo final de semana.

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  17. Pois é , està na altura dela tambem eu ia com o meu pai para a poda, a minha missão era apanhar as vides . Mas como tambem me queria armar em podador , o meu pai là me dava uma tesoura para as mãos e là ia eu na frente cortando aquelas vides maiores, depois passava para tràs dele atar aquelas que ele jà tinha podado (levàlas o arame) quando se dava uma volta a mais e ela partia , a solução era cortà la logo antes que o artista visse , tambem me lembro bem dos serrotes Xico, pedia sempre ao meu pai para me deixar cortar as sepas, e cheguei mesmo a cortar aquela que era para ficar e deixar a que era para cortar, e claro ai jà sabia que ia levar uma verdoada e não falhava nada . Bons tempos .
    Bom fim de semana

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    1. Tiro-te o chapéu mais uma vez vez David!
      Sabes o quanto gosto dos teu comentários, pois em jeito de brincadeira, trazes sempre boas recordações, ou menos boas, como andar a apanhar vides. Podar era com eles, os "artistas", ora essa!
      Aramar as videiras, tinha que se lhe dissesse, ou nem sequer uma vide ficava com a tua arte: a de partir ,esconder e assobiar para o ar!
      Os "tipos" é que sabiam, com o junco e a ráfia pendurado à cintura, era um ver se te havias, cordão fora!
      A gente, já erámos uns homens (de palmo e meio) e tínhamos aprendido o truque na sacha do milho, que era a "eito" para despachar: cavas um, cortas o outro e às vezes enterrávamos os dois, e tudo ficava perfeito. "Como eles sacham bem; ricos filhos!".
      Trabalho pronto, janta comida, uns tustos que vinham a calhar com a admiração dos pais ao dizerem: "hoje trabalhas-te bem!".
      Bem era para a gente, pois mal eles sabiam...senão, era como dizes, à verdoada,
      Cruzes, canhoto!!!
      Abraço.

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    2. Pois é...numa primeira fase cortam-se as pontas, para facilitar o trabalho ao podador!
      Eu também ajudei a apanhar as vides que se punham em montes e depois de secas faziam-se molhinhos que iriam servir para a fogueira ou forno de cozer. Não era dos piores trabalhos, mas até a apanha das vides já não é como antigamente, agora, dizem-me que já se não se fazem os molhinhos, são logo queimadas na terra, porque agora há muita lenha, logo não é preciso aproveitar as vides.
      Tempos Modernos.

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  18. Podar, atar; a seguir vinha a descava e a temida cava, que dantes era feita no dia 25 de Abril, porque no dia S. Marcos os bois não trabalhavam e escolhia-se este dia para cava das vinhas. Sabiam?
    Nessa altura, comparado com hoje que tanta vinha foi abandonada, dizem que era lindo ver toda a gente a cavar as suas vinhas. Eu soube deste detalhe quando em 2012 fiz o post: "História Antiga: O NOSSO VINHO".

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    1. Permite que te diga.
      Mesmo com o 25 de Abril, voltou-se ao outrora: Continuamos a cavar e descavar as "vinhas" e os "bois" a descansar, já não sob a protecção de São Marcos que foi substituído por São Bento.
      Ao sabor de um copo de vinho e de quem nada percebe da "poda".
      E venha mais um copo antes que as vinhas acabem...

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