Hoje voltei à minha pasta de memórias e de lá retirei 3 momentos de um dia de festa, 15 de Agosto de 1977, do tempo em que os andores eram bem conseguidos e fazê-los era um acto criativo e de convívio, pois nesse tempo todos por ali cirandavam a ajudar.
Houve uma época, em que os andores da Senhora dos Verdes e da Senhora de Fátima, eram decorados apenas com verdura.
Lindo, com a sua aparência leve, a dar o devido destaque à figura da Nossa Senhora, que parecia ter acabado de ali pousar.
As pastorinhas são a Alzira e a Céu e o pastor é o Quiel. Na foto está ainda um menino da Cruzada, o meu primo Miguel, que está com ar de quem observa atentamente o que se vai passando.
Fotos: Festa N. Sra. dos Verdes, 15.AGO.1977, 1.º ano que foram os tractores, Cortesia da família Guerrilha.
Estão muito bonitos.
ResponderEliminarParabéns á Céu , Alzira e Quiel. Parecem naturais, hoje é tudo muito diferente, mas é uma pena não se tornar a fazer como nesse tempo.
Há imagens que sempre tiveram lugar na procissão do 15 de Agosto, é o caso da Senhora de Fátima.
ResponderEliminarPara mim é sempre um prazer ver e publicar fotografias como estas, trazem sempre boas recordações de gentes e de épocas; e para que não fiquem no esquecimento, por aqui continuaremos a falar destas festas que tinham uma certa magia e que todas as crianças ansiavam poder participar nos andores. Todos vivíamos estes momentos com muita intensidade!
Pessoalmente gosto mais de ver os andores ornamentados com flores naturais, do que com qualquer tecido ou fita colorida.
- O de N. Senhora dos Verdes deveria voltar a ser enfeitado com as coisas verdes da terra.
- O de N. Senhora de Fátima deveria voltar a ser ornamentado de forma simples, apenas com a azinheira e acompanhado dos 3 pastorinhos.
P.S: A Alzira, Céu e Quiel estão simplesmente,
ResponderEliminarM * A * R * A * V * I * L * H * O * S * O * S *
E aquelas "santinhas" de açucar que vendia a Tia Isaura"?
ResponderEliminarE a imagem de Nossa Senhora dos Verdes que os homens dobravam e colocavam no chapeu?
E as bebedeiras de "alegria", que começavam com a Moradia, passavam pela Matela e acabavam entre os de Forninhos?
Era uma festa...
E os beijinhos de açúcar multicoloridos?
ResponderEliminarE as bolas suspensas por um elástico para fazer vai-vem?
E os brinquedos que davam um colorido à bancada e que faziam a delícia da garotada e torravam a paciência dos nossos pais?
E...
a emoção de encontrar uma cana de foguete?
Sorte de todos aqueles que tiveram oportunidade de conhecer esta emoção, porque hoje vivemos na era das proibições do uso dos foguetes...já lá vai o tempo que os fogos de Verão eram tão escassos que não davam lugar a proibições do fogo nas nossas festas e se houvesse sinal de fogo era de imediato apagado com enxadas e braços solidários que logo acodiam.
Estão todos geitosos,as pastoras e o pastor,quanto aos doces que se vendiam,tambem me lembro das cavacas,eram tão duras e do bolo teixeira,que eu não gostava nada e cà entre nos acho que quase ninguem gostava mas como não havia mais nada,là tinham que ir aqueles.
ResponderEliminardÁ SAUDADES! NÃO É?
ResponderEliminarTUDO PASSA RAPIDAMENTE, O TEMPO VOA...CABE A NÓS CUIDARMOS DA NOSSA HISTÓRIA E NÃO DEIXARMOS QUE SE PERCA NESTA CORRIDA...
BJS
TINA ( MEU CANTINHO NA ROÇA)
Decerto que vivemos tudo com muita intensidade e muita energia! O tempo não pára e nesta foto tínhamos todos menos uns 33 anitos, anda por aí, e eu hoje aprecio muito o dia 15 de manhã, quando se ouve a banda nas ruas da Lameira. O toque da banda anima as ruas e chama o povo, que aplaude. É muito bonito :)
ResponderEliminarMas o verdadeiro ex-libris das nossas festas ainda são as Procissões, embora a Procissão em honra da Senhora dos Verdes “já não é nada do que era” e esta é daquelas expressões que merece reflexão, porque quando se conclui que já não é o que era, é porque falhou a passagem de testemunho ou os conteúdos culturais foram adulterados, alterados ou até destruídos. Seja nas festas Religiosas, nas festas dos Santos Populares, Magustos, festas Natalícias, as tradições é que fazem um povo, são as tradições que contam a história de um povo, situa-nos numa cultura e, quando partilhada, identifica-nos como membros de uma comunidade.
Manha cedo, a primeira salva de foguetes, ou fogo, termo mais usado.
ResponderEliminarPouco apos, ainda com o ladrar estremunhado dos caes e o panico dos galinaceos, ouviam-se os primeiros acordes da banda de Vilar Seco, a prestar a homenagem aos Srs. Mordomos.
As maes no lufa-lufa, havis as filhoses para fritar, o lume para deitar ao forno, porue nesse dia, acreditem, tanto ia de cabrito como de galo... era um regalo!
O meu pai, o Ti Guerrilha, o Ti Antonio Carau mais o Ti Esmael, ja iam molhando o bico e antecipavam a procissao de adega a adega.
Ainda serios....
Eis que passa na Rua do Ribeiro, descendo o Outeiro, a banda e mais uns foguetes!
Na frente, o Sr. Figueiredo, com a sua gravata preta de elastico no colarinho, ele que conhecia bem Forninhos (trabalhou para o Sr. Amaral)e era o Mestre da banda.
Os quatro Senhores atras descritos, encabeçavam a Banda e era um sarilho para cgegarem a casa.
Era dia de Festa e prometia...
Ao reparar nestas fotos, faz-me lembrar um passado, passado recente ainda vivo nas nossas memórias, dos mais velhos, claro, em que a simplicidade era a virtude destas gentes.
ResponderEliminarHoje, a tecnologia veio, de certo modo, alterar um pouco este modo simples de viver.
Como se constata pelo ornamento destes andores, não é preciso muito dinheiro para se fazer coisas bonitas, basta imaginação, bom gosto, e, sobretudo participação e união.
São fotos, que sem falarem, também fazem história que se deve registar antes que se perca.
Agora ficam aqui publicadas e, assim, quem visitar este cantinho fica também a conhecer estas fotografias que revelam a evolução desta festa e que também são um pouco da História de Forninhos, que é sempre bom saber e que importa não esquecer.
ResponderEliminarAs nossas coisas merecem sempre destaque e se houve alguém que registou estes 3 momentos, devemos dá-los a conhecer e deles termos orgulho.