Foi nesta Segunda-Feira que na Fonte Fria, localidade perto de Forninhos se celebrou a festa da milagrosa Santa Eufémia. Este Santuário, tal como o de Nossa Sra. dos Verdes em Forninhos, é palco de romaria duas vezes por ano, e hoje cá estamos a fazer a procissão em sua homenagem. Diz o povo que esta Santa apareceu no monte do milho (vide monte ao fundo) e que a trouxeram para o sítio onde hoje se encontra, mas ela voltou para o monte do milho. O povo voltou a trazê-la e esta voltou para o monte, então para que ela não voltasse, prometeram-lhe duas festas por ano e, assim, ela ficou. Por isso ainda hoje se fazem as festas prometidas, no dia 16 de Setembro (o outro dia é na Segunda-Feira da Páscoa).
Vem gente de toda a redondeza
cumprir as suas promessas
Também vêm os pastores fazer romaria com o seu gado,
para que Santa Eufémia o proteja
Não faltam também os cavaleiros
Depois das promessas cumpridas, segue-se o farnel, e que bem que sabe ao ar livre
A seguir, quem sabe canta, quem não sabe ouve.
Fotos e Texto: Eduardo Santos, que também usa "ed santos".
Que linas fotos e a festa deve te sido linda, como o dia ,de céu azul! beijos,linda semana,chica
ResponderEliminarBem haja amigo Eduardo por este artigo, eu ainda tentei mas ando com problemas nos meus blogues!
ResponderEliminarUm grande abraco de amizade para si e todos os forninhenses.
Amigo Al, bem gostaria de o ver por cá e trocarmos algumas impressões sobre as crenças do nosso povo.
EliminarOutro grande abraço para si.
Bom dia.
ResponderEliminarNeste dia todos os caminhos vão dar á Fonte Fria.
Os de Forninhos não faltam e, como sempre, por lá andavam muitos.
Em amena cavaqueira, contou-me uma forninhense de um milagre que esta santa lhe fez, e contou-me com tanta convicção que me levou a acreditar.
Diz esta senhora, que é da minha geração, que: Em certa altura, já há alguns anos, nasceram-lhe uma certa quantidade de cravos no corpo, consultou o médico e de nada lhe valeram os medicamentos, recorreu á S.ta Eufémia, e que no dia seguinte não tinha cravo nenhum.
Assim, todos os anos lá vai levar a esmola prometida e que tem de ser tudo branco e recolhida em nove casas.
Já outras pessoas me falaram dos milagres desta santa.
Quando o povo tem fé, e a crença é grande, os milagres acontecem.
Olá Paula!
ResponderEliminarÉ bom saber mais esse detalhe/festa da sua terrinha...
Imagino que foi bem animada e alegre! Boas fotos, querida...
Um beijo e um abraço...
Muita paz...
Preciosa Romería a Santa Eufemia que es muy similar a las que se celebran aquí, en el Norte de España, en Galicia y Asturias.
ResponderEliminarMomentos de Fe, compartir en familia y con la Naturaleza...Nunca se deben perder estas buenas costumbres.
Abraços e beijos.
Olá, tudo joia?!
ResponderEliminarEstá lindo seu blog, já estou te seguindo...
Segue o meu tbm, eu iria adorar!!!
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Sucesso para você!!!
Bjo
A Festa de Santa Eufémia é das mais importantes da redondeza de Forninhos. Fui lá algumas vezes e quase sempre a pé.
ResponderEliminarAquela que mais me marcou, aconteceu há 52 amos; foi precisamente no dia 16 de Setembro de 1961; a minha irmã Augusta "Joana" tinha-se casado há 2 dias com o Alfredo Moreira; demos corda aos sapatos e lá fomos os três pelos atalhos até à festa. Quando estávamos a saborear os petiscos da aldeia debaixo dos pinheiros, eu liguei um rádio de pilhas, que naquela altura era uma coisa rara, sintonizei-o na Emissora Nacional, que naquele dia transmitia uma hora de música popular portuguesa; quando as pessoas do baile a começaram a ouvir, largaram as concertinas e as gaitas de beiços e todos bailaram ao som da música do rádio.
Um abraço a todos.
Pois... amigo João, o casal Alfredo/Joana, passados 52 anos lá voltaram, desta vez só os dois e não foram a pé, hoje ninguem vai, mas nãqo faltaram, e eu tive muito prazer em travar a amena cavaqueira a que me refiro. E olhe que, ainda cantamos ao toque de uma concertina que veio até onde nos encontravamos no pinhal.
EliminarSão estes momentos que vão animando as nossas vidas, recordando passados e que nos tornam felizes.
Segunda da pascoela do próximo ano, há mais.
Para além da parte religiosa há sempre a parte profana...as barracas de comes e bebes, as barracas de recordações, tendeiros de roupa e calçado, etc... e eu ainda me lembro do coreto onde uma filarmónica tocava e alguns pares dançavam.
EliminarSem esquecer o baile, à noite, na 'Casa do Povo' da Matança.
Bons tempos!
Pois é, as barracas vieram substituir o mercado onde se vendiam alguns dos produtos da colheita, como feijão e centeio, mas obretudo semente de erva porque é a altura de se semear, ou melhor, era, porque agora pouca se semeia.
EliminarDiz o povo que Santa Eufémia é das santinhas mais milagrosas e é comovente ver nos seus dias tantos devotos em volta da capela e ‘montes’ de flores, principalmente cravos ao redor de Santa Eufémia, considerada uma protectora da pele. Não se sabe quantos milagres já fez, mas com certeza muitos, pois as pessoas continuam a prometer e dizem ter sido atendidas.
ResponderEliminarMas algumas pessoas dantes iam (ou vão) cumprir suas promessas em outros dias. Eu ainda me lembro vivamente duma promessa de uma Sra. que residia em Lisboa, chamada Beatriz, que juntou 9 meninas (eu inclusive) que vestiu e calçou, oferecendo-nos um vestido branco com florizinhas e sandálias beje claro. Era criança, mas lembro-me ensaiar uns versos na casa da tia Esperancinha e todas de igual e c/ um raminho de flores, ir à Capela de Santa Eufémia, julgo que num Sábado. Após a novena a pessoa foi atendida pela milagrosa santinha.
A Sra. Beatriz era familiar da tia Esperancinha e foi para mim uma experiência única.
Diz o povo, e este lá tem o seu saber, que o que se dá á Santa Eufémea tem de branco, assim eram brancos os cravos eram brancos os ovos que lhe davam e tambem o feijão branco,mas o mais importante eram as moedas brancas, só que noutros tempos havia poucas.
EliminarBem-haja Sr. Eduardo pelo 'post' e ainda bem que divulgou a 'lenda', pois eu desconhecia que Santa Eufémia apareceu no monte ao fundo. É uma lenda muito parecida com a da Nossa Senhora dos Verdes.
ResponderEliminarE, o andor ia lindo. Era isto que eu gostava de ver na procissão em homenagem à Senhora dos Verdes, no dia 15 de Agosto.
Um abraço meu.
Olá Paula.
Eliminarnao conheço a lenda da Sra. dos Verdes de Forninhos, a nao ser a da praga dos gafanhotos.
Quanto aos andores, é sim um exemplo a seguir, nao só este estava muito bem enfeitado, mas tambem todos os outros, vou enviar mais fotos, nao só dos andores, mas tambem do interior da capela, que está tambem muito bonita.
Este ano, por acaso, consegui ir à festa da Santa Eufémia na 2.ª F a seguir ao dia de Páscoa e estive no interior da Capela que achei também muito bonita. Calhou nesse dia chover, mas gostei muito de lá ir e até conversei com um Sr. mordomo sobre o culto a Santa Eufémia, tendo-me dito que a antiga imagem deixou de ir na procissão depois de restaurada, pois as pessoas gostam de tocar na "pele" da santa e para evitar novo restauro (que não é barato) agora têm uma réplica. A imagem antiga fica no altar.
EliminarA lenda. O começo da lenda da Senhora dos Verdes conta que uns caminhantes detiveram-se para matar a sede numa fonte e enquanto bebiam repararam numa bonita imagem de Nossa Senhora, como colocada ali ao lado. Acordaram em procurar a Igreja da povoação para a deixar, pois de lá devia ser. Assim fizeram. Misteriosamente, a imagem desapareceu, voltando a ser encontrada meses mais tarde na mesma fonte (...) O povo interpretou a vontade da Senhora em estar naquele local, erigindo uma Capela.
Séculos mais tarde, é que uma terrível praga de gafanhotos assolou as culturas.
Há quem conte esta lenda, mas em vez da fonte, seria um ribeiro, quem sabe o ribeiro que corre nos lameiros da parte de baixo da nossa Capela?!
Quando era pequena ia com os meus pais à festa da Santa Eufémia, também chegamos a levar o farnel para depois lá comermos no pinhal, sabia tão bem comer ao ar livre. Depois de sair de Forninhos nunca mais fui à Santa Eufémia.
ResponderEliminarLindo post este amigo Eduardo, após ter lido comentário sobre o "milagre" dessa senhora de Forninhos, fico na ideia que tem por base muitos outros "milagres" ocorridos um pouco pelo nosso pais, mas como diz e bem, quando a fé e a crença é grande, tudo acontece.
ResponderEliminarPor acaso foi lá uma vez mas há muitos anos, ainda a minha sogra estava entre nós, já nessa altura se encontrava bem conservada mas ainda não tinha as pedras lisas, para que os crentes possam pagar as suas promessas de joelhos.
È verdade amigo João, os milagres podem ter acontecido ou não, não estou á altura de discutir isso, mas estes, narrados pelas pessoas simples do povo: as suas lendas que foram transmitidas de gerações em gerações, podem e devem ser preservadas e tidas com muito respeito, fazem parte da cultura de um povo, que, embora não soubessem escrever uma letra ou um numero, mas sabiam o seu valor. Lá tinam os seus saberes.
ResponderEliminarQuanto ás pedras, ou cubos de granito em volta da capela, pode ser muito bonito mas não concordo por ser mais uma borracha que apagou um pouco do passado. Por exemplo, abordei o pastor que guardava este rebanho e perguntei-lhe porque não pegava (era o brio do pastor quando corria á frente das ovelhas até pegar a ultima, desviava-se e ficavam á volta da capela a correr sozinhas) o seu rebanho, disse-me que o não podia fazer porque puseram as pedras e o gado a correr escorregava. Por isso eu digo: aos poucos vão acabando as nossas tradições.
Depois culpa-se o Estado Português, é mais fácil, mas não é só o Estado que acaba com as tradições, é também a Igreja e o povo que é submisso! E para mim esta submissão nada traz de positivo.
ResponderEliminarEu também sou uma que não concorda, nem sequer acho bonito ver passeios em paralelos à volta das Capelas, em especial, na da Nossa Senhora dos Verdes, mas...esperamos que consigamos manter algumas tradições...e algum património natural construído!
Que linda cidade e seu povo maravilhoso. Uma bela festa e os carneiro na ruas me encantei. Obrigada por compartilhar sua tradição, essas festas religiosas se comemorava aqui, mas faz tempo que não participo de nenhuma.
ResponderEliminarBjos e tenha um ótimo dia.
Parabéns, belíssimo post, lindas imagens.
ResponderEliminarTambém tenho recordações desta festa e da outra.
Miúdos, lá íamos a pé, calcorreando caminhos em direção aos Valagotes, passando pelo moinho do Moleiro e depois era ao fim ao cabo mais uma festa, a não ser para quem ia na sua devoção cumprir as promessas, milagrosamente contempladas.
Sinceramente não conheço ninguém milagrado, mas acredito. Porquê não? o respeito é muito bonito.
Nesta de Setembro, o que para nós já espigadotes imperava, sem menosprezo pela fé de quem a tinha, era o bailarico junto ao pelourinho.
Entre anseios, paródia e namoricos, era sim a Santa Eufémia.
Curiosamente quando lembro a "chalaça", para onde vais?, vou para a festa(alegria sentida no rosto e palavras), donde vens?, venho da festa (a tristeza imperava, não me chateiem).
Era o quase terminar das festas das redondezas, em que com saudade pedíamos que viesse rapidamente a NOSSA, a mais linda da região: Nossa Senhora dos Verdes!
Essa sim, com respeito, merece e merecerá sempre a minha devoção.
Olá Paula, maravilhosa a sua reportagem sobre essa festa em honra de Santa Eufémia! Que linda a Igreja! E o desfile dos pastores e outros um momento único! É lindo que se mantenham essas tradições para que a alma do povo perdure mostrando aos mais novos como eram os tempos passados e como a presença de Deus era a força que conduzia os homens e mulheres nesses tempos tão difíceis, mas saudáveis. Um beijinho Ailime
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