Lameira antiga, Forninhos |
Os cidadãos forninhenses nascidos após 1970 desconhecem, em geral, a figura do Regedor, a sua função e a importância que teve, principalmente, nas nossas aldeias, no tempo da "outra Senhora". Pois bem, o Regedor era a autoridade administrativa duma freguesia, cujo cargo foi extinto com a introdução da Constituição da República Portuguesa de 1976.
Como nos anos a que estamos a reportar-nos, não era possível que houvesse a nível da freguesia qualquer autoridade policial, nem mesmo em alguns concelhos, as juntas de freguesia, tomando em consideração determinados factores indigitavam um cidadão que, posteriormente o Administrador do Concelho nomeava.
O Sr. Regedor via-se obrigado a gerir conflitos entre outros cidadãos, quando havia uma discussão em que houvesse pancada, as quais eram frequentes em festas, e muitas vezes actuava determinando a detenção das pessoas em causa até chegar a Guarda; num falecimento, era chamado para comprovar o óbito; quando havia uma transgressão, caso do "acordo do estrume" que pode ver AQUI o regedor tinha de levantar autos de transgressão e em caso de incêndios, convocar a população para a extinção dos ditos; no tempo da II Guerra, não havia comida com fartura, por isso tinha de ser racionada, mesmo que alguém tivesse muito dinheiro, não podia comprar o que quisesse. A cada família era atribuído um número de senhas, que era distribuídas pelo regedor. De um modo ou de outro...a crise sempre existiu.
senhas de racionamento |
Uma outra função do regedor, no tempo da II Guerra, era o controlo da produção agrícola. Os proprietários deviam comunicar anualmente ao Regedor a quantidade das suas colheitas, principalmente cereais, vinho e azeite, sendo penalizados quem o não fizesse; etc...etc...
O Regedor de freguesia era uma figura respeitada ao serviço do Estado, porém não recebia ordenado pelo seu trabalho, que por vezes lhe ocupava o tempo todo, tal como os autarcas locais, ao contrário de hoje, que se representa uma freguesia, com fins lucrativos e benesses que esta democracia lhes serve de bandeja!
Nota final:
Nota final:
A Freguesia de Forninhos teve alguns regedores, os últimos conhecidos foram: Toninho do Aníbal; Eduardo Craveiro, José Matela e ainda devem existir os Alvarás ou Despachos de Nomeação e de Exoneração, só que dá ideia que preferem que estas coisas fiquem escondidas das pessoas que até gostam de as apreciar.
Mas que grande tema!
ResponderEliminarIsto sim, parte integrante da história da nossa terra.
Os Regedores, que nos remetem aos nossos pais e avós, no contar dos problemas do quotidiano e dirimir dos mesmos.
A figura omnipresente, A GNR da altura, o juíz e talvez conselheiro, que pouco recebia a não ser a décima dos agricultores, daqueles que podiam.
Vamos procurar junto dos poucos que com eles conviveram e ainda vivos, histórias e estórias desta personagem.
Este Toninho do Aníbal, para quem não sabe, era o pai do Sr. Herculano.
Junto mais um, o Sr. Alfredinho, que morava no Sítio do Lugar, quem ia para a igreja a sua casa ficava do lado direito e tinha um loureiro enorme.
Recordo, por sair dali o meu ramo para o meu avô enfeitar no Domingo de Ramos.
Pois é verdade, este é um tema que nos dá a conhecer a nossa história colectiva e, ao mesmo tempo, as gentes que por cá habitaram: Sr. Alfredinho, Toninho do Aníbal, Eduardo Craveiro, José Matela e outros mais...
EliminarCom certeza ainda está na memória de muitos os que ocuparam o cargo em Forninhos. O meu tio Zé Matela, por exemplo, exerceu o cargo por muitos anos, era chamado de "O Regedor". Depois dele, foi o Sr. Alfredinho, Toninho do Aníbal e Eduardo Craveiro.
Era interessante saber como cada um exerceu a função, as suas qualidades e defeitos...se houve atritos em Forninhos dignos de registo, etc. e tal...
ainda existem regedores no mundo
EliminarBoa noite, estou a tentar encontrar os registos de um jose matela, que tera ido para o brasil. Era natural de matela, sera o mesmo que refere? Obrigada. Maria santos
EliminarSeria bom termos regedores de volta, em cada bairro!Pode ser que assim as coisa andassem pre frente! beijos,chica
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
EliminarE até ficava mais barato ao Erário Público se voltassem os Regedores!
ResponderEliminarMas já não via-mos a polícia/GNR a passear os óculos e a queimar o nosso gasóleo.
EliminarEram mais uns milhares para aumentar o rol do desemprego.
Que saudades eu tenho da OUTRA SENHORA.
Parabéns pelo tema: merece estudo atento a nível nacional.
Lolol
EliminarMuito Obrigado pela sua opinião, Francisco, mas como sabe em todas as áreas há bons e maus profissionais e os óculos de sol são um dos acessórios que fazem parte da moda nos dias de hoje.
Abr./Paula.
Que interessante, uma pena que se extinguiu essa modalidade de controle e manutenção de boa vizinhança. Hoje os que nos representam mais nos prejudicam que nos protegem. Nos roubam e nos intrigam com a sociedade.
ResponderEliminarAdorei a dica da canja de galinha, tu sabe que minha mãe fazia uma parecida, deve ser herança dos nossos antepassados portugueses. Anotei a receita para fazer, a galinha caipira tem um gosto diferente dessas cheias de hormônio que compramos no supermercado.Estamos tão distante e nosso costumes são tão parecidos.
Bjos e tenha um ótimo feriado.
Ya estoy aquí, de nuevo.
ResponderEliminarHe estado estos días de viaje y, a la vez, descansando. En proximas entradas ya os iré contando...
El día 1 de Julio comenzaré de nuevo con mis Publicaciones en poesiayvivencias...
¡¡¡Gracias por estar siempre ahí!!!
Descansar bien que nos queda una buena caminata hasta Santiago de Compostela.
Abraços.
Passando a conhecer essa função que não sabia que existia naquela época!!
ResponderEliminarAbraços.sandra
Parabéns amiga Aluap, por esta postagem. Você foi longe buscar elementos, quando provavelmente ainda não era nascida, o que não é o meu caso, porque estou às vésperas de completar 88 anos. No que se refere ao racionamento originado pela falta de produtos quando da II guerra mundial, sinto-me totalmente à vontade para fazer este comentário, porque exerci funções na entidade que regulava o racionamento junto à população, dos produtos em falta. Essa falta foi originada pelo auxilio que Portugal, tinha que fazer aos países em guerra, dos quais era aliado. Por causa disso, nós os portugueses sofremos a falta de produtos, especialmente para a nossa alimentação. Pois bem, nessa época eu esta com menos de 20 anos , desempenhei uma função na entidade municipal destinada a regular esse tal racionamento, feito através de senhas que eram distribuídas à população. Sinto-me portanto à vontade para dizer que você está absolutamente certa do que diz nesta postagem. Até a farinha destinada aos padeiros para confeccionar o nosso pãozinho, era controlada por nós. através dessa entidade, chamada Comissão Reguladora de Abastecimento. Felizmente que tudo isso acabou, e que Deus nos livre de voltar a acontecer. Eu sou irmão do Manuel Tomaz, um visitante assíduo de seu Blog, e que gosta de fazer comentários.
ResponderEliminarPois é como diz, no ano que nasci (1970) já não havia senhas de racionamento e muito do que escrevo não o vivi, mas penso, muitas vezes, que se fosse mais velha podia fazer “post´s” mais de acordo com a realidade forninhense, assim, resta-me a pesquisa na “net” e a ajuda de alguns familiares e amigos.
EliminarA si, só posso dizer-lhe MUITO OBRIGADA pelo seu comentário, pois como diz a canção “e na hora do aperto…” todos são poucos para dar uma ajuda.
E “olhe”, em tempos de crise, acho que estas senhas servem para, pelo menos, lembrar que Portugal já passou por crises bem piores que aquela por que passamos agora.
Obrigada mais uma vez pelas suas palavras e um grande abraço meu.
Sempre aprendo algo novo vindo por aqui... Hoje foi sobre os Regedores! GOSTEI!
ResponderEliminarMuita paz e abraços p você e o Xico...
Aí vem essa notícia bem interessante de que não me lembro bem,
ResponderEliminarmas gostei de saber e adorei essa recordação que predomina em si e veio até mim. O Regedor - gostei de saber detalhadamente!
O enconrei em Isa e vim e gostei|
Maria Luísa
Agradeço a sua visita e palavras.
EliminarPaula
Caríssimo Senhor, "Rodavlas", irmão do já nosso caro Senhor seu irmão, Manuel Tomaz.
ResponderEliminarPermita que lhe possa desde já chamar-lhe amigo. Pelo seu testemunho no belo depoimento prestado. E sinceridades, já ancestrais no amor sentidas das raízes do nosso torrão natal.
Também sou filho desta pequena aldeia mas, ainda espero que a terra onde nasci e tive de partir, estudar e trabalhar, ver renascer as suas tradições e vontades.
Um marco para os vindouros, Não um mero registo!
Caro amigo, nos oitentas da minha mãe, não imagina o quão saboroso me soube o seu comentário e a honra que prestou.
Este tema, será sem dúvida uma busca da nossa história que moldou almas, famílias e personalidades.
O Senhor viveu o momento e partilhou!
Estas páginas irão continuar a sua senda de registos e memórias, da nossa pequena aldeia, chamada Forninhos.
Talvez a tantas outras mas, permita, na distância, a saudade trás mais recordações e vivências.
Permita no meu abraço, um grande obrigado.
Esta casa também já é sua!.
Esta aldeia chamada Forninhos, sofreu como todos os recantos do País com o tempo do chamado “racionamento”. Mas não foi só na época a que me refiro, que não havia que comer, outras gerações viveram o racionamento de alguns bens: na 1.ª República e também depois da I Guerra Mundial. De facto, a História regista que até 1921 houve falta de produtos.
ResponderEliminarMas vamos ao/s Regedor/es de Forninhos, a autoridade policial da freguesia. Era a ele que se dirigia as queixas de roubos (até de galinhas), desacatos e era quem devia, se fosse caso disso, chamar a GNR do concelho (ou a mais próxima), intervinha em assuntos de partilhas, competia-lhe repor a ordem e harmonia junto da população da Freguesia, carimbar e rubricar os passaportes de fim-de-semana dos soldados, etc., mas note-se que a parte administrativa propriamente dita, emissão de certidões, obras públicas, etc. era com o Presidente da Junta de Freguesia. Com a extinção do cargo, a figura do Regedor acabou por ser transferida para o Presidente da Junta.
Recorde-se que no Arquivo da Câmara Municipal deverá encontrar-se ainda o/os Alvarás ou Despachos de nomeação e/ou exoneração dos Regedores de Forninhos e eu achava bem que a Junta de Forninhos conseguisse esses documentos e gostava muito de os ver expostos na Sede da Junta e, no futuro, num espaço de memória.
Sei que Forninhos tem uma má relação com as suas coisas, mas é uma pena estas coisas ficarem escondidas e na maior indiferença de todos, particulares e entidades.
Bom seria as pessoas colaborarem naquilo que vem de oferta, na procura da real, antiga e actual, a alma da nossa terra.
ResponderEliminarCompreendo que os mais novos, estejam ausentes do ouvir historias, cenas mais ou menos contadas, por vezes, talvez, abafadas ou distorcidas, as quais poderiam sugerir um apoiar uma das partes.
Nas refregas e bulhas, quase sempre por extremas, desvios de cursos de agua, suspeitas de roubos, em causa estar o bom nome de rapariga, umas reais outras distorcidas ou inventadas. Mas sempre com proposito definido.
Aqui entraria a autoridade judicial e moral do Regedor.
Conciliar e se possivel, evitar julgamentos ou penas. Afinal na terra todos eram primos e primas e havia que salvaguardar a imagem, o mal que era feito, seria uma praga para os pergaminhos da aldeia.
Nem imagino como seria esta figura administrativa, se andava fardado, beneficios e deveres.
O mais proximo que encontro, melhor, encontrava, era a figura do guarda nocturno. Na cidae.
Iremos procurar historias, sabendo que apenas cabe a alguns, a procura que filhos e netos, num dia se irao deslumbrar no imaginario. Mas nao da boca fechada de seus pais.
Do racionamento, presumo que as entregas mediante a senha de cada um, fossem feitas nos baixos da casa do padre.
Margarina, que se cortava em fatias, tipo queijo, uma iguaria que saberia melhor que a actual manteiga.
Na venda do Toninho Bernardo, era vendido na sucapa, um rabo de bacalhau, duro que nem cornos, a quem levasse tantos litros de petroleo.
Ou aos amigos, mais abastados que outras coisas levariam, pagas ou fiadas.
E ainda ha quem tenha saudades desses tempos.
Pobres!!!
Pois. Esta situação levou ao contrabando, que cresceu muito nesta altura. Em Forninhos se uma pessoa cortava um pinheiro no baldio ou se escondia o que colhia, para sobreviver, o Regedor via e multava, mas se calhar os contrabandistas não eram penalizados!
ResponderEliminarMas, claro, a penúria era tal que não admira que as pessoas tivessem de se defender com "esquemas", cada um como podia.
Hoje os esquemas são diferentes dos “ontens”...
No primeiro comentario a este post disse, que grande tema!
ResponderEliminarTem tudo para isso, haja interesse.
Custa perceber o amorfismo desta gente da terra. Parecem proibidos e apetece chamar cobardes por se isentarem daquilo que herdaram dos antepassados, que nao foram apenas terrenos, que valorizam mas, a riqueza cultural nao se cultiva.
Estou na minha vontade de continuar a criticar tudo e todos, falsos, falsas, beatos e beatas. A seita, que nada faz em prol da freguesia a nao ser exibicionismo.
Tanta fartura paga, com reformas ou sem reformas, tenho o direito de imaginar, donde vira o dinheiro.
E o rei vai nu.
Havera familias de Regedores, ja falecidos e historias.
Havera esquecimentos no florar das campas do cemiterio.
Pelas familias e amigos.
Quem foram, fizeram, dirimiram e justica fizeram. boa ou ma.
Houve tragedias por causa de partilhas de aguas.
Quem tomou a iniciativa de dar andamento na causa.
Nas bicas dos pinheiros, passando o que estava definido para a bica, quem julgava.
No obrigar a casar a rapariga da aldeia, que ficava falada ,ainda hoje existe, tal a beatice, como seria feito o acordo.
Pagavam o silencio e nao chegava as orelhas do Regedor.
Nao sei mas gostava de saber.
Como gostava de saber tanta coisa...
Nada me impede de chamar as coisas pelos nomes e apontar, ponderar e dar a minha opiniao.
Prezo, apesar de me expor, sempre dar a cara.
Irei dar, sabem, quem nao deve nao teme e dorme descansado.
Calem/me se quiserem...e puderem!
Ponham os olhos e tenham orgulho nos de fora, que aqui comentam. Digo de fora mas, sao mais genuinos que a malvadez instalada do obscurantismo.
Nao percebo, talvez o Livro me esclarece as duvidas e anseios.
Congenere, possivelmente dos Lusiadas, ja deve ter virado o Cabo das Tormentas e ancorado em S. Pedro, na beirinha da Fonte da Moura!
O pior é que com a distância do tempo, os “maus da fita” são aqueles que fazem a história! Tirando as questões de heroísmo, dos grandes feitos, se pegamos em dois cidadãos comuns, passados muitos anos aos historiadores, torna-se mais interessante aquele/a que quebrou as regras.
ResponderEliminarMas isto tudo já tu deves saber.
Quanto à participação dos forninhenses (ou falta dela) é uma questão de hábito e sensibilidade.
E, deixa lá o resto...o Blog envolve conhecimentos mais aprofundados do que muita coisa que o "Livro" vai exibir. Tenho a certeza!
O resto ja deixei...
ResponderEliminarApenas, este teu blog caminha para QUATRO ANOS!
Come e anda sozinho, sem andarilhos.
Foi uma honra muito grande, para mim, aqui ter cirandado, mas se calhar cirando de mais.
Cara amiga Paula, como se escreve uma memoria sem sentimento, por encomenda, se calhar mais umas semanas de atraso para escalpelizar a figura do Regedores.
Ja chamei a essa coisa, A Terra dos Nossos Avos Roubados.
Agora sugeria> Esta Foi e Ainda Sera a Nossa Terra.
Enxerguem/se.
Mas a história é mesmo assim, existem os bons e os menos bons, se não existissem os menos bons os bons não seriam recordados , terá que haver duas mãos para se dar um passou bem, quanto à racionalização lembro-me do meu pai dizer que o que mais lhe fazia e causava dor, era ver pintado nas laterais dos comboios o seguinte "SOBRAS DE PORTUGAL", eram vagons cheios de alimento para os aliados, quando os portugueses passavam mal.
ResponderEliminarEra mesmo uma pobreza completa!
EliminarSabes que para alguns bens havia uma espécie de requisição estatal que se destinava a garantir que Portugal exportava para a Alemanha e para a Inglaterra uma determinada quota de pescado e de metais como o volfrâmio, por exemplo.
E eu que sempre ouvi falar do tempo que uma sardinha era para três, nem sequer sabia que isso se devia ao racionamento, pensava eu que era porque não havia dinheiro para comprar sardinhas para todos!!
Mesmo a produção agrícola, que era confiscada pelo Estado, segundo se conta, ia para a tropa e para a Inglaterra e para a Alemanha.
O regedor era um elemento do povo que tinha como função de controlar dentro do que lhe era permitido o bom funcionamento da terra em que estava inserido, o Sr. Francisco deve problemas para com as autoridades, se calhar gostava de ter pertencido a alguma força policial, mas por algummoti o viu negado a sua entrada, eu fui militar da GNR, na qual serei com muito orgulho e prazer, andei a passear os óculos dia e noites a fio para que esse senhor pudesse dormir um pouco mais descansando, mas sabe onde e a quem apresenta uma queixa quando as coisas lhe corre menos bem.
ResponderEliminarPara mim Regedor significa informador do governo, tal como era polícia do governo no tempo da outra senhora (PIDE), os tempos mudam as vontades também, até nós próprios.
Sobre este assunto nada mais.
Olha amigo,achei bonito a defesa da tua dama.
ResponderEliminarChapeu tirado.
Passei por isso da OUTRA SENHORA.
Agora, nao patuo com salazarismos. Ainda por cima de quem se calhar passou fome, alguns a fugir das autoridades.
Riqueza facil, mas nao esclarecida.
Admirei a tua frontalidade,nao digo coragem por quem dever nao temer.
Sei que por vezes me estico nos comentariosmas, temem, sei la...
Eu tambem me sinto um pouco do rio Nabao e rio Dao.
Mas, tenham respeito e nao confundam a arvore com a floresta.
Oi Aluap
ResponderEliminarAchei seu blog em outro blog, e fico feliz em ser sua centésima seguidora. Muito interessante seu blog, ele é muito peculiar, contando a história de um povo. Gostei muito!
bjos.
http://ashistoriasdeumabipolar.blogspot.com.br
Olá Luciana, antes de mais parabéns.100 seguidores é uma marca significativa para um espaço como o nosso que liga o presente ao passado.
ResponderEliminarObrigada pela visita e por nos seguir.
Bjs**
Lembro-me de chamarem ao Sr. José Matela de Sr. Regedor. Nasci em 1966 mas não me lembro das senhas para comprar a comida, lembro-me da minha mãe receber uns sacos de leite em pó, não sei se esse leite era comprado com essas senhas ou não.
ResponderEliminarMaria,
EliminarEu acho que era nos postos da Intendência que as pessoas recebiam os bens, mas se calhar também iam às casas das pessoas saber das necessidades…não sei…nem se será a mesma coisa.
Mas o Estado Novo, também chamado salazarismo, foi só derrubado no dia 25 de Abril de 1974, após 41 anos de vida.
Xico, vi teu comentário e desejo que tenhas melhorado e a tristeza te deixado! abraços, linda semana,chica
ResponderEliminarPassando para te desejar uma boa segunda.
ResponderEliminarAbraços.Sandra
Paula e Xico,
ResponderEliminarMais um grande aprendizado sobre a história de Forninhos.
Vim desejar uma linda semana pra vocês!
Abraços
Paula e Xico, obrigadão pelos lindos comentários lá no Céus...
ResponderEliminarabração,ótimo JULHO e tudo de bom,chica
Quem sabe não venhamos a ter mais elementos sobre este tema.
ResponderEliminarAbaixo a solicitação que enderecei à Câmara de Aguiar.
"Sou natural da freguesia de Forninhos, pertença deste concelho, Aguiar da Beira.
Vi no Blog dos Forninhenses, que presumo conhecerem pela sua vitalidade em prol da região, o tema "O Regedor".
Em termos culturais e registo de uma época muito própria, venho desta forma e como comum cidadão, solicitar a essa excelentíssima Câmara, o facultar, caso existam, elementos que deverão constar no Arquivo Municipal, acerca da nomeação e exoneração dos Regedores da freguesia de Forninhos.
Grato pela atenção dispensada, me subscrevo.
Francisco de Almeida".
Boa tarde Paula e amigos de Forninhos, estive ausente apenas um dia e foi o suficiente para deixar escapar esta pérola! Vivi na minha aldeia até aos treze anos e desconhecia por completo que as atribuições do Sr. Regedor eram incumbência do Estado e assim tão alargadas, agradecendo desde já estes preciosos esclarecimentos. O Sr. Regedor era na verdade uma figura de respeito, porque Sr. não se chamava a qualquer pessoa. Só mesmo a quem tivesse cargos "importantes"! O Regedor da minha aldeia era um senhor com ar distinto, católico praticante por quem se nutria muito respeito. Engraçada era a forma como ele comunicava as notícias de perdidos e achados que ao fim das tardes de verão ele emanava do seu gigantesco funil, para melhor fazer ecoar a sua voz pelas várias colinas de que a minha aldeia é formada. Porque se tinha perdido isto ou encontrado aquilo, habitualmente apetrechos da faina agrícola. Então o Sr. Regedor lá ia dizendo "Povo de...perdeu-se isto ou encontrou-se…” e nós lá íamos a correr para junto dele para melhor o ouvir:))! Lembro-me também de um dia tinha eu dez anos em que convocou o povo para dar a notícia do falecimento de um militar no Ultramar! Foi chocante e para mim traumatizante, porque conhecia muito bem a pessoa em causa. Não vou falar em coisas tristes, mas antes enaltecer este vosso trabalho digno de louvor. Beijinhos e viva o mês de Julho e os cerejais.))! Ailime (desculpem se me alarguei) Já pensaram em criar um jornal da vossa aldeia?
ResponderEliminarAmiga Ailime,
EliminarQuanto gratificantes as suas palavras, as quais tive o gosto de agradecer na sua pagina.
Pormenores que na coragem e dedicacao devem ser divulgados.
Uma aldeia pequena, como a nossa e ja parte sua, jamais aceitaria um jornal.
Seria desde logo conotado por... incomodo. Fica aqui no dia a dia, e quem sabe, fazer um apanhado e publicar em livro.
Falamos e tentamos desvendar, na iniciativa da Paula, no carinho e gosto dos que acompanham, o recuperar da nossa bela historia, mitos, tradicoes.
No fundo, a nossa alma forninhense.
Mas real!
Obrigada, Ailime.
O Amor é complexo, mas é lindo,
ResponderEliminarmuito lindo! Quando ele .
Acredite no Tempo, na Amizade,
na Sabedoria, e principalmente no Amor.
A verdadeira amizade supõe um pacto de fidelidade,
uma capacidade de dar sem esperar resposta.
Em nome desse amor , que estou aqui hoje.
Um dia especial..especial de verdade.
O aniversário da minha pricesa(Lara)
por isso venho convidar para uma visita no meu blog.
Uma semana abençoada e na paz.
Beijos no coração ,Evanir
Amigo, muito obrigada pela sua presença como meu seguidor.
ResponderEliminarSe verificar, figuro, a partir de hoje, como sua seguidora aqui.
Abraço
Ola Nina,
ResponderEliminarSou simplesmente blogueiro, na partilha do que recordo e vou procurando.
O merito tem nome, Paula.
Quem gosta, tem coragem e carinho pela terra, colabora.
Obrigada por vir.
No seu blog tem o tema sobre o linho.
Fica a deixa, O blog dos forninhenses, etiqueta O Linho, postado em 14 de Abril, tem que ver!
Portugal antigo, nao esquecido no presente.
Abraco.
Una Figura muy importante, en su momento, para la buena marcha de la población.
ResponderEliminarAquí, en España, una figura parecida sería la de Juez de Paz.
Muy buen y romántico Post.
Abraços.
Ola querido amigo Xico!
ResponderEliminarPois é, tem o condão de me despertar infâncias e sorrisos à mistura.
Tive um tio que era o regedor "vitalício" da freguesia! O pior era quando apreciam cabeças partidas por causa das águas...
E eu fugia com as cenas caricatas
Muito obrigada pelas palavras sempre simpáticas
Beijinho grande
Manuela amiga, posso despertar infancias na sua pessoa mas, a senhora, como escritora, transmite de forma sublime a sua poesia.
EliminarA cena de cabecas partidas por usufruto de aguas de regadio.
Tambem de miudo, ouvi contar uma tragedia ocorrida em Forninhos.
Alguem matou outrem com uma sachola. Por lhe cortar a agua para o terreno!
Claro que meteu o Regedor.
A agua era vida e neste caso morte.
Sei a historia e contornos apesar de decadas decorridas e ouvidas de gente de idade.
Nao seria de bom tom contar, de uma forma ou outra fica o dever de pensar porque se ceifa a vida de alguem. E julgar aqueles, apenas por quem passou e viveu. Nao atiremos a pedra...
Claro qe choca imenso.
Beijo.
Passando para dize olá e aguardando post novo!!
ResponderEliminarAbraços.Sandra
Conta-se que o Regedor, à altura, valia mais que nos dias de hoje, um presidente da Junta.
ResponderEliminarAté podia dar voz de prisão.
Os prevaricadores eram acusados na Câmara.
Os cães tinham de ter registo e os donos pagarem.
Quem tivesse uma vitela, tinha de pagar o equivalente a meia-geira de trabalho braçal de cavador de enxada, senão o Regedor dava parte.
Tudo controlava e julgava a seu modo.
Deve ter havido bons e malvados.
Como ainda agora.
Também acho. Mas eu nunca ouvi alguém de Forninhos dizer "fulano" foi um "bom regedor". O que me dizem é que eram bons para uns e maus para os lavradores!
ResponderEliminarO meu avô Cavaca, sei que foi multado pelo Sr. Regedor, por cortar estrume no baldio e o mais injusto para mim era esse dia de cava que ele tinha que dar ao Senhorio!
O meu querido avô trazia de renda os Romeiros do Sr. Amaral e tinha de pagar os alqueires de centeio pré-estabelecidos pelo arrendamento, muitas vezes o que tirava daqueles terras não chegava, mas além de encher de cereal as tulhas do “Armazém”, ainda era obrigado a dar-lhe um dia de cava, caso contrário o Regedor da Freguesia de Forninhos, de imediato, fazia queixa ou "informava" sei lá quem...
Ele, claro, procurava cumprir o dever, mas pode dizer-se que os regedores não poupavam os lavradores!
Facistas!
De acordo. Curiosa essa "obrigação" de dar um dia de cava.
ResponderEliminarTempos cruéis em que as pessoas não podiam ser elas próprias, obrigadas a viver no medo, como se não bastasse já o sacrifício do dia-a-dia.
E quando o Regedor estava encostado ou protegido pelo ricaço, mais importante se achava e mais receios metia.
E ainda há quem tenha saudades desses tempos...
Só de velhacos ou atrasados mentais!
Apenas um pequeno esclarecimento sobre o termo "cava" que a Paula menciona.
ResponderEliminarRelaciona-se com a vinha e tem a ver com o cavar com enxada a terra para a aproximar dos troncos das cepas.
Feito por norma na primavera, era um trabalho caro e violento.
Daí o ditado "a vinha escave-a quem quiser, pode-a quem souber e cave-a o seu dono".
Isto para distinguir do vinho espumante espanhol, similiar ao champanhe francês, que é denominado por cava.
A "nossa" cava era outra, brindada com suor!
Boa tarde.
ResponderEliminarBons comentários já aqui foram feitos, mas outros ...
Aqueles que andam a passear os óculos, como diz o Sr Francisco, isto possilvelmente será o que ele faz.
Há aqueles que trabalham seja onde for e que não usam óculos de SOL para ficar bonito, será o caso?
Muitos de nós usamos óculos porque a saúde assim nos obriga.
Obrigado "Sr. francisco"
Do perfil dos Regedores, apenas um em especial me vem na memoria.
ResponderEliminarO Sr. Alfredinho, amigo de meu falecido pai e que entre eles se tratavam por Xara, ambos eram Alfredo.
Ainda o meu avo Francisco era vivo, vinhamos da missa de domingo e passavamos junto a sua casa, quando nao vinhamos juntos.
Uma hora de conversa, ou mais, entre o apeguilhar de qualquer coisa, um copo para os homens e um bolso de guloseimas para mim.
Era miudo mas, recordo. Ainda vinha agarrado ao casaco do meu pai.
Depois mostrava na despedida ao meu pai e avo, a guia de loureiro que estava a mim destinada para o arco de Ramos.
Recordo/o como uma poessoa boa.
Pelo menos para mim.
Um muito bom dia para os contribuidores e amigos bloguistas que comentaram "O Regedor". Bem-haja.
ResponderEliminarAinda bem que por vezes um tema traz algumas recordações de pessoas e factos...e uma enormidade de interpretações...!
Não conheci o Sr. Alfredinho, nem o marido da tia Olímpia, Toninho do Aníbal, mas conheci muito bem o meu tio José Matela e o tio Eduardo Craveiro. Eram pessoas diferentes das "novas pessoas" porque os tempos também o eram!
Mas se era melhor haver um Regedor...era pior? Não sei...sei é que neste momento vivemos um momento complicado e tal se deve a uma geração que virou isto de "pantanas".