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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Como falam de ti minha aldeia

«FORNINHOS a terra dos nossos avós» é o título do "livro"de que falarei aqui hoje, de como falam da minha aldeia. O que dizem, como o dizem, a verdade e a incorrecção, a metade que ali se diz - e eu acrescentarei neste texto a outra metade...encontrei coisas até curiosas, mas esperava mais, muito mais...
Foi apresentado pela autarquia local no passado dia 10 de Outubro de 2013. Trata-se de uma obra que, ao longo de 223 páginas, faz um levantamento do património material e imaterial de um povo - Forninhos - avaliando a sua evolução rumo à modernidade. 


Como falam de ti, Forninhos, meu torrão natal!
Desde logo, na pág. 7, uma introdução, umas generalidades, e a opinião de quem procurou ouvir uma terra que não conhece...
«Aqui ouvimos a terra. Uma terra simples de gente pura e trabalhadora. Gente que sempre viveu em comunidade, que ri que chora. Gente que ama a sua terra! Que sabe ultrapassar dificuldades em conjunto e orar. Que sabe construir e dizer mal. Que partiu para o Mundo, mas nunca esqueceu as suas origens.».
Fui até à pág. 13 e encontrei até mais do que pensava:
«A nossa terra é a nossa vida, é tudo aquilo que construímos, são as pessoas com quem convivemos e amamos, mas é também tudo aquilo que nos envolve e cria memórias. São os cheiros da urze, o som do clero - viste lá o clérigo, lá o vi, lá o vi - as penedias escorregadias, o gelo a quebrar na terra sob os pés, o talegre no alto do Castelo, a cor das maias...são os pores-do-sol.».  
Algumas citações, significados e correcções úteis!
Urze em Forninhos são as urgueiras e as maias são as giestas amarelas.
Agora, descrição sobre o "Lagar rupestre de São Pedro 1", pág. 29:
«Lagar escavado sobre um batólico tipo lage que apresenta ao centro um calcatorium retangular, com 255 cm de comprimento, 206 cm de largura e 15 cm de altura, e um conjunto de três stipites com um cumprimento máximo de 80 cm, uma largura máxima de 25 cm e uma altura máxima de 30 cm. Na visita que José Coelho faz ao local em 1935, regista este lagar atribuindo-lhe, no entanto, uma funcionalidade religiosa intitulando-o como "Santuário pré-romano". Importante é a referência do achado de um peso de lagar numa das ruas das ruínas de S. Pedro de Verona (Coelho, 1948:289).».
Correcção: 
As pessoas que eu conheço e que são quem viveu em verdadeira comunidade afirmam que a rocha/lage que se encontra a sul e junto do local do antigo povoado, é chamada de  "Forca" e não lagar rupestre de São Pedro 1 . São os forninhenses que estão errados ou são "os do livro" que estão certos? Se calhar é a lei da vida das palavras... 
Pág. 35, sobre um sítio romano da Pardamaia ou Pedra Maia:
«Localizado no topo de uma ligeira colina, esta interessante estação arqueológica espraia-se pela encosta sul sendo possível observarem-se vestígios materiais do que teria sido há cerca de 2000 anos uma quinta (villa).». 
- Mas existiu uma villa romana na Pardamaia, Forninhos?
Que os romanos passaram por Forninhos ninguém duvida, mas daí a ter havido/a haver uma villa romana em Forninhos vai uma grande distância...
O que se disse (escreveu) sobre a capela de S. Pedro, pág. 36:
«Neste povoado, denominado de S. Pedro, são ainda visíveis os restos de uma capela em redor da qual estaria uma necrópole, da qual apenas restam alguns sarcófagos partidos em granito. A capela cujo orago é S. Pedro de Verona, encontra-se praticamente arrasada, não sendo possível fazer mais ilações sem intervenções arqueológicas.».
Primeiro: Em S. Pedro não são visíveis quaisquer restos de uma capela! Segundo: aproveito para complementar neste "livro" que para além desses sarcófagos partidos, outros foram levados com a permissão e o consentimento de membros da Jf, o que estranhamente o autor (ou autores) esquece de dizer (escrever)!
E não podia terminar sem deixar de registar o que se lê na pág. 86:
«Outra característica da terra que se reveste em Forninhos como um ritual de abundância e de sucesso de um ano árduo de trabalho no campo está materializado na "matação" do porco, que por norma ocorre no início do ano. Os homens encarregam-se de ir buscar o animal e conduzi-lo para a morte. As mulheres preparam os alguidares de barro para recolher o sangue que dará a forma e sabor aos enchidos. O animal no fim de morto é chamuscado com carqueja, pendurado e desmanchado.».
Atenção leitor: não se deixe levar por aqueles que pensam conhecer Forninhos. Com realismo, digam lá, alguma vez em Forninhos o porco foi/é chamuscado com carqueja?
Dá que pensar.

Nota:
1-Iniciamos então hoje uma nova "etiqueta" que pretende publicar neste blog a realidade aldeã de "Forninhos a terra dos nossos avós" que também ajudaram a formar a nossa língua. E, fica aqui a promessa de que vou publicar, na medida das minhas possibilidades, outras opiniões vindas directamente do "livro", onde está evidente o desinteresse pelo linguajar popular.
2-Não resisto a citar, mais uma vez, aquele que criou uma vastíssima obra literária baseado no que aprendeu convivendo com a gente beirã. Aquilino Ribeiro referindo-se à linguagem da Beira «acabará por extinguir-se, desbotar-se e converter-se no idioma pilho, compósito, que para aí se fala, e se tornou oficial mediante a cumplicidade da ciência lexicológica.».

52 comentários:

  1. Francisco Almeida,11 de outubro às 12:39:
    " Espero que a solenidade da apresentação, corresponda ao valor de Forninhos e não o envergonhe. Aguardo para ler o livro ou almanaque por todos pago. Quem sabe por aqui encontra algumas histórias ainda por contar...".

    Paulo Celso Monteiro,11 de outubro às 20:06:
    "Para este ultimo comentário deixo apenas um parágrafo da introdução "Aqui ouvimos a terra. Uma terra simples de gente pura e muito trabalhadora. Gente que sempre viveu em comunidade, que ri e que chora. Gente que ama a sua terra! Que sabe ultrapassar dificuldades em conjunto e orar. Que sabe construir e dizer mal." Pelos visto em relação à ultima parte não errei!"

    Francisco Almeida,12 de outubro às 16:22 :
    " Também sinto que no meu comentário não errei, sabe porquê? Por sentir que faço parte daqueles que mesmo à distância e sem medos ainda amam a sua terra, Forninhos, de forma sincera, desinteressada e abnegada. E se a introdução reza "Aqui ouvimos a terra", é bom que a terra também aprenda a ouvir e a respeitar, pois não estando estas palavras na introdução, fazem parte do seu carácter. Quem conhece a minha terra sabe que outrora foi assim. Agora, claro,os tempos mudaram...".

    Já passou mais de um mês sobre esta troca de palavras no "Orgão da Freguesia", na antecipação do "cheiro" da obra.
    Também comprei o livro, melhor,...dei o donativo. Vou lendo, quando para tal tenho coragem, e em vez de um espelho, apenas vejo um pedaço de vidro no qual não se resguarda o interior, nada!
    Afinal um livro, almanaque ou catálogo, escrito de fora para dentro. Sem alma, apesar do ex-presidente da Junta dizer: " ...agradecimento pela equipa (Eon) pela forma dedicada e amável como se envolveu com a nossa comunidade...".
    Há sentimentos e agradecimentos... afinal não seria preferível um livro, chamemos assim, de dentro para fora?
    Não, claro, havia que gastar dinheiro em coisas, tal como esta, que na vaidade e usando dinheiros do erário público, iriam satisfazer vaidades e bolsos de "profissionais" da pseudo-cultura , utilizando uma aldeia beirã, como Forninhos, rica de história ancestral, tipo protótipo, melhor, tubo de ensaio para outros voos.
    Se estou enganado, peço humildemente desculpa. Custa-me mostrar o escravinhado aos meus filhos, afinal tenho andado a enganá-los. Na terra do pai, avós e bisavós, nada bate certo. Afinal que foi feito da palha centeira em fachos, sobre a chuva e neve, quando não gelo, a chamuscar os porcos na matação?
    Vão à Net ver o que é carqueja e desiludidos perguntam se também era real o cheiro da terra, pegado numa mão fechada, atrás do arado, vendo se já estava pronta para a sementeira...
    Forninhos um dia irá ter a verdadeira História, daqui extraída, dos seus para os seus.
    Afinal, quem não se sente, não é filho de boa gente!

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  2. Certamente uma interessante leitura e aos que de lá são ou descendem, muito importante o resgate verdadeiro de tudo daquela época! É a história que surge e faz parte! beijos,chica

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  3. A quem é de Forninhos, isto não dá grande gozo, pois nota-se perfeitamente que ao longo das tais 223 páginas não ouviram as pessoas. A partir da pág. 19 (+ou-) tudo é muito técnico e sem alma. Não gostei do formato do "livro", nem do conteúdo. É muito impessoal.
    Mas eu que tenho sentimentos pela minha querida aldeia natal, quero somente esclarecer que as inverdades, falhas ou defeitos, conforme lhe queiram chamar, não me fazem mudar de opinião sobre as minhas raízes...sobre os meus avós...!
    A minha maior surpresa, confesso, vai para a villa romana na Pardamaia, de que nunca ouvi falar, nem lembro ler alguma coisa sobre...
    Já agora, aproveito para chamar a atenção de todos os forninhenses que o mural do facebook da Jf de Forninhos tem desempenhado um papel interessante na movimentação das pessoas em torno da Junta de Freguesia, como se sabe, mas além do que disse o Sr. Paulo Monteiro, o que mais têm dito sobre "Forninhos a terra dos nossos avós"?
    ...Fico então por aqui, hoje.

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  4. A história de forninhos é um livro ainda fechado. O “Terra de Nossos Avós” poderá ser apenas uma página que devemos ler, complementando-a talvez com outras páginas para que a possamos entender melhor; mas se folheamos apenas esta página, sem outras, nunca vamos saber nada.
    Se quisermos fazer uma grande cidade, construir uma obra, não devemos deitar a casa do vizinho abaixo para que a nossa pareça grande, mas sim construir uma ao lado que seja realmente grande.
    A história de forninhos é realmente mais, muito mais, e não são pessoas de fora que melhor a contam, mas sim nós que a vivemos, que a sentimos, que temos esta terra no coração. Mas também não podemos de modo algum dizer mal do que escrevem ou pensam sobre nós, mas sim aproveitar os seus conhecimentos académicos, sobretudo arqueológicos para tirarmos proveitos; que podem ser muito valiosos se lhes juntarmos os saberes transmitidos de nossos avós, pais (e até os nossos).
    O livro poderá ter alguns erros, como no caso da carqueja. Quem o escreveu não é de cá e possivelmente foi mal informado. Mas fico realmente muito triste, quando vejo tanto ódio a tudo, ao ponto de se colocarem aspas sempre que escrevem a palavra livro, ou arqueólogos, mas sobretudo quando se questiona tanto porque o Estado gastou dez mil euros em Forninhos.
    Tive algumas esperanças no futuro desta linda terra, no seu potencial turístico, mas estou mesmo muito desiludido com o que tenho visto ultimamente

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    1. Digo isto à revelia do que manda a regra do bom senso, em lhe responder, mas em consciência:
      Não me desgosta a minha casa ser mais pequena que a do vizinho, mesmo tendo de olhar para cima. Interessa sim, a almofada embalar uma consciência tranquila e adormecer de bem com todos.
      Por aqui me fico...e durma tranquilo, são os meus votos.

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  5. Parabéns pelo livro....
    Cumprimentos

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  6. Um livro que, certamente, trará acréscimos e um novo despertar pelos fatos de Forninhos! Será uma forma de evidenciar a sua história e beleza...

    Um beijo, Paula... Uma semana abençoada...

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  7. Volto ao blog para dizer que já o chamaram de: almanaque, catálogo e agenda, portanto, escrever "livro" é até um elogio.
    Triste, muito triste, é escreverem matação entre aspas e aceitarem tal. E, se alguém informou (mal) que o porco é chamuscado com carqueja: não fui eu! Agora se a autarquia me pagar igual quantia, também escrevo um almanaque, pois não escreve um livro quem quer, ou melhor, pode escrever-se, mas sai do tipo "Forninhos a terra dos nossos avós".
    Há uma expressão que, no caso, a aplico aqui: "com as calças do meu pai, também eu sou um homem".
    Também não sou "uma maria vai com as outras" e não tenho de dizer bem de uma coisa, só porque algumas pessoas acham que devo fazê-lo.
    Este é só mais um post que decidi publicar aqui neste espaço, onde pouca gente tem coragem de dizer o que pensa, na janelas de comentários, talvez porque em Forninhos o 25 de Abril infelizmente ainda não chegou a todos. Quando um dia chegar...sê chegar... talvez então encerre este espaço virtual de reflexão, promoção e divulgação da terra que me viu nascer e que tantos incomoda!
    Para mim a presente obra só teria verdadeiro valor se não tivessem esquecido o linguajar dos nossos avoengos.

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  8. Boa noite.
    Mentiroso seria se não dissesse que estava na expectativa do tema, o qual já comentei e vou comentar.
    Forninhos, à semelhança de tantas aldeias, tem termos tais: "quem não quer não se mete nelas".
    O senhor, Eduardo Santos, meteu-se e vem metendo comigo. Pelo que ouvia do seu entusiasmo e acompanhamento dos "´génios", homenageado nos cumprimentos do livro,
    Vou evitar alongar-me sobre o meu pensamento relativo à sua postura, quando como todos vê que "Parturierunt montes: nascitur mus". "Estavam prenhes os montes, nasceu um rato".
    Apenas vou dissertar sobre o seu comentário:
    - "Nunca vamos saber nada...".
    - O sr. que lá andou e acompanhou, pode explicar?
    - " Não são pessoas de fora que melhor contam a sua história...". De acordo.
    - Então qual a razão para todos vós "ilustres" serem coniventes com este fiasco?
    Para mim, não é novidade, aliás, o Sr. foi um dos que no "dia da freguesia", como já aqui escrevi, me perguntou se estava nervoso, aquando chamei fiasco e vergonha a tudo o que vendiam: latão por oiro. Minto?
    E lá estava o livro que apareceu, faltam os achados transcritos que haverá quem saiba e disso irão prestar contas.
    Depois, mal informados. Venha a informação, mas ódio?
    A quem e porquê? Apenas à mentira e mentirosos.
    Muito diria, mas este espaço merece respeito.
    Eu nem sabia que foram dez mil "deles"! Afinal tão ilustre gente deve ter comido de borla...mais os cicerones. Tão pouco para obra perpétua...
    Forninhos está à beira da verdade. Cada vez mais...

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    1. Amigo Chico, eu não me venho metendo consigo, sou seu amigo como o era de seu pai, a quem respeitava muito, não quero que se zangue e muito menos que fique melindrado, apenas opino como o chico faz.
      Não fazia conta de comentar mais sobre este assunto, mas como me questiona (lá andou e acompanhou, pode explicar?) compete-me explicar mesmo; andei e acompanhei a equipe, a pedido desta, um trabalho que competia á autarquia e parece ter esquecido, não me arrependo, dou o melhor que sei e posso, e, ao contrario do que diz, não comi de borla, nem aqui nem em outro lado, faço sempre questão de pagar, e quando faço alguma coisa, faço-o porque gosto, gosto de forninhos, não duvido que o chico também goste, mas eu gosto de todos, independentemente das suas ideologias.
      Também me diz que lhe perguntei no dia da freguesia se estava nervoso, não me lembro de tal, mas se o diz, pode ter acontecido, porque realmente custava-me ouvi-lo criticar tanto uma coisa que ainda não existia.
      Já agora, não para si porque deve ter visto, mas para quem nos lê; eu não fui homenageado no livro, nem eu queria, apenas lá consta o meu nome nos agradecimentos, como aliá, estão mais de vinte por ordem alfabética.
      A bem de forninhos, fico-me por aqui.

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  9. Preservar a cultura de um local é obrigação. Preserve a cultura de Forninhos, falo pensando que cultura é assunto sério, como vocês o tratam. Um abraço, Yayá.

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  10. Quanto a ultima parte nao pude deixar escapar uma gargalhada!
    Tanto quanto sei, nao existe carqueja na nossa parte da Beira!
    Nos meus tempos os porcos eram chamuscados com palha de centeio, agora e que e com macaricos!

    Quanto a Capela pelas fotografias que vi do local, (nunca ai fui) ai nao se vem vestigios nenhuns, ainda tive esperanca que houvesse pelo menos algum comeco de escavacao, mas ficamos com a vontade, infelizmente.

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  11. Por isso mesmo eu não acredito que alguém de Forninhos tenha informado mal o autor, se bem que no dizer do próprio Presidente da Junta de Freguesia de Forninhos, a equipa da Eon envolveu-se na nossa comunidade de forma rigorosa e competente, cujo resultado está bem patente nessas páginas.
    Aliás, aproveito para também dizer que das 223 páginas, umas 120 são de fotografias ou figuras como diz o povo simples.
    Infelizmente só uma parte mínima da população leu os textos, dizem que é difícil de ler, não sei...eu, a 1.ª vez, li-o em meia hora e também me ri com algumas partes.
    Outra com graça:
    Dizem que no sítio romano da Pardamaia, o achado de muita cerâmica de construção (sobretudo telhas), cerâmica comum, fragmentos de terra sigillata hsipânica e a notícia de achado de moedas "faz-nos colocar a hipótese de estarmos em presença de uma pequena villa romana, ou, pelo menos de um casal com alguma dimensão.".
    Podem até ter formação académica, mas isso não é motivo para eu apoiar "garotadas" que a troco não sei de quê querem nos fazer mudar de opinião sobre as nossas raízes.
    E, se a história de Forninhos é um livro ainda fechado é porque no 'blog dos forninhenses' faltarão muitas coisas de que não me apercebi, mas de certeza que há mais aqui do que há lá. À medida que fôr publicando partes, pode ser que contem o que descobriam de novo sobre Forninhos e as pessoas.

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    1. Segundo o que me informaram a meu pedido, e, mesmo pelo que aqui foi escrito, neste local há uma quantidade enorme de cacos de cerâmica (tégulas) á superfície, e segundo informação, que receberam (eu ouvi) quando da abertura de uns alicerces, apareceram em grande quantidade e pedaços grandes.

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    2. E esses pedaços de cerâmica significam então que há cerca de 2000 anos havia ali uma villa romana. Está bem.
      Quem deu essa informação foi com certeza quem abriu tais alicerces, cujo nome deve constar nos agradecimentos também. Mas, Sr. Eduardo, para mim é estranho que falem de cerâmica de construção (sobretudo telhas) nesse sítio da Pardamaia, que julgo ser junto ao Picão, e esqueçam do volfrâmio.
      Sobre os nomes que constam nos agradecimentos nem vou dizer nada...por ora...um dia publico o conteúdo dum email meu c o assunto «Contributo "história e memória de Forninhos"» e talvez as pessoas que me lêem percebam o porquê de constar só 20 nomes.

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  12. Uma demonstração de coragem, ler "isto". Nada prende, a não serem as fotos estratégicas, que juntamente com o termo "Forninhos" , vão prendendo a atenção.
    Campanha "à grande superfície" e restaurantes. Muda-se a ementa e o pacote e está-se pronto para a próxima. Vergonha tenho mas dou de barato a estes falsos profetas, a insignificância de quem, lerdos, pensavam que em Forninhos, não havia gente que pensa. Enganaram-se,..
    A esses "autores", digo:
    - Para bem da minha aldeia, terra aonde nasci, cresci e amo dentro da verdade, vivências (se quiserem coisas bonitas, ponho...) de NÓS QUE DAMOS A CARA, esta "coisa" irá ser escalpelizada até à exaustão. Dói, mais vai doer, apesar de não ser fácil despertar as pessoas que possívelmente vão mandar benzer um imagem sobre o local que lhes não pertence. "Vocês assim quiseram"!
    RECHAÇARAM o orgulho de uma terra SEM A CONHECEREM!
    FALTA DE RESPEITO DE VÓS, ACÓLITOS E DE QUEM TAL ENCOMENDOU!
    Se, srs. "académicos", cá tivessem origens, não dormiriam com o barulhos que os NOSSOS avós dão na tumba.
    Cesteiros em Forninhos, Latoeiros, Moleiros, Carqueja, Vancilhos e tantas, tantas que o melhor seria meter um processo na justiça pela ignomínia...
    A um povo que mais que nunca tentam amordaçar.
    Quase apetece dizer, motivos de índole turística, com proveitos.
    A ser assim, são uns "nabos".
    Sabem, comecei a gostar das ASPAS. Dão jeito. Agora Senhores "académicos", juntem-se e mais tarde um pedido de desculpas não ficaria mal...
    CÁ VOS ESPERO!.

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  13. A pessoa que pôs as aspas na palavra matação quis dizer "olhem, estes tipos de Forninhos falam assim, mas estão errados, a palavra correcta é matança". Só que as pessoas de Forninhos, dizem matação e comem sopa da matação!
    Mas, pior, que a "matação", a carqueja e o sangue que dará a forma e sabor aos enchidos é tudo o resto...
    Se não há vestígios nenhuns da Capela de S. Pedro como é que podem afirmar que são visíveis os restos de uma capela?
    Será para os que nascem hoje, daqui a 20 anos afirmarem que em 2013 ainda lá havia restos da capela?
    Ou, haveria restos da capela de S. Pedro na villa romana da Pardamaia?
    Custa-me a crer, mas a redacção do autor permite-me pelo menos colocar-lhe a questão…

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    1. Desculpa Paula, mas em relação aos vestígios no local da capela, estás enganada, eu também por la andei, e se não fosse a chamada de atenção por parte do Dr. João Inês Vaz, que acompanhava, também não sabia, mas está lá uma pedra que pode ser uma ombreira tem um encaixe da tranca, pormenores que nos podem escapar, mas não escapam aos arqueólogos.

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    2. Tem a certeza que eu estou enganada e o Sr. Arqueólogo não está?
      Quer dizer publicaram fotos dos fragmentos cerâmicos, dum sacrófago partido e da tal pedra da capela "nada". Dá que pensar, até porque escreveram/afirmaram "...são ainda visíveis os restos de uma capela". Não escreveram que é visível uma pedra que pode ser uma ombreira (da capela ou não).
      É como o penedo c inscrição. Escreveram que se trata de um marco divisório, cujos proprietários, em certo período impossível de precisar, mandaram gravar as iniciais dos seus nomes para que não restassem dúvidas sobre a propriedade (pág. 43). Pergunto: na sua imensa sabedoria, para que não restassem dúvidas, porque não escreveram os nomes?
      Já nem falo da pedra da pág. 44 que segundo dizem "Muito provavelmente, o silhar terá a sua proveniência do lugar de S. Pedro, onde outrora existiu uma comunidade medieval.".
      Provavelmente...possivelmente...impossível de precisar...pode ser..E ficamos assim no campo da probabilidade.

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  14. O frio começa a apertar, é a altura.
    Mesmo assim ainda se dava uma ajuda na "matança" dos porcos, disse bem?
    Claro que a sopa da MATAÇÃO, aconchegava a tripa, não essa , melhor, essas que escorropichavam sangue por todo o lado, morcelas, chouriças, farinheiras, dos fofes (boches), tudo era varrido a sangue! Terra de vândalos! E aquele cheirinho a carqueja, o rabo do porco preso por vancilhos, para limpar a m»«»«,
    Depois, em direcção a S. Pedro, naquelas ribeiras, tripas limpas e asseadas, na sombra da Capela, espiadas pelas moiras, vinha-se à feira em Forninhos, advinda dos tempos medievais, mas antes, um compasso de espera, Pardamaia. As donzelas tinham de ir limpas e escorreitas e nada melhor que as termas romanas no seu apogeu. Uns sistércios de pagamento, dos quais na "perdição" ainda alguns foram encontrados, e " Avé, Forninhos!".
    Lá estava a panóplia toda, artes e ofícios, antecipando as actuais feiras medievais de agora, santos e pecadores.
    Quem sabe se um dia, não vou visitar as feiras da minha terra.
    Obrigada senhores por me trazerem na vossa descoberta, uma feira.
    O Borda D' Água é um espectáculo quando quer, acrescenta mais um dia ao calendário, neste caso às nossas feiras.
    Coisa mais linda...

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    1. A feira que havia em Forninhos realizava-se exactamente no dia de são nunca à tarde.

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  15. Bom vou ter que dar uma vista de olhos nesse livro para ver se aprendo mais umas coisitas da nossa terra, mas da maneira que estou a ver a dança hà muita coisa que eu desconheço. Desde puto e até depois de vir para frança sempre assisti a matações somos uma familia que toda a vida matou porcos tanto do lado do meu pai como da minha mãe, até porque os meus avos eram os dois matadores, pois posso vos afirmar que nunca ouvi falar nessa da carqueja. Para arrematar os molhos, a pardamaia era uma vila é pà como a que essa gente foi descobrir isso, sabia que forninhos tinha valor mas não tanto.

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    1. Ó David, andas por onde?
      ... vem para cá no Natal, para nos reunirmos em volta do madeiro abrasado...vês as termas da Pardamaia e comes um arroz de carqueja na "matança" e tanta coisa mais... nem sabes o que perdes!
      E as feiras de Forninhos? Espectáculo, acredita!!!
      Traz tu as facas que sempre se "limpam" uns porcos e comemos a marrã.
      Abraço.

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  16. Muito interessantes estes comentários . Eu nao vivi muitos anos em Forninhos mas nunca vi e nem ouvi falar da carqueja para chamuscar os porcos .

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  17. Nos campos de Forninhos não há, nem nunca houve carqueja. Aliás, o que me disseram foi que quando não tinham palha de centeio, houve quem na matação chamuscasse o porco com tojos, que é uma planta espinhosa e que dá flores amarelas.
    Mas, como digo, vou publicar, na medida das minhas possibilidades, outras opiniões vindas directamente do "livro", porque há ali muitas inverdades. O Chico já se adiantou e falou das feiras, latoeiros, moleiros, cesteiros e vancilhos, mas das feiras, às ilustrações e ao caldo de ovo muito há ainda para esmiuçar.
    Vão achar que não é correcto escrever sobre as falhas e defeitos, mas eu também não acho correcto usarem o nome dos nossos avós, numa obra que esquece literalmente os falares dos avós para os netos e que intervala os teus, os meus e os nossos avós no meio de «nada».

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  18. "Uma terra simples de gente pura e muito trabalhadora. Gente que sempre viveu em comunidade, que ri e que chora. Gente que ama a sua terra! Que sabe ultrapassar dificuldades em conjunto e orar. Que sabe construir e dizer mal." Pelos visto em relação à ultima parte não errei!"

    Caro e amigo Sr. Eduardo Santos.
    Cá estou, sem animosidades e agradeço o sentimento carinhoso para com o meu falecido pai.
    O Sr. falou em ódios, não os nutro por ninguém, a não ser aos mentirosos que colocam vendas nos olhos dos inocentes. Por vezes a bola bate na trave...
    Veja o exemplo do Paulo Monteiro, não sei se "académico", nem me interessa, que maquiavelicamente na crítica que me fez e acima transcrevo, não teve a ombridade (esta palavra consta no dicionário) de completar "..que partiu para o Mundo, mas nunca esqueceu as origens.".
    Afinal o que querem, chamar burros e palhaços a toda a gente?
    Será que não enxergam o "monstro" que criaram sobre Forninhos, aleivadamente! Livro fechado? Afinal onde está a chave?
    Nesta casa em que escrevo, a chave está sempre na porta e destrancada, como manda a boa educação Forninhense, advinda dos avós dos nossos avós!
    Agora por favor, poupem-me com os galões de académicos ou o raio que os parta a todos. Assumam que fizeram merda (palavra de dicionário) da grossa todos os que por lá andaram e não me venham com mais ameaças, é melhor...
    Vou aprendendo o jeito e pelos vistos incomodando EM PROL DA TERRA DOS MEUS AVÓS!!!

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    1. Amigo chico.
      Falei em ódios, é verdade, saiu-me, não o devia ter feito.
      Você defende a sua terra, tem toda a legitimidade para o fazer, por isso, e tendo em conta o que se lê ao fundo dos comentários deste espaço (Não guardes para ti a tua opinião, partilha-a com todos) eu também partilho a minha.
      Ensinou-me a vida ao longo dos meus quase 70 anos, que não é perdendo o sério, acusando aqui e acolá que demonstramos a nossa razão, por mais que a julgamos ter.
      Não o crítico, só reagi porque me visou e também julgo não o merecer, tenho a minha razão como o chico terá a sua.
      Estou sempre disponível para discutirmos ideias, mas sem azedumes.
      Não se aborreça e receba um abraço amigo.

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    2. Sem aborrecimentos/azedumes, Sr. Eduardo, um abraço.
      Também sempre disponível.

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  19. Boa noite Paula, esses levantamentos e registos em livro são muito importantes para os vindouros, mas se contêm incorrecções há que alterá-las, talvez numa próxima edição do Livro ! Pelo menos pelo que me apercebi já muitas vozes se levantaram:))! Continue defender a sua terra, os seus hábitos e valores. Beijinhos Ailime

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    1. Olá Ailime,
      Se eu votasse em Forninhos chamava toda aquela garotada à responsabilidade, tal como antigamente os pais faziam aos filhos quando se portavam mal!
      Mas o que dói mais é ver defender mentiras, principalmente quando essas mentiras estão espalhadas nas páginas de uma ‘coisa’ que até se chama FORNINHOS a terra dos nossos avós.

      Bem haja pelas suas palavras e um abraço amigo.

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  20. O que está feito está feito…falar, comentar mais para quê? Para escrever aquilo que querem ler, ou escrever aquilo que vão gostar e achar bonito?
    Nem sempre o que sinto pela minha terra é bonito. Forninhos terra de carqueja (mentira), terra de Feiras (mentira, havia só feiras nas aldeias e vilas adjacentes). Agora até o cepo passou a madeiro abrasado!! Querem a todo o custo calar as verdades, mas eu não me vou calar, porque calar-me é consentir.
    Depois, é bom falarmos sem tabus daquilo que pensamos sobre qualquer que seja o assunto. Será que acham mesmo que a Pardamaia teria sido há cerca de 2000 anos uma villa romana? Nada posso fazer se acharem que os doutos estão certos e que os nossos avós esconderam tal de nós! Cada um pensa como quer e aceito que as pessoas mudem de opinião, o que já não aceito são mentiras e que “chutem para canto” os nossos falares, porque agora até lhes dá jeito!
    E mais: é com muita tristeza que vejo páginas inteiras com uma lanterna, com santos, etc… quando podiam tê-las enchido com verdadeira história. E, vejo que “a fé” mereceu 36 páginas; “a arte dos ofícios” apenas 14 páginas!!!
    Enfim…nada há mais a dizer. Tudo foi há muito cozinhado. Só que até as receitas estão uma vergonha!
    Desculpem o desabafo, mas a verdade é que gastaram mesmo € 10.000,00 num catálogo de fotografias legendadas (só algumas!).

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  21. "O homem das serras traz chumbado ao tornozelo todos os grilhões da servidão forjados nos tempos bárbaros. Passam os reinados, as vagas políticas de democracia e de emancipação social, e ele queda escravo, miserável, para seu bem, não tendo conceito algum da igualdade humana", escreveu Aquilino e também : "A madre é na aldeia; ali está o puro idioma."

    E afinal, pergunto: COMO FALAM DE TI MINHA ALDEIA?
    Aonde te revês em cada página, aonde está acariciada a tua história, nobre e sofrida, aonde páram as tuas memórias, histórias e estórias, as tuas artes e ofícios, a foto do carpinteiro, trocado por latoeiro, e uma enchente de santos, ocultando os roubados, já foram...cá não pertencem.
    Não quero crer que como diz o escritor, continues amordaçada nos grilhões da servidão.
    Levanta-te e grita: ISTO NÃO É A MINHA TERRA!
    Não sinto o cheiro do centeio, do estrume dos animais, o fumo das chaminés, as desgraças e alegrias dos vizinhos, o cêpo a arder no largo, as mezinhas e benzeduras, tanta coisa que até as filhóses transformaram em farturas...
    Queremos a nossa terra de volta, mas bonita como ela é.
    Ai de vós que a voltem a maltratar!

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  22. Cada comentário vale o que vale, e as pessoas são livres de interpretar as coisas a seu modo, mas engane-se aquele que julga tudo saber e que não são infalíveis, refiro-me a todos, eu inclusive.
    Eu já escrevi num comentário deste post, que podemos construir a nossa “casa” (refiro-me a historia) sem deitar a do vizinho abaixo, “pedras”, já temos muitas neste blog, muitas outras podem ser recolhidas, Forninhos tem muita história por contar.
    Se se cria-se uma entidade que poderia ser associação ou lá o que lhe queiram chamar para preservação e divulgação dos valores histórico/patrimoniais/culturais de que Forninhos é fértil?
    Pensem nisso, eu estou disponível e com muito gosto para participar num projeto destes que unisse as pessoas de Forninhos, independentemente das suas edeologias.

    Já repararam na caligrafia da capa do livro, única parte visível neste post?

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  23. Sr. Eduardo:
    É óbvio que cada comentário vale o que vale!
    E claro que não aprovo a capa do livro, nem sequer a caligrafia, havia melhores alternativas, mas já está. Alguém vai desfazer o que foi feito? Não.
    Digitalizei a capa, como podia ter digitalizado páginas, melhor, podia ter ido ao arquivo do blog dos forninhenses buscar fotos iguais às que lá foram parar (como bem sabe)! E, com todo o respeito, se Forninhos tem muita história por contar, vou mostrar-lhe só uma coisa ou duas:
    No dia 13 de Setembro de 2012, a pedido do Ricardo, enviei um email para: forninhos.cultura@gmail.com. Podia pura e simplesmente ignorar tal pedido, já que a Junta de Freguesia sempre desprezou o blog. Não o fiz.
    Nesse email, para além de referir a nossa arquitectura modesta popular, ofícios como o de pedreiro, carpinteiro e a menção a outras profissões dignas de registo, o nosso linguajar, a emigração, o clima, os muitos vestígios ancestrais, flora, fauna, disse ainda isto:
    “Desejo-vos um excelente trabalho e mantenham uma postura de isenção, convicção e seriedade e credibilidade e sempre com conhecimento directo dos factos (esta parte é muito importante). Tal como o disse na reunião de apresentação, sou de parecer que quanto menos fotografias melhor. Acho que já não deve haver muitos analfabetos em Forninhos e não creio que os vindouros venham a sê-lo!".
    Agora, diga-me, muito sinceramente, porque é que o meu nome não constou nos agradecimentos? ´É porque uns são filhos de Forninhos, outros são enteados, só pode!
    Mas também lhe digo: ainda bem que lá não está, porque não tenho gosto nenhum que o meu nome fique associado a tal projecto!
    Também pergunto:
    -Tendo a EON tantos contributos e apoios, Governo de Portugal, todo o executivo da Junta de Freguesia de Forninhos, Câmara Municipal de Agb, Centro Social e Paroquial de Forninhos, Paróquia de Forninhos, Diocese de Viseu, etc., etc… porque não criaram então essa associação ou outra entidade?
    Não tenho nada contra si, mas querem o quê? Que me associe a quê e a quem?Jogos sem prémio, é o que é!
    Esta “casa” foi começada a construir há 4 anos, apesar das adversidades, vingou e ainda não secou; a “casa” deles, não, teve muitos apoios e verba e mesmo assim foi mal construída, porque não quiseram ir para o terreno falar com a gente que viveu verdadeiramente em comunidade. O trabalho "deles" em Forninhos foi tirar fotografias, fotografias, fotografias...!
    Esta é a grande diferença entre nós.
    Um abraço.

    P.S. Não transcrevi aqui parte do meu email para me justificar, mas para que pensem nos actos dos outros. A única pessoa que me agradeceu, em particular e de forma educada, foi o Ricardo Guerra, o resto…tudo laranja do chão com bicho!

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    1. Por mais razoes que tenhas, não justifica o que muitas vezes se diz aqui sobre o livro.
      O livro tem muitas fotos mas também tem muita leitura, ao todo 223 páginas. Eu tenho uma opinião diferente da tua; as pessoas de hoje, não só os novos mas também os mais velhos, eu por exemplo, olho primeiro para a imagem e só depois para a leitura, são os sinais dos tempos, tu mesmo o fazes neste blog, pois as imagens em relevo, e muito bem.
      O blog não consta no livro, isso é motivo para ficares tao melindrada? Não o devia ser, antes pelo contrário, o teu nome não consta? Eu pedi para não porem lá o meu, puseram, por isso já fui agraciado com “mimos” neste blog, não o mereço.
      Já agora quero também informar que não tenho qualquer compromisso com a eon, e muito menos com a autarquia, da qual nunca recebi qualquer palavra sobre este assunto nem qualquer outro, ninguém me encomendou qualquer sermão, apenas sinto que é injusto o que se diz aqui.
      Um abraço amigo.

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    2. Mas eu digo aqui alguma inverdade acerca do escrito em questão?
      Quer comparar as fotos que publico no blog com as fotos de uma publicação oficial que custou aos portugueses € 10.000,00 ou mais!?
      São 223 páginas, mas espremidas nem 100 são de leitura, leitura difícil, porque a letra é miúda, clara e técnica! Se calhar as pessoas não se queixam disto, quer ver?
      Custa ler as verdades...eu sei...
      Alguma vez eu lá queria o meu nome ou o do blog dos forninhenses? Queria, sim, era lá o nome dos meus avós.
      Já leu bem quais os nomes que aparecem no livro (não falo nos agraciados) falo nomes da nossa gente?
      Pois aqui vão os únicos nomes que constam lá:
      "Ainda na localidade de Valagotes podemos encontrar a Igreja Nova de Santo António... que contou com o benefício de José Ribeiro Nogueira e Diamantino da Fonseca, conjuntamente com a restante população dos Valagotes."
      A Matriz de Forninhos, pelos vistos, para si e para os Srs. da Eon foi feita por obra e graça do Divino Espírito Santo.
      O Sr. Eduardo parece que quer que sejamos um simples povo como qualquer rebanho!
      Pense bem no que dizia antes acerca do que deveria ser a história de Forninhos, inclusivé o seu linguajar e repare bem no que diz agora.
      "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"... já assim dizia o nosso grande "Camões"!

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    3. Só mais uma achega, das 223 páginas, só 66 são de texto (sem fotografia/s), sendo que destas 66, 12 são de receitas culinárias!

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  24. As consciências fazem soar o apelo à união.
    Claro e evidente para aqueles que coerentemente aqui defendem com orgulho e muito carinho a sua terra, de forma inteligente e audaz, e que agora fazem, a leitura da "coisa" tornada pública e tal incomode. Ainda vai no primeiro capítulo...
    Será que agora chega a clarividência de formar "entidades" sérias?
    Pensava que numa terra que tem tantos "grupos" disto e daquilo, tipo um por dez habitantes, não sobrasse vaga para mais uma.
    Ou será que cargos apetecidos, "procurados" em festas constantes e derrotados com serenidade e em consciência, tolhem os resquícios de consciências?
    Sim, consciência dos "22 cavaleiros do apocalipse" agraciados na "coisa" pela sua sapiência e por serem membros da Junta ou com ela casados por vaidades pessoais, perdido estava o carácter.
    Mas "cavaleiros", os avós dão nome à "coisa" mas o meu deve ter sido vandalizado, devem faltar folhas pois não encontro os nomes e agradecimentos aos nossos avós. Será que o posso trocar sem dar mais donativo?
    Até porque esta "coisa" não é livro, a capa faz-me lembrar os passatempos do Soduku. Será que fui enganado e "ganhei" uma coisa em chinês, só pode.
    Não fora a palavra democracia estar consignada na Constituição e já estaria a arder no madeiro abrasado, mas tá-se bem, outros andam com o rabo a arder, à beira das profundas dos infernos!
    Ó Cristo, vem cá abaixo ver isto...mas deixa ficar os avós. Ainda podem ter uma coisinha má...

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    1. Pois é, caro Chico. Eu quando falei em criar uma entidade para preservar o património histórico/cultural, e me ofereci para colaborar, não procurava cargos ou acha que quando alguém se mete nisto ganha alguma coisa com isso? A não ser o prazer de colaborar numa causa a bem de uma causa? Mas não me surpreende porque Forninhos sempre foi assim: não se faz; não se deixa fazer e tem se raiva de quem pensa em alguma coisa.
      Acha que a linguagem aqui utilizada e lida por quem não conhece o livro eleva Forninhos? Acha que os nossos avos gostavam? Claro que não, Forninhos não é assim, Forninhos é hospitaleiro e dá sempre as boas vindas a quem vem, e sabem agradecer. Os 22 cavaleiros do apocalipse são agraciados, não com homenagem mas com um agradecimento como é costume fazer-se por estas bandas, e o que é normal ler-se em qualquer livro, faz parte da educação, não mais que isso.
      Já agora, será que os nossos avos já escreviam chines? Será que imaginavam que iam inventar o sudoku? Possivelmente que não.
      Para si não porque deve saber, leu o livro e tudo o que está escrito, mas para quem o não leu e nos lê, merece saber; estas letras da capa, são letras originais que estão no guião da irmandade de forninhos (pagina 161), possivelmente desenhadas pelos nossos avos, estes sim, revoltavam-se se ouvissem falar assim das letras do guião da sua irmandade.

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  25. XicoAlmeida: "Mas,"cavaleiros", os avós dão nome à "coisa" mas o meu deve ter sido vandalizado, devem faltar folhas pois não encontro os nomes e agradecimentos aos nossos avós...".

    Ed Santos: "Os 22 cavaleiros do apocalipse são agraciados, não com homenagem mas com um agradecimento como é costume fazer-se por estas bandas, e o que é normal ler-se em qualquer livro, faz parte da educação, não mais que isso...".

    Perante isto, que dizer a não ser redobrar os gritos de revolta, não em surdina mas à luz do dia-a-dia, na linguagem da verdade, as mesma transmitida pelos avós, os nossos que deveriam ao consubstanciar esta "obra", são selváticamente esquecidos. NEM UM NOME!!!
    COITADO DE QUEM MORRE!
    Quanto a caligrafias, convido-o a rever mais uma vez o escrito por debaixo da foto que celebra o quarto aniversário da historiação de Forninhos.
    Por aqui me fico por novos capítulos ainda virem sobre o tema e depois deste primeiro, já mais três diferentes terem sido publicados, claro que com trabalho e orgulho, o mesmo da aldeia de outrora e as baterias já estarem com a mira apontada para o que virá a seguir.
    Quanto a colaboração, também me foi pedida e anui com todo o gosto, mas...
    Deixem brilhar quem a "ribalta" chama.
    Até uma próxima.

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  26. Os comments servem para alguma coisa, e por várias vezes o tenho dito aos meus amigos, mais próximos, manifestem-se!
    Agora, mais que nunca, quero saber se as letras da capa são as originais do guião da Irmandade, e mesmo que sejam, os nossos avós vão, acho eu, para além de 1926/1927 (data da fundação da Irmandade, segundo documento). O meu avô José Cavaca até nasceu no ano de 1906 do Séc. XX, mas já o meu arquiavô não teve direito a ter na capa algo que identifique o lugar do seu nascimento.
    Não me admira que daqui a 80 anos alguém venha a dizer que a capa do “livro” foi desenhada pelos avós do Séc. XXI.
    Mania de meterem a Igreja em tudo o que é obra da Junta de Freguesia. Foi por acaso a Igreja que pagou?
    Sinceramente...!
    É que hão-de sempre misturar a religião com o poder local.
    Só beatice. Sim, beatice, porque isto de fé não tem nada!
    A história de uma aldeia como Forninhos não se faz só na base dos escritos e imagens de lanternas, bandeiras e estandartes, cruzeiros e alminhas, santos e santinhas, o contacto directo com a sabedoria secular do povo era bem mais importante!
    Até os utensílios dos "nosso avós" estão publicados aos bocados! Não há uma imagem inteira! São seitouras aos bocados...tesouras e sei lá mais o quê que nem eu consigo identificar! Mas foi tudo feito a pensar nos nossos avós, claro!

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  27. Ainda pergunto ao Sr. Eduardo se acha que a linguagem da publicação se distingue das monografias?
    Também pergunto-lhe: o que acha que diriam os nossos avós ao não ver à vista o largo da Lameira e a fonte da Lameira, por exemplo?
    As fontes, sim, foram construídas pelos nossos antepassados.
    Pois é…a vossa sensibilidade para este tipo de património tem destas coisas!
    Mas o que me admira mais nem é o Sr. Eduardo defender irmandades, o que me espanta é que falava tanto dos nossos modos de falares…da nossa etnologia e afinal, agora não se importa minimamente que sobre os ofícios se escrevam mentiras, lá constem expressões populares de outras terras e que a linguagem da publicação seja a de uma monografia!!
    Dá que pensar...
    Eu não quero deitar a essa "casa" abaixo, quero é nos meus 'post's' mostrar as asneiras que escreveram, porque a memória dos meus avós é bem mais importante que a Eon ou Junta de Freguesia e também porque essas asneiras foram pagas por todos nós.
    Custa-me muito vê-lo, na qualidade de contribuidor deste blog, comparar o blog com essa publicação. Eu não publico fotos por dinheiro, o que publico é sentido. As coisas aqui não aparecem feitas com apoios de Junta, Câmara, etc... ou porque mando publicar o que quer que seja a uma empresa "criativa", o que está aqui são muitas horas que retirei ao sono, muita tecla do computador gasta…acho que não merecia tal comparação!
    Obrigada por visistarem “O Blog dos Forninhenses”. Um abraço a todos e voltem sempre!
    Para a semana publico outro 'post' do Forninhos dos nossos avós.

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  28. Paula, não contava intervir mais neste post, mas como me fazes uma pergunta, acho que é falta de ética não responder, vou faze-lo pela última vez neste post.
    Deves estar a fazer confusão, mas a culpa é minha por não me saber expressar de modo a que seja intendido.
    Eu quando falo em imagens, não quero de modo algum fazer comparações, para mim, e sublinho, para mim, uma imagem é muito importante, vale mais de que muito do que se diz em letras ou palavras, interpreto-a á minha maneira, o que eu quero dizer é: o livro é o livro, e eu sei que deu muito trabalho, não merecia tal tratamento neste blog em que participo com muito gosto e dedicação enquanto aceitares o meu modesto contributo.
    O blog é o blog, que retrata muito bem a vivencia das gentes Forninhos, tens feito um trabalho excelente e pedes crer que se ouvisse alguém o criticar, também o defendia, mas, em meu intender, este blog não precisa andar á procura de alguma eventual falha numa obra onde puseram o empenho que lhes foi possível, e não ver o que tem de bom.
    Não tenho compromissos com quem quer que seja, como por vezes insinuam, o que eu gostava de ver, isso já o disse e digo, era ver dar continuidade a este trabalho que tens feito bem, sem deitar o dos outros abaixo.
    Creio que está tudo dito sobre este assunto, pelo menos de minha parte.
    Um abraço para todos e um especial para ti.

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    1. De facto o blog não precisa de um livro, que não é livro nenhum, para nada, assim como nunca precisou da Junta para nada, nem para ser visitado!
      Apenas trago aqui esta publicação da mesma maneira que antes trouxe as memórias paroquiais.
      Nas respostas do Cura que respondeu por Forninhos nota-se muito bem que o mesmo não levou a sério a importância das suas respostas, quer para os objectivos do Reino, quer para benefício da "sua" terra. Se tivesse respondido a todas "como devia ser" nós (os que nos interessamos pela história de Forninhos) hoje com certeza conhecíamos mais de Forninhos.
      Comparo as memórias paroquiais à publicação "Forninhos terra dos nossos avós".
      Só não vê isso quem não quer!
      Mas se calhar já estava no destino da terra dos nossos avós os representantes da terra não se interessarem e aprofundarem em questões de história!
      E acho que mais nada tenho a dizer sobre o assunto, a não ser que percebo que como o Sr. Eduardo deu o seu contributo, agora queira que se diga bem, mas a verdade é que tanto são responsáveis os que escreveram as asneiras como quem os informou mal. Se foram os membros da Junta, do Centro Paroquial ou outros...não sei...o que sei é que se deu muito trabalho, foi a seleccionar fotos e a resumir os apontamentos do Dr. José Coelho de Viseu, do Sr. Pe. Luís Lemos, a Monografia do Município de Aguiar da Beira, Inquisições e as Invasões Francesas!
      Não me parece que haja cunho pessoal!
      Usaram foi o nome dos nossos avós na capa. Com que finalidade só eles o sabem!

      Um abraço para si e obrigada pelo elogio ao meu trabalho.

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  29. Volto em respeito aos avós...

    MEMORIAL DE UMA ALDEIA

    Memorial de uma aldeia
    A qual tornaram fidalga
    Memórias da minha terra
    A quem roubaram a alma

    Coração de meus avós
    E sua alma serrana
    Que nos toca a todos nós
    E cuja vida é eterna

    Esquecidos em silêncios
    Ofuscando o que faziam
    Fizeram tremer de medos
    Aqueles que vos não queriam

    As vossa mãos que talharam
    Tantas pedras e madeira
    Porque será que vos ralham
    Vós heróis da minha aldeia

    Mas haverá quem recorde
    Por tudo que nos deixaram
    A tantos matastes a fome
    Os tais que agora vos calam

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  30. Muito boa noite, eu já li o livro e gostei do que vi e li, aprendi umas coisas e avivei outras ,que já aqui se tinham falado, pena mesmo é ter muito pouca informação nova, muitas fotos, algumas bem conseguidas mas outras deixam muito a desejar, até parece que foi um simples curioso que por lá andou a praticar, pode-se ver esta situação no capitulo reservado às receitas onde as fotos numa tentativa de mostrar o produto que quase não se consegue de identificar o que se quer mostrar.
    As opiniões que agora se vão levantando, aqui entre os participantes, são divergentes e por isso mesmo a divergência, não é necessário de tentar atingir o outro com palavras, da opinião nasce a razão e daí uma conclusão, à que saber aceitar as opiniões, afinal somos quase todos da mesma terra, embora tanto eu como o Sr. Ed. Santos sejamos intrusos, já nos consideramos da casa.

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    1. Amigo João Seguro, fui informado que sofreu um acidente recentemente, mas o facto de aparecer aqui, e sinal que não e grave, Deus queira que assim seja. Desejo-lhe daqui (já que não tenho outro contacto) as melhoras e que corra tudo bem.
      Eu já tinha decidido que terminava a minha participação neste post, mas vendo-o aparecer aqui não podia deixar de voltar.
      E verdade o que diz, embora sejamos intrusos, esta terra está-me no coração, assim como, parece estar no seu.
      Um grande abraço amigo, para si e família.

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  31. João, sem querer, disseste tudo: "...pena mesmo é ter muito pouca informação nova, muitas fotos, algumas bem conseguidas mas outras deixam muito a desejar...".
    Apraz-me muito saber a tua opinião pessoal, porque os artigos e comentários que publico e assino aqui no blog dos forninhenses são também todos e apenas de opinião pessoal. Só.
    Depois, cada um, lê, pensa o que quer...
    Se resolvi adiantar partes foi porque sei que o blog é hoje uma das primeiras ligações informáticas que muitos forninhenses estabelecem quando se ligam ao computador e penso que isto acontece por causa da minha terra, não por mim, claro…
    Comecei por trazer ao leitor algumas situações da matação, vestígios da Capela de S. Pedro, uma villa romana sita na Pardamaia e a Forca, referindo, inclusivé o desinteresse pelo linguajar da nossa gente. Mas, sobre o tema, é óbvio que não vou deixar de trazer outros trechos junto do leitor só porque existe divergência.
    Depois, não me parece que alguém tentou atingir alguém com palavras. O que aconteceu, foi que cada um (eu inclusivé) defendeu o seu ponto de vista.
    Eu vi e li e não gostei. Já o disse porquê. Também não aprendi nada de novo. Mesmo do topónimo que tinham obrigação de trazer algo de novo "nada"!

    Um abraço e as tuas melhoras ;)

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  32. "DA MINHA ALDEIA vejo quando da terra se pode ver no Universo....
    Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
    Porque eu sou do tamanho do que vejo
    E não do tamanho da minha altura...
    Nas cidades a vida é mais pequena
    Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
    Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
    Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
    Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
    E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver".

    ( Alberto Caeiro, em "O Guardador
    de Rebanhos").

    Ricos, pobres e "académicos", pensem...

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  33. Eu também já tinha decidido que sobre este assunto, não ía escrever mais por ora...mas tendo em conta que o maior responsável pelas falhas e defeitos, Ricardo Guerra, explicou algumas coisitas. Por favor, leiam já isto:

    "...o termo feira é muitas vezes aplicado, às festas religiosas, aliás existe a parte religiosa e a feira/festa. E bem sabemos que até dizemos que quando se faz barulho numa procissão... "olha lá isto não é a feira"."

    Valha-me Deus. Esta está demais!

    Que explicação mais ridícula...
    Mas há mais. Ficam é para depois!

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  34. E A ALDEIA GRITA:

    Não batam mais no ceguinho…

    Já não se mexe de tanta

    Porrada levar

    Não batam mais no ceguinho

    Eu adivinho

    Que ele ainda se vai levantar

    De tanta porrada levar

    O ceguinho ainda se vai levantar

    A sua hora vai chegar.

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  35. Sinceramente, cada vez percebo menos disto, Forninhos no seu melhor!
    Mas tento perceber as palavras do ex-presidente, neste desmando da língua de Camões.
    Afinal o sr. Pires e outros, não transformaram a festa do Espírito Santo numa feira e com tanto barulho na "procissão" do adro da Senhora dos Verdes?

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