Seguidores

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

EM BUSCA DO PASSADO...


Aguiar da BeiraForninhosReferência: PT/ADGRD/PAGB07

Titulo: Paróquia de Forninhos [Aguiar da Beira]

Datas: 1634 - 1911

História Administrativa: Povoação e freguesia de Santa Marinha, concelho de Aguiar da Beira.
Por decreto do Rei D. Carlos, de 26 de Junho de 1896 foi anexada ao concelho de Trancoso, pois o concelho de Aguiar da Beira foi suprimido pelo mesmo decreto. Mais tarde, com a restauração do mesmo, por decreto de 13 de Janeiro de 1898, Forninhos passou novamente ao concelho de Aguiar da Beira.

Dimensão e suporte: 164 liv; papel e mf

Nível de descrição: Fundo

Nome do produtor: Paróquia de Forninhos

Fonte de aquisição ou transferência: Documentação (originais) proveniente da Conservatória do Registo Civil de Aguiar da Beira e incorporada neste Arquivo Distrital em 17 de Abril de 1986, 04 de Março de 1992 e 7 de Junho de 2002. Os duplicados foram incorporados no Arquivo em 2 de Novembro de 1992 e a 30 de Junho de 1994, provenientes da Conservatória do Registo Civil da Guarda.

Âmbito e conteúdo: Constituído por livros de registo de baptismos, casamentos e óbitos.
Condições de acesso: Comunicáveis, excepto os documentos em mau estado de conservação

Instrumentos de Descrição: Inventário toponímico por freguesias; Inventário Colectivo dos Registos Paroquiais, vol. I, AN/TT, Inventário do Património Cultural Móvel, 1993, p. 186 – 260; calm

Sistema de organização: Ordenação cronológica por série documental

Existência e localização de originais: Os livros de Registo de Baptismos (1634 - 1696, 1699 - 1847); Registo de Casamentos (1635 - 1849) e Registo de Óbitos (1635 - 1760) encontram-se no Arquivo Distrital de Lisboa.

Existência e localização de cópias: O Arquivo Distrital da Guarda possui o rolo de microfilme nº 623/004, no qual se encontram os Registos de Baptismos (1634 - 1696, 1699 - 1847); Registos de Casamentos (1635 - 1849) e Registos de Óbitos (1635 - 1760).

Originais U. I. Duplicados U. I.

Registo de Baptismos 1627 – 1899 02 liv/mf 1864 – 1910 34 liv/mf

Registo de Casamentos 1626 – 1911 03 liv/mf 1860 – 1910 46 liv/mf

Registo de Óbitos 1633 – 1911 03 liv/mf 1860 – 1910 50 liv/mf


Consulte o inventário para esta freguesia.

7 comentários:

  1. Caros amigos da n/terra,

    Pretendo apenas facultar algumas fontes de pesquisa e consulta, para os mais curiosos, independentemente das idades.
    Ha muita documentaçao espalhada pela Torre do Tombo e Arquivo Municipal da Guarda.
    Assim, se os nossos filhos e netos quiserem fazer por exemplo a sua arvore geneologica, isto serve de principcio.

    Bem hajam.

    ResponderEliminar
  2. Titulo: Paróquia de Forninhos [Aguiar da Beira]

    Datas: 1634 – 1911

    Mais uma descrição que nos permite concluir que foi até 1911 que existiu a estrutura eclesiástica, “Paróquia”.
    Com a República e o Estado Novo (1910), foi em 1913 (Lei 88, de 7 de Agosto) que foi criada a estrutura civil.
    Originalmente, a unidade administrativa portuguesa mais pequena foi o concelho, não existindo as freguesias, mas as paróquias. Forninhos ainda antes de pertencer ao concelho de AGB e Trancoso, pertenceu ao concelho de Penaverde, que incorporava várias paróquias, entre elas a Paróquia de Santa Marinha de Forninhos. Muito mais haverá a dizer sobre a reforma administrativa, fica para depois ;)

    ResponderEliminar
  3. No registo das paróquias, encontrei este documento que vou transcrever na íntegra.

    DOCUMENTO XVI

    1758 Maio Forninhos – descrição da paróquia de Forninhos.

    A – A.N.T.T. – Dicionário Geográfico de Portugal (Memórias Paroquiais de 1758, vol. 16,m. fls 789-790.

    (FL. 789) 1º fica na paróquia da beyra, hé Bispado de Viseu, comarqua de Linhares, termo da vila de Penaverde, freguesia de Santa Marinha, pertence o mesmo povo de Forninhos.
    2º Hé do infantado do Serenissimo Infante Dom Pedro, que Deos guarde.
    3º tem esta freguesia noventa e seis vizinhos, duzentas e trinta pessoas mayores e quarenta menores. (…)
    6º A paróchia está próxima ó povo. Hé orago de Santa Marinha, tem o altar-mor e duas colatrais.
    8º O Párocho hé Cura, hé aprezentado pelo reytor da igreja de Nossa Senhora da Purificaçam da vila de Penaverde, tem de renda vinte mil reis.
    (fl. 790) Santa Comba de Forninhos, de Mayo 14 de 1758.
    (assinado) Abbade JOÃO DA COSTA FREIXO
    Vigário JOZÉ DE FREITAS VILLASBOAS.
    Vigário MANOEL DE NOVAES DE SÁ

    P.S. Faltam os nº 4, 5 e 7 não estão lá, por isso, não foi possível saber a que se referiam.

    De salientar a alusão a Santa Comba , nunca tinha ouvido este nome nas memórias de Forninhos.

    ResponderEliminar
  4. Eu também conheço este registo. E porque o nome "Santa Comba" também me deixou confusa, descobri, nas minhas leituras, um registo, que sem certeza, pode ser essa a explicação. Isto é, o nome poderá estar ligado ao nosso Rio Dão.

    Leite de Vasconcelos no seu Livro “De Terra em Terra”, página 154, escreveu:

    “Falou-se aí da vila, i.é., da extensa “quinta” de Sancta Comba que chega usque in ribulo Adon, usque foce ribulo Adon. A foz deste rio é no Mondego e Sancta Columba deu origem ao moderno nome de Santa Comba (__Dão). A forma Adon encontra-se também no foral de Azurara da Beira (Mangualde) de 1102.”.

    Como, para explicar o nome, devemos partir da mais antiga forma e esta tem “d” como hoje, parece que a evolução terá sido Ádon – Dáon - Dom – Dão. Se a forma Aon é de origem popular, devemos concluir que nuns sítios se pronunciava Aon e noutros Daón, predominando depois esta, donde saiu Dão.

    A explicação do nome pode ter a ver com a “quinta” de Santa Comba que chegava até ao Rio Dão. (?)
    Como sabem o rio Dão nasce na Barranha, freguesia do Eirado, e logo ali tem o nome. Sou de parecer que é esta a razão por na Descrição da Paróquia de Forninhos aparecer a fls. 790 “Santa Comba de Forninhos, de Mayo 14 de 1758.".

    ResponderEliminar
  5. So queria fazer uma pequena adiccao, mas que tambem e importante, porque faz parte da Historia:
    Forninhos que por vezes tambem era intitulada por "Fornos", sempre pertenceu ao concelho de Penaverde, ate que por decreto de 6 de Novembro de 1836, este concelho foi extinto e incluido ao concelho de Algodres com as suas quatro freguesias.
    Foi no entanto sol de pouca dura, porque por decreto de 12 de Junho de 1837, foi transferida para Fornos de Algodres, a cabeca (sede) do concelho de Algodres e transferidas para o concelho de Aguiar da Beira, as freguesias de Forninhos, Dornelas e Penaverde, continuando do concelho de Algodres (ou Fornos de Algodres) a freguesia de Queiriz.

    Um abraco de amizade.

    ResponderEliminar
  6. Eu tenho uma copia do decreto de 12 de Junho de 1837 onde especifica muito bem que as freguesias de Dornelas Penaverde e Forninhos que foram do antigo concelho de Penaverde, passam a fazer parte do concelho de Aguiar da Beira e comarca de Trancoso!

    Um abraco de amizade.

    ResponderEliminar
  7. Bem-Haja al.
    Infelizmente eu não possuo nenhum desses decretos antigos. Apenas conheço que nesta época a lei administrativa andava sempre a mudar. A lei de 18 de Março de 1942 (que confirmou a divisão administrativa consagrada pela lei de 29 de Outubro de 1940) foi a que durou mais tempo. Provavelmente foi a de 1940 que transferiu Penaverde, Forninhos e Dornelas de Trancoso para Aguiar da Beira. Mas a minha maior dúvida está sobre o facto de em 1896 o concelho de AGB ter sido suprimido, pois segundo alguma informação que possuo, a última lei que suprimiu concelhos, reduzindo-os a 254 foi em 6 de Maio de 1878. O de 1896 penso que apenas retirou autonomia às autarquias municipais, o que pode ter levado é que fossemos nesse período administrados por Trancoso. Há quem diga que AGB deixou de ser concelho durante 4 anos. Mas pela informação do intróito deste post, foi apenas por 2 anos…não sei, como digo, isto não está muito claro (para mim).
    Eu como sou daquelas que não acredito em tudo o que vejo publicado na net…ainda ontem li um documento, só por curiosidade, que está na página da JF Forninhos, Facebook, e é referido nesse documento que Forninhos antes se chamava “fornilhos”, no entanto, eu todos os documentos antigos que vi e li, onde é mencionado Forninhos, é sempre referido “Fornos”. Mesmo que houvesse uma relação com o português antigo, isto de fornilhos não faz sentido nenhum, porque sempre teve “n” e não “l”. Esta informação está errada!

    ResponderEliminar

Não guardes só para ti a tua opinião. Partilha-a com todos.